[81] Marcas
Nos 3 dias seguintes, a tripulação que estava no Luna seguiu fazendo os serviços todos os dias. Eles já sabiam exatamente o que deveriam fazer. Apesar de não estar “disponível” naquele momento, Jay deixou todos cientes de suas obrigações. A do próprio, estava sendo cumprida dentro da cabine, para com seu Capitão, tal como Lian. Com um navio ancorado, não havia muito que um timoneiro pudesse fazer.
Apesar de tentar advertir seu irmão, Taesung encontrou o estoque de nenúfar completamente abastecido, e isso explicava muita coisa. Agora, não havia muito que pudesse ser feito a não ser esperar.
Dentro da cabine, após as noites consideravelmente quentes, Jungwon encontrava-se dormindo entre braços e pernas. Embora seu lobo ainda esteja em um período onde o que mais se anseia precisa estar acordado para se ter, seu corpo necessitava do descanso, tal como os dois alfas.
Assim que abriu os olhos, Jay esticou o corpo com cuidado para não acordar os outros dois, mas quando virou de frente para eles percebeu que Lian já estava acordado. O mais velho deslizava os dedos carinhosamente entre os fios negros do cabelo de Jungwon, enquanto o ômega respirava calmamente com a bochecha pressionada contra seu peito nu.
— Você dormiu bem? — Lian perguntou, ainda penteando o cabelo do ômega com os dedos.
Jay assentiu, acenando com a cabeça. Ele observou o corpo do ômega envolto por uma coberta, depois olhou para Lian.
— E você?
— Sim. Parecia até que não durmo há dias… — Ele sorriu para o mais jovem.
O sorriso de Jay cresceu lembrando-se que não se tratava apenas de uma simples figura de linguagem. Jungwon era um lúpus, a intensidade do seu heat levou seus dois alfas a um rut antecipado. Apesar do ômega estar dormindo, Jay e Lian estavam acordados, experimentando os sintomas daquele período.
— Eu senti uma coisa… — A coberta escorregou de seus ombros quando Jay sentou no colchão. — Nunca foi tão forte quanto esses dias…
— O quê?
— Eu quis marcar o Jungwon. — Jay respirou profundamente passando a mão no ombro. — Você também sente isso?
Lian ainda estava acariciando o ômega tranquilamente, assistindo a todos os movimentos do outro alfa com muita atenção. Ele sentiu um pouco do aroma que provinha do cabelo de Jungwon, depois sorriu para Jay, quando respondeu.
— O tempo todo. — Seus olhos estavam amarelos.
Jay o encarou fixamente, preso naquela coloração que indicava o lobo alfa de Lian mais evidente. Apesar de estar consciente, aquele era um dos sintomas mais comuns, o lobo tornava-se mais predominante. Quase primitivo.
O único tecido que cobria seus corpos era os lenços que ambos usavam no pescoço. Ninguém se preocupou em vestir uma roupa, visto que passaram aqueles dias se tocando, beijando, sentindo e amando.
Aquela manhã contava como o último dia do heat de Jungwon, tal como o período dos alfas que o precederam. Apesar de terem se amado por toda a cabine, visto que o cômodo parecia ter sofrido um ataque de uma frota de navios da Marinha, de alguma forma, o trisal sentia como se estivesse faltando alguma coisa, em especial, os alfas. Não se tratava apenas da marca.
— Sinto mais do que isso, Jay… — Lian continuou. Ele moveu mão que acariciava os cabelos de Jungwon e a levou até o rosto do alfa, deslizando até a nuca, onde o aproximou delicadamente até encontrar-se com os lábios perto do ouvido dele. Lian sussurrou com a voz de seu lobo: — Sou seu alfa.
Jay estava ciente daquilo há muito tempo, mas a forma como foi dita fez seu coração bater mais forte, e o corpo tornou-se mais febril. Ainda sentindo o aroma de sândalo próximo da orelha, seus olhos tornaram-se amarelados gradativamente.
