[27] Deu Tudo Certo
Gyn e seu parceiro Duke trocavam suas posições de guarda com um certo intervalo de tempo. Jimin contou as vezes e também os minutos que os Alfas levavam para um substituir o outro. Ele olhou para o lado e viu que Baekhyun mantinha-se tranquilo.
Jimin esperou que ele olhasse para si, e quando teve a atenção do Ômega, moveu o dedo indicando o Alfa que estava sentado, distraído com as imagens dos belos Ômegas em um cartaz de Folsom.
Baekhyun assentiu, balançando a cabeça.
— Quero usar a latrina — Jimin afirmou.
— Tsc… — o Alfa ignorou.
— Por favor? Vai querer que eu faça aqui mesmo?
— Quieto!
Jimin voltou a olhar para o outro Ômega, com um olhar irritado. Baekhyun fez sinal para que ele continuasse, apontando com o queixo para o cartaz e depois para o lúpus. Jimin ergueu as sobrancelhas, quando entendeu o que o ruivo estava querendo dizer.
Jimin respirou profundamente, sem acreditar no que estava prestes a fazer. Seduzir um Alfa que não fosse seu era uma ideia bastante sórdida, mas ele não teria que ir além disso, apenas fazer Duke soltar suas mãos, e então, poderia lutar contra ele.
— Se me deixar usar o banheiro eu posso ajudar você nessa questão… — Jimin propôs, olhando para o cartaz.
Duke ergueu os olhos devagar. Tentou disfarçar o interesse mas o suspiro lhe entregou.
— Está aqui apenas para servir a Capitã...
— O que sua capitã não vê, sua capitã não sente.
O Alfa semicerrou os olhos e se levantou, se aproximando do loiro. Ele olhou para trás, a porta que dava acesso ao corredor estava fechada e não havia barulho indicando que alguém estava do lado de fora. E nem estaria, ainda faltavam alguns minutos para a próxima troca.
— Certo… — Duke abriu as calças e segurou o lúpus pela cintura. — Vamos ver…
— Ei! — Jimin protestou, afastando o quadril do dele o máximo que pôde. — Não vai me soltar? Preciso das mãos para fazer… você sabe.
— Não preciso das suas mãos — Duke sorriu insano. — Só preciso tirar suas calças.
Jimin sentiu o sangue fugir do seu rosto. Encarou o Alfa tentando disfarçar o choque em suas expressões, mas Duke sorriu ainda mais, pois estava sob controle.
Mas o plano não estava de todo perdido, a intenção era fazer o Alfa ser idiota o bastante para soltar um dos dois. Visto que Jimin estava quase entrando em pânico depois de sua falha tentativa, o ex-caçador tomou a sua vez:
— O que é isso no meio das suas pernas? — Baek provocou. — Uma ervilha?
O Alfa moveu os olhos para ele. Suas íris estavam na coloração amarelo e o semblante nada amigável. Ele largou o cinto de Jimin e virou-se de frente para o Ômega ruivo, exibindo seu órgão ereto.
— Ainda acha que parece uma ervilha?
— Oh, não — Baekhyun desceu os olhos para o membro do Alfa e riu. — Olhando por esse ângulo é bem menor.
Duke rosnou de ódio, seguiu até ele e o acertou no rosto com as costas da mão. Como se não tivesse sentido nada, Baek virou o rosto para encará-lo novamente. A bochecha estava avermelhada e o semblante rígido.
— É o melhor que consegue? — O Ômega continuou.
O Alfa acertou mais duas tapas no rosto dele. Jimin quase sentiu a dor. Ele olhou para cima e tentou puxar as mãos para se ver livre das cordas, mas os nós estavam muito bem atados. Olhou para o lado, Baek continuava indiferente, encarando o Alfa. Era impossível que não estivesse sentindo dor. Um pouco de sangue surgiu no canto da boca.
“É um caminho perigoso desafiar seu algoz”, era o que Chanyeol sempre lhe ensinou. No entanto, provocar alguém até o ponto em que este perdesse o controle, poderia lhe dar a chance de tomar o domínio da situação para si. Manipular outrem através do descontrole de suas próprias emoções.
