[14] Em Apuros
Boa leitura:
No palácio do Imperador Ming, o Almirante Zhang folheava por alto as páginas do diário de bordo do Black Swan, estudando mais sobre a tripulação pirata e seu Capitão. Ele riu com escárnio ao descobrir que Jeon Jungkook possuía uma herdeiro, e por grande ironia, a criança tinha quase a mesma idade que o seu filho.
— E os animais se multiplicam — ele comentou com o Tenente que também estava no gabinete. — O lado bom disso tudo é que o garoto se torna o grande ponto fraco do maldito. A pergunta é: como usar isso a nosso favor?
— O Capitão Jeon não entrou na guerra, mas tem livre acesso à ilha dos piratas. Podemos sequestrar o filho dele e obrigá-lo a servir aos nossos propósitos.
Zhang fechou o diário de bordo do Black Swan, com seus olhos brilhando e o sorriso calculista estampando suas feições.
— É… Tenente, você é um gênio! — O Almirante bateu na capa do diário com tamanha força que um cálice que também estava na mesa pulou. — Continue assim e logo será promovido. A Marinha chinesa precisa de um novo comodoro.
— É uma honra, senhor.
O Almirante assentiu, e em seguida abriu o diário novamente. Ele voltou às páginas onde haviam sido registradas as outras localizações do tesouro escondido.
— Ilha dos Kangaroo… esse povo ainda existe?
— O povo eu não sei, mas a ilha com certeza.
— Aqui diz que travaram uma batalha sangrenta contra eles... Não importa, assim que meus Alfas retornarem com mais informações de Nabuco, partiremos imediatamente para a ilha dos Kangaroo.
— Senhor, o Black Swan é alvo da Marinha coreana. Não devemos comunicar a obtenção de um item tão importante quanto este diário?
Zhang riu como se aquele questionamento fosse um grande absurdo.
— Não! Você viu todo aquele ouro que conseguimos no Triângulo da Morte? — O Tenente balançou a cabeça positivamente. — Quer entregar tudo aos coreanos?
— É claro que não.
— Ficaremos ricos com todo esse ouro, e ainda vamos vencer a guerra! Quando o Capitão Jeon não tiver mais serventia, aí sim, posso entregá-lo ao reino da Coréia.
O tenente sorriu com ansiedade.
— Solicite alguns corsos ao governador — o Almirante continuou. — Encontre bons marinheiros, vamos precisar de uma frota para navegar até a ilha dos kangaroo. Ela fica na mesma rota que Cabuga.
Corsos eram cartas entregues a donos de navios armados, dando-lhes permissão para atacar navios, portos e demais benfeitorias inimigas. Eram os chamados capitães corsários, subordinados a reis e governadores.
O Almirante Zhang sabia que, caso navegasse próximo à ilha dos piratas, teria sua missão de conquistar o tesouro dificultada pelos criminosos. O que ele não sabia era que o tesouro já foi recolhido pela tripulação do Black Swan, e sua viagem e gastos de recursos valiosos seriam em vão.
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Nos dias seguintes, com a informação de que o Black Swan estava em Cabuga se espalhando como uma praga, os trabalhos e mudanças feitos no navio se tornaram quatro vezes mais rápidos.
Nix não foi a responsável pelo fato, mas sim, o próprio navio. Mesmo que estivesse escondido em uma enseada mais distante e atrás de uma floresta, os piratas não puderam evitar que a enorme embarcação fosse vista.
Consequentemente, o fato também chegou aos ouvidos de Barba-Negra.
— Deve ter sido a Gama que Jackson trouxe há alguns dias — Scott acusou.
— Não acho que tenha sido ela. — O próprio Capitão disse.
— E daí? — Yoongi questionou, olhando os demais. — O Black Swan está quase pronto mesmo.
— De qualquer forma eles podem estar com o diário — Jackson explicou ao espadachim. — Seria interessante confirmar isso.
— E arriscado. — Seokjin completou.
A tripulação inteira estava reunida sob a grande tenda onde o jantar foi servido. Todas as luzes do Black Swan foram apagadas e agora ele se encontrava perfeitamente camuflado no tecido escuro da costa.