Lian manteve a mão apoiada na nuca do mais novo, mantendo-o ali, muito próximo. O único espaço que o mais velho concedeu foi para que Jay virasse o rosto para ficar de frente para ele, onde seus narizes quase se tocaram.
— Sou seu alfa também… — Jay murmurou de volta, no mesmo tom.
O objetivo não era mostrar quem estava dominando naquela interação, ou qual lobo era o mais forte. Só estavam deixando claro o que havia dentro deles, e que não se tratava apenas de quem era alfa e ômega.
Era possível sentir que os feromônios deles estavam cada vez mais intensos, sendo liberados através de seus aromas de amêndoas e sândalo, respectivamente. Estava tão proeminente, que Jay teve receio que o ômega acordasse de seu descanso. Ele não queria que Jungwon fosse posto além dos limites do seu corpo. Apesar de ser um lúpus, ele ainda era um ser humano tão frágil quanto qualquer outro.
Mas o ômega estava acordado há muito tempo. Desde que apenas sentia o roçar dos dedos de Lian em seu cabelo. Ele manteve os olhos fechados para continuar sentindo o carinho de seu alfa, mas quando Jay acordou tudo se tornou ainda mais sublime.
O tempo de um cio, seja dos alfas ou dos ômegas, é quase sempre retratado como um período onde ambos se unem sexualmente durante toda a fase, mas a verdade é que era muito mais além disso.
Em outras palavras, Jungwon permaneceu quieto para sentir e ouvir seus alfas evidenciando o amor que sentiam um pelo outro. Sabia que se um dos dois percebesse que ele estava acordado, parte da atenção seria movida nele, por isso, fez grande esforço para não deixar seu aroma fluir de modo que o entregasse, para continuar assistindo e admirando-os. Era um momento íntimo sincero entre Jay e Lian, e o ômega não perderia isso por nada nesse mundo. Seu lobo que continuasse quieto do jeito que estava.
— Que foi? — Lian sorriu com o jeito que o mais novo trocava olhares entre seus olhos, boca e descendo até o pescoço. — Tá querendo me marcar também?
— E se eu quiser? — O mais novo voltou a olhar fixo em seus olhos.
— Então vamos ver… — O sorriso dele cresceu.
Jay permitiu quando ele os aproximou ainda mais, até que suas bocas se encontraram suavemente. Um arrepio bom percorreu seu corpo até a nuca, quando sentiu as mãos do mais velho descendo pelas costas e pairando firmemente no interior de sua coxa. Lian mordeu o lábio inferior do alfa, e este logo permitiu que o beijo se tornasse mais intenso.
Além dos toques que se tornavam cada vez mais quentes e íntimos, também era possível sentir a pontinha das presas um do outro em evidência. Seus corpos inflamavam durante o beijo, e enquanto as mãos percorriam seus corpos, estimulando um ao outro, o sangue circulava com mais capacidade em seus órgãos. Fluidos provenientes da excitação de ambos estavam sendo liberados através da ereção dos alfas.
Era duas vezes mais difícil para Jungwon manter seu autocontrole durante o heat, em particular, quando seus dois alfas estavam se pegando tão fervorosamente daquele jeito, bem diante dele. Mas ele queria testemunhar e por isso estava disposto a aguentar o máximo de tempo possível, antes que seu corpo agisse por conta própria e agarrasse os dois.
Enquanto o beijava, Lian percorreu sua mão pela ereção do mais novo sentindo a umidade em seu membro, causada pelo contato íntimo de ambos. Era uma espécie de líquido lubrificante dos alfas, expelido em quantidade menor se comparado aos ômegas e betas fêmeas, mas o suficiente para que seus dedos ficassem úmidos conforme passava a mão subindo e descendo através do órgão.
Lian deslizou os dedos mais além, descendo até levar um pouco do fluido entre as pernas do alfa. Jay suspirou contra a boca dele e o beijo foi interrompido no mesmo instante, mas ele não se afastou e continuou com os olhos fechados. Os de Lian estavam abertos, atentos à reação do alfa enquanto mantinha seus dedos por perto.