E como fazer um Alfa deixar de raciocinar, senão, quando colocado em dúvida a sua virilidade. Era preciso saber apertar o gatilho certo. Duke não parecia ser alguém provido de muita inteligência, já estava com o ego ferido.
— Isso é suficiente? — Duke indagou após acertá-lo com um soco no abdômen.
Baekhyun abaixou a cabeça, Duke quase sorriu, mas estava encolerizado demais para isso. Novamente, o ruivo ergueu o rosto para ele, e dessa vez, cuspiu uma mistura de sangue e saliva no rosto do Alfa.
— Fraco!
— Grrrr! — Duke rosnou limpando a área afetada. — Filho da puta! Vou te mostrar o fraco!
Duke moveu-se ao redor do ruivo e posicionou-se atrás dele. As mãos surgiram pelas laterais do corpo para retirar o cinto do Ômega, mas ele se conteve quando Baekhyun questionou com tranquilidade:
— O que pretende fazer aí atrás? — Sua voz carregava tédio. — Nem se me curvasse naquela mesa eu sentiria algo com esse seu palitinho que você carrega dentro das calças.
Aquilo foi o estopim. As veias saltaram no pescoço de Duke, engasgado com a própria ira. Ele agarrou uma faca, partiu a corda que mantinha o Ômega ligado ao teto e o empurrou.
Baekhyun se apoiou sobre a mesa com as mãos que ainda estavam presas juntas, quando foi empurrado. Duke guardou a faca no cinto novamente quando inclinou o corpo até estar com a boca próxima do ouvido do Ômega.
— Veremos até onde você aguenta. — Duke sussurrou.
O Alfa ergueu-se para fazer aquilo que pretendia. Estava prestes a baixar a roupa do ruivo quando Baek girou o corpo, puxou a faca de Duke e rasgou a garganta dele de uma orelha a outra.
Duke largou o cós da roupa dele para pressionar o ferimento no pescoço. Engasgou-se com o próprio sangue e após dar dois passos em direção a porta, caiu estrebuchando no chão, até que a morte o alcançou.
Baekhyun se levantou da mesa enquanto cortava as cordas que ainda prendia suas mãos. Em seguida, ele libertou Jimin e ambos se apossaram das armas de Duke.
— Seu rosto — Jimin tentou ajudá-lo com os ferimentos, mas o ruivo se recusou.
— Não precisa. Não temos tempo para isso. — Jimin ainda parecia preocupado. Baek suspirou.— Escute, eu tive um treinamento muito diferente do seu e por muito mais tempo. Acredite quando eu digo que isso não fez sequer cócegas em mim.
— Certo… — Jimin ficou muito impressionado mas mudou o foco. — Vamos esconder o corpo desse aqui. Você fica sentado ali e quando o outro aparecer eu cuido dele.
Baekhyun assentiu e o ajudou a esconder o corpo de Duke. O sangue ainda estava espalhando pelo chão, mas até que Gyn percebesse, seria o dele próprio que se juntaria ao do amigo.
Passados os minutos, Gyn apareceu no porão para render o companheiro. Assim que abriu a porta, se deparou apenas com um Ômega ruivo sentado de pernas cruzadas, em um caixote.
— O que-... — Gyn perdeu a fala, olhando ao seu redor. — Onde está o outro Ômega?
— Atrás de você. — Baek respondeu tranquilo.
O Alfa girou para dar-se de encontro com Jimin. O lúpus perfurou o coração dele com um ataque veloz e certeiro. Gyn desabou morto no chão, tal como uma jaca caindo da árvore.
O porão estava cheio de baús e caixas, todos repletos de mercadorias e prata. Jimin e Baekhyun esconderam o corpo de Gyn junto ao outro Alfa, por trás das muitas cargas.
— E agora, Capitão? — Baek esperou pela ordem.
Fazia muito tempo que Jimin não se sentia assim, em completo domínio. Algumas vezes deu a entender que era o capitão do Black Swan, junto a seu Alfa. Mas não era como se sentia. Apenas quando foi salvar Jungkook e os outros de serem enforcados na Coréia, foi a única vez que sentiu-se de fato, um líder.