O Black Swan era um dos poucos navios cujo Capitão permitia que os marujos opinassem, e a discussão continuava sobre qual próximo passo a seguir, era preciso cautela se tratando de piratas em plena guerra.
— Mais arriscado do que permanecer cegos? — Namjoon perguntou. — Eu não gosto nem um pouco da ideia de não saber com quem o diário está.
— Imagina a nossa sorte se estiver com Barba-Negra — Baek sorriu. Os piratas o olharam com caras de espanto. Ele deu de ombros. — O quê? Só seria mais fácil já que estamos aqui. Era só tomar dele de volta.
Alguns pareciam discordar da afirmação do Ômega ruivo, mas o Capitão Jeon apreciou as palavras de Baekhyun. Jungkook olhou para Jimin e o mesmo assentiu, concordando com a decisão que ele tomaria logo a seguir.
— Vamos confirmar isso.
— Eu também quero ir! — Jungwon pulou do colo de Jimin. — Eu posso, papai?
— Nã-...
— Pode. — Jimin encarou o Capitão com um olhar severo. Jungkook o guiou para um canto e esclareceu: — Ele vai estar comigo o tempo todo.
— É isso o que me preocupa. — Jimin cruzou os braços. O Alfa ergueu as sobrancelhas, chocado. O Ômega explicou: — Eu não esqueci do que aconteceu no Submundo de Nabuco. Barba-Negra é uma besta ainda pior que o irmão dele, pois é astuto e terrivelmente traiçoeiro. Não gosto da ideia de ter nosso filho no meio de um covil de bandidos.
— Ele já vive a bordo de um covil de bandidos.
— É diferente…
— Ele gosta de estar envolvido com tudo que diz respeito ao Black Swan — Jungkook afirmou com os olhos brilhando orgulhoso. — Ele vai me suceder um dia, você sabe.
— Um dia. Não é hoje e nem amanhã.
— Meu coração… — Jungkook o trouxe para mais perto, acariciando seu rosto sob o olhar atento do Ômega. Ele continuou, com voz mansa: — Você se preocupa demais. Ele vai comigo, e se deixa você mais tranquilo, Yoongi também vai.
Jimin suspirou olhando para o lado, onde um pouco mais distante Yoongi estava conversando com os demais bucaneiros, sobre a atual situação. Jimin não tinha dúvidas do quanto o Capitão Jeon era forte e podia proteger o filho, mas se as coisas saíssem do controle, ter o espadachim ao lado era garantia de que os dois juntos poderiam lidar com qualquer dificuldade.
Com isso, Jimin cedeu e voltou atrás em sua decisão. Mas antes de qualquer coisa, ele passou uma série de instruções para Jungwon não sair de perto de seu pai.
A taverna que Barba-Negra frequentava não era uma das mais habituais da ilha. Nela não entravam viajantes comuns, apenas piratas e outros facínoras que faziam daquele lugar um refúgio para fugir da Marinha e da forca.
A entrada era uma estreita passagem de pedras, que dava acesso a um grande salão iluminado com velas. Nas paredes haviam correntes, tochas e crânios incrustados, deixando a decoração ainda mais funesta. Os ossos pertenciam aqueles que ousaram atacar a ilha, em tempos longínquos.
— Jungkook! — Barba-Negra ergueu uma caneca e o saudou assim que viu o lúpus entrando no estabelecimento. — Ou melhor, o terrível Capitão Jeon.
— Edward Teach. — Jungkook se aproximou, com Yoongi ao seu lado e Jungwon do outro, segurando sua mão.
Jungkook se aproximou da mesa, com um aceno de Barba-Negra, ele ocupou um dos lugares e Jungwon ficou em seu colo. Yoongi estudou o lugar a sua volta e logo em seguida sentou no espaço ao lado do Capitão Jeon.
Todos que estavam naquele espaço pararam a conversa por um breve momento, apenas pela simples presença do Capitão do Black Swan. Era de conhecimento geral que Capitão Jeon tinha um herdeiro, mas era a primeira vez que Jungwon era visto pela maioria dos piratas que estavam naquela taverna.
As dezenas de olhares desprezíveis não intimidou o pequeno e único Ômega do recinto, ao invés, ele não tirava a atenção do rosto de Edward Teach, cujo lado esquerdo estava completamente queimado e a pele já curada derretida.
