Capitulo 2 Família Fisher
- Por favor, Melina, tente se acalmar, aposto que tudo tem uma explicação.
Denice tem razão, mesmo ela não sabendo o porque. Tive meus motivos, meu instinto nunca falha, eles me guiaram até aqui, e por incrível que pareça, eu estou ilesa, e são eles que me fazem querer sair dessa casa. Não que eu sinta que essa família seja ruim, ela me parece bem típica e amorosa, daquelas que sempre cuidam um do outro, porém ainda tenho a sensação que não estou segura aqui e essa insegurança tem dominado os meus pensamentos desde que despertei. Mantenho-me andando de um lado para o outro, para me acalmar e quando sinto que estou mais relaxada, respiro fundo.
- Desculpe por isso, mas não é nada fácil saber que estou tão longe de casa e não faz sentido algum - falo quase sussurrando, bufo com minha frustração e abraçando a mim mesma.
- Bom, isso meio que deixa uma questão no ar… - Inicia Robert, seus olhos fixos em mim de modo penetrante.
- Como você foi parar naquela floresta, criança? - Concluí Denice.
- Eu não sei explicar - olho para baixo - … Eu só corria - minha voz saí quase num sussurro, eu só estava correndo, então como fui parar tão longe de casa?
- Por que você corria? - Ela me instiga a continuar - deve ter algum motivo para estar tão agitada - completa.
- Bem... - Paro abruptamente ao me lembrar de um dos acontecimentos que ocorreu ontem.
***
''Não sabia para onde iria a partir de agora. Por isso, corria pela floresta sem rumo. Assim que parei, olho para os lados, sem realmente enxergar alguma coisa. Achei que precisaria de um tempo para recuperar o fôlego, mas pelo visto estava errada, não me encontro ofegante. Não estou sequer um pouco cansada. Meu coração não bate com a velocidade que deveria, não como nas outras vezes em que corri.
Desperto do meu devaneio assim que escuto vozes. Quem estaria ali? Apesar de estar de tarde, esta floresta parecia assustadoramente sombria demais para que alguém ousasse entrar lá. Pois é, posso ter exagerado um pouco. Mas quem quer que seja... Não sei não. Não sinto que algo bom está prestes a acontecer.
Sem pensar duas vezes me escondo atrás de uma das árvores. Podia até não ser um esconderijo decente, mas por enquanto salvaria a minha pele. Podia ouvir passos com clareza, estavam indo em direção a onde eu me encontrava minutos atrás. Um calafrio percorre todo o meu corpo.
Eu estou com medo. E tenho uma leve sensação de que deveria realmente estar.
Tento prestar atenção em qualquer coisa que poderia me distrair naquele momento, foi uma tentativa falha. E eu realmente esperava que não tivesse sido.
- O que o Marvel pretende com isso tudo? - pergunta uma voz jovial.
- Ele quer os híbridos. - responde uma voz grossa e marcante.
- Híbridos? - perguntou com ironia. - Contaram-me que são uma lenda e outros que estão extintos, achei que isso fosse impossível. - fala o cara 1, não me julgue, eu não sei quem são. E torço para nunca saber.
- Então creio que suas fontes estejam erradas, meu caro amigo. O Marvel aparentemente possui um em suas mãos. - diz o cara 2.
- Marvel, possui um híbrido? - O cara 1 pergunta e pelo seu tom parecia surpreso. - O que ele pretende fazer?
- Testes. - O cara 2 responde somente.
- E depois?
- Depois? Bom, seja quem estiver nas garras do Marvel, provavelmente será esquartejado.
Sufoco um grito.
Tapo minha boca com força para não cometer nenhum deslize. Eles não poderiam saber que estou aqui, certo? Mal havia feito barulho algum.
(Mas eu estava errada.)
Fecho os olhos fortemente, achando que assim o tempo passaria mais rápido, que eles iriam embora e me deixariam ali. Porém, acabo os abrindo quando escuto um galho ser partido ao meio. Há um garoto na minha frente.
Sua pele é um branco pálido. Têm cabelos curtos, em um tom ruivo, e altura mediana, mas é alguns centímetros mais alto que eu. Seus olhos cor verde musgo me encaravam analiticamente. Estranho eu nunca tinha visto olhos como aqueles, eram mais escuros do que o normal. Ele sorriu pra mim, havia um sorriso malicioso em seus lábios.
Eu deveria tentar fugir. Mas por alguma razão meu corpo se encontrava imóvel.