Jimin sequer teve interesse em tal cargo. Principalmente quando tinha um pequeno Ômega recém-nascido em seus braços. Tudo o que ele queria era criar seu filho o mais longe possível de toda violência que cerca seu mundo.
Embora para muitos fosse difícil de acreditar, nunca foi a intenção dele passar por cima das ordens do Capitão Jeon. No entanto, para Jimin, muitas vezes foram necessárias. E foi justamente essa ousadia e coragem que fez Jisung, Sungjae e Baekhyun confiarem nele para ser seu líder.
Além do fato de que Jimin, assim como eles, era um Ômega que sofria com o mesmo preconceito exagerado da época. Logo, eles tinham alguém que realmente os entendia de verdade. Alguém que lutaria por eles, e que faria com que as pessoas temessem não apenas os Alfas e Betas, mas também os Ômegas do Black Swan.
— Não podemos ficar aqui matando um por um — Jimin analisou. — Não vai funcionar para sempre, uma hora virão muitos de uma só vez. Eu vou até a cabine render a capitã.
— Como você vai fazer isso? Provavelmente o convés está cheio de Alfas. Vai precisar passar por eles para chegar até a cabine.
— Não se eu for escondido. Posso sair pela janela da cozinha e subir pelo lado de fora do navio até a popa. — Jimin olhou ao seu redor. — Encontre nossas armas e depois me encontre na cabine.
Baekhyun assentiu e ambos seguiram caminhos diferentes. Jimin abriu a porta do porão e seguiu caminhando com cuidado até o local em que o jantar estava sendo preparado. O cozinheiro, assim como qualquer outro marujo do Deep Sea, sabia que Ômegas a bordo sempre eram prisioneiros. Ele estava próximo da janela quando viu Jimin na entrada. Não pensou duas vezes quando avançou contra ele, para dominá-lo.
O cozinheiro possuía em sua mão direita uma longa faca de trabalho, que se transformava em arma quando se fazia preciso. Jimin tinha apenas a faca que Baek lhe entregou e uma pistola. Não queria usá-la para não fazer barulho, muito menos conseguiria lutar contra o cozinheiro e sua enorme lâmina, utilizando apenas aquela pequena faca.
Quando o Alfa se aproximou brandindo sua faca, Jimin agarrou pelos cabos uma panela que fervia água no fogo e jogou contra o rosto do cozinheiro. O Alfa largou a faca e gemeu com seus gritos sendo abafados pelo rosto que derretia. Para encerrar aquele sofrimento angustiante, Jimin o apunhalou com a faca adiantando sua morte, e logo depois seguiu até a janela.
Jimin observou as condições do casco do navio. Haviam alguns buracos provavelmente criados pelos canhões da Marinha na guerra. A capitã Signora parecia não se importar muito com a aparência de seu navio, ou, achou mais prudente fugir da ilha do que consertar seu navio.
Jimin passou pela pequena abertura da janela, agarrando-se aos cabos e apoiando os pés nos buracos das avarias, subindo pelo casco sem muitas dificuldades. No alto da balaustrada, Jimin observou o movimento no convés, os piratas aguardavam pela última refeição enquanto o corpo do cozinheiro jazia na cozinha.
Não havia ninguém na popa. O pirata que guardava o alto da cesta do mastro, após buscar por algum vestígio de outras embarcações na direção da proa, desceu até o convés para se juntar aos demais. Jimin pulou para dentro do navio e correu sorrateiro para o fundo da cabine. Ele espiou pela janela e viu a capitã na cama, uma outra pessoa também estava com ela.
Jimin empurrou a janela devagar e entrou cauteloso, fazendo o possível para camuflar seu aroma de jasmim. Pensou ligeiro entre qual arma usar ao passo que se aproximava da Alfa. A mão segurava a faca com firmeza, para ser pressionada contra a garganta da capitã. Porém, assim que ele chegou próximo da cama, Signora girou o braço e mirou uma pistola no rosto de Jimin.