— O que foi isso no seu rosto? — O menino perguntou ao pirata de barba longa e preta.
— O que foi isso no meu rosto? — Barba-Negra perguntou de volta, ele olhou para seu contramestre e riu. Em seguida, voltou a atenção ao pequeno Ômega, ainda sorria com estranha empolgação quando respondeu: — Estava em um confronto com a Marinha Real, um barril de pólvora explodiu perto do meu rosto.
— Deve ter sido muito doloroso. — Jungwon avaliou.
— Há dores piores do que esta, pode ter certeza garoto — Barba-Negra olhou para baixo, lembrando-se de algo. Seu olhar se tornou sombrio por breves segundos, até que seu semblante tornou-se animado outra vez. Ele encarou Jungwon intensamente e concluiu: — Mas isso me faz lembrar que eu nunca devo subestimar o inimigo.
— Parece de bom humor. — Jungkook mudou o assunto e chamou a atenção dele para si.
— Como não estaria? — Barba-Negra perguntou retórico. — Acabei de ficar sabendo que um de meus navios saqueou grande quantidade de seda na costa leste do Japão.
— Bem na fuça deles — Black Ceaser, o contramestre de Barba-Negra riu, se referindo a Marinha Real. — Bem na porra da fuça deles.
— Não acha que se arrisca demais? — Yoongi perguntou.
— Aquela ilha possuía apenas algumas choupanas quando foi descoberta pelos piratas. Eu não vou abrir mão de Nabuco. — Barba-Negra respondeu com um olhar feroz. Em seguida sua expressão mudou para uma mais sociável quando se dirigiu a Jungkook: — Estou surpreso que sua tripulação esteja aqui.
— Por que? — O Capitão Jeon e Yoongi trocaram olhares.
— Bom, dois membros de sua tripulação foram enforcados na Coréia. Imaginei que o Black Swan havia sido atacado.
— Neil e Jordan?
— Acho que é isso.
— Eles roubaram algo que me pertence. — Jungkook informou. — Quem os capturou?
— O Sunset.
A boa notícia era que a dupla de ladrões não conseguiram chegar em Barba-Negra, e neste momento estavam queimando no quinto dos infernos. A má, era que o diário de bordo estava na posse da Marinha, o que era tragicamente pior.
— O que eles roubaram? — Barba-Negra indagou curioso.
O interesse cresceu nos olhos de Edward, se era algo relacionado ao Black Swan, deveria possuir grande valor. Mas o Capitão Jeon não respondeu, ao invés, ele mudou de assunto:
— Vimos um galeão de guerra navegando a algumas milhas daqui. Marinha chinesa.
— É o Almirante Zhang, ele está com o rabo pegando fogo — Edward comunicou. — Ele quer atacar Cabuga. É a maior fortaleza pirata, se conseguir, eles vão vencer a guerra.
— Imagino que estejam se preparando — Jungkook sugeriu.
Barba-Negra e seu contramestre riram alto, trocando olhares cheios de insanidade.
— Nós temos uma surpresa para eles.
Com as informações obtidas, Jungkook, Jungwon e Yoongi retornaram para a praia em que o Black Swan estava encalhado.
Saber que o diário de bordo estava nas mãos da Marinha Real era um problema a ser discutido, mas, ao menos, enquanto estivessem em Cabuga com o grande empenho de Barba-Negra em proteger a ilha, o Black Swan teria tempo suficiente para concluir as mudanças em sua estrutura, sem se preocupar com os efeitos da guerra.
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O casco do Black Swan aumentou de tamanho nas semanas que se seguiram. A tarefa mais difícil era equipar os novos canhões. Mais exigente que o próprio Capitão, estava Hoseok. O atirador não permitia a mínima falha, supervisionando e guiando a montagem dos aparelhos.
— Dois centímetros é a grande diferença entre obter sucesso em um ataque e falhar — Hoseok afirmou, fazendo os piratas mudarem o canhão de lugar. — Precisa ficar perfeito pro estrago ser maior.
