Capitulo 3 Sensações ruins no ar.
Corro dos mesmos caras que me perseguiram ontem, John e Harry dessa vez estão quase me alcançando... Droga! Como vou me livrar deles desta vez? Vejo uma sombra passar rapidamente por mim, não demora praticamente nada para Harry se projetasse na minha frente, paro de maneira abrupta. Um rastro de sangue saía do pedaço que tirei da sua orelha - onde o mordi, ele está com um olhar feroz e com os caninos maiores e mais afiados, agora realmente estou com medo dele.
- Nos encontramos de novo gatinha. - Ele sorri de forma mais maléfica e selvagem - você me tirou algo, então eu vou tirar algo de você.
Tento gritar, mas estou tão apavorada que não sai um único som dos meus lábios, me afasto dele, me viro de costas e tento correr, mas sou impedida.
- Nunca ouviu falar que não se deve dar às costas ao seu inimigo? - Diz Harry ao meu ouvido, ele havia me pegado por trás, puxando meu cabelo com força. - Sabia que você me deixou louco? - Ele beija atrás da minha orelha. - Você mexeu com a pessoa errada... Ou melhor dizendo com o vampiro errado. - Tenho que me soltar, mas como?
Sem pensar, dou uma cotovelada na barriga dele, um pisão em seu pé, quando sinto seu aperto afrouxar, jogo meu corpo para frente apoiando as palmas das mãos no chão fazendo uma roda* (*NA: nome dado a um elemento básico da ginástica de solo que representa uma passagem pelo apoio invertido, lançando alternadamente as pernas, basicamente uma estrelinha), provocando uma situação no qual meu pé bate em seu rosto. Pego impulso com ajuda do chão e logo já estou de pé, sem perder mais tempo fujo dali, não demora muito e bato em algo alto e duro, olho para frente aturdida, é John, ele me agarra pelos os braços, seu toque faz com que todo o meu corpo se arrepiasse de pavor.
- Você foi bem mais difícil de pegar do que eu pensava, mas dessa vez… Não vai escapar.
Começo a gritar em pânico e tento me desvencilhar, infelizmente foi em vão… De repente, escuto um baque.
Abro os olhos desesperada e ofegante, dou uma olhada em volta... Estou no quarto… No chão... Suando frio, levanto e noto que a cama está molhada por conta do suor, ando até a janela e tento destrancá-la, mas não consigo.
- Pretende fugir de mim? - Olho para trás, vejo o Harry na minha frente igual ao meu sonho, grito com todas as minhas forças.
… Sinto ser sacudida pelos braços, grito mais.
- Acorde, Melina. Acorde! - Continuo gritando - Acorde.
O que? Acordar? Abro os olhos relutante, sinto alguém me balançar.
- Pare!.. Por favor. - Minha voz sai fraca e a frase possui um tom de súplica. Quando ele finalmente me solta, consigo focalizar o seu rosto. Jensen me encara de volta.
- O que você está fazendo aqui? - Consigo perguntar, encontrado um pouco de força, enquanto me sento, olho para ele, e noto que este parece meio preocupado. - Você está preocupado comigo? - Solto sem pensar.
- Eu? Imagina. - Ele se levanta e me dá as costas. - Apenas não consegui dormir com os seus gritos. - Óbvio Melina, bato na minha testa mentalmente, não faz sentido nenhum Jensen estar preocupado com você, ele sequer demonstrou mínimo de emoção nas conversas que vocês tiveram juntos. Além, é claro, do desprezo evidente. É coerente que ele tenha vindo lhe acordar, afinal - pelo que deu a entender - você estava gritando. A casa inteira deveria estar incomodada. Sou obrigada a parar de discutir com o meu Eu interior quando ele volta a sua atenção para mim. - Por curiosidade... O que você sonhou para ficar gritando desse jeito? - Sua pergunta foi seguida por um levantar de ombros, como se independente da minha resposta ele não fosse realmente se importar.
- Nada que te interessa - respondi um pouco agressiva demais, sua postura havia me irritado - como você disse hoje - completei, com uma das sobrancelhas erguida e um ar debochado. Te peguei.
- Eu disse isso ontem e realmente não me interessa - rebateu.
- E por que você veio aqui?
- Quer mesmo saber? - Assinto. - Eu entrei aqui com o intuito de abafar os seus gritos com um travesseiro e pensei que com sorte você morreria sufocada no processo - seu tom era de empolgação.
