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[28] Em Acordo

Jimin travou o leme e desceu os degraus até o convés inferior. Baekhyun apenas assistia enquanto o outro Ômega ficou ansioso pela resposta do lúpus. 

— E sua família? — Jimin o analisou.

— Não tenho. Sou apenas um servo sem nenhum valor — Arata explicou. — Assim que fomos atacados, os Alfas do navio protegeram a pessoa para o qual eu servia e eu fui jogado para os piratas, para que a vida dela fosse poupada.

— Nós somos piratas também — Baekhyun afirmou.

 — Eu sei... mas tem Alfas em sua tripulação?

— Somos do Black Swan, há muitos outros além de nós. Três Ômegas, alguns Betas e a grande maioria são Alfas.

— Mas não são como estes — Jimin se referiu aos que estavam presos. — Em nossa tripulação todos são tratados igualmente. 

— Eu não tenho para onde voltar… mas não sei como poderia ser útil para vocês.

— É o que realmente quer?

— Sim.

— Então seja bem-vindo. 

— De verdade? 

Jimin assentiu, confirmando.

— Encontraremos algo que você possa ajudar. — Arata sorriu, radiante. — Baek, dê-lhe uma arma e o ensine a atirar. Eu vou olhar os documentos na cabine.

Baekhyun entregou ao Ômega uma pistola e mostrou como utilizá-la. Jimin seguiu para a cabine, sentou na mesa da capitã e abriu o diário de bordo do Deep Sea. Lá estavam todas as informações sobre os ataques que sofreram, gastos com provisões, problemas com tempestades e os últimos roubos. O porão estava repleto de prata do último saque que fizeram.

Jimin abriu as gavetas em busca de um outro livro que tivesse informações sobre o leilão, mas não encontrou. Seguiu para as estantes mas não havia um único livro por ali. Apenas alguns mapas e muitas garrafas com líquidos de cores diferentes. 

Ao lado da cama havia uma pequena mesa de cabeceira, com uma única gaveta. Assim que abriu, encontrou uma outra pistola e um outro livro de registros. Ele folheou algumas páginas. Havia uma grande quantidade de nomes e um valor em prata ou lado deles. Eram todos Ômegas que foram vendidos no leilão.

O livro era grosso e a lista começava desde muitos anos atrás. Jimin entendeu que aquele não era o primeiro documento do leilão. Houveram outros antes. O Submundo de Nabuco existe desde que a ilha tornou-se um centro comercial, ele sequer era nascido na época.

Jimin sobressaltou e deixou o livro cair no chão quando ouviu um disparo. Ele correu para fora da cabine e viu Arata sorrindo tímido, enquanto Baekhyun festejava rindo alto. 

— Ele acertou o alvo, Jimin! Ele é bom! 

— Obrigado…

— Só falta parar com essa tremedeira toda — Baek segurou nas mãos dele. — Relaxe.

— Desculpe, fico nervoso com armas. É a primeira vez que seguro uma… — as mãos dele não paravam de tremer.

— Tudo bem, melhor você me dar isso aqui... — Jimin pegou a arma de Arata, e em troca adicionou um punhal no cós da calça. — Sabe cozinhar?

— Sim! Isso eu posso fazer.

— Ótimo, pode ajudar o Junbuu. O nosso adorável cozinheiro.

— Adorável, Jimin? aquele velho vai devorar ele vivo.

— O quê?! — Arata arregalou os olhos.

— Não é bem assim... Junbuu é um pouco arisco, mas não se preocupe. É só trabalhar bem e demonstrar respeito. 

— Certo.

— O que é aquilo? — Baekhyun apontou para um ponto no horizonte.

Jimin e Arata tentaram enxergar, mesmo da proa foi impossível identificar o que era. Baekhyun foi até a capitã presa no mastro e puxou a luneta em seu bolso.

— Me empresta aqui, já te devolvo.

— Malditos Ômegas! — Signora rosnou. — Tomara que seja uma das tripulações dele!

O Ômega ruivo ignorou os protestos da capitã e subiu ligeiro pelos cabos, até a cesta do mastro. Ele usou a luneta para tentar identificar o que seria aquilo que enxergaram ainda tão distante. 

— É um navio! Não consigo ver a bandeira ainda, mas pela cor é o Black Swan. A não ser que você conheça algum outro navio que seja inteiramente negro.