O próprio Jay moveu sua mão que estava no órgão do mais velho e a levou até a mão do mesmo, incentivando-o a continuar com o estímulo.
— Lian… — Sussurrou.
— Hm? — Respondeu com a garganta, uma vez que sua boca estava ocupada explorando o pescoço dele.
— Continue... — Jay o instruiu.
Como o bom alfa obediente que ele sempre afirmou ser, Lian o estimulou de modo a fazer mais pressão. O local íntimo do mais novo encontrava-se tão molhado que um dedo foi introduzido com facilidade. Jongseong gemeu profundamente quando o segundo deslizou para dentro. A fricção dos dedos em seu interior o fez respirar mais intensamente, Lian sorriu com a boca contra o pescoço dele, em resposta, Jay moveu a mão até a bunda dele e apertou com força.
Jungwon conteve um sorriso ao notar a expressão surpresa que estampou o rosto de Lian, mas logo fechou os olhos quando os alfas olharam em sua direção. Jay franziu as sobrancelhas, desconfiado de que o ômega estava acordado, mas logo sua atenção se moveu para o mais velho quando seus longos dedos saíram e entraram com leveza. Jay mordeu o lábio e automaticamente lançou a cabeça para trás. O outro se aproveitou para lamber e chupar seu pescoço mais uma vez, enquanto enterrava os dedos mais profundamente, pressionando os locais mais sensíveis.
Lian foi surpreendido quando Jay resvalou os dedos entre os fios escuros de sua nuca, segurou o cabelo com firmeza e depois puxou sua cabeça para trás. Ele encarou os olhos amarelos do mais novo antes de ter sua boca tomada pela dele, sentindo a língua macia contra a sua. Sem interromper o beijo, afastou a mão delicadamente de sua intimidade, e se moveu com cuidado para não perturbar o descanso de Jungwon. O ômega, no entanto, esticou o corpo para o lado a fim de deixá-los mais à vontade.
Puxando-o para mais perto, Lian queria sentir cada centímetro do seu corpo quando virou-se para deitar sobre o alfa. A ponta dos dedos tocaram gentilmente sua pele, subindo pela cintura e passando pelo peitoral, até parar na curva da mandíbula. Ele parou o beijo suavemente, e Jay abriu os olhos momentos após. Lian estava sorrindo. Jay podia facilmente decifrar o que havia por trás daquele sorriso.
A mão livre do mais velho desceu até uma das coxas dele, afastando-a um pouco mais, com a finalidade de se encaixar entre suas pernas. Jay foi cedendo vagarosamente, encarando aqueles olhos tão amarelos quanto os seus. Sentiu a ereção quente e molhada contra a dele, onde amêndoas e sândalo encontraram-se deliciosamente. Jay permaneceu encarando-o no fundo dos olhos quando ele guiou o órgão para o caminho entre suas pernas e o introduziu. O prazer os envolveu em cada parte de seus corpos.
Jay então fechou os olhos. Cada célula ardia, queimando dentro de si, à medida que Lian, sem pressa, empurrava para dentro. Aquilo era mais do que ele poderia imaginar. Suas mãos deslizaram pelas costas do mais velho, sobre uma fina camada de suor. Estava tão febril quanto. Lian o beijou pelo rosto e, enquanto manteve-se parado, quase imóvel, o silêncio pairou sobre a cabine.
Seus corpos estavam perfeitamente encaixados um no outro, os batimentos quase sincronizados. Até mesmo Jungwon sentia seu coração bater acelerado, envolvido completamente pelos aromas dos seus alfas. Ele mordeu o lábio levando a mão à altura do peito. Podia sentir a conexão entre os dois.
Lian soltou aos poucos a respiração que estava presa, e quando sentiu os músculos do alfa relaxarem ao redor do seu órgão, ele se retirou lentamente para então invadi-lo outra vez. Ele moveu os quadris para trás e depois para frente. De novo, e outra vez. Suas respirações e gemidos romperam o silêncio, preenchendo o cômodo.
