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16 - Karnilla pt. 2

   Provavelmente Loki iria querer me matar pelo que eu estava prestes a fazer, mas naquele momento eu estava pouco me importando, precisava de respostas, além de ainda estar zero satisfeita com o mandato de prisão injusto de Karnilla.

   O plano era apenas entrar no calabouço do palácio e conversar com ela, talvez até mesmo tirá-la de lá, mas a segunda parte talvez fosse mais difícil, iria tentar conversar com Loki depois, se ele estivesse de bom humor, o que era duvidável. Percebi que Karnilla estar ali o fazia lembrar de algo desagradável, não tive tempo de perguntar o que, mas sabia que tinha alguma coisa. De qualquer jeito, eu precisava falar com ela, Loki concordando ou não.

   Pedi para que Sari me esperasse em meu quarto, conversaria com ela depois. Em seguida, caminhei até as escadas que davam ao calabouço nos últimos andares do palácio. As portas obviamente estariam muito bem vigiadas e talvez trancadas, mas isso não era problema para mim, já que graças a Loki, eu havia estado lá meses antes, quando fui a recém chegada em Asgard.

   Demorei segundos para me teletransportar para o interior do calabouço, torcendo para que mais ninguém estivesse lá além de Karnilla, obviamente. Meu timing foi perfeito, já que cheguei no exato instante que ouvi a porta do calabouço sendo fechada. Sorri aliviada enquanto encarava ao redor, procurando a cela em que haviam colocado a feiticeira.

   Caminhei lentamente até ela quando avistei, e vi que ela ergueu uma sobrancelha ao notar minha presença, talvez um pouco surpresa.

   — Desculpe. Te fiz ser presa, não era a intenção. — Comecei, recebendo uma risada nasalada e sem emoção como resposta.

   — Estou até surpresa, achei que eu iria morrer. — Ela sorriu sarcasticamente.

   Encarei a mulher de cima a baixo. Ela com certeza exalava poder, mesmo estando em uma cela, sem condições de sair. Sua energia continuava agitada, porém não tanto quanto antes, e ela olhava para mim com um misto de curiosidade e estranheza no olhar. Semicerrei os olhos em sua direção, como se pudesse ver além dela. Seria ótimo ter os poderes de ler mentes de Wanda agora.

   — Por que mentiu? — perguntei diretamente. Já não aguentava mais esperar nem um segundo. — Por que não disse o que sabe sobre Bryndís?

   — Por que quer saber? — Fiquei em silêncio com sua pergunta, ela sorriu um pouco mais abertamente, mas ainda era um sorriso desanimado. — Não devia estar aqui. Odin vai mandar prendê-la também, ou então bani-la de Asgard. — Ela fez uma pausa. — É o que ele faz de melhor.

   Não controlei uma risada com sua última fala, já que relembrei das histórias de Thor ser banido para a Terra e de Loki ser preso em Asgard a mando de Odin, mas ao mesmo tempo percebi um incômodo pessoal de Karnilla em relação a isso. Decidi ignorar por enquanto, minha ansiedade ainda gritava por informações.

   — Bryndís as vezes aparece em sonhos ou em visões pra mim. Na maioria delas mostradas por Sari. — disse, atraindo a atenção e o foco da feiticeira para mim. — Uma vez a vi morrendo, outra vez ela chamou a si mesma de Deusa Esmeralda e outra vez ela disse que era eu. — Despejei as palavras, inquieta, movendo as mãos de forma agitada. Se Loki estivesse vendo, provavelmente me mandaria ficar parada. — Sempre que pergunto sobre ela ninguém nunca parece conhecê-la, ao mesmo tempo que todos parecem sentir um tipo de nostalgia ao ouvirem seu nome. — Comecei a andar de um lado a outro, ainda inquieta. — Minha conexão com Sari está lenta, e o fato de eu nunca saber mais coisa sobre Bryndís apenas aumenta minha ansiedade porque quanto mais tempo eu fico aqui, mais tempo fico longe de minha irmã, mas ao mesmo tempo sinto vontade de ficar aqui pra sempre. — Uma última pausa, voltei a encarar Karnilla. — Algo me atrai a esse lugar, e acredito que seja Bryndís, mas eu preciso saber quem ela é... ou quem foi. E eu sei que você sabe de algo, então por favor, comece a falar.

   Karnilla ouvia meu discurso desesperado e afobado com toda a atenção, enquanto mantinha as sobrancelhas erguidas e os braços cruzados. Ela pareceu analisar cada palavra que ouviu vinda de mim, e o silêncio de alguns minutos que ela fez foram agonizantes e particularmente irritantes para mim, isso porque minha paciência costumava ser bastante duradoura.