Os bucaneiros assentiram. Dahyun ficou satisfeita com o empenho deles, imaginou que teria dificuldade com o trabalho dos Alfas e Betas, como sempre tem quando as velas são trocadas. Mas a visão do atirador e as seis pistolas presas em seu coldre serviam como um ótimo incentivo, Hoseok sequer precisava ameaçar.
— Esses canos são mais longos que os outros, não é Hobi? — Jungwon também estava acompanhando os trabalhos. — Para fazer aquilo que meu pai disse.
— Exatamente — o Alfa se colocou ao lado dele. — Dois balaços em cada canhão, dois tiros simultâneos... — o atirador ditava com brilho nos olhos, encarando um alvo invisível no horizonte. — Fogo e destruição...
— Uau… — Jungwon estava olhando na mesma direção.
Assim que o canhão na frente do navio foi finalmente instalado, Hoseok sorriu grande quando olhou para o Ômega ao seu lado. Jungwon já estava naturalmente ansioso com a mudança no Black Swan, mas com as explicações de Hoseok, ele ficou ainda mais empolgado.
— Perfeito. — O atirador sorriu, estudando o armamento. — Esse canhão vai ser extremamente útil em um ataque. Podemos destruir as velas sem a necessidade de fazer manobras mirabolantes no navio. Chaerin terá bem menos trabalho e mais tempo para se aproximar das embarcações.
— Com aquelas correntes que possuem duas bolas de ferro nas pontas?
— Isso mesmo! — Hoseok respondeu cheio de orgulho.
Yoongi também acompanhava a explicação. Ele viu quando Jimin estava subindo a rampa de acesso ao navio. Sabendo que o Ômega ainda não permitia que seu filho lidasse com objetos tão perigosos como os canhões, ele e avisou ao atirador:
— Lá vem o pai dele.
— Onde? — Hoseok perguntou olhando para os lados. Assim que viu Jimin se aproximar ele mudou a postura e afirmou para Jungwon: — Cuidado, é melhor se afastar pois esse aparelho é deveras perigoso.
Jimin olhou desconfiado para Hoseok, depois para Yoongi. O espadachim deu de ombros, tentando não rir, enquanto o atirador encarou o Ômega de volta, com um sorriso mais inocente que já se viu.
— Olá. — Hoseok o cumprimentou gentilmente.
— Oi… — Jimin respondeu, desconfiado. Em seguida, virou-se para o filho: — Jay está procurando você para buscar frutinhas na floresta. Chame Jackson para ir com vocês.
— Mas, papai! — O Ômega mais novo bufou. Desde o episódio com a Gaman, Jungwon não procurava Jackson para saber de suas histórias ou vê-lo treinar com a espada do pai. Do mesmo modo, Jackson imaginou que ele estava o evitando e respeitou a decisão do pequeno. — A macieira fica apenas a cinquenta metros da praia.
— Tudo pode acontecer a cinquenta metros dentro de uma floresta.
— Você nunca me deixa fazer nada — o menino cruzou os braços.
Jimin ergueu as sobrancelhas. Mesmo ainda sendo uma criança, era certo que Jungwon estava crescendo e um dia já não teria todo esse controle sobre suas ações. E para o mais velho nem importava tanto, Jungwon poderia ter dez, quinze, vinte ou trinta anos, Jimin sempre iria se preocupar com o filho, até o fim de sua vida.
O menino permaneceu com um bico irritado e os braços cruzados. Ele não era uma criança mimada, sempre aceitava as “regras” impostas por Jimin quando ia treinar com seu pai, mas à medida que crescia seu desejo em obter mais um pouco de independência aumentava junto.
— Tudo bem — Jimin suspirou, cedendo. — Mas só vão até a clareira, nem um passo a mais.
— Tá bom, papai. — Jungwon correu para encontrar o pequeno Alfa.
Jimin acompanhou o filho correndo pelo convés e descer a rampa, com o coelho pulando ligeiro logo atrás. Ao encontrar-se com Jay na praia, eles seguiram para a floresta. Logo depois, Jimin voltou sua atenção para os dois Alfas que estavam com ele na proa.
— Que faz nesse dia tão ensolarado? — Hoseok perguntou antes que o Ômega pudesse dizer qualquer coisa.
— Não tente me enganar — Jimin cruzou os braços. — Sei muito bem o que estavam fazendo aqui.
