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Capítulo 7

Eric sobrevivera. Poucos dias depois, acordara do seu coma confuso, ficando surpreendido ao perceber que estava no hospital. Felizmente, o Rowle era uma pessoa descontraída e determinada. Aceitara a sua situação e permanecera em recuperação até o seu medibruxo lhe dizer o contrário. No dia em que estava prestes a sair do St. Mungus, Cora insistira em ir buscá-lo, arrastando Aurora e uma caixa de bombons até ao hospital.

- Querida, não precisavas vir-me buscar...

- A tua filha é que me obrigou a vir, Rowle. - respondeu Aurora, amarga.

Eric ergueu uma sobrancelha, terminando de assinar o documento que a medibruxa da recepção lhe estendera.

- Estava a falar com a Cora. - esboçou um sorriso malicioso, aproximando o nariz da mulher, que bufou - Mas fico contente que aqui estejas, querida.

Cora escondeu a risada com a mão, discreta. Aurora ficara escarlate, os olhos castanhos fixos em Eric com irritação.

- Idiota. - sibilou, virando-se para a mais nova - Já podemos ir? O teu pai está são e salvo, a caminho da sua linda casinha. Nós temos compromissos, Cora.

A menina assentiu, abraçando rapidamente o pai. Eric piscou-lhe o olho, esboçando um sorriso triste. Por mais que quisesse livrar Cora da rigidez de Aurora, sabia quão importante era para a Ravenclaw mais velha ter a filha por perto. A maternidade era a mais antiga tradição nas mulheres Ravenclaw e a mais sagrada. Apesar de toda a implicância e mau feitio de Aurora, o Rowle não se via no direito de interferir na relação entre ela e a filha.

- Escreve-me sempre que quiseres, querida. - disse Eric, afagando-lhe o rosto - E diverte-te em Hogwarts, está bem?

- Sim, pai.

Não iria se divertir, claro. Hogwarts não era um parque de diversões ou um castelo de conto de fadas. Era uma escola. Como tal, tinha de estudar, aprender e tirar notas excelentes em todas as disciplinas.

- Vais visitar a tua amiga, a Sarah Hufflepuff?

Pelo canto do olho, Cora viu a mãe prensar os lábios, desagradada. Quando recebera a carta de Sarah a convidá-la para passar uma tarde consigo durante as férias de Verão, Cora adiara, pelo menos enquanto Eric estava no hospital. Quando fora anunciado que iria ter alta, o pai incentivara-a a ir e Cora vira-se sem outra opção a não ser enfrentar a mãe e pedir-lhe para estar com a sua única amiga.

Recordava-se perfeitamente da noite em que adentrara a biblioteca da Mansão Ravenclaw, vestida com as roupas que a mãe lhe comprara poucos dias antes, o cabelo entrançado o mais perfeito possível. Batera à porta, entrara quando Aurora lhe dera licença e entrelaçara as mãos atrás das costas, a expressão séria e delicada de uma boa menina.

- Mãe, posso ir lanchar a casa de uma amiga na próxima semana? - perguntara-lhe, observando-a erguer as sobrancelhas, como se a incentivasse a continuar - Chama-se Sarah... Hufflepuff.

Ao ouvir o sobrenome da segunda fundadora de Hogwarts, a Ravenclaw mais velha estremecera, sem qualquer expressão no rosto. Lentamente, Aurora erguera os olhos, fitando a filha com seriedade.

- Hufflepuff? Filha de John Hufflepuff?

- A-Acho que s-sim. - respondera Cora, pigarreando - Mas a Sarah nunca conheceu o pai, ele deixou-a e à mãe dela quando ela era pequena.

Nesse instante, Aurora soltara uma risada amarga.

- Porque isso não me surpreende? John nunca foi um homem de responsabilidades.

- Vocês conheciam-se?

- Andamos em Hogwarts juntos, no mesmo ano. Já leste a lenda dos Fundadores e seus Herdeiros, não já? Sobre estarmos ligados pelo pacto de sangue armazenado nesse medalhão? - perguntara, apontando para a jóia que brilhava no peito de Cora - Há quem acredite que essa lenda é verdadeira. Como na altura era impossível um homem e uma mulher serem apenas amigos, a sociedade quis juntar-me ao John. Éramos unha com carne mas... Nunca houve esse tipo de relação. John era um homem de muitas mulheres e eu... - estalara a língua, num gesto de desdém - Escolhi o sapo. John e eu acabámos por nos afastar e a nossa amizade desfez-se. Por isso não acredito nessa lenda; uma Ravenclaw não precisa de um Hufflepuff a protegê-la. Somos bem capazes de nos proteger a nós mesmas. - os olhos castanhos de Aurora brilharam, com algo escondido por trás - Não há nenhum ciclo vicioso nos Herdeiros, muito menos uma ligação mágica. Quem te disser o contrário está errado, ouviste?