- Ei John olha o que encontrei por aqui. - Diz o que deduzi ser o cara número um.
- Ora ora ora, bom trabalho Harry. - fala o outro, um negro, alto, careca, de corpo forte e com músculos destacados e definidos, com olhos penetrantes e sombrios. - Acho que encontrou nosso jantar. - Sibila. Pera... O que?
- Dá até pena de matá-la. - O Harry fala se aproximando de mim. Ele encosta a mão no meu rosto e automaticamente a tiro com um tapa. - ... Bonita e com atitude.
- Nem começa Harry, ela ouviu demais, tem que morrer.
- Tudo bem. - diz e o olhar que ele lança é de decepção.
- Ta bom me convenceu, pode se aproveitar dela um pouco. - Congelo, ele não faria isso. Faria?
- Vou deixá-los a sós, só não beba todo o sangue dela.
Meus olhos piscaram repetidas vezes, quando vi John desaparecer, num minuto ele estava ali e no outro ...Puf. Ele realmente falou que beberiam meu sangue? Sai desses pensamentos conflituosos quando percebo a aproximação de Harry.
Sinto meu corpo ser prensado contra a árvore, que antes eu utilizava para me esconder. Logo senti seus lábios contra o meu pescoço. Eu não poderia ficar aqui. Não mesmo. Tenho que arranjar um jeito pra fugir. Não dava para me soltar, apesar de Harry ser magro ainda parecia ser mais forte do que eu. Então o que faria?
Pense Melina... Pense...
Foi então que uma ideia surge em minha cabeça. E é melhor eu colocá-la em prática.
- Vocês vão me matar? - Pergunto calma.
- Vamos. - Ele diz. - Mas não se preocupe será algo rápido e... - ele sussurra em meu ouvido - prazeroso, você devia se divertir também...
Fiz o que ele disse assim que ele se afasta do meu pescoço eu comecei a beijar o seu. Que nojo... Que nojo...
Mordo o lóbulo da sua orelha e o ouvi gemer baixinho.
- Vejo que entrou no clima. - fala de forma gemida.
Percebo que o aperto que ele fazia antes com seu corpo fica mais frouxo. E assim que vi que ele está com a guarda baixa mordo sua orelha com toda força e me surpreendo ao notar que é muita, muita ao ponto de ter arrancado pedaço da sua orelha, cuspo e vi o sangue escorrer, ele logo me solta e eu não posso perder a possibilidade de escapar, sem olhar pra trás corro como nunca havia feito antes. Não sei se ele ainda está me seguindo, apenas continuo a correr.
Quando dou por mim o céu já estava escurecendo, olho para trás e franzo o cenho, por mais rápido que eu tenha sido, não era impossível que ainda estivessem atrás de mim, então... Onde eles estão?
Olho para todos os lados e não os encontro. Bom acho que agora estou a salvo...
Escuto um barulho.
Talvez fosse cedo demais para me sentir segura.
Volto a correr… ''
***
...Eu não posso contar a verdade a eles, não toda. Me achariam maluca por cogitar a ideia de existirem vampiros. O que foi? Um deles disse que beberia meu sangue, o que mais eu iria pensar?
- Melina? Está me escutando querida? - Denice balançava uma mão na minha frente quando sai do meu devaneio. - Você está bem?
- Sim.
- Tem certeza? - diz Robert, apararente preocupado, assinto, logo depois penso: "se eu estiver indisposta, não poderia respondê-los sobre isso", brilhante.
- Bem, na verdade não estou me sentindo muito bem. - Faço uma careta tentando ser convincente, fazer teatro dá nisso, ser sempre dramática.
- Será que foi algo que você comeu? - pergunta Denice.
- Não pode ser. - Pus as mãos na barriga, torci o rosto como se estivesse doendo meu estômago, fingir estar tonta também, para parecer mais verídica, olho fixamente para um rank a minha frente, mas pouco ligo para seus detalhes, projeto meu corpo para frente fingindo uma ânsia. - Eu não comi nada.
- Parece que o corpo dela está sentindo os efeitos da falta de uma alimentação adequada. - diz Robert olhando para a ruiva, ele me olha de novo, notei pela visão periférica. - Mas a ânsia diz outra coisa. A quanto tempo está sem comer?