A mão do mais novo deslizou das costas de Lian e logo em seguida caiu ao lado, no colchão. Ele agarrou o lençol com força, mas imediatamente relaxou ao sentir a mão de Jungwon pousando suave sobre a sua. Jay abriu os olhos e virou a cabeça para o lado, tendo a visão do ômega sorrindo para si. Ele virou a palma para cima e eles cruzaram os dedos.
— Jun… — Jongseong suspirou. Sua voz falhou quando o outro empurrou mais fundo.
Estavam quase chegando ao ápice do prazer. Lian moveu mais rápido e profundamente, no desejo ardente de consumi-lo por completo. A fluidez do mais velho entrando e saindo com força quase o deixou perdido. Seus músculos congelaram por um segundo. Jay sentiu um tremor se espalhando por toda sua estrutura física. Quando Lian derreteu sobre ele, o orgasmo atravessou seus corpos ao mesmo tempo.
Mais uma vez, o único som presente na cabine foi o barulho das respirações ofegantes. Lian desabou sobre ele com o rosto enterrado em seu pescoço, depois olhou para o lado e sorriu para Jungwon quando presumiu:
— Você tava acordado, assistindo a gente esse tempo todo.
O ômega correu os olhos pelos corpos dos alfas, ainda unidos. Mordeu o lábio e logo após umedeceu, para então responder:
— Não pude evitar…
Lian sorriu outra vez, depois ergueu-se novamente para beijar o alfa no rosto. Mas, ele se deparou com uma cena que fez seu coração errar uma batida. Os olhos de Jongseong estavam marejados, a ponto de transbordar.
— Ah não, bebê… — A voz de Lian soou preocupada. Ele passou o polegar na bochecha do mais novo para secar a lágrima que desceu. — Eu te machuquei?
Jay negou balançando a cabeça. Ele engoliu e respirou fundo, depois sorriu. Sua mão ainda estava segurando fortemente a do ômega.
— Estou feliz. Mesmo que coisas ruins como a Marinha ainda existam por aí, hoje o dia está perfeito.
— Que coisa mais linda. — Jungwon se aproximou até colar junto do mais novo.
— Você adora eles — Lian deixou o corpo dele e passou por cima de Jungwon para encostar atrás do ômega. — Aliás, você fala tanto o nome da Marinha que eu tenho certeza que foi um oficial em outra vida…
— Nunca! — Jay respondeu firme e imediatamente.
— Você é tão adorável que a minha vontade é de… — Jungwon resvalou a ponta do nariz pela área do pescoço do mais novo, depois ergueu os olhos prateados até os dele e concluiu com um sorriso sugestivo: — te morder todinho. Longos minutos apenas fazendo isso.
— E eu quero te morder — Lian falou com o ômega.
— Então morde. — Jungwon sorriu.
— Hmm… — O mais velho ponderou, descendo os olhos pelas costas do ômega. — Mas eu só levaria um minuto fazendo isso, já que você é tão pequeno.
O sorriso desapareceu gradativamente, e Jungwon virou a cabeça até conseguir ter a visão do alfa atrás de si. Lian estava com aquele sorriso provocante. O ômega ergueu uma sobrancelha e perguntou:
— Sabe o que é pequeno? — Ele olhou na direção da virilha do alfa, mas o que viu ali não era exatamente algo pequeno para ser usado como exemplo. Seu rosto ficou vermelho quando voltou a olhar para Lian, que aumentou o sorriso ainda mais. Jungwon virou-se para frente e escondeu o rosto no outro alfa. — Jay, bate nele!
Jongseong o abraçou com força e riu, respirando fundo o aroma de chocolate tão de perto. Lian se aproximou um pouco mais. Jungwon encontrava-se entre ambos, e estavam tão juntos que não havia espaço entre os três.
— Você é um gatinho muito bravo… — ele o beijou no ombro e foi subindo. A mão deslizando pela cintura. — Estou brincando, você sabe.
— Hum. Sei… — as feições severas do ômega foram se desfazendo rapidamente. Ele segurou o lenço branco de Jay e o puxou para si, beijando-o logo que teve os lábios do mais novo junto aos seus.