Cora assentira, confusa. Lera a lenda dos Fundadores e seus Herdeiros imensas vezes, o diário de Rowena o seu livro preferido da biblioteca da Mansão Ravenclaw. Conhecia a história de amor e ódio que interligara os Fundadores de Hogwarts, conhecia a maldição que Salazar impusera nas descendentes de Rowena e conhecia o pacto de sangue que Slytherin começara, ao qual Godric Grynffindor e Helga Hufflepuff se tinham juntado para proteger Rowena Ravenclaw e as suas descendentes. Talvez fosse uma lenda, talvez não houvesse magia nenhuma. Ainda assim, Cora sabia que havia algo.

James Potter era um exemplo disso. Mal pusera os olhos nele, Cora soubera que ele era o Herdeiro de Gryffindor apenas pelo brilho rubi do seu medalhão. Ele nem sequer tinha o sobrenome de Godric e mesmo assim Cora sabia quem ele era, sem o próprio saber. Isso era algo.

- Preciso dar uma resposta a Sarah...

- Vai. Se ela é uma Hufflepuff, com certeza será uma pessoa respeitosa e de sangue puro. Os Hufflepuff têm tendência para não se interessar pela escola, por isso, muito cuidado, Cora. Não te distraias.

No hospital, com a expressão interrogatória do pai sobre si, respondeu, escolhendo as palavras cuidadosamente para que a mãe ouvisse:

- Vou sim. Vamos beber um chá e estudar Poções. A Sarah é excelente em Poções.

Não iam. De acordo com a carta de Sarah, o plano para a tarde delas era jogar Quidditch e fazer bolachas com Haillee, a irmã mais nova de Sarah. Embora não gostasse de Quidditch e não soubesse cozinhar, Cora permitira-se descontrair um pouco. As férias de Verão iam a meio e nada fizera para se divertir. A única coisa que fizera fora acompanhar a mãe a festas da alta sociedade bruxa e estudar a matéria do segundo ano antes mesmo deste começar.

Naquela tarde, iria divertir-se sem que a mãe soubesse, os verdadeiros planos escondidos por detrás de uma mentira. Cora detestava mentir; era uma das suas melhores qualidades mas não tinha outra opção.

Aurora nunca permitiria que a filha se distraísse.

**
- A tua mãe é um cubo de gelo andante, não é?

Sarah crescera alguns centímetros a mais que Cora, reparara a mesma quando entrara. A ruiva sorriu, achando graça ao comentário da amiga.

- Desculpa, a minha mãe é... Difícil.

Quando Aparataram junto à morada que Sarah escrevera na sua última carta, Aurora torcera o nariz, fitando a rua onde se encontravam com desgosto. Encontravam-se numa rua de moradias pequenas e sem muitos luxos, as paredes da maior parte delas repletas da humidade característica de Londres. Ao passarem pelo portão ferrugento da casa de Sarah, a Ravenclaw mais velha estremecera, o rosto cada vez mais pálido ao ver uma ratazana atravessar-se no seu caminho.

- Tens a certeza que é esta a morada? - perguntou Aurora, num sussurro rouco.

- Foi a morada que a Sarah me deu. - respondeu Cora, tão surpreendida como Aurora - Por Merlim, nunca pensei que...

- Fossemos tão pobres?

A figura de Sarah aproximava-se delas, caminhando pelo jardim sem flores da sua casa como se nada fosse. Com educação, a menina estendeu a mão na direção da mãe de Cora, que a fitava com assombro.

- Chamo-me Sarah Hufflepuff. A senhora é Aurora Ravenclaw, a mãe de Cora, certo?

Aurora apertou-lhe a mão, largando-a rapidamente. Com a outra mão, apertou o ombro de Cora, visivelmente desagradada.

- Onde está a tua mãe?

Sarah cerrou os punhos, um movimento que não passou despercebido a Cora.

- Lá dentro. Está a fazer o chá. Cora, queres entrar?

Cora assentiu, visivelmente desconfortável. Aurora observava Sarah como se ela fosse uma espécie rara, os olhos castanhos parando várias vezes nas tranças presas por missangas que Sarah usava. A mais velha pigarreou, endireitando as costas e adotando a postura gélida de sempre ao dizer:

- Venho buscar-te dentro de algumas horas. Comporta-te e não te distraias, ouviste?

- Sim, mãe.

Agora, Cora encolhia os ombros, envergonhada.