— Jungkook! — Jimin sorriu animado por não ser outra tripulação. Mas logo o sorriso diminuiu ao lembrar-se de como havia deixado seu Alfa desde a última vez que o viu. — Oh, céus. Jungkook…

— Se eu fosse ele, amarraria você no mastro e comeria seu rabo na frente de todos! — Signora gargalhou. — Para aprender onde fica seu lugar.

Jimin suspirou irritado, puxou a pistola e seguiu para o mastro em que a Alfa estava presa. Ele mirou a arma no rosto dela e proferiu:

— Quais suas últimas palavras?

— Vá se f-... — A fala de Signora foi interrompida pelo barulho do disparo, e da pólvora estilhaçando sua boca e parte do rosto.

A cabeça da Alfa tombou para frente e o sangue começou a descer pelo pescoço e pingar nos próprios pés dela.

Os Alfas na proa ficaram agitados e começaram a gritar, tentando se soltar ou se levantar. Mas estavam todos presos e atados uns aos outros. Quando um se levantava ou tropeçava, os demais caíam juntos.

— Vocês ouviram, o Black Swan está se aproximando — Jimin se dirigiu a eles, ainda com a pistola em punho. — Fiquem quietos se não quiserem ter o mesmo destino que essa aí.

— Você matará a todos nós, assim como fez com a nossa capitã mesmo quando nos rendemos.

— Eu não disse que ela viveria. — Jimin afirmou simples. — Não tenho nada contra vocês, até deixarei que fiquem com o navio. Porém, seus saques agora são todos meus.

Os piratas se calaram, sendo obrigados a aceitar o novo acordo. Pelo menos viveriam para saquear novamente no dia seguinte.  

— Estamos indo rápido demais. — Jimin analisou olhando para o alto. — Cortem todos os cabos para diminuir as velas. 

Os Ômegas assentiram e cada um pegou um punhal para cortar os cabos que mantinham as velas içadas, para que o vento parasse de fornecer velocidade ao navio. 

Jimin seguiu até a frente da embarcação e tentou soltar a âncora. Mas sozinho não conseguiu. A manivela do aparelho era extremamente pesada, e ela só se moveu quando Baekhyun e Arata se juntaram a ele.

— E agora? — Baek e Arata esperaram pelo lúpus.

Jimin encarou no horizonte o ponto preto ficando maior à medida que se aproximava. Agora, sendo possível enxergar o formato de um navio.

— Agora esperamos.


🏴‍☠️


Do Alta da cesta do Black Swan, Sven buscava por algum sinal do Deep Sea com sua luneta, ou de qualquer outra embarcação. Ele enxergou um navio mercante seguindo em direção à Coréia, e logo avisou aos demais:

— Navio mercante a estibordo! 

Os piratas se animaram.

— Capitão, podemos atacar?

— Não. — Jungkook foi curto, encarando o horizonte pela proa. — Todas as velas estão içadas?

— Sim. — Namjoon respondeu. — Todas as auxiliares e as da gávea também.

— Quantos nós?

— Dezoito.

— Ótimo — Jungkook entregou a luneta para Taehyung. — Quando encontrarem o Deep Sea me avisem.

Com isso, o Capitão Jeon retornou para a cabine. Ele encontrou Jungwon sentado em sua cadeira enquanto escrevia em uma folha de pergaminho. Parecia algo importante, o pequeno estava tão concentrado que não notou quando o Alfa se aproximou.

— Fazendo seus deveres sem seu pai mandar — Jungkook reconheceu. — Ele vai ficar muito orgulhoso.

— Não, pai. Estou escrevendo uma carta para o Lian.

Jungkook engoliu um rosnado.

— O que tem escrito? — Ele tentou pegar a carta mas Jungwon afastou dele.

— É pro Lian, não para o Capitão Jeon. — O menino afirmou, dobrando o papel.

— Hm…

— Não fique chateado... eu fiz um desenho para você. Toma.

Jungkook recebeu o presente e sorriu ao ver as três pessoas e um coelho desenhados dentro de um coração. Um era loiro, o outro tinha cabelo preto e o terceiro era uma criança que estava entre ambos. O desenho claramente representava Jimin, Jungkook, Jungwon e Puffy.

— Você gostou?

— Eu adorei.

Jungwon sorriu grande e mostrou outro desenho.

— Esse aqui é do papai.

Na segunda ilustração, os quatro estavam na paisagem muito bonita de uma praia.

— Ficou muito bom.

