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[70] Prancha

Os tripulantes do navio mercante já tinham visto o Black Swan muito antes do que os garotos. O comandante Yamashita buscava meios de conseguir fugir de um ataque, vagueando pelo convés tal como uma barata tonta.

— Não quero perder toda essa carga! — Ele resmungou.

— Não posso controlar os ventos, senhor — o timoneiro fazia de tudo para mantê-los distante. — Eles com certeza já nos viram. É só questão de tempo para que nos alcance. Aquele navio é o Black Swan, o mais rápido e mortal que se tenha conhecimento…

— Eu não preciso que você diga o que todos já sabem — o comandante estremeceu. — O Capitão Jeon é um negociante e seu Ômega é piedoso. Talvez tenhamos alguma chance…

Enquanto isso, os piratas já estavam espalhados pelo convés do Black Swan. Hoseok e Arata prontos para o ataque dos canhões, Chaerin a postos no leme e Namjoon, o contramestre responsável pelos ataques, esperando pela ordem dos capitães.

— Por favor, pai — Jungwon insistiu. — Deixe-me conduzir este ataque.

— É um navio muito grande — avaliou Jungkook. Seu filho não tinha a mesma experiência de Namjoon. Se algo der errado, eles poderiam perder mais recursos do que necessário. — São muitas cargas…

— Ele me humilhou na condição de Ômega. Me tratou como um inferior enquanto estávamos a bordo daquele navio.

Jungkook olhou na direção do navio, ao longe, depois para Jimin. Sabia que ele estava pensando o mesmo. Não poderiam permitir tal ofensa dirigida ao seu filho, por isso, o Capitão dirigiu-se ao mais novo quando concedeu: 

— Acabe com ele. 

— Mostre a ele quem você é. — Jimin adicionou. O filho mais velho sorriu agradecido para ambos. — Chaerin, pode-...

— Não — Jungwon o interrompeu. — Estávamos em quatro quando tudo aconteceu. Então apenas nós quatro vamos resolver isto.

O kraken estava ao lado do Black Swan, esperando por Jungwon. Ele, Jay e Lian se aproximaram do navio mercante, submersos, por meio da criatura, ocultos sob o manto das águas. 

Quem estava a bordo daquele navio, não percebeu a aproximação repentina. O comandante e seus marujos não entenderam por que o Black Swan ainda não havia iniciado o ataque.

— Será que estão sem munição? — O comandante simulou. 

— Ou com medo — um Alfa riu. — Todo grande capitão cai um dia.

— É… — Yamashita gostou do que ouviu. — É hoje que o cisne vai perder as asas.

O comandante congelou ao sentir o cano gelado de uma pistola, sendo pressionado na lateral de seu pescoço. Não ousou mover um centímetro, evitando olhar para o lado quando ouviu a voz de um Ômega:

— Receio que não. — Jungwon deu a volta, agora mirando a pistola contra o rosto do comandante quando parou diante do mesmo. — Olá.

— M-Minjee? 

— Não. — O Ômega olhou para o convés superior, onde Lian já havia rendido o timoneiro. Em seguida, sorriu para o comandante quando se apresentou de verdade: — Jeon Jungwon.

— M-mas… 

— Eu usei você pra entrar escondido na China. 

— Seu…

— Cuidado com o que vai falar — Jungwon aconselhou. — Posso remover seus pulmões pela boca, e servir de alimento para os peixes. Agora, ice a bandeira branca.

— Você acha mesmo que vou me curvar diante de um Ômega?

Jungwon riu moderadamente. Manteve a pistola mirada nele quando removeu um punhal e o cravou inteiramente na coxa do Alfa, fazendo-o ceder as pernas e cair de joelhos diante dele.

— Aaaargh!

— Eu disse para içar a bandeira branca. — Repetiu com voz calma.

— Façam o que ele disse — o comandante ordenou. 

Os marujos hesitaram. Estavam com os porões cheios de prata que foram recebidos após as trocas feitas em Nabuco. Seus estoques também possuíam outras cargas que recolheram na Ilha para fazer comércio em seu próximo destino. 

Ninguém estava disposto a se entregar tão facilmente, quando apenas um “simples Ômega” estava liderando aquela invasão. Jungwon ergueu um braço e, à medida que ele fazia isso, os oito tentáculos do Kraken seguiam juntos, deslizando sobre a estrutura do navio mercante até envolvê-lo por completo.

A tripulação entrou em pânico. O comandante estava dividido entre medo e desprezo. Ainda que o Kraken não tivesse atacado ninguém, os Alfas e Betas tentaram manter-se distante dos braços da criatura, encolhidos onde quer que fosse.

— Se eu fechar a minha mão, ele vai destruir este navio — o Ômega disse tranquilamente. 

— Está blefando — o comandante rosnou. — Você morreria também.

O Ômega sorriu, e conforme sua mão fechava vagarosamente, a estrutura do navio rangia sendo prensada pelos tentáculos do Kraken.

— Ainda acha que estou blefando? — Questionou, encarando profundamente os olhos do Alfa. 

— Quem é você? — Yamashita sentiu a ameaça.

Jungwon se abaixou perto dele, até ficar da mesma altura. Com a postura impassível e o semblante de quem sabia o poder que tinha, ele murmurou para o comandante:

— Sou o seu pior pesadelo. — O mais assustador, era o sorriso insolente que não deixava suas expressões. Uma característica de seu lobo que se manteve viva. — Não estou vendo a bandeira içada…

— O que estão esperando?! — Yamashita berrou com voz trêmula, para seus subordinados. 

Os marujos que conseguiram mover suas pernas, correram estabanados na direção de um dos mastros para logo em seguida subir a bandeira branca, sinalizando a rendição. 

— Estavam indo para Folsom — Jay deixou a cabine, trazendo consigo o diário do comandante. — Olha só quantos baús com prata eles têm armazenado aqui.

— Quem te deu permissão para mexer nas minhas coisas?! — Yamashita gritou. — Largue onde encontrou, insolente!

O comandante levou um forte golpe no rosto. Sangue escapou de seu nariz, mas não teve tempo de se recuperar. Jungwon segurou o rosto dele com a mão e o virou violentamente para si:

— Meus Alfas têm permissão para pisar no focinho da sua mãe, se assim desejarem. — O comandante sentiu vontade de estrangular o Ômega, mas não teve coragem suficiente. Jungwon sorriu. Ele podia ver o pavor em seus olhos. — Está com medo?

— Um dia eu ainda vou assistir sua execução — Yamashita ditou, cheio de certeza.

— É mesmo? — Jungwon voltou a ficar de pé. — A única coisa que você vai assistir são suas cargas sendo transportadas para o Black Swan.

— As velas foram erguidas — Jay avisou, sobre a embarcação pirata.

Jungwon ergueu o olhar para as próprias velas do navio mercante. Seus olhos brilharam diante da ideia que teve. Ele virou para Lian e indicou para o mesmo:

— Leve-nos até o Black Swan.

Lian controlou o leme e o moveu com firmeza. Segurava o aparelho com força, observando a direção dos ventos e o caminho a percorrer sem tirar a atenção do que se passava pelo convés, e ainda mantendo o timoneiro rendido sob vigilância.

O suor escorreu pela têmpora quando conseguiu deixar o navio mercante ao lado do navio pirata, sem causar nenhum dano. A experiência de Chaerin fazia parecer fácil. Ainda havia muito que aprender com a Alfa, para só então sentir-se digno de guiar o Luna com a mesma eficácia que a lendária timoneira do Black swan.

— Ouçam todos — o Ômega pronunciou: —, removam todos os cabos e as velas deste navio. Eles me pertencem agora.

— O QUÊ?!! — Yamashita rugiu. — Você perdeu o juízo?!

— Minhas contas eu acerto com você depois… — Jungwon o ignorou para receber seus pais.

O comandante apoiou-se na perna sadia e tentou alcançá-lo, mas Jay o fez voltar para o mesmo lugar. O piso estava manchado pelo sangue que escorria da perna, cujo punhal ainda estava fincado até o último centímetro.

— Eu devia tê-lo matado quando estava sob o meu controle — Yamashita resmungou. — Ômega vadio! Maldito desgraçado.

— Você nunca teve controle de nada — Jay deixou claro. Ele pressionou a pistola na testa do Alfa, fazendo-o inclinar a cabeça para trás. — E veja como fala dele. 

— Você não passa de um cãozinho adestrado por um Ômega. — O comandante riu. — Não se fazem mais Alfas como antigamente…

— Você acha que isso é uma ofensa? — Jay passou o dedo pelo gatilho, o que fez Yamashita engolir em seco. — Eu o sigo desde que me entendo por gente, e continuarei aqui quando ele se tornar o maior Capitão que já navegou por esses mares. Já você…

O comandante ficou calado, olhando na direção em que Jungwon transmitia aos seus pais as informações que Jay obteve com o diário do navio mercante. Yamashita percebeu ali que a sua vida chegaria ao fim, sendo tão menos que o “simples Ômega” que atacou seu navio, e que o mesmo haveria de crescer ainda mais.

Logo, os bucaneiros estavam transportando as cargas e baús com moedas, para o porão do Black Swan. Os marujos do navio mercante cooperaram removendo as velas e os cabos, levando-os para o convés do navio pirata.

Lian deixou o leme travado, desceu as escadas e parou ao lado de Jungwon. O Ômega sorriu para ele. Era possível notar o grau de orgulho presente nos olhos do mais velho. 

— Quando voltarmos a Nabuco vamos finalmente iniciar os reparos do Luna.

— Quanto mais te vejo em ação, mais eu tenho certeza das escolhas que eu fiz — afirmou Lian, beijando-o na bochecha quando sussurrou para ele: — Muito orgulho de você, gatinho.

Jungwon sorriu com o apelido recebido. Ele de fato se assemelhava a um filhote de gato, pela beleza e fofura, mas também pela destreza que os felinos possuem. 

Alguns minutos depois e todo o saque foi finalizado. O navio mercante não possuía mais velas, impossibilitado de navegar. Os marujos esperavam pelo menos terem a chance de sobreviver, já que cooperaram seguindo as ordens de Jungwon.

— Eu já tive um Ômega atrevido como você, que não sabia seu lugar. — O comandante revelou, e todos voltaram sua atenção para ele, inclusive o próprio Jungwon. — Escreva as minhas palavras, da próxima vez que eu te encontrar-...

— Não haverá uma próxima vez — O Ômega cortou. Ficou alguns segundos assistindo a confusão presente nos olhos do comandante, e logo depois transmitiu suas ordens aos marujos do navio mercante: — Preparem a prancha!

Ninguém queria ver o navio ser destruído, pela criatura que ainda mantinha seus tentáculos envoltos firmemente em sua estrutura. Eles obedeceram prontamente, ignorando as maldições impostas por Yamashita. 

O Alfa queria vingar-se mas nunca o poderia fazer. Estava sendo levado até a viga de madeira disposta para o lado direito do navio, prestes a morrer, mas não parava de proferir ofensas: 

— Ômega bastardo! 

— São suas últimas palavras? — Jungwon perguntou calmamente. Jay e Lian estavam ao lado dele. 

— Espero que você seja apresentado à morte o mais breve possível. 

— Eu já conheci a morte, comandante — Jungwon respondeu, mirando a pistola contra ele, que estava na outra ponta. — Duas vezes.

Yamashita gritou enfurecido quando lançou-se para cima do Ômega, em uma última tentativa desesperada de levá-lo consigo para o inferno. Mas Jungwon foi ligeiro quando pressionou o dedo no gatilho, fazendo o Alfa perder o equilíbrio ao ser atingido pelo disparo, e posteriormente cair no mar.

Jungwon ainda estava em cima da prancha quando virou-se para aqueles que assistiam a cena logo atrás de si. Jungkook suspirou com seus olhos escuros brilhando, quase não cabia em si. Era como estar vendo uma versão sua na época em que estava apenas começando como capitão. 

— Este é o único destino de todos aqueles que ousarem me subestimar — ele apontou a arma para baixo, mirando o oceano. — A morte. 

Todos os Alfas e Betas do navio mercante abaixaram suas cabeças, assim que ele desceu da prancha e seguiu caminhando entre eles, até parar diante do capitão Jimin.

— Igualzinho seu pai — o loiro riu para ele, fazendo referência a fama de implacável que Jungkook tinha. 

— E a você também — Jungwon o lembrou. — Quem seria capaz de ir contra o grande Capitão Jimin?

O Ômega mais velho abriu a boca para responder, mas não teve argumentos para refutá-lo. Ao invés, ele sorriu. Novamente, Jungwon era mais parecido com ele do que a maioria das pessoas pensam.

— Com licença… — o segundo em comando no navio mercante se pronunciou. — Como vamos pedir socorro, se estamos impossibilitados de navegar?

— Vocês ainda possuem os suprimentos para sobreviver durante algumas semanas — Jungwon assegurou. — Não vou levar nada disso.

— Mas você praticamente depenou todo o navio!

— Agradeça por não ter sido depenado junto. 

O Alfa se arrependeu de abrir a boca no mesmo segundo, voltando a ficar quieto. Os rumores espalhados pela Marinha de que a pirataria estava perdendo sua força, acabaram sendo desmentidos por Jeon Jungwon e a tripulação do Black Swan.

A pirataria estava mais viva, forte e terrível do que nunca, para azar daqueles que se atrevem a tê-los como inimigos. 

🏴‍☠️


Dois dias após o valioso saque, que rendeu bons lucros à tripulação do Black Swan, o navio estava ancorado no porto de Nabuco, entre as demais embarcações piratas.

Desde a ausência do Black Swan, galeões da Marinha foram vistos navegando junto à costa de Nabuco, contudo, seguiram seu curso passando longe da Ilha.  Nenhuma tentativa de ataque foi feita e, mesmo que tentassem, Yuri estava para garantir a estabilidade na República Pirata, uma vez que, para o Representante, era mais confiável manter relações com eles do que com a própria Marinha.

— Isso aqui é incrível, Capitão — Yuri comemorou a grande aquisição de seda. — As suas conquistas nos saques são sempre impressionantes.

— Foi o Jungwon— o lúpus informou com satisfação no olhar. 

— O seu filho roubou tudo isso de um navio mercante?

— Além dos cabos e velas que ele vai precisar. 

Mesmo quando assumiu a liderança do Black Swan, ainda que o navio estivesse em péssimas condições, precisando de reparos e com poucos recursos, o Capitão Jeon nunca havia pensado em roubar materiais de outros navios para utilizar no próprio. 

Daquela idade, Jungwon já pensava muito além do que Jungkook conseguia em sua época. Sinais de que, quando assumisse o seu próprio navio, ninguém seria capaz de parar aquele Ômega. Seu lobo havia renascido para dominar os mares outra vez, e o faria em todas as vidas que existir.

Após negociar as cargas com Yuri, o Capitão Jeon retornou para o centro da Ilha, assim como a maioria dos piratas. Era o que gostavam de fazer depois de longos dias no mar, sentar numa taberna e beber do melhor rum.

Capitão Jimin permaneceu no navio, juntamente com os contramestres, controlando a saída das cargas negociadas.

— Namjoon… — Eunji chegou perto do Alfa, com uma postura decidida e um olhar firme. — Você já tomou nota de todos os rendimentos? 

— Ainda não — ele respondeu sem tirar os olhos do livro, onde escrevia algo com um lápis grafite.

A menina olhou para os primos, Sarah e Hyun, que estavam consigo, depois voltou a olhar para o contramestre novamente, esperando ele lidar com os que transportavam as mercadorias.

— Esse barril foi negociado com Yuri? — Namjoon virou-se para Jisung. 

— Deixe-me ver — o Ômega analisou, consultando os registros feitos pelo Capitão Jeon. — Não. Esse e aqueles outros contém pólvora e serão armazenados no paiol.

— Essas aqui ficam — Namjoon avisou para os que tentaram levar os barris junto às outras cargas. 

Coisas como essa acontecem com frequência. Caso não ficasse alguém para supervisionar as trocas, uma das partes sempre levaria por “engano” mais do que foi negociado.

— Quando você vai fazer a divisão da tripulação? — Eunji prosseguiu.

Namjoon terminou de anotar alguma coisa, depois fechou o livro e olhou para baixo, dando-lhe finalmente toda sua atenção. 

— Assim que eu calcular todos os gastos com a reposição do estoque e reparos do navio. Por que o interesse?

— Queremos nossa parte. — Foi direta. O contramestre franziu o cenho. — Temos direito, certo? 

— Sim. Todos temos. Vou calcular as partes e quando concluir todas eu repasso para vocês. 

Os três entreolharam-se felizes e satisfeitos. Namjoon ficou curioso quanto aquilo. Jungwon, Jay e muito menos Taesung se interessaram nos saques ou pediram suas partes. 

Curioso, o Alfa consultou Jisung: 

— O que eles estão aprontando? 

— Nada. Eles querem ajudar Jungwon com o conserto do Luna. 

— Na idade deles eu tava comendo areia no cais.

Jisung riu. 

Namjoon suspirou olhando na direção em que as crianças brincavam com Puffy. Estava orgulhoso em como eles já assumiram tanta responsabilidade, e o desejo de apoiar Jungwon com o navio. Ele pretendia descansar antes, mas mudou de ideia e seguiu até a cabine para concluir os cálculos.

Capitão Jimin estava cochilando na cadeira, próximo à mesa. Namjoon tentou ser silencioso, mas despertou o Ômega no momento em que tentava abrir uma gaveta. Jimin espreguiçou-se e depois olhou para ele.

— Não quis acordá-lo.

— Tudo bem. Eu tinha mesmo que terminar algumas anotações. 

— Eunji está atrás das partes dela nos saques. Sarah e Hyun também. Estão querendo entregar tudo pro Jungwon. 

O sorriso que cresceu no Ômega foi tão imenso que quase fez seus olhos sumirem. Ele apoiou os cotovelos, o queixo entre as mãos e suspirou pensativo, observando os objetos que também estavam sobre a mesa. 

— Ele não pediu. Em momento algum — Jimin se referia a Jungwon. — Minha princesa é tão generosa que decidiu sozinha abrir mão do que é dela, porque acredita no irmão. Posso ver nos olhos dela o quanto o admira. 

— Os gêmeos também. Eles estão muito interessados no que Jungwon pretende fazer com o navio. Acho que também querem navegar com ele.

— Eu tenho certeza que o que eles querem vai além disso. — Jimin abriu o diário de bordo, molhou uma pena e voltou aos registros. — E o farão, assim que crescerem. 

O Capitão estava certo, eles queriam fazer parte da futura tripulação de Jungwon. Eles tinham dois grandes exemplos como líderes, Jimin e Jungkook. Mas quando nasceram, tudo já estava conquistado. Os mares praticamente já pertenciam ao Black Swan. 

Com a volta do Luna e Jungwon para liderá-lo, agora eles tinham a oportunidade de ver uma tripulação de verdade surgir praticamente do zero. Estavam dispostos a fazer parte disso, e entregar toda sua lealdade ao Ômega que tanto admiram.

Namjoon ocupava uma cadeira do outro lado da mesa, calculando os lucros e cada parte dos bucaneiros. Quando Jimin terminou de registrar cada detalhe do ataque liderado por Jungwon, fechou o livro de registros e olhou para o Alfa sentado à sua frente.

— Coloque minha parte entre a deles. 

— Tem certeza? — Namjoon parou de escrever, encarando-o de volta.

— Sim. Pode fazer isso em todos os saques. 

— É bastante coisa…

— Eu sei. O Jungkook treinou ele, ensinou tudo o que sabe. Ele faz parte do que Jungwon está se tornando. Quero ajudá-lo de alguma forma também, mesmo que seja apenas consertando o Luna.

— Não diga isso. Você sabe que é o maior e melhor exemplo que ele tem como Ômega. Eu vejo ele e lembro de você, todo afoito sem medo de nada. Esse é o legado que você deixou para ele e Eunji. Sua coragem e bondade. Eu o vi dominando o navio mercante sem medo. Você acha que isso é apenas porque ele foi treinado pelo Capitão Jeon? Porque eu vejo nos olhos dele a mesma determinação que há nos seus.

— Namjoon…

— Você faz parte do que ele está se tornando sim. Como pai, como Ômega e como Capitão. Então nunca mais repita isso.

— Obrigado… — Jimin sorriu para ele. — Por favor, que esta conversa fique apenas entre nós. Deixe que eles pensem que toda aquela quantia de fato pertence apenas a eles.

— Isso ficará entre nós. Pode confiar.

Com a ajuda do Capitão, Namjoon terminou os cálculos rapidamente e, assim como foi combinado, encontrou os três pequenos e conferiu a eles todas as quantias a que tinham direito, além da parte de Jimin que foi dividida em porções entre eles.

As crianças, entretanto, alcançaram Jungwon, Jay e Lian amarrando e prendendo os cabos nas hastes de madeira, em que se totalizam as partes superiores de um mastro. 

Alguns piratas prometeram ajudá-los, porém, apenas quando retornassem de suas atividades na Ilha. O que os três estavam fazendo era apenas adiantar um pouco do serviço.

— Jungwon?! — Eunji o chamou da areia, próxima ao buraco no casco do navio. Assim que ele surgiu no parapeito ela continuou: — Temos algo importante pra falar com você.

O Ômega acenou, pedindo que aguardasse. Em alguns segundos ele já estava descendo pela parte inteira da escada e encontrando-os na praia.

— Namjoon já separou nossas partes, mas você vai ter de ir pro Black Swan porque toda quantia está em um baú.

— Vocês fizeram de novo…

— Já conversamos sobre isso. — Sarah afirmou. — Apenas aceite.

Hyun e Eunji pareciam tão determinados quanto ela. Jungwon entendeu que eles nunca aceitariam seu não, por isso, cedeu. Muito agradecido, ele prostrou-se em uma reverência diante dos três.

— Muito obrigado! Mas eu só vou aceitar com uma condição.

— Qual? — Eunji perguntou, mesmo sabendo que ela e seus primos não deixariam o Ômega em paz, até que ele aceitasse.

— Que você e a Sarah aprendam bastante com Hoseok e Arata, para que possam cuidar muito bem dos canhões do Luna.

A princípio, as duas trocaram olhares sem muita reação, mas à medida que a condição foi sendo compreendida, ergueram as sobrancelhas e o sorriso foi crescendo gradativamente.

— A gente pode começar agora mesmo se você quiser!

— Não… ainda precisam crescer um tantinho assim — Jungwon mostrou com as mãos. — Não há motivos para pressa, vocês sempre terão um lugar comigo.

Cheias de entusiasmo e vontade de aprender cada vez mais, para se tornar tão destrutivas quando os atiradores do Black Swan, as duas Alfas deram as mãos e correram na direção do navio. 

— Hyun… — Jungwon o chamou, antes que o primo corresse atrás delas. — Preciso te pedir algo muito importante.

— Não sei como posso ser útil… — o mais novo soou incerto, contudo, sorriu quando olhou para ele. — Mas você pode me pedir qualquer coisa.

— Quero que você desenhe a bandeira do Luna. Aquilo que causará medo em todos que avistarem nossa insígnia tremulando ao vento.

— Mas isso é muito mais do que importante…

— É o nosso símbolo mais sagrado.

— E você quer que eu desenhe? — Jungwon balançou a cabeça, confirmando. — Uma Lua? 

— Não exatamente… quero você desenhe as quatro fases, mas em bandeiras diferentes. 

— Como você quer? Por exemplo, elas devem significar alguma coisa específica?

— Sim. Não vou identificar meus ataques com cores, mas com as quatro principais fases da Lua — os olhos de Hyun brilhavam à medida que o primo explicava: — Navegando normalmente, a crescente. Ataque sorrateiro, a nova. Ataque normal, a minguante. E quando um navio avistar a bandeira com a Lua em sua fase cheia, eles saberão que não haverá piedade em um ataque.

— Mas o Taehyung me disse que na fase nova, não podemos ver a Lua no céu.

— Por isso que será nosso ataque sorrateiro — Jungwon piscou para ele. — Consegue fazer?

— Acho que sim… — Hyun observou o navio todo destruído pela explosão que sofreu e o longo período que passou no fundo do Pacífico, e ainda assim, Jungwon estava certo de que o Luna voltaria a navegar ainda melhor do que antes. Isso o fez mudar de ideia quanto a sua capacidade: — Sim! eu posso fazer isso!

— Aaaahh! — os Ômegas olharam para cima e viram os dois presos entre os cabos, no alto do mastro principal. — A gente vai cair e morrer lá embaixo!

— Segura ali naquela ponta — Lian instruiu. — Eu vou tentar desfazer esse nó aqui. Ele é o princípio de tudo…

— Como você pode ver — Hyun voltou sua atenção quando o primo revelou: —, eu não posso deixar essas duas crianças sozinhas por dois minutos.

O mais novo riu, assistindo ele subir para ajudar os Alfas. Jungwon usou um punhal para cortar dois cabos, e logo as cordas caíram ficando penduradas entre as vigas de madeira que compõem os mastros e suportam as velas. 

— Já podemos comprar madeira pra consertar o dano do casco.

Lian e Jay trocaram olhares satisfeitos, e desceram junto ao Ômega, onde encontraram Hyun na areia e seguiram juntos para o Black Swan.

Os três recolheram uma certa quantia e deixaram o menor no navio, para imediatamente comparecer a uma das melhores madeireiras de Nabuco, onde Jungwon costumava ser levado pelo pai, quando mais novo.

Quem os recebeu foi um jovem Alfa que passou a administrar a empresa dos pais. Ele foi reconhecido pelo Ômega no momento em que o mesmo adentrou no local.

— Doug? 

— Docinho? Há quanto tempo.

Jay e Lian trocaram olhares incomodados. Estavam um ao lado do outro, logo atrás do Ômega. 

— Meu nome é Jungwon, embora você nunca estivesse interessado em saber.

— Me desculpe, eu fui um verdadeiro babaca.

— Tudo bem.

— Certo… o que o trás aqui em nossa loja?

— Viemos andar a cavalo. — Lian respondeu muito sério, evidenciando que Jungwon não estava sozinho. 

— O que você acha que as pessoas querem quando vão a uma madeireira? — Jay perguntou.

— V-verdade, tem isso… — Doug engoliu em seco, com os dois o encarando de modo ameaçador. — E-eu, eh…

— Você tem madeira de teca? — O Ômega interrompeu a gagueira de Doug. 

— Sim, mas se for para consertar um navio eu indico o mogno.

— Doug, Doug… — Jungwon riu pouco. — Você não está lidando com um leigo.

— Como assim? Eu só estou oferecendo o que há de melhor.

— Eu não preciso da madeira mais cara do mercado, o que eu quero necessita de resistência, solidez e flexibilidade. 

O Alfa buscou argumentos para refutá-lo, ou de alguma maneira fazê-lo acreditar que possui mais conhecimento do assunto, apenas porque pertence a uma família de madeireiros. 

Todavia, ele percebeu pelo olhar do Ômega que Jungwon não era como os demais clientes. Ele estava ali sabendo o que quer, e sem dúvida não se deixaria ser enganado tão levianamente. Todo o conhecimento adquirido ao longo do tempo, enquanto acompanhava seu pai, não seria passado para trás por alguém como Doug.

— Temos em grande estoque a madeira que você pediu.

— Mostre-me.

— Por aqui, docinho…

O Alfa cedeu caminho para uma outra sala, onde havia um mostruário para exibir os muitos tipos e cores de diversas opções de madeira. 

Jungwon passou na frente, Doug pretendeu segui-lo mas foi barrado por um Alfa de cabelo preto e olhar profundo. Não conseguiu encará-lo por muito tempo, e quando buscou outra direção lá estava o outro Alfa, de cabelo mais claro, acastanhado, com os braços cruzados e igualmente firme.

— Presta atenção, Doug — o nome foi dito com bastante ênfase por Jay —, o nome dele não é esse.

— A não ser que você queira morrer engasgado com o próprio sangue, eu aconselho que comece a usá-lo. — Lian adicionou.

— E-e-eh…

— Não estou encontrando! — Jungwon resmungou, e quando apareceu na porta, todo o clima ameaçador e sombrio já havia se dissipado. Jay e Lian voltaram ao semblante tranquilo e cínico de antes. Apenas Doug estava parado como se fosse morrer se movesse um centímetro. — Vai ficar aí parado?

— Hã… e-eu vou te mostrar doci-... q-quero dizer, Jungwon!

— Hm… — mesmo desconfiado, ele retornou para a outra sala.

Doug se moveu devagar, mas dessa vez não foi impedido. Ele passou na frente sendo seguido por ambos, sentindo a presença deles o tempo todo.

Jungwon solicitou uma grande quantidade de vigas de madeira de teca, um tipo leve e que suporta grande pressão. Desse modo, logo eles iriam começar os reparos necessários para que o Luna voltasse a navegar o mais rápido possível.

Continua…

Respondendo uma dúvida recorrente rsrs a “primeira vez” deles vai acontecer apenas quando o Jay tiver 18 anos (capítulo 72), no momento ele tem 17. 

Poderia acontecer primeiro apenas entre o Lian e o Jungwon? Sim… mas Jay e ele cresceram aprendendo e vivendo tudo juntos, e eu quero q eles tbm experimentem juntos esse passo tão importante na vida amorosa deles 👉👈 

Portanto, Lian e Jungwon = #eueescolhoesperar 🥰💕🤣

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