O ômega dobrou a perna e apoiou-a em cima da de Jongseong. O alfa passou a mão pela coxa dele e a segurou ali. Por outro lado, Lian os tocava mais intimamente, ao mesmo tempo. Uma vez que os dois mais novos estavam de frente um para o outro, o órgão de ambos se encontravam.
Jungwon podia sentir o coração de Lian logo atrás, e o de Jay na frente. O aroma de um e de outro. Estava entre mãos, braços e pernas, mas tinha o conhecimento de quem pertencia cada toque, ainda que estivesse com os olhos fechados. Sentiu Jongseong passando a mão em sua pele e apertando, descendo gradativamente até chegar na região entre suas pernas.
O ômega arqueou as costas quando ele o tocou no lugar certo. Jay sorriu ao sentir que Lian ainda estava rígido, se bem que ele próprio também se encontrava do mesmo jeito, afinal, ambos estavam no rut e seus corpos estavam acesos a todo o momento. Bem como, havia um ômega lúpus no heat naquele cômodo. Mesmo se quisessem, eles não seriam capazes de se afastar quando já estavam de tal maneira envolvidos.
Jungwon moveu-se inquieto. Seu corpo se contorcendo e a umidade entre suas pernas deixando mais evidente o quanto ele necessitava de ambos. Após assistir a interação quente e íntima dos alfas, seu lobo chegou a um estado de domínio que transparecia em seus olhos prateados, e também pela forma que agarrava, puxava e arranhava seus dois amantes.
Suspirou contra a boca do mais novo quando sentiu seus dedos circulando a entrada úmida. Jungwon ergueu a mão para trás e segurou com força os cabelos de Lian, enquanto o mesmo o chupava e lambia no pescoço. Arrepios passaram pelo seu corpo ao sentir a ponta das presas arrastando e arranhando levemente sua pele.
O corpo do ômega estava pegando fogo. Sua perna erguida deslizava inquieta sobre a do alfa mais novo. Ele fechou os olhos. Cada músculo se contraiu à medida que era lentamente preenchido em sua intimidade. Jay apertou sua bunda fortemente e o puxou ainda mais para si. Jungwon apoiou o rosto em seu peito, abafando um longo gemido e prendendo-o com sua perna.
O próprio ômega mexeu os quadris, querendo senti-lo em cada centímetro de seu interior. O órgão do alfa saía e entrava, completamente envolvido pelos fluidos específicos do menor. O encaixe dos três era perfeito. Parecia que foram feitos exatamente para estarem naquela posição. Todas as curvas de Jungwon eram preenchidas pela estrutura física dos alfas.
A respiração de Lian batia na nuca do ômega, assim como seu peito que pressionava contra as costas dele, a cada vez que respirava profundamente. Jungwon largou a mão dos cabelos de Lian e foi descendo até parar no quadril do mesmo. Ele o apertou e puxou ainda mais para si, à medida que Jay o invadia mais fundo.
Jungwon virou o rosto para trás o suficiente para encontrar os lábios do mais velho. Enquanto o beijo tornava-se mais ardente, o ômega ofegou com a língua do mais novo deslizando por seu pescoço, e posteriormente sentiu as presas quando este pressionou muito suavemente.
Estavam repletos, ao ponto de extravasar seus feromônios a todo instante. Seus corpos moviam-se de acordo com a necessidade dos lobos, instintivo e primitivo, em seu completo domínio. Jungwon mexeu os quadris, extasiado de luxúria e satisfação.
Sua intimidade estava sensível e intensamente úmida. Ele gemia e se contorcia a cada investida. Era um ômega lúpus, dominante em sua classe, e naquele momento ele entendia que os dois alfas lhe pertenciam inteiramente.
— Eu preciso de você… — Jungwon murmurou, arranhando com mais força a pele de Lian. Puxando seu quadril para mantê-lo ainda mais perto. Ele estava sentindo a ereção do alfa deslizando entre suas pernas, e arqueava as costas desesperadamente para que o mais velho compreendesse sua ânsia.