— Obrigado. — Jungwon guardou a cartinha dentro de um envelope e a depositou dentro da gaveta.— Por favor, pai, não abra.

— Não vou. — Jungkook prometeu.

O Ômega assentiu tranquilo e desceu da cadeira para pegar o coelho que estava deitado em sua cama.

— Vou brincar com o Jay e o Taesung. — Jungwon avisou, saindo da cabine.

Jungkook mirou a gaveta, tentado a pegar a cartinha. Mas prometeu que não iria abrir o envelope, logo deixou de lado a curiosidade para registrar as rotas que estavam navegando, no livro provisório.

O Alfa abriu na página mais recente esperando encontrar as anotações que supostamente Jimin estava fazendo no dia anterior. Como havia pensado, não tinha nada ali, exceto por uma única frase: Desculpe… eu te amo!

O Capitão fechou os olhos, podia sentir pela marca que Jimin estava bem. Entretanto, ele poderia apenas estar escondendo suas emoções para que a vergonha não fosse maior. Imaginou que o Ômega estava preso no porão e arrependido de ter cometido essa grande estupidez.

— Ah, meu coração. Por que você faz isso comigo? — Ele comentou sozinho, molhando a pena para começar a escrever. 

Após fazer os registros das rotas, Jungkook guardou o livro e seguiu até a estante para tomar um pouco de rum. Serviu um copo e o tomou todo de uma só vez. Estava prestes a repetir a dose quando escutou batidas em sua porta.

— Entre.

— São eles. — Namjoon avisou.

Jungkook largou o copo e a garrafa em cima da cômoda e seguiu o contramestre até a frente da embarcação. Era possível enxergar o Deep Sea parado, com todas as velas abaixadas.

— O que faremos, Capitão?

— Diminuam a velocidade e preparem os canhões.

— Jimin e Baek estão lá! — Dahyun lembrou.

— Estão no porão — Jungkook afirmou com toda a certeza. — Hoseok, mire no-...

— Espere! — Taehyung articulou. Ele estava na proa observando o outro navio com uma luneta. — É o Jimin… ele está sentado ao lado do leme.

— Quê?! 

Jungkook se aproximou do navegador, que prontamente entregou a luneta para ele. Jimin realmente estava sentado no Deep Sea e havia um outro Ômega com ele. Não era Baekhyun, o ruivo estava apoiado na lateral do navio.

— Capitão? — Hoseok aguardou.

— Suspenda o ataque, mas fique atento. Pode ser uma armadilha. — Jungkook determinou. Ele subiu no convés superior e parou ao lado da timoneira.— Aproxime-se com cuidado.

Chaerin assentiu e segurou firme no leme, guiando a embarcação para o lado em que Jimin estava. Algumas velas foram baixadas, desse modo o Black Swan se aproximou lentamente da outra embarcação. 

Com o fim da guerra, o código que impedia tripulações piratas de atacar umas as outras, foi encerrado. Era preciso ter muita cautela, pois a maioria estava tentando se reerguer e não teriam a menor hesitação em atacar. 

O Capitão Jeon foi o primeiro a atravessar a prancha de um navio até o outro, seguido por Namjoon, Chanyeol, Hoseok e outros Alfas. A reação dos piratas ao notarem que a tripulação do Deep Sea, embora pequena, estava inteiramente rendida na proa foi instantânea. 

Jimin desceu as escadas e esperou o Capitão vir até ele. O Alfa não parou, ele agarrou o braço do loiro e o levou consigo para dentro da cabine. Jimin se deixou ser levado. Ele fez sinal para Arata esperar, antes de sumir pela porta.

— Você me fez de idiota mais uma vez! — Jungkook acusou quando fechou a porta. — Me deixou acorrentado naquela maldita cama! Como se já não bastasse da primeira vez!

— Se você continuar berrando desse jeito eles vão te ouvir.

— Dane-se! Eu já havia decidido as rotas com Taehyung e a tripulação concordou em iniciar os saques. Mas não. Você queria sair por ai salvando os Ômegas. 

— O porão está cheio de cargas, baús com moedas de prata e jóias. Resolvido. — Jimin seguiu até a saída, mas parou quando o Alfa apoiou a mão na porta, para impedi-lo de abrir. 

— Eu ainda não acabei.

— Certo… — Jimin recuou. — Prossiga.

— O que fez foi insubordinação. Se fosse qualquer outro eu mandaria para a prancha agora mesmo! — Jungkook fez uma pausa e observou as feições de Jimin. O Ômega permaneceu calmo, apenas esperando ele continuar. — Quero nem imaginar o que vai ser da próxima vez. 