   — Eu não a conheço, me desculpe.

   Suspirei completamente desanimada e derrotada, sentindo meus ombros caírem e meus olhos desviarem seu rumo ao chão. Ela dizia a verdade sobre não conhecer Bryndís, e meu coração pareceu se apertar de forma violenta.

   — Mas... — Arfei em surpresa, voltando a encara-la. — Sei que Bryndís existiu.

   — E o que mais? — Não consegui controlar minhas emoções e ficar em silêncio. Karnilla sorriu, achando graça.

   — Eu realmente não sei quem ela é, não sei quem foi, não sei o que fez, mas isso tem um motivo. — Ela se aproximou do campo de força que a mantinha presa na cela, fiz o mesmo, ficando mais próxima dela. — Um feitiço fez com que todos esquecessem a origem, existência e feitos de Bryndís, por esse motivo ninguém a conhece, mas ao mesmo tempo é perceptível que sim. — Franzi o cenho, confusa.

   — Um feitiço? Mas por que isso?

   — Alguém não gostava nem um pouco dela, aparentemente. — Ela deu de ombros antes de continuar. — Eu apenas sei sobre esse feitiço porque foi eu quem o conjurei...

   — Mas que merda...

   — A mando de Odin. — Ela completou. — Na verdade a mando de Odin, seu pai e seu avô, que ainda eram vivos na época.

   O ar que eu nem percebi que prendia em meus pulmões fez força para que fosse solto com tamanha revelação. Minha boca estava entreaberta ainda com o susto e confusão enquanto minhas sobrancelhas continuavam juntas, ao passo que meu coração acelerava a cada palavra proferida por Karnilla. Fechei minhas mãos em punhos por algum motivo, percebendo minha respiração ficar um pouco mais pesada.

   — Também não sei o motivo do feitiço, fiz com que todos esquecessem também, inclusive Odin. — Mais uma pausa. Voltei a encara-la. — Mas eu apenas sei porque se eu o revertesse, seria torturada, e morreria por isso. Esse é o único motivo de eu saber sobre a existência do feitiço, para que eu me lembre de minha sentença. — Passei as mãos pelos meus cabelos, ainda um pouco atordoada. — Por isso menti.

   Fiquei em silêncio após sua última fala, e percebi que ela esperava enquanto eu tentava processar cada informação. Puxei uma grande quantidade de ar para os meus pulmões enquanto encarava algum ponto aleatório do calabouço. Minhas mãos passaram pelos meus fios de cabelo e pararam seu caminho sob meus lábios. Meu coração estava acelerado, meus pensamentos e sentimentos estavam um verdadeiro caos.

   — Pode reverter o feitiço? — perguntei, voltando a buscar o olhar da feiticeira. Ela suspirou e soltou uma risada nasalada.

   — Me desculpe, garota, eu fiz o máximo que pude. Ainda não estou afim de morrer. — Ela respondeu, afastando-se de mim e caminhando até o centro da cela.

   Bufei em frustração, mas entendia seu ponto. Mesmo que Odin não estivesse ali, e que Karnilla estivesse fora de perigo, ainda existia o segredo de ser Loki no lugar de seu pai, e eu não iria colocá-lo em risco, provavelmente seria morto por isso. Fiquei alguns minutos em silêncio, apenas pude ouvir e sentir as batidas aceleradas e estrondosas de meu coração até pensar em algo.

   — Existe algum tipo de magia, ou feitiço que me faça entender, ler e falar asgardiano antigo? — perguntei, lembrando-me do tal livro que ainda estava com Loki.

   — Se eu disser que sim... — Karnilla franziu o cenho, aproximando-se de mim mais uma vez.

   — Eu te solto dessa cela. — respondi. — Consegue dar seu jeito depois, não? — Ergui uma sobrancelha, observando enquanto um dos cantos dos lábios de Karnilla erguia-se.

   (...)

   Não foi difícil tirar Karnilla daquela cela, e o feitiço não durou mais que alguns minutos e algumas palavras. A feiticeira conseguiria sair de Asgard uma vez que estivesse fora do calabouço, então foi isso que eu fiz; a levei até o lado de fora do palácio com a ajuda dos meus poderes, tratando de voltar para o interior o mais rápido que eu conseguisse, ainda precisava encontrar Loki e pedir o livro antigo emprestado.

   Porém, ao voltar arrependi-me amargamente. Guardas corriam por todos os lados, portando todo tipo de arma e armadura. Engoli em seco tentando passar despercebida por todos eles, até ver a figura de Odin se aproximar. Sua energia fervia e agitava-se, em seu olho eu podia ver e sentir a mais pura fúria. A fúria de Loki.