— Hum… o que temos aqui — ela sorriu, descendo da cama. Ainda mantendo a mira contra o loiro. — Veio participar da festinha?
Jimin seguiu o olhar da Alfa e então percebeu que a pessoa que estava com ela, era o Ômega que viu com Jisung, sendo levado pelos Alfas do leilão. Ela riu outra vez, se aproximando do lúpus. Jimin se afastou atento aos movimentos da Alfa. Seja qual direção ele tomasse, Signora mantinha a mira em seu rosto.
O Ômega na cama estava com a camisa aberta, mas ainda mantinha sua intimidade escondida pelas calças. Estava com o rosto machucado e visivelmente amedrontado.
— Por que será que eu não estou surpreso… — Jimin negou com a cabeça, sentindo nojo.
— Ômegas... sempre agindo com a emoção. Ainda se perguntam o porquê de serem apenas objetos em nossas mãos.
— Isso vai acabar.
— É mesmo? — Signora gargalhou.
Jimin riu junto, movimentando os olhos para a janela logo atrás da Alfa, depois voltando a atenção para ela novamente.
— Conhece Baekhyun, certo? O caçador arqueiro. — O sorriso da Alfa foi desaparecendo aos poucos. — Ele jamais erra seus alvos.
Signora engoliu um rosnado, permanecendo tão imóvel quanto uma estátua. Jimin aproximou a mão com cuidado e tomou a pistola da Alfa.
— Vai se arrepender de fazer isso. Eles não vão obedecê-lo se me matar. — A capitã estava se referindo a tripulação do lado de fora.
— Baek — Jimin indicou a Alfa para que ele cuidasse dela, e em seguida sentou-se na cama.
O Ômega que lá estava, não se assustou quando Jimin se aproximou dele. Estava com um par de olhos arregalados, mas parecia menos assustado.
— Você veio me salvar? — Ele perguntou sem jeito.
Jimin sorriu para ele, pegou um lenço no bolso e o entregou. Baekhyun amarrou as mãos da capitã atrás das costas e manteve um punhal pressionado contra a garganta dela, quase rasgando.
— Vim para acabar com isso. — Jimin afirmou. — Como é seu nome?
O Ômega aceitou o lenço e limpou o rosto.
— Arata.
— Está livre, Arata.
— O que você quer dizer com estar livre?
Jimin franziu o cenho, mas de certo modo entendeu o que ele queria dizer. Alguns Alfas bateram na porta, chamando pela capitã. Jimin se levantou fazendo sinal para que Arata se escondesse, e para Baekhyun seguir em frente com Signora como escudo.
Jimin abriu a porta devagar e ficou ao lado do Ômega ruivo. Diversos Alfas surgiram apontando suas armas diretamente para eles.
— Abaixem as armas! — Signora rosnou.
Os piratas hesitaram dando passos para trás, à medida que Jimin e Baekhyun saiam da cabine levando a Alfa consigo. Alguns fizeram como a capitã ordenou, mas continuaram com as armas em punho.
— O que está acontecendo, Capitã?
— Você é tão burro que preciso desenhar?! — Signora rosnou. — Onde estão Gyn e Duke? Eu vou arrancar a maldita cabeça deles!
— Encontramos eles mortos no porão — um Alfa disse.
— O cozinheiro também está morto — um outro informou. Em seguida, gritou cheio de ira: — EU ESTAVA COM FOME!
— Joguem todas as armas ali, com cuidado — Jimin ignorou a discussão entre eles, mostrando um espaço no chão do convés.
Os piratas não estavam muito certos quanto a serem rendidos por "apenas" dois Ômegas. Não eram muitos, o Deep Sea era muito menor que o Black Swan no tamanho e na quantidade de marujos. Signora lucrava muito mais com o leilão. No entanto, a capitã estava disposta a entregar o que quer que fosse, contando que sua vida seria poupada.
— Se eu for morta porque me desobedeceram, é com ele que vocês terão de lidar!
Seja lá quem for que a Alfa estava falando, só poderia ser o líder que comanda todo o Submundo de Nabuco, foi o que Jimin constatou.
— Estão preparados para enfrentar a fúria dele?!