- Não sei ao certo. - Levo a minha mão a cabeça, uma leve dor de cabeça apareceu, enquanto tentava me lembrar disso. - Mas acho que a bastante tempo, - sinto a dor se intensificar - mas isso vai passar logo, - balanço a cabeça um pouco - só preciso de um pouco de comida e algo doce. - Noto que eles ficaram um pouco confusos - eu tenho algumas crises de baixa glicose, - sorrio de leve - isso é mais comum do que eu gostaria. - Finjo sentir uma dor na barriga. Droga! Eu e minha boca grande.
- Você é alérgica a alguma coisa? - Balanço a cabeça negativamente. - Ok! Denice, faça ovos mexidos, e traga algo doce para a Melina, eu vou pegar uma bacia e um remédio.
Ambos saíram da sala correndo. Sento direito, me sinto um pouco culpada, mas preciso disso, olho à minha volta, mesmo olhando várias vezes o lugar ainda parecia sair de um conto de fadas. Olho verdadeiramente para os sapatos que Denice me trouxe, são lindos, um mais bonito que o outro, principalmente os de salto, apesar de não ser muito fã, pego um salto e experimento, deu certinho, e é muito confortável.
- Se queria usar salto não precisava fazer essa cena toda. - Olho para trás assustada, há uma pessoa na porta, quando o reconheço sinto o alívio me dominar, é apenas o Jensen.
- Eu... Não... Eu... Annhhh. Você não entenderia.
- Eu entendo que você queria usar salto, ela te deu uma opção de escolha.
- Sério? Não sabia. - digo de modo debochado, este jeito dele tá me irritando.
- Sério, ninguém ia te impedir de pegar outro sapato, nem a dona liga muito pra isso.
Tiro os sapatos dos meus pés e coloco aonde estavam.
- Olha eu não queria este sapato, só estava experimentando.
- E por que você não fez isso antes?
- Por que você é tão irritante? - Disparo.
- Não vale, eu perguntei primeiro… - Ele me olha por um tempo. - O que você pretende? - fala de cara fechada. Fico indignada, como ele pode ser tão chato em tão pouco tempo que nos conhecemos?
Denice volta da cozinha com um prato e um corpo com suco em mãos.
- Denice, acho que a dor dela passou - Jensen praticamente cantarola, o olho feio pra ele e faço um sorriso sem graça para Denice.
- Verdade querida?
- Mais ou menos, não ta doendo tanto agora. - E não é mentira, a dor de cabeça estava diminuindo.
Logo Robert aparece na sala, com a bacia e uma cartela de remédio, coloca a bacia na minha frente.
- Espero que não precisemos usar. - Diz Robert.
Denice me entrega o prato, pego-o e começo a comer.
- Hummm!
Eu não me lembrava que omelete era tão bom. É totalmente verdade sobre não me lembrar quando me alimentei a última vez.
- Que bom que você voltou filho. - diz Robert colocando a mão no ombro dele. - Não fez nem uma besteira não é?
- Não pai, só fui caminhar para espairecer.
- Então ótimo. - Ele vira a cabeça e fala baixinho. - Cuide dos seus irmão, não quero que eles se metam em encrencas. - Ele assente e sai da sala.
- Coma a sua omelete, precisamos ter uma conversa em família.
Assinto de boca cheia, eles logo saíram da sala e foram para a cozinha. Mesmo na sala dava para escutar a conversa deles.
- Vocês sabem o que precisamos conversar. - Começa Robert de forma patriarcal.
- Sabemos, e espero que decidam coloca-lá pra fora agora. - diz Jensen, tão doce.
- Não acho isso, ela é bonita, poderia ficar com a gente mais um pouco. - Percebo um tom malicioso na voz de Peter.
- Eu concordo com o Peter, ela é a maior gata. - enfatiza Pietro.
- Você sempre concorda com o Peter, Pietro. - diz Jensen.
- Não é verdade - se defende de modo manhoso.
- É sim, mas isso não vem ao caso, o caso é ela. - Podia, praticamente, sentir ele apontando para mim.
- Bom eu também não vejo nem um mal ela passar alguns dias. - comenta Denice.
- A qual é, não vai ser normal ter alguém do tipo dela aqui em casa.
- Filho, ela nem deve saber o que é. - Eu não sei o que eu sou? Anh?
- Assim como ela pode saber bem o que ela é, mas só está fingindo muito bem.
- Acho difícil, ela está confusa, sozinha e sem um abrigo. - Completa Robert. - Eu também não vejo problema com isso.
- Bom, então todos concordam? - pergunta Denice.
- Bom, eu não concordo. - Diz Jensen.