   Assim que ele me viu, esperou que todos os guardas virassem o último corredor e puxou meu braço de maneira bruta, até que estivéssemos em um dos inúmeros salões que existiam no palácio. Estava completamente vazio, e lembro-me de Loki dizendo que era um dos menos usados. E por falar em Loki, com um movimento de seu corpo ele voltou a sua figura original, e eu poderia muito bem estar hipnotizada se não fosse o ódio quase palpável em sua energia.

   — Não me diga que tem a ver com a fuga de Karnilla. — Ele disse, com a voz baixa, porém dura e fria. As expressões do rosto tencionadas ao extremo.

   — Loki, não estava certo...

   — Eu sabia.

   Ele disse soltando o aperto em meu braço, afastando-se de mim e suspirando pesadamente enquanto encarava meus olhos a todo instante. Os oceanos de suas orbes me transbordavam, mas não como costumavam, naquele momento eu me afogava em sua raiva, seu rancor, e senti meu coração apertar-se violentamente com isso. Em um movimento rápido, Loki conjurou uma de suas adagas e apontou para o meu pescoço, voltando a se aproximar.

   — Você nunca faz nada certo, midgardiana de merda. — Ele vociferou dessa vez.

   Pude sentir a ponta da arma branca tocar minha pele enquanto eu erguia uma sobrancelha. Ele estava realmente fazendo aquela cena de novo? Entendia que ele precisava de ajuda, e eu queria mais que tudo ajudá-lo, mas como apenas ele conseguia, minha paciência chegava ao limite.

   — Não aponte esta merda pra mim novamente, achei que já havíamos passado dessa fase. — retruquei, empurrando a adaga com uma das mãos. Senti um leve corte em meu pescoço por conta do movimento, mas não me importei.

   — Qual fase? A fase que você apenas atrapalha a minha vida? A fase que você me tira do sério? Ou a fase que você não serve para fazer absolutamente nada de forma correta? — Sua voz estava carregada, assim como sua energia. Se fossem outras circunstâncias, eu sentiria vontade de acalma-lo, mas naquele momento, minha irritação apenas aumentava.

   — Você vai parar por aí, Loki, não se atreva a continuar. — disse enquanto o empurrava para trás com uma das mãos. — Desde que cheguei aqui a única coisa que fiz foi encobrir seu segredinho de merda e te proteger, então atrapalhar sua vida? Me desculpe, mas nunca fiz isso, pelo contrário, eu apenas contribui para que ela fosse o melhor possível. — Aproximei-me dele em seguida, com meus olhos completamente fixos nos seus. — E sabe por que eu fiz tudo isso? Porque eu vi você de verdade e porque eu me importo com você, mesmo você sendo um completo idiota comigo a todo momento. — Fiz uma pausa. — Eu sei que o único motivo de agir assim é porque você carrega um peso que não devia, um trauma que eu jamais desejaria pra ninguém, mas já está na hora de perceber quem você é de verdade.

   Apontei meu indicador em sua direção, e pude perceber que minha mão encontrava-se envolta pelo familiar brilho verde esmeralda, que surgia quando meus poderes apareciam, provavelmente meus olhos estariam do mesmo jeito. Fechei minha mão em punho, controlando minhas emoções e minha energia, dando um singelo passo para trás, visto que estava novamente próxima demais de Loki.

   — Quem eu sou de verdade... — Ele comentou com a voz baixa, olhando para o chão, para em seguida voltar a buscar meus olhos. Ao contrário do que pensei, ainda carregavam a fúria e irritação de antes. — Você sequer me conhece. É apenas uma midgardiana que acha que sabe das coisas, mas saiba que não há absolutamente nada de importante em você. — Ele se aproximou de novo, mas mantive minha postura, esperando o contato do seu corpo com o meu. — Sequer conseguiu salvar seu maldito irmão, vai querer salvar Asgard como?

   Suas últimas palavras foram como se inúmeras facas afiadas atravessassem meu coração simultaneamente. A dor que senti por conta delas era indescritível, e eu poderia muito bem jogar Loki longe com apenas um movimento de minhas mãos e um resquício de energia da raiva que começou a se formar, sem contar na tristeza porque, no fundo, eu sabia que aquelas palavras eram totalmente verdade, e eu mesma acreditava nelas.

   Porém, a única coisa que me impediu foi sentir a própria energia de Loki ao perceber o que havia dito. Era como se ele caísse de uma altura elevada, e tivesse seu corpo ao relento em um lugar escuro e vazio. Ele havia se arrependido amargamente de dizer aquilo, e por mais que seu rosto não demonstrasse, eu pude sentir com clareza. Suspirei profundamente e ergui mais a cabeça antes de dizer qualquer coisa, ainda sem me afastar.