Lian não apenas constatou sua demanda, mas também necessitava de estar conectado a eles. Jay parou de se mover por um momento assim que sentiu o membro do mais velho encaixando-se na entrada do ômega. Jungwon respirou fundo e soltou um longo gemido a cada centímetro que entrava, esticando-o cada vez mais à medida que forçava o órgão ainda mais fundo.
Jungwon sentia-se como se estivesse derretendo por dentro. A maneira como o local entre suas pernas encontrava-se, em particular, muito sensível, era definitivamente de outro mundo. Os alfas, além de senti-lo, também estavam cientes de seus órgãos juntos, resvalando e escorregando um no outro, liberando fluidos produzidos pela excitação e contato sexual.
Cada período de cio aumentava não apenas o desejo sexual extremo das espécies, como também ampliava seus desejos e emoções. Os três estavam unidos de um modo que nunca estiveram antes, repletos de um sentimento intenso e profundo, mas tanto o heat quanto o rut, apenas trouxe à mostra o que eles já sentiam interiormente.
Lian agarrou o queixo do ômega e o ergueu, mantendo seu pescoço à mostra enquanto o beijava lentamente. Jay encontrou sua clavícula tão somente exposta para si, e não desperdiçou a oportunidade. Segurando firme a cintura do ômega, ele beijou a área um pouco acima da cicatriz de Jungwon e foi subindo. O alfa parou na curva do pescoço e chupou, depois lambeu.
Jungwon podia sentir de ambos os lados, as presas de seus alfas arranhando suavemente sua pele enquanto exploravam a região. Lian moveu a mão da mandíbula do ômega e foi descendo até que sentiu a mão do alfa mais novo. Seus dedos se tocaram ligeiramente confusos, mas logo encontraram o encaixe perfeito quando se cruzaram.
Jungwon adicionou sua mão por cima e segurou com firmeza, à medida que, lentamente, sentiu como se presas perfurassem sua pele na altura do ombro, e posteriormente do outro lado, na curva do pescoço. O aperto nas mãos dos alfas tornou-se mais forte quando ele de fato sentiu seu coração batendo perfeitamente em sintonia com o de Lian e Jay.
Os alfas, por sua vez, não sentiram apenas o ômega pela marca que acabaram de fazer, mas também estavam cientes um do outro, estavam dividindo a ruptura de sentimentos que os atravessou naquele instante. Cada toque, calor e prazer. Felicidade, êxtase. Amor. Tudo compartilhado entre os três seres. Era como se as veias e cada nervo de seus corpos estivessem conectados. Como se os corações tivessem se transformado em um só.
Não há como mudar o passado. Não importa o que se faça. Tanto as escolhas individuais, como também os acontecimentos terríveis que se acercam de cada ser. Mas a vida, às vezes, dava seu jeito. O que havia se rompido drasticamente e até mesmo o que sequer chegou a acontecer, agora estavam juntos, em uma conexão tão profunda quanto o lugar mais distante e nunca explorado do oceano.
Jungwon apertou mais fortemente as mãos de seus alfas. Estava com os olhos fechados, mas sentiu quando lágrimas escorreram por suas bochechas. Ele jurou a si mesmo que, não importava quantas vidas viessem, ele os encontraria em todas elas. Sempre. Seja como pirata, oficial da Marinha ou simplesmente uma vendedora de flores.
E quando o clímax se arrebatou sobre eles, três vezes mais poderoso, o ômega sentiu-se preso a eles, literalmente. Mesmo que tentasse, os alfas não podiam se retirar. Estavam impedidos pelo nó que foi atado quando o orgasmo os atingiu.
Jungwon já havia tido uma conversa com sua amiga Agnes a respeito, mas naquele momento ele estava tão cansado e imerso a tantos sentimentos, que apenas respirou fundo e adormeceu juntamente com seus alfas.
Continua...
Espero que tenham gostado da interação alfa x alfa, e do momento da marca 🥰 dei tudo de mim para que fosse algo bonito e simples, mas ao mesmo tempo profundo.
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