- Você quase nunca concorda. - Diz Denice.
- E tenho os meus motivos.
- Assim como você também já errou em seu julgamento. - Diz a mulher.
Essa última fala pareceu dar fim à discussão, uma decisão havia sido tomada. Denice, Robert e o filho ranzinza saíram da cozinha, Jensen - o voto vencido - não se importou em ficar na sala e foi direto para o andar de cima, logo pudemos ouvir a porta bater.
- Você vai falar com ele, ele sabe que não gosto disso. - Diz Denice, logo Robert foi atrás de Jensen.
- Boas notícias. - Denice fala animada. - Você vai pode ficar até se recuperar.
- Olha Sra. Fisher não precisava se preocupar comigo, é sério, não quero abusar da sua hospitalidade. - digo tentando sair deste problema.
- Isso não está em discussão mais, minha familia e eu, não damos as costas para alguém que precisa de ajuda, isso não será um incomodo nenhum. - Ela sorriu feliz fechando brevemente os olhos. - E não aceitarei uma resposta negativa, dado as circunstâncias em que você está. - Ela parecia mais séria, mas ainda tinha uma alegria em suas feições.
- Bem, já que insiste, ficarei até melhorar então. - Sorrio para ela. Que merda! Isso não saiu como eu esperava. Eu queria sair e não ficar, belíssimo plano este seu Melina.
Agora você está presa aqui, até você "melhorar", não vem consciência você também tem a sua parcela de culpa nesse plano, e o pior nisso tudo é que ainda vou ter que aturar o mau humor insuportável do Jensen, assim como a sua ironia. Mas se bem que... pode até ser divertido provocá-lo um pouco, e ele ficará bem irritado se eu realmente ficar e talvez seja uma boa. É talvez, talvez, mas ainda é muito arriscado. Mas ainda estou em dúvida de onde veio essa vontade de querer provocá-lo. Balanço a cabeça mantendo isso afastado por hora.
Assim que volto da breve briga interna, percebo que Denice logo foi para o andar superior, provavelmente encontrar com o filho e o marido. Deixando-me sozinha na sala, pois os irmãos ainda se encontravam na cozinha.
Como mais um pouco da omelete e não pude deixar de admirar mais uma vez o sabor. Logo já havia me perdido em pensamentos, o que não me surpreendia muito. Minha mente acaba retornando aos acontecimentos que ocorreram a algumas horas atrás. O que mais ficou marcado na minha cabeça foi o sangue... Eu ainda podia de certo modo imaginar o gosto que ele tinha ao ter entrado em minha boca, e era bom. O sabor... Só a lembrança... Meu Deus o que estava acontecendo comigo?
- Uma moeda pelo seus pensamentos. - Desperto ao ouvir a voz de Peter, e o agradeço mentalmente por isso, ele se senta ao meu lado esquerdo do sofá.
- Acho que não vai querer saber. - murmuro apenas.
- E eu acho que não nos apresentamos adequadamente. - diz e isso me fez abrir um pequeno sorriso, como é engraçado. - Sou Peter...
- E eu sou Pietro. - diz o irmão, ao sentar do meu lado direito.
- Sou Melina. - falo calmamente.
- Nome bonito, para uma moça bonita. - Peter me canta e eu não pude evitar uma gargalhada. Eles são engraçados.
- Ok, Peter chega de graça. - O irmão pede. - Vamos ao que interessa.
- Qual vai ser dessa vez? - pergunta o outro.
- Tekeen. - Ele Diz sério.
- De novo? - Peter reclama. - É só... A milésima vez que jogamos esse jogo Pietro.
- E é a milésima vez que você perde Peter... Pare de drama só porque você é ruim e não quer que a Melina o veja sendo humilhado. - Depois dessa, a única coisa que fiz foi soltar uma risadinha.
- Idiota. - Peter responde. - Eu sou melhor e você sabe disso. - fala convencido.
- Aposto que não é melhor do que eu. - Pronuncio-me e os dois me olham com uma chama de desafio se intensificando em seus olhares.
- Então vai me dizer que além de linda é uma boa jogadora? - diz Peter divertido.
- Bom... - Começo mas Pietro me interrompeu.
- Deus, um dia eu caso com essa garota. - Apenas dou um tapa de leve em seu braço.
- Bobo, você nem me conhece.
- Tudo bem Melina, veremos o que você sabe. - Peter me entrega o controle.
- Mas acho que podemos deixar isso um pouco mais interessante. - Eu e Peter o encaramos de maneira interrogativa. - Acho que uma aposta seria uma boa.