Ainda incertos, porém motivados por uma ameaça superior, os piratas entregaram suas armas e se agruparam na proa, assistindo a capitã Signora ser presa no mastro principal.
— E eles? — Baekhyun perguntou quanto aos Alfas.
— Encontrei isso em um baú — Arata saiu da cabine exibindo algumas cordas e correntes, trazendo para Jimin.
O lúpus sorriu trocando olhares com Baekhyun. Ele olhou para cima e depois na direção do leme, que estava travado e seguindo uma única direção.
— Prenda o grupo na proa. — Jimin falou com o ruivo.
Os Alfas rosnaram se afastando de Baekhyun quando ele se aproximou. Arata seguiu atrás, levando as correntes e cordas.
— Virem de costas — Baek indicou —, de joelhos.
Temendo ser punidos pela morte da dona do leilão, os piratas obedeceram. Um por um o Ômega ruivo passou as correntes entre os Alfas e amarrou vários nós firmes pelos metais, deixando todos muito bem presos e interligados um ao outro.
— O que pretende? — Signora indagou quando Jimin passou por ela. — Sabe que uma hora eu vou sair daqui e vou caçar você no inferno, não é?
O Ômega voltou e parou ao lado dela para responder:
— Você não vai sair daqui.
— Como disse? — A Alfa não quis acreditar no que acabou de ouvir.
— Precisa que eu desenhe?
Signora ergueu as sobrancelhas e rosnou tentando avançar contra Jimin. As cordas a conteram e ela voltou a sorrir, tentando disfarçar o medo.
— Acha que vai me matar? Meus Alfas não vão permitir.
— Seus Alfas não podem fazer nada — Jimin mostrou os piratas presos na frente do navio. — Já decidi que vou acabar com você e com seu leilão asqueroso.
— E depois, hm? Você está aqui sozinho, com aquele caçador. Isso significa que o Capitão Jeon não apoia esse seu comportamento. Se eu fosse ele te dava uma bela surra para aprender a se colocar em seu lugar de Ômega. — Jimin permaneceu austero, encarando a Alfa proferir suas baboseiras. Na verdade, Signora estava apenas buscando tempo para pensar em um modo de conseguir tomar seu navio de volta. — Você precisa me manter viva. Acha que meus Alfas vão continuar tão quietinhos e obedientes se me matarem?
— Está com medo, não é? — Jimin cruzou os braços e sorriu doce. — Eu quase estou ficando com dó.
— Eu vou te matar! — Signora tentou atacar o Ômega novamente, seus olhos brilhavam na cor amarela, rosnando ameaçadora.
Jimin a encarou com seus olhos prateados e esperou até que ela controlasse seu acesso de fúria.
— Que patética. — Ele deu as costas a Alfa e subiu até o leme.
Baekhyun deixou os Alfas na proa e seguiu o lúpus. Arata correu atrás dele e encolheu os ombros quando passaram por Signora, que ainda rosnava rangendo os dentes.
— Eu disse a você que a gente dava conta. — Baekhyun parou na metade da escada, o outro Ômega também. — Muita gente às vezes só atrapalha quando não se quer chamar muita atenção.
— Tivemos uma ajudinha do Arata. — Jimin sorriu para ele.
Baekhyun olhou para o degrau abaixo do seu e também sorriu para ele. Arata sentiu o rosto ficar vermelho. Jimin destravou o leme e o girou, fazendo o navio dar meia volta.
— Para onde estamos indo? — Arata perguntou.
— Para onde você quer ir? — Jimin quis saber.
O Ômega parou para pensar. Imaginou que se pedisse, seria entregue de volta à família no qual servia. Mas para quê? Para sofrer nas mãos do Alfa de sua senhora, fugindo de suas investidas sem saber por quanto tempo conseguiria se safar? Além de que, caso ela soubesse, seria o servo a levar a culpa.
Não. Ele queria mais do que essa mísera vida insignificante. Ter o poder de decidir seu próprio destino e ser forte, assim como aqueles dois Ômegas que o salvaram. Tendo esse pensamento em vista, Arata respondeu:
— Quero segui-lo.
Continua...
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