— Montando os canhões — Hoseok afirmou.
— E não estava ensinando nada de perigoso pra ele?
— Eu? — Hoseok franziu a testa, com falso espanto. — Jungwon aprende apenas em observar o que estão fazendo. — Ele não estava mentindo.
— Hmm… sei… — Jimin olhou uma última vez entre Yoongi e Hoseok, antes de ir embora. — Estou de olho.
Quando o Ômega se encontrava longe o suficiente, os Alfas trocaram olhares, rindo e pensando na mesma coisa. Jimin era muito protetor com seu filho, mas nem sempre conseguia impedir que a criança aprendesse algumas artimanhas com seus "tios" piratas.
Como Hoseok havia dito, Jungwon era bastante esperto e tinha a capacidade de aprender um assunto de forma autônoma. Mesmo que ninguém o ensinasse como manusear pistolas, canhões e espadas, ele com toda certeza aprenderia sozinho, apenas observando.
Mas o pequeno Ômega não se achava incrível ou superior por ter um conhecimento mais avançado para alguém de sua idade, mas entendia que ainda era vulnerável e por isso seguia as orientações do seu pai, quando este indicava para não se afastar demais do acampamento ele o obedecia.
Estritamente como Jimin indicou, ele e Jay foram até a clareira, uma área aberta localizada a cerca de cinquenta metros de distância da praia, com poucas árvores, gramíneas e alguns arbustos.
— Ah, não tem mais maçãs. — Jay lamentou, olhando para o alto de uma jovem macieira.
Jungwon se aproximou com o coelho no colo, buscando alguma maçã pelo chão, mas só encontrou frutas podres ou partidas devido a queda.
— Parece que alguém chegou antes de nós.
Jay desceu o olhar da árvore até o Ômega, no mesmo instante, seus olhos seguiram para alguém atrás de Jungwon. Era Nix, que segurava uma cesta com todas as maçãs boas que antes estavam na macieira.
— Olá, Francis. — Ela sorriu assim que Jungwon virou-se para olhá-la.
— Este não é o meu nome — o Ômega respondeu.
— Desculpe, erro meu — seu tom de voz não indicava que concordava com a resposta dele. Ela apanhou uma fruta da cesta e ofereceu: — Quer uma maçã?
— Não, obrigado. — Jungwon regrediu um passo, ficando ao lado do Alfa. — Já estamos indo embora.
— Eu quero. — Jay afirmou, com os olhos brilhantes encarando a maçã na mão da Gama. — Eu posso?
— Oh, mas é claro meu querido. — Nix sorriu se aproximando, mas parou assim que Jungwon segurou na mão do Alfa e se afastou mais um pouco levando ele consigo. — Ora, não vai querer a maçã, pequenino?
Jay puxou a mão e se viu livre da de Jungwon. Puffy era grande demais para ser mantido com apenas um bracinho do Ômega, ele se remexeu desconfortável.
— Jay… — Jungwon chamou o mais novo, quando o viu seguir na direção da Gama.
O Alfa estava encantado com aquela maçã, ela era tão vermelha e de aparência suculenta que ele quase não podia resistir. A fruta também chamou a atenção de Jungwon, mas Jimin afirmou tantas vezes para que ele nunca aceitasse comida de estranhos, que ele conseguiu vencer a tentação de aceitar a maçã.
Além do fato de que ele não tinha muita simpatia por aquela Gama.
Assim que recebeu a maçã, Jay não hesitou em dar uma enorme mordida, para finalmente provar daquele néctar delicioso. No início o sabor era agradável e doce como mel, mas um tempo depois, o Alfa sentiu sua boca amarga e suas entranhas queimando, a visão se tornou turva e tudo ao seu redor escureceu. Ele despencou no chão quando perdeu completamente os sentidos.
— Jay! — Jungwon gritou atordoado.
Nix se abaixou ao lado do Alfa desacordado. Ela ajeitou a franja do pequeno que estava espalhada pela testa, e desceu os dedos com suas unhas grandes e afiadas até o pescoço dele.
— Ele não está morto — a Gama informou. — Mas se tentar correr ou chamar por ajuda, ele não ficará neste mundo por muito tempo.
Continua...
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