- Que tipo de aposta? - pergunto.
- Bom, se um de nós dois ganhar você terá que fazer algo pra gente...
Penso por um momento, isso seria divertido. Eu sou muito boa em Tekeen, sempre gostei de jogar com os meus primos. Concordo e volto atenção para a tela.
Escolho minha personagem favorita. A Kristen. E logo Pietro fez o mesmo escolhendo Jinn, já que ele seria o primeiro a jogar. Começamos com o jogo, e pra falar a verdade não demora muito, já que ele ganha de mim em menos de dez minutos.
Claro que eu o deixei ganhar. Fazia parte do meu plano. Na segunda rodada quando joguei com Peter fui com a mesma jogadora e ele foi com o Paul. Também deixei que ele ganhasse.
- Você não disse que era boa Melina. - Diz Peter comemorando a vitória.
- Pois é, tenho certeza de que também a ouvi dizendo isso. - Zomba Pietro.
- Melhor de dez? - pergunto desafiadora.
- Tem certeza Melina, não quero te dar uma surra. - fala Peter convencido. - Pode acabar com a sua honra. - Reviro os olhos, ai ai.
- Por acaso ouvi uma pitada de medo? - Provoco.
- Claro que não. - respondem juntos.
- Ótimo, melhor de dez. - Declaro.
As duas partidas que se seguiram também acabei perdendo. Ok, apesar de estar sendo divertido, cansei.
Mesmo ganhando uma partida, os irmãos ainda se encontravam inabaláveis e isso tornava o jogo ainda mais interessante, de acordo com que a partidas iam acabando e eles me viam ganhar começaram a jogar pra valer, mas eu sabia que nem assim poderia ganhar, como eu disse... Eu sou boa. Muito boa.
Quando o número de partidas que havíamos imposto acaba, não consegui evitar levantar e fazer a dancinha da vitória já que eu havia ganhado.
- É isso que dá subestimarem o seu adversário. - Eu falo.
- Ok! Melina você venceu. - diz Pietro.
- ... O que vai querer que façamos? - pergunta Peter.
- Ahn. - É mesmo tinha a aposta. - Bom. - Penso um momento e coço a cabeça. - Não sei. - digo por fim.
- MELINA QUERIDA SERÁ QUE VOCÊ PODERIA SUBIR POR UNS INSTANTES? - Escuto Denise me chamar.
- CLARO. - Grito de volta. - ... Ahn depois eu falo quando decidir, será uma surpresa.
Pisco para meus novos amigos. Pelo menos eu espero que sejam. E subo as escadas.
Assim que estou novamente naquele corredor, sigo para onde Denise provavelmente estaria e bem eu estava certa.
Denise se encontrava exatamente dentro do quarto onde eu acordara mais cedo. Ela arrumará a cama, trocará a fronha do travesseiro e a colcha da cama, para logo em seguida colocar um cobertor dobrado na ponta.
- Espero que não se incomode de ficar neste quarto por enquanto. - Ela me diz amavelmente.
- Ele está perfeito Srª. Fisher. - Lhe digo.
- Pode me chamar de Denise querida, essa coisa de senhora... Me faz parecer uma velha. - Ela sorri.
- Tudo bem então. - digo - Obrigada pela hospitalidade.
- Não a de que. - diz ela, Denise sai do quarto e acompanho com os olhos, assim que ela já não está mais no meu campo de visão meus olhos acabam me guiando a porta fechada que está na frente do meu breve aposento. Sigo em direção a porta para fechá-la, mas assim que estava prestes a fazer a porta do quarto a frente se abre, o Sr. Fisher sai de lá e me lança um sorriso amigável para logo seguir seu caminho pelo extenso corredor. Quando meu olhar se volta ao quarto da frente vejo Jensen me olhando. A raiva na maneira que ele olha pra mim. A porta do seu provável quarto é novamente batida com força. Tal força que provavelmente fez com que a tranca se quebrasse.
Fecho a porta do quarto com calma, tiro os sapatos e me deito na cama fechando os olhos de imediato.
Fico pensando no porquê daquele idiota me odiar tanto. Ele não me conhece. Não sabe nada de mim, por que agir assim? Como um idiota que odeia o mundo? Não fiz nada que pudesse despertar esse ódio, e sou especialista quando quero fazê-lo, mas nada veio à minha mente…
Acabo adormecendo em meio aos meus pensamentos.
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