• Capítulo 06 •
O desespero tomou conta do Rindou quando vê a criança lutando pela vida. Suas pequenas mãos agarram a sua camisa enquanto ele tenta desesperadamente ajudá-la a expelir a água de seus pulmões.
Cada respiração era uma batalha, e ele luta junto com ela, tentando desesperadamente trazer de volta o ar aos seus pulmões. Mas, apesar de todos os meus esforços, ele sabia no fundo do seu coração que estava perdendo a batalha.
— Precisamos agir rápido, a saturação dela está caindo rapidamente! Chifuyu, traga o equipamento de sucção de ar agora! — ordena Rindou com a voz entre cortada e ofegante.
— Estou indo, Rindou! Mikey, segure firme a cabeça dela enquanto eu preparo o equipamento. — responde Chifuyu.
— Ok, estou aqui. Mantenha-se forte, pequena. Vamos tirar essa água dos seus pulmões. — diz Mikey.
— Aqui está o equipamento, Rindou. Estou pronto para ajudar.
— Ótimo, vamos começar. Mikey, segure-a com cuidado enquanto eu insiro o cateter na traqueia. — explica Rindou.
— Estou segurando firme. Você consegue, Rindou. — diz Mikey firmemente.
— Ok, aqui vamos nós. — diz Rindou e em seguida insere o cateter com cuidado. — Isso mesmo, agora vou começar a sucção. Chifuyu, monitore a saturação dela enquanto eu faço isso.
— Está subindo um pouco, mas ainda está muito baixa. Continue, Rindou. — diz o loiro enquanto não tira os olhos do aparelho onde está os dados vitais dela.
— Não está saindo tanto quanto eu gostaria. Vamos tentar novamente. — diz Rindou.
— Ela está ficando mais fraca. Rindou, precisamos fazer algo!
— Droga, por que não está funcionando?! — Rindou comenta com a voz embargada.
— Rindou, talvez precisemos chamar a emergência. Ela não está melhorando.
— Não, não podemos desistir ainda. Vamos tentar mais uma vez.
Depois de várias tentativas, a saturação da criança continua caindo e eles percebem que precisam chamar a emergência para salvar a vida da criança. E assim, Chifuyu deixa a sala e chama a emergência, que logo iniciam o processo para poder ajudar a criança.
O desespero se transforma em um vazio avassalador quando Rindou percebe que ela não iria resistir.
As mãos da criança perderam a força em sua camisa, seus olhos perderam o brilho da vida, e seu coração se partiu em mil pedaços.
Rindou se sentiu impotente diante da crueldade do destino, incapaz de salvar essa pequena vida que estava confiando nele.
— A saturação está em 65% e os batimentos cardíacos estão em 45 BPM!
— Droga! PEGUEM OS DESFRIBILADOR!
Chifuyu entrega o aparelho para Rindou e o Haitani mais novo coloca sob o peito da criança, iniciando a reanimação.
— 1,2,3 afasta!
Nenhuma melhora.
— 1,2,3 afasta!
Sem sinais positivos.
— 1,2,3 afasta!
Nada de melhorias.
Uma onda de tristeza e dor consome Rindou, ele queria gritar, queria chorar, queria poder fazer algo para mudar o resultado, mas tudo o que ele podia fazer era segurar a mão da criança e implorar por um milagre que nunca veio.
E assim, com o peso da perda sobre seus ombros. Rindou fica arrasado, como se uma parte dele também tivesse morrido naquele momento. A criança que ele tanto tentou salvar se foi, deixando para trás apenas lembranças dolorosas e um vazio que nunca seria preenchido.
— 15:45. — anuncia Mikey o horário de morte da criança.
Rindou sente seus olhos encherem de lágrimas, suas mãos tremem e a única coisa que ele faz é abaixar a máscara e deposita um beijo na testa da pequena criança de 2 anos.
— Descanse em paz, anjinho. — ele diz com a voz embargada e em seguida deixa a sala de emergência.
Rindou caminha pelos corredores a pressas, indo até a saída do hospital. Se senta em uma calçada e disparar a chorar.
Ele sente o gosto amargo da derrota. Com lágrimas silenciosas que escorrem por seu rosto, ele se vê desamparado diante da perda daquela pequena vida. O som da máquina monitorando os sinais vitais ainda ecoa em sua mente, mas para Rindou, tudo parece distante, como se estivesse em um mundo à parte, isolado em sua própria dor.
Ele tenta se manter forte, como sempre fez diante dos desafios da profissão, mas naquele momento, suas defesas desabaram. As lágrimas que ele segurou por tanto tempo finalmente encontraram seu caminho, caindo livremente enquanto ele se curva sobre o corpo inerte da criança. Era uma mistura de tristeza, frustração e impotência, uma tempestade de emoções que ele luta para conter.
Ele chora não apenas pela perda da criança, mas também pela sensação de falha, pelo peso da responsabilidade que carrega consigo a cada dia.
Mesmo em meio à sua própria dor, Rindou sabia que precisa se reerguer, continuar seu trabalho, salvar outras vidas. Mas naquele momento, ele permitiu se sentir a profundidade da sua tristeza, honrando a vida daquela criança que agora se foi, deixando para trás apenas memórias e um vazio que jamais seria preenchido.
— Rin? Ei?
Ran o irmão mais velho do Rindou, assim que ficou sabendo que seu irmão estava do lado de fora do hospital chorando e arrasado, não pensou duas vezes antes de ir até o seu irmão.
— Eu sou um péssimo médico! — exclama Rindou chorando. — Aquela garotinha morreu... por minha culpa!
— Não morreu por sua culpa, Rin. Você deu o seu melhor. — diz Ran e vira o rosto do seu irmão para si, seca suas lágrimas e sorri fraco.— Vem cá.
Ran puxa o seu irmão para si e o abraça, confortando ele em seus braços e acaricia suas costas com carinho.
— Vai ficar tudo bem, Rin. Eu estou aqui com você. Shhh, vai ficar tudo bem.
Rindou abraça o seu irmão com mais força e apoio o rosto em seu ombro, permitindo que o máximo de lágrimas caiam em seu rosto enquanto ele segura firme as costas do irmão.
— Você é o melhor Pediatra que tem aqui, Rin. Aquela garotinha te amava muito, e eu tenho certeza que ela vai se lembrar de tudo o que você fez por ela. — diz Ran calmo. — Ela vai ficar muito triste em te ver chorando assim.
— Eu queria ela perto de mim, Ran.
— Ela vai estar. — diz Ran e ergue o queixo do seu irmão. — Ela sempre vai estar perto de você, agora como um anjinho. — ele diz e deposita um beijo na testa do irmão.
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro