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[33] O que é Justo

Na Escola de Aprendizes de Marinheiros, Lian observava os Alfas e Betas treinando suas habilidades na enorme piscina. Ele ainda não possuía idade suficiente para ser um aprendiz, embora seu pai tivesse movido céus e terra para que o garoto fosse aceito, três anos antes que o normal.

— Pegue sua espada, Lian — o Tenente Wo indicou. — Seu treino ainda não acabou.

— Sim, senhor. — o Alfa ignorou o cansaço e agarrou o cabo da espada novamente.

O fato de que o mais novo ainda não podia ser treinado para ser um marinheiro, não significava que ele não poderia frequentar as dependências do local. Ele era filho do Almirante, logo, sua presença era permitida. O Tenente Wo se encarregou de treiná-lo pessoalmente, a pedido de seu superior.

Estavam naquela luta há horas, o Alfa mais jovem se encontrava tão cansado que no ataque seguinte, seu braço perdeu a força e a arma caiu no chão, fazendo barulho.

— Lian, o que houve? — O Tenente se aproximou quando o menino se apoiou nos joelhos.

— Desculpe… podemos descansar só um pouco?

— Claro. — O Alfa mais velho recolheu as armas e sentou ao lado do menor. — Ultimamente você tem estado mais cansado em nossos treinos.

— Meu pai não tem me dado descanso. — Ele exibiu os nós dos dedos machucados. 

O Tenente franziu a testa, observando as pequenas mãos dele. Em seguida, encarou a cicatriz nos lábios do mais novo.

— Não pode cometer erros assim novamente — Wo aconselhou. — Seu pai é o Almirante da Marinha chinesa, Lian. É uma vergonha o que você fez. 

— Com todo respeito, Tenente, vergonha é o que a Marinha estava disposta a fazer com duas crianças inocentes. 

— Essas crianças são filhos de piratas.

— Que diferença faz? — Ele fez uma pausa quando um grupo de alunos passou perto de onde eles estavam. — Eles não têm culpa dos pais que possuem.

— Lian, você tem idade suficiente para entender que eles vão crescer e desenvolver a mesma atividade criminosa que os pais. 

— Eu sei.

— Então esqueça isso. Você os ajudou e foi duramente castigado por isso. Pelo amor de Deus, diga que aprendeu a lição… — o Tenente tomou um longo suspiro. — Precisa ter em mente que os piratas são os maiores inimigos da Marinha. Todos eles, sem exceção.

Por um momento, Lian apenas refletiu. Dividido entre as palavras do mais velho, seus deveres para com a Marinha chinesa e os dois que ajudou a escapar. 

— Tenente, o senhor sabe alguma coisa sobre Ômegas lúpus?

— Não muito. Sei que eles são mais resistentes que Ômegas comuns. 

— É possível que a voz de um Alfa não faça efeito sobre eles?

— Sim. Eles com certeza são diferentes de Ômegas comuns.

— Gostaria de saber mais. 

— Eles são raros. Por que não dá uma olhada na biblioteca do quartel? 

— Eu posso? 

— Claro que sim, você é um Zhang. — o Tenente piscou com um olho. — Seu sobrenome tem peso aqui, use-o.

— Farei isto. Obrigado. 

O Tenente assentiu. Ele entregou a espada ao mais novo e o chamou para voltar com os treinos. 


🏴‍☠️


Naquela manhã o sol ainda não havia chegado ao seu ponto mais alto, o clima estava razoavelmente agradável e alguns bucaneiros aproveitaram para descansar sob a brisa fresca no convés. As velas faziam sombra justamente onde Jisung estava sentado, com as pernas esticadas e as mãos apoiadas na barriga crescida.

— Isso é Alfa lúpus que tem aí dentro, tenho certeza — Seokjin expressou. — Lembro da minha mãe grávida do Jungkook, a barriga dela era grande assim.

— A minha também ficou enorme. Dos meus dois. — Sungjae disse. — E não nasceram lúpus.

— Você sabe que exagera, certo? — Seokjin contrapôs. 

O Ômega deu de ombros. 

Jackson se aproximou trazendo consigo uma caneca e entregou ao Ômega grávido.

— Eu perguntei a Seokjin e ele disse que isso ajuda a diminuir os enjôos.

O médico confirmou.

— Obrigado, meu bem. — Jisung sorriu para ele.

— Quando o sol ficar mais forte, quero que você se recolha.

— Tá bom, Jackie.

O Alfa assentiu satisfeito, beijou o topo da cabeça dele e se retirou. Baekhyun encarou o loiro negando com a cabeça.

— Eu passo mal com essa sua obediência a ele.

— Eu gosto, Baek. Ele não me obriga a nada, eu simplesmente faço o que ele diz porque eu quero.

O ruivo deu de ombros. 

— Na verdade — Sungjae comentou —, eu acho mais estranho sua relação com seu Alfa.

— Ué — Baekhyun o olhou surpreso. — Chany gosta de apanhar, eu gosto de bater. O que tem de estranho nisso? 

— É verdade — Jisung concordou rindo. — O Chany uma vez disse que gosta da mão pesada do Baek.

— Que peculiar. — Seokjin analisou.

Jimin chegou onde eles estavam com uma expressão entediada. A parte de trás do cabelo estava bagunçado, ele ignorou o olhar curioso de Seokjin.

— Jisung, se eu fosse você aproveitava cada momento íntimo com seu Alfa, porque quando essa criança nascer… — o irmão aconselhou.

— Iih, já entendi — Sungjae falou. — Sabe, Jimin, há camarotes vazios lá embaixo desde aquela tempestade há três anos. Jay e Tetê dormem juntos em um deles. Se você quiser, seu filho pode dividir esse quarto com eles, já é um mocinho.

— Eu duvido que Jungkook concorde com isso.

— Explique direitinho, ele vai entender. Não é só vocês que precisam dessa privacidade. O Jungwon também.

— Taesung é tão novinho. Ele não tem medo de ficar sozinho? — Jisung perguntou. 

— No início ele tinha. Mas o Jay se tornou muito mais corajoso depois que o Capitão Jeon começou a treinar ele. — Sungjae respondeu orgulhoso. — Tetê não tem medo porque fica com o irmão dele.

— Que fofo. Parece o Jimin e eu — Jisung sorriu olhando o irmão. — Eu não tinha medo quando ele segurava minha mão.

Jimin sorriu de volta.

— Olha ele ali — Seokjin mostrou o irmão. — Vai falar com ele.

Jungkook estava observando algumas velas ao lado de Dahyun. Ele parecia muito satisfeito com o que a mecânica estava mostrando, assentindo a tudo o que a mesma dizia. A Beta falava com segurança e propriedade quando se tratava da armação física do Black Swan. 

— Jungkookie — Jimin acenou com a mão. — Vem aqui, por favor?

O Capitão semicerrou os olhos, desconfiado, falou algo com Dahyun e a mesma assentiu, prontamente, ele seguiu caminhando com uma sobrancelha erguida e o olhar atento sobre o Ômega dele.

— Hmm… — O Capitão Jeon parou ao lado do loirinho que o encarava de volta com o olhar mais inocente. — Então?

— Eu estava pensando que o Jungwon já pode dividir um dormitório com as outras crianças. 

— Jungwon dormir com dois Alfas em um quarto?

— Jeon… — Jimin foi corrigir, mas a resposta do outro o impediu.

— De jeito nenhum! 

O Alfa não esperou para ouvir os argumentos de Jimin, e girou voltando na direção da cabine. O Ômega se levantou e logo foi atrás dele. 

— Se eu fosse o Jimin, descia a mão na cara dele. — Baek opinou.

— Não, credo — Jisung protestou. — Ele só tem que pedir com jeitinho.

— Ele não tem que ser agressivo e muito menos pedir — Sungjae disse. — Eles só precisam conversar e chegar em um entendimento.

— Finalmente um Ômega sensato — Seokjin ergueu as mãos para os céus.

— Mas — Sungjae continuou —, se o diálogo não funcionar, a opção do Baek prevalece.

O Ômega ruivo e ele bateram as palmas. Jisung riu, levando na brincadeira. Seokjin foi junto, rolando os olhos.

Dentro da cabine, Jimin usava seus argumentos juntamente de seus recursos para convencer o Alfa. Jungkook esquecia até mesmo que dia era, quando Jimin o tocava com suas mãos tão suavemente.

— Jungwon já um mocinho... — O Ômega insistia com uma voz tão doce quanto seu aroma. — Deixe-o ir. Ele vai ficar tão feliz… ele já é tão independente.

— Um Ômega não pode dormir no mesmo quarto que um Alfa, coração — Jungkook argumentou suave. — Muito menos dois Alfas.

— Claro que pode…

— Pode, hm? — O Alfa virou-se de frente e apoiou as mãos na cintura dele. — O que aconteceu quando você passou a dormir na minha cabine?

— Eu tinha dezenove anos. Seu filho tem nove.

— Ano que vem ele faz dez, depois onze, doze… 

— Aah, que Alfa tenso! Eles são como irmãozinhos… relaxe.

— Não sei… não estou relaxado. Me ajude a relaxar — Jungkook sorriu astuto.

Jimin mordeu o lábio, entendendo aonde o Alfa queria chegar. A mão do Ômega desceu até o cinto dele, mas ambos se afastaram repentinamente quando a porta da cabine foi aberta por Jungwon. O menino entrou trazendo consigo o coelhinho no colo.

— Humhum… — Jimin limpou a garganta, disfarçando. — Onde estão as outras crianças, filho?

— Estão lá fora — Jungwon estava nas prateleiras buscando algo. — Papai, onde está o livrinho das letras? Taesung quer aprender a ler.

— Dentro do baú de mapas. 

O menino encontrou o livro e sorriu agradecido, antes de sair da cabine ele girou para o pai Ômega:

— Papai, o que é um prostituto?

Jungkook derrubou o sextante que usava para corrigir erros de navegação. O aparelho de metal fez barulho ao cair no chão e soltar algumas peças. 

— Onde ouviu isso? — Jimin perguntou com o cenho franzido.

— Bob disse que o papai do Jay e do Tetê não é médico, mas um prostituto. Queria saber o que é.

— Calma… — Jungkook largou o dispositivo no chão e seguiu até o Ômega mais velho. 

— Estou calmo… — Jimin respirou profundamente, fechou os olhos e massageou as têmporas enquanto repetia para si mesmo, como um mantra: — Não serei impulsivo. Estou calmo, muito calmo. Não serei impulsivo… — Jimin sentou na cama onde ficou por exatos três segundos, quando se levantou de supetão: — Eu vou matar o Bob!

— Calma! — Jungkook o agarrou pela cintura e o guiou para mais longe da porta. — Não pode fazer isso.

— Me assista! Me solte, e você verá!

Jungwon desistiu de obter a resposta, deu de ombros e saiu da cabine.

— Jimin-ssi! — Jungkook falou mais alto, para tomar a atenção dele para si. — Me escute, se vai matar o Bob por causa disso, terá de matar a maior parte da tripulação. Quase todos comentam esse tipo de coisa sobre ele. O próprio Sungjae deve tá acostumado.

— Isso é tão injusto. Ele se dedicou a estudar medicina por anos com Seokjin, ele cuida de todos mesmo ouvindo esse tipo de coisa. Deveriam respeitar ele.

— É uma escolha deles. Não pode fazer nada quanto a isso.

— Escolha, não é? — Jimin relaxou, largando a roupa do Alfa. — Hm… acho que tive uma ideia.

— No que está pensando? — Jungkook também o soltou, mas continuou desconfiado.

Jimin sorriu para ele, suspirando tranquilo antes de contar seu plano. 


🏴‍☠️


Na enfermaria, Jungwon ensinava o pequeno Alfa a conhecer as letrinhas. Jay o auxiliava com algumas observações, mostrando imagens cujo nome iniciava com cada letra apresentada pelo Ômega.

— Seokjin, meu querido cunhado maravilhoso — Jimin entrou sorrindo para o mesmo. 

— Ele só chega assim quando precisa de alguma coisa. — O Beta resmungou. 

— É completamente diferente — Jimin explicou, abraçando-o de lado. — Você trabalha demais, precisa de umas férias.

— E eu mereço, não é? — O mais velho refletiu. Ele mesmo concluiu sem esperar a resposta de ninguém: — Claro que mereço. Sungjae, cuida das coisas pois estou de férias.

O Beta entregou uma prancheta para o outro médico e se retirou da enfermaria sem olhar para trás. O Ômega piscou atônito, em seguida virou-se para o lúpus:

— Ótimo, agora vou trabalhar por dois. 

— Não vai. Você vai cuidar apenas dos que te respeitam.

— Posso contar nos dedos os que fazem isso — o médico cruzou os braços.

— Então comece a contar. Ignore Bob e sua corja de nojentos.

— Eles vão reclamar pro Capitão. 

— Deixa eles irem — Jimin riu. 

Sungjae deu de ombros, muito satisfeito. Ele observou Jungwon ensinando seu filhotinho mais novo a ler. O pequeno se mostrou muito encantado com as atividades do seu pai. Achava incrível quando ele e Seokjin tiravam as dores dos bucaneiros.

Em contrapartida, Jay e Jungwon, mostravam-se interessados nas armas e lutas. Eles queriam se tornar cada vez mais fortes como os piratas do Black Swan. O Ômega desejava ser um Capitão poderoso e famoso como seu pai. Para isso, a coragem de Jimin não lhe faltava.

De volta à cabine, Jimin encontrou seu Alfa encaixando as últimas pequenas peças que soltaram do sextante, e apoiando o objeto sobre a mesa novamente. 

— O Jin está muito satisfeito com seu plano — Jungkook informou. — Ele veio aqui buscar o meu vinho e levou meu contramestre junto. 

— Deixe, ele merece. — Jimin sentou na mesa, mexendo nas madeixas negras do Alfa. — E sobre o Jungwon dormir no dormitório?

— Onde fica o quarto deles?

— Do ladinho do Sungjae.

— Hm, bem de frente ao do Yoongi… — O Alfa pensou em voz alta.

— Pare com isso! — Jimin o empurrou, entre risos. — Ao invés de ficar resmungando, por que não me ajuda a levar as coisinhas dele para o andar de baixo?

— Tá… tudo bem.

Jimin o abraçou pelo pescoço e o beijou diversas vezes. Jungkook o recebeu com um abraço forte.

— Você fica tão fofo com esse biquinho irritado. — Jimin provocou, o sorriso do Alfa foi surgindo até exibir os dentes. 

— O que você não me pede chorando que eu não faço sorrindo?

— Agora que você lembrou, estamos indo para Nabuco, certo?

— Jimin, Jimin…

— Eu sei, eu sei. Mas aquele Coal… 

— Eu me lembro bem dele. Lembro quando ele levantou a túnica que você vestia. Naquela hora senti vontade de explodir a cabeça dele com isso aqui — ele puxou a arma e a exibiu, com o dedo no gatilho. 

O Ômega observou a pistola bem diante do seu rosto. Ele sorriu, ergueu os olhos e encarou os do Alfa. 

— Farei isso. — Jimin segurou a arma e a retirou das mãos do Alfa com cuidado. — Vou mandá-lo para o mesmo lugar onde está aquela sócia imunda dele.

Jungkook o admirou dos pés à cabeça. Um Ômega lúpus, forte e determinado, corajoso. Com fortes convicções e ao mesmo tempo alguém que possuía uma das qualidades mais raras de se encontrar; a compaixão. 

— A essa altura eles já sabem o que aconteceu a capitã do Deep Sea.

— Ótimo. Que se espalhe pelos sete mares o quão fortes são os Ômegas do Black Swan.

Jungkook sorriu orgulhoso, mas ao mesmo tempo ele tinha em mente que, com a fama e o poder, também vinham os adversários. Ele sabia disso como ninguém. Da mesma forma que o Capitão Jeon era temido, seus inimigos desejavam colocar as mãos no que era seu. Inveja e cobiça sempre andaram de mãos dadas com a humanidade. Sejam piratas ou não.


🏴‍☠️


Após receber a notícia que daquele dia em diante já não iria mais dormir na cabine com seus pais, Jungwon sentiu que finalmente estava dando seu primeiro passo para se tornar um pirata de verdade. Ora, estava se tornando independente, era o que ele compreendeu.

Agora ele poderia dormir mais tarde, lendo suas histórias e conversando com os Alfas, colegas de quarto. Poderiam brincar de se aventurar pelo porão à noite, como sempre desejou. Jungwon estava tão feliz que até foi além, sentia que estava mais próximo de se tornar o capitão do navio.

Com isso em mente, ele também sabia que precisava de muito treino, não apenas com espadas e pistolas. Dessa forma, ele foi em busca daquele que melhor poderia lhe ensinar como se tornar o capitão de um navio.

— Pai, você precisa me ensinar a ser capitão. 

Jungkook, que estava amarrando alguns cabos, parou o que estava fazendo para encarar o filho e seu curioso projeto.

— Você não acha que ainda é muito novo para pensar nisso?

— Agora que estou mais independente eu sinto que preciso ter mais responsabilidade — explicou o menino. Jungkook deu o último nó e mostrou toda sua atenção ao pequeno. — Todo mundo fala que um dia eu vou ser capitão do Black Swan, então você devia me ensinar, né?

— Já terminou suas tarefas? Limpou a sujeira do Puffy e as cascas que deixou espalhadas pela proa?

— Ah não, pai. O Billy limpa o convés, ele recolhe as cascas. 

Jungkook cruzou os braços, observando o quanto o Ômega estava inquieto. Analisando-o.

— Então? — O mais novo insistiu. — Como posso ser um bom capitão?

— Então quer mesmo aprender a ser um bom capitão?

— Sim!

— Ótimo. Pegue o esfregão e ajude Billy a limpar o convés.

— Pai! Isso não é trabalho de capitão!

— Mas você não é um.

Jungwon abriu a boca mas não respondeu. Ele curvou os ombros e suspirou enfadonho.

— Então depois que eu ajudar ele, você me ensinar a ser capitão?

Jungkook assentiu. Isso animou o pequeno, e ele correu para fazer o que seu pai mandou.

No convés, ele se arrastou com preguiça até onde Billy estava limpando o chão. Haviam dois baldes com água, o pavimento estava molhado e o pirata movia o esfregão de um lado para o outro, removendo a sujeira impregnada. 

— Eu vim te ajudar, Billy.

— Não precisa. 

— Meu pai mandou.

— Sério? — O Alfa olhou confuso para a cabine, depois para o mais novo que já estava molhando e passando o esfregão pelo pavimento. — Então,tá.

O convés do Black Swan era enorme, fazia juz ao tamanho do navio. Mas o pequeno estava se esforçando para deixar o chão bastante limpo, para que seu pai ficasse satisfeito e finalmente lhe ensinasse o que ele tanto queria.

Estava esgotado, mas quase terminando o serviço, quando uma pirata seguiu caminho exatamente onde ele havia acabado de limpar, deixando as marcas de sujeira das botas dela no chão.

— Fritz! Eu acabei de limpar aqui! — Jungwon resmungou, mas a pirata não deu atenção. — Não pode sair sujando o que os outros limpam com tanta dedicação! 

As palavras do Ômega fizeram algum sentido em sua própria mente, e ele segurou no cabo do esfregão com força. Ele observou Billy limpando o convés, indiferente, e sentiu-se mal por tantas vezes ter deixado sua sujeira para o Alfa limpar, de propósito. 

— Desculpa, Billy. 

— Por que? 

— Eu fico sujando o convés, nem recolhi as cascas da laranja que comi. Deixo tudo pra você fazer, isso não é justo.

— Tudo bem — o pirata sorriu para ele. — Você pode. Você é o filho do Capitão, nem precisa se preocupar com isso. 

O Ômega sorriu sem graça, voltando a tarefa de limpar o navio enquanto refletia. Quando terminaram, o convés estava inteiramente limpo, desde a popa até a proa, sem aquela camada de maresia que deixava a madeira pegajosa e nojenta. 

— Ainda tem mais algo para fazer?

— Não, não. Só vou jogar essa água fora, mas você pode se desequilibrar e cair, então deixa que eu faço.

— Tá bom.

— Obrigado, Jungwon. Graças a sua ajuda eu terminei mais cedo.

— Disponha, Billy. — O menino assentiu, sorrindo para ele. 

Em seguida, girou na direção da cabine e foi ter como seu pai. Ele entrou no cômodo com os olhos cabisbaixos, Jungkook estava sentado diante da mesa, escrevendo no livro de registros. Ele notou a presença do seu filho se aproximando, mas continuou suas anotações. Ele perguntou quando o Ômega parou rente à mesa:

— E então? 

— Já terminamos de limpar o convés.

— Muito bem. Aprendeu algo com isso?

— Sim… — O Alfa deixou as anotações e ergueu o olhar para o filho. — Não posso me aproveitar porque sou filho dos capitães, e fazer com que os outros façam minhas tarefas por mim. — Jungkook assentiu orgulhoso e satisfeito, estava prestes a retornar suas anotações quando o mais novo continuou: — Da mesma forma, um capitão não pode se aproveitar de sua posição para tirar proveito dos bucaneiros. Ele precisa ser justo e cooperar com todos. 

Ao terminar de falar, Jungwon baixou os olhos que começaram a marejar. 

— Vem aqui — Jungkook afastou a cadeira da mesa e sentou a criança em uma de suas pernas. — Por que está envergonhado? Você aprendeu sozinho o que muitos não entendem até os dias de hoje. Deveria se orgulhar. 

— De verdade? — O pequeno encarou o pai com os olhos cheios de lágrimas.

— Sim. — Ele o beijou carinhosamente na lateral da cabeça, e passou os dedos nas bochechas gordinhas para secar algumas lágrimas que haviam descido. — Você é esperto e aprende as coisas rápido. Mas não tenha pressa em crescer. Eu não posso ensinar você a ser um capitão, Jungwon, é algo que se aprende sozinho. Você se torna um apenas se merecer. 

O menino respirou fundo e assentiu, secando o restante das lágrimas com as costas das mãos. Se seu pai não poderia lhe ensinar a como ser um bom capitão, ele estava fazendo melhor, dando o exemplo. 

Continua...

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