Encolho as minhas pernas e as abraço, num gesto protetor. Fico encolhida assim por longos minutos. Mal havia percebido que tinha começado a chorar.
- Olha… - Jensen começou a falar. Ele ainda não havia ido embora? Limpei as lágrimas rapidamente, não queria que ele me visse assim. Não ele. Não o garoto que nutre um ódio desconhecido por mim. Não daria esse prazer a ele. Por isso o interrompo.
- Só... Vai embora. - Falei, e tentei não gaguejar.
Esperei até que ele saísse. Mas não ouvi seus passos ao retornar para seu quarto, não ouvi quando ele fechou a porta ao sair. Levantei o meu rosto e percebi o porquê de não ter escutado nenhuma dessas coisas. Jensen continuava parado no meio do quarto, seus olhos me encararam com uma intensidade quase que palpável. Dando poucos passos, ele se abaixou ficando na minha frente. Porém, evitando qualquer tipo de contato físico.
- Olha não se torne uma garota chorona, Melina. - disse e isso fez com que eu franzisse o cenho. Tenho quase certeza de que ele não estava mais na sala quando me apresentei.
- Como sabe o meu nome?
- Digamos que eu... Bom tenho a audição um pouco apurada demais. - disse apenas. - Mas isso não importa agora, só não chore mais.
Não pude dizer nada antes que ele se levantasse e saísse do quarto. Encarei a porta fechada por mais tempo do que devia. E logo a vi novamente ser aberta, agora pela sra. Fisher, ela entrou e viu o estado deplorável que me encontrava.
Ela não disse nada. Apenas me ajudou a levantar e me levou de volta até a cama, nem percebi que tinha caído, de novo, como no meu sonho. Se sentou ao meu lado, me puxando para os seus braços e me aninhando em seu peito em seguida, como se eu fosse uma criança que precisava de colo.
Não reclamei.
Fazia muito tempo que eu não recebia um bom abraço de mãe. Mas esse era de certa forma... Diferente. A pele de Denise está fria, muito fria. E ela me apertava com cuidado. Como se eu fosse um pequeno objeto frágil que poderia ser facilmente quebrado. E isso me assustou um pouco... Eu estava realmente tão frágil, como me sentia?
- Se sente melhor querida? - Perguntou-me, assenti levemente com a cabeça porque em parte era verdade. - Gostaria de me contar o que aconteceu? - Sua voz soava doce aos meus ouvidos e isso me acalmou ainda mais. - Ouvimos os seus gritos...
Pude sentir meu rosto esquentar.
- Desculpe-me e-eu eu não queria acordar vocês. - Olhei para minhas mãos.
- Não seja boba, ficamos preocupados com você.
- ... Apenas tive um pesadelo.
- Quer falar sobre isso? - perguntou gentilmente. Maneei a cabeça em negação. - OK, então eu acho que vou ficar aqui com você mais um pouco... O que acha?
- Não precisa sra. Fish... - Disse e pude ver que ela me olhava feio, mas dava para notar os traços de brincadeira. - Não precisa Denice. Estou bem.
- Eu insisto Melina.
Não falei mais nada. Fazia quanto tempo que eu me sentia confortável desse jeito? Suspirei. E então eu voltei a mais profunda inconsciência e dessa vez não tive pesadelos.
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Eu voltei, desculpe se demorei, mas sabe, a escritora anda bem ocupada, está tentando adiantar a história, e conciliar com o cotidiano dela, mas fiz ela postar hoje, pode me agradecer depois, ou nos comentários, não me importo também.
Ah para quem ainda não sabe sou Melina Lira, e as vezes posso aparecer para falar com vocês, ou até dar Spoiler, isso depende, mas hoje não é o caso, vim para comunicar algo muito importante.
NÃO SE ESQUEÇAM DE RECOMENDAR PARA OS AMIGOS, PARA LER Diamante Negro, votem, comentem e deixem suas opiniões, é sem bom críticas construtivas.
Ahhh, sim, têm um recado da autora também, ela disse que está revisando os capítulos e reportando eles, e em alguns casos foram acrescentando alguns detalhes, será que os leitores mais antigos conseguem descobrir? Enfim era isso, espero que curta a nova roupagem, sinceramente me sinto bem e espero que gostem, e me acompanhem de perto.
Até os próximos encontros.
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