- Desculpa, ela costuma ser mais educada e... Eu também. A minha reacção quando vi a tua casa...

- Não faz mal. Quando digo que sou uma Hufflepuff, toda a gente acha que sou como... Bem, como tu: rica e influente. - Sarah encolheu os ombros, sorridente - Mas não sou. Bem-vinda à minha casa!

Por fora, a casa de Sarah era pobre e a cair aos bocados. Já por dentro, era a casa mais acolhedora que Cora já vira. Os móveis de madeira, os quadros de flores, uma pequena cozinha com azulejos amarelos, uma pequena sala de estar com três banquinhos e uma mesa, um quarto com duas camas pequenas... E outro pequeno quarto, cuja porta estava fechada. Cora olhou para Sarah, curiosa.

- Esse é o quarto da minha mãe. Ela está a dormir neste momento. Esta é a... É a nossa elfa doméstica. - apontou para a elfa que lavava a loiça, a qual acenou, sorridente - E esta é a minha irmãzinha!

Haillee Smith espreitava Cora por cima do sofá. A menina fitava-a com curiosidade e desconfiança, os olhos cor de amêndoa e o rosto de boneca dando-lhe um ar de princesa. Era dois anos mais nova que Sarah, embora fosse pequena para a sua idade, já que não aparentava ter os seus dez anos. Com gentileza, Cora estendeu-lhe a mão, sorrindo e aproximando-se dela com calma ao dizer:

- Olá, sou a Cora. Como é que te chamas?

A menina estreitou os olhos, incerta. A pele cor de caramelo e os cabelos ondulados escuros davam-lhe um ar exótico e diferente de qualquer pessoa que Cora já tivesse visto.

Quando a menina sorriu e lhe estendeu a mão, Cora deixou os ombros caírem, aliviados.

- Chamo-me Hailee Smith. O teu vestido é tão lindo! Gostas do meu? - perguntou, apontando para o seu vestido cor-de-rosa.

- Adoro. - respondeu Cora, sincera.

Haillee sorriu, correndo pela casa fora à procura da irmã para lhe dizer que Cora gostara do seu vestido. A Ravenclaw seguiu-a, sorridente, encontrando Sarah à porta de casa com uma vassoura na mão.

- Era da minha mãe quando ela era mais nova. - explicou Sarah enquanto afagava o cabo da vassoura - Ela deu-ma antes de...

A Hufflepuff calou-se. Ao lado dela, Haillee baixou os olhos, entristecida. Cora fitou Sarah, observando-a enquanto se aproximava. Pousou uma mão no ombro da amiga, os olhos safira fixos nos âmbar dela.

- O que aconteceu à tua mãe?

Sarah prensou os lábios, fitando Cora num misto de tristeza e desconfiança. Não era que ela não confiasse na Ravenclaw; simplesmente nunca contara aquilo a ninguém. Quando a ruiva se afastou com um sorriso apologético no rosto, numa clara expressão de quem não a iria pressionar, Sarah suspirou, dizendo:

- A minha mãe sofre de uma doença que os Muggles chamam de demência. Ela foi diagnosticada há muito pouco tempo num hospital Muggle, já que os bruxos ainda não conhecem doenças mentais como esta. - Sarah fez uma pausa, apertando a mão de Haillee, que se aproximara da irmã - Ninguém sabe disto. Ainda está num estado muito inicial mas... Quem toma conta das coisas aqui em casa sou eu. A minha mãe... Ela não pode. Ninguém pode saber disto, Cora, ou então põem em causa a capacidade dela de tomar conta de nós e separam-nos a mim e à Haillee. - a Hufflepuff apontou para a mais nova, com aflição - A minha irmã é adotada, foi encontrada no caixote do lixo pela minha mãe quando ela ainda estava... Sã. Se alguém descobre que Hepzibah não está em condições de tomar conta de nós vão colocar Haillee num orfanato e eu... Eu provavelmente serei adotada ou pior... - Sarah torceu o nariz, com desdém - Ainda procuram o meu pai e me mandam viver com ele, o que seria horrível.

Cora abanou a cabeça, muda. Não iria contar nada a ninguém mas saber o que se passava na vida de Sarah... A ruiva olhou em volta, pensando na sua pomposa mansão, nos seus elfos domésticos, na sua vida de rica e influente, como Sarah lhe chamara. Cedendo às emoções, a menina puxou Sarah para um abraço apertado, sentindo-se honrada por ela lhe ter contado algo tão delicado como a doença da sua mãe.

- Eu não conto a ninguém, Sah. Prometo.

Quando se soltaram, Sarah sorriu, agradecida.

- Eu sei. Confio em ti com a minha vida, Cora Ravenclaw.

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