   — Sim. Eu libertei Karnilla. — Voltei ao assunto inicial, com a voz suave e fria. Minhas lágrimas tentavam sair pelos meus olhos, mas eu as contive. — O que vai fazer comigo? — Loki permaneceu em silêncio, ainda encarando meus olhos fixamente. — Nada, certo? Eu sei porque.

   — Eu posso muito bem bani-la para Midgard. — Ele começou, mas não consegui controlar uma risada nasalada e sem ânimo ao ouvir aquilo.

   — Já falei que continuaria voltando. — Uma pausa. — E banir não é muito bem a sua cara. — Silêncio de novo. Loki conseguia muito bem esconder suas reais emoções, e era isso o que ele estava fazendo no momento.

   — Então eu vou matá-la, por me desobedecer. — Suspirei de novo.

   Se fosse qualquer outro momento, eu rebateria com um comentário sarcástico, e o provocaria até terminarmos a conversa na cama, mas estava tão cansada. Tão exausta de ter que arrancar verdades dele a força, sendo que eu as entregava a ele de bandeja.

   — Não vai. — respondi. Loki franziu o cenho e semicerrou os olhos em minha direção.

   — E como tem tanta certeza?

   — Você se importa comigo, do mesmo jeito que eu me importo com você, não é? — perguntei. Aquela era a última chance que eu dava a ele. — Por favor, diga a verdade. — Uma longa pausa se fez presente. Loki não desviava seus olhos dos meus e eu estava do mesmo jeito.

   — Não me importo com você, midgardiana...

   Mentira. Mas ele não fez questão de me dizer, e eu só sabia por conta dos benditos poderes. Inclusive ele tentou colocar todo o desdém que conseguia enquanto proferia a palavra "midgardiana", e mesmo que sua energia me provasse o contrário, eu continuava exausta. Queria ter o Loki de verdade, e estava disposta a ajudá-lo com isso, mas antes ele precisaria me dar abertura. Antes ele precisaria confiar em mim.

   (...)

   Ao chegar no meu quarto, após apenas virar as costas para Loki, sem adicionar ou sequer pensar em qualquer comentário para respondê-lo, vi Sari deitada em minha cama, me esperando. Ela balançou a cauda ao me ver, como sempre fazia, e apenas por sentir sua energia animada, consegui me livrar um pouco da tensão por conta da conversa de minutos atrás.

   — Um feitiço, Sari. — comecei, sentando-me na cama ao lado do animal. — A porra de um feitiço, e todos se esquecem sobre Bryndís.

   A tigresa me encarou, e por algum motivo senti que ela já sabia disso, obviamente. Soltei uma risada completamente sem ânimo antes de acariciar o pelo claro de Sari.

   — O pior, foi ordem de Odin, de seu pai e de seu avô. — Fiz uma pausa. Sari me encarava, atenta. — Meus conhecimentos em mitologia nórdica estão um pouco falhos, mas lembro-me de Loki dizer o nome do avô de Odin... — Fiz uma careta, encarando o teto do quarto. — Buri! Isso.

   A reação de Sari foi a mesma de quando ouvi aquele nome pela primeira vez, vindo da boca de Loki. Ela rugiu de forma um tanto estrondosa e levantou-se da cama, caminhando de um lado ao outro. Sua energia inquietou-se e ferveu, eu sabia que aquilo era raiva, ira, e uma pitada de tristeza.

   — Você o conhece... — afirmei, encarando-a. Ela virou-se para mim e sentou em minha frente.

   Sim. Foi o que eu ouvi em minha mente.

   — Como? Como conhece Buri? O que ele tem a ver com Bryndís? — perguntei, apoiando os cotovelos em minhas pernas, completamente focada nos olhos verde esmeralda do animal.

   Ao ouvir sua resposta em minha mente, meu coração parou por um momento, ao passo que todos os meus músculos tencionaram quase que de forma involuntária. Não controlei um suspiro surpreso que saiu de meus lábios, completamente em choque, com as palavras que Sari transmitiu ecoando em minha mente.

   Ele foi a pessoa que a matou.







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Autora: MAIS UMA BOMBA PROCÊIS! ai gente eu fiquei particularmente mto feliz c esse capítulo, tanto que até consegui terminar ele antes do que imaginei!

Enfim, é isso, a bomba do dia foi essa, espero demais que tenham gostado e que estejam gostando! JÁ QUERO SABER AS TEORIAS KKKKK

Não esqueçam da estrelinha e de comentarem bastanteeee!

Bjin procêis💚

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