— Você está falando como se eu fizesse isso apenas para irritá-lo.

— É o que parece. Não importa o que já foi decidido, se Jeon Jimin quer fazer tal coisa ele vai. Foda-se o resto. É só conseguir algumas correntes e prender o Capitão Idiota Jeon na cama e está tudo certo. — Jimin não se conteve e riu da última parte. — Isso é engraçado pra você?

— Não. Tem razão, me desculpe. — Jimin voltou a expressão séria de antes. — Não vai acontecer novamente, até porque tenho novas responsabilidades agora.

— Responsabilidades? 

— Sim. Sou o Capitão dos Ômegas.

— E desde quando você decidiu isso?

— Não fui eu. Foram eles que me escolheram para representá-los.

Jungkook riu, pensativo. 

— Isso não vai funcionar. 

— Por que não? — Jimin cruzou os braços.

— Porque você só faz o que quer. Todos sabem que as decisões finais sempre são minhas, mas eu respeito minha tripulação e escuto o que eles têm a dizer também. Todos estavam de acordo em iniciar os saques, você não. Você decidiu que a prioridade era outra, ignorou e agiu separadamente.

 — Eu não tenho o que dizer, você tem razão — ele mordeu o lábio, desarmando a postura defensiva. — Mas é que estou farto disso tudo, de como os Ômegas são tratados. Não somos objetos. Céus, ver um Ômega ser levado daquele jeito. Eu precisava fazer alguma coisa. Eu sei que fui impulsivo, mas…

— Isso é importante pra você. — Jungkook ponderou.

Os olhos de Jimin brilharam quando encarou os do Alfa.

— Você não faz ideia do quanto.

Jungkook encarou e observou o Ômega em silêncio. Estava claro que o interesse de Jimin não se embasava no poder, ele não desejava isso. Ser o Capitão dos Ômegas estava além de qualquer posto hierárquico. Seu coração desejava e ardia pelo interesse dos Ômegas, porque Jimin sabia e vivia na pele o que é ser um em seu tempo. O quanto eram desvalorizados e taxados ao nível de um simples objeto. 

Mesmo que Jungkook não os tivesse subestimado, mesmo que permitisse a entrada deles na tripulação e os respeitasse como iguais, apenas Jimin poderia de fato falar por eles. 

— E quando os interesses da tripulação ficarem divididos? — O Alfa perguntou. — Como será com dois capitães?

Jimin respirou fundo, pensando na resposta. Caminhou até o mais velho, deslizando as mãos sobre os ombros dele. Jungkook apenas observava em silêncio. As mãos de Jimin se cruzaram na nuca do Alfa, mantendo a atenção dele em si.

— Então nós vamos entrar em nossa cabine e conversar. Entrar em um acordo que seja melhor para todos. Eu posso ceder em muitas coisas, só não vou abrir mão de ajudar os Ômegas que necessitem de ajuda.

— E você garante que desse jeito vai funcionar?

— Não. — Jimin foi sincero, mesmo sabendo que um “sim” poderia agradar muito mais. — Mas eu garanto que vou tentar fazer dar certo. Ser menos impulsivo e não fazer apenas o que me der na telha.

— Tudo bem… — Jungkook apoiou as mãos na cintura do Ômega e sorriu para ele. — Então é isso, Capitão Jimin.

Jimin sorriu de volta. Ele encarou os lábios do Alfa e depois mirou seus olhos novamente. Aquele era um convite claro que Jungkook não se negaria a atender nem que o navio estivesse afundando. Ele inclinou o rosto e sentiu a doçura dos lábios de Jimin, quando pressionou os seus contra os dele.

Aquele beijo foi mais do que um simples contato físico. Era como se confirmasse o acordo entre ambos, e os lembrava que além da capitania, eles eram um casal que se amava acima de tudo.

A porta da cabine foi aberta, apenas o suficiente para que Jared surgisse para perguntar sobre as cargas do porão. O Capitão Jeon o fulminou com os olhos de tal modo, que o pirata apenas recuou devagar e fechou a porta novamente.

— Há tantas cargas assim? — Jungkook perguntou ao seu Ômega.

— Vários baús com prata e muitas jóias. 

Jungkook ofereceu a mão e Jimin aceitou.

 — Vamos terminar com isso. 


 Continua...

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