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11 - Era seu pesadelo

   Mais alguns dias se passaram e todos eles se basearam em encontrar respostas e informações sobre a tal Deusa Esmeralda. Loki estava me ajudando, procurando por livros e me explicando o que estava escrito em todos eles quando possuíam algum idioma desconhecido por mim.

   Não havia conseguido fazer mais nenhuma conexão com Sari, talvez porque fosse algo extremamente novo para mim, e por conta disso, os livros e as perguntas eram tudo o que me restavam enquanto eu não avançava em mais absolutamente nada. Por um lado isso me deixava frustrada, e deixava minha ansiedade e angústia cada vez mais intensa, já que quanto mais eu demorava para ter respostas, mais eu demorava para ir em busca de minha irmã na Terra.

   Mas por outro lado, pude passar mais tempo próxima de Loki, e por mais que ele tentasse se manter distante e indiferente, algo em sua energia gritava e esperneava enquanto estávamos um ao lado do outro. A cada momento que sentia seu interior se agitar drasticamente, o mesmo fervor subia por toda minha espinha, despertando uma animação e um desejo que jamais havia sentido.

   Eu me sentia uma egoísta por conta disso, mas não conseguia parar de pensar sobre o quanto Loki tinha influência em cada sensação que eu sentia e em cada reação que meu corpo possuía quando ele estava por perto. Algo me atraía para a direção dele, como um ímã extremamente potente. Sentia vontade de toca-lo, de senti-lo de todas as maneiras possíveis, e ele queria o mesmo, sua energia deixava muito claro para mim. Era como se nos empurrássemos um para o outro, sempre com a necessidade de estar perto.

   — Kira, é a terceira vez que te chamo, no que está pensando? — Pisquei algumas vezes ao finalmente focar na voz e nas palavras de Loki ao meu lado na biblioteca.

   Olhei para ele, que estava de pé em minha frente, com um livro na mão, observando-me com as sobrancelhas franzidas. Ele havia atendido ao meu pedido de não invadir meus pensamentos, e eu jamais agradeci tanto por aquilo como naquele momento.

   — Desculpe, estava concentrada no que estava desenhando. — respondi, voltando a prestar a atenção ao caderno de desenhos em meu colo.

   Havia alguns minutos que eu desistira de procurar por mais livros sem respostas naquele dia, então apenas me sentei em uma cadeira e abri o caderno de desenhos em uma página específica, com um rosto em particular ainda não terminado. Tracei mais algumas linhas que completaram os olhos de Loki no desenho, aqueles benditos olhos de oceano que acompanhavam meu pensamento a todo momento. Vão ficar lindos quando eu pintar, pensei enquanto controlava um singelo sorriso no canto dos lábios.

   — O que está desenhando? — Ele perguntou, dando alguns passos para frente, afim de ver a imagem existente na folha.

   — Ainda não está pronto. — respondi, puxando o caderno para o meu peito e abraçando-o como se fosse o bem mais importante que eu possuísse. — Achou alguma coisa?

   Assim que fiz a pergunta ergui-me da cadeira enquanto fechava o caderno e o colocava em uma mesa ao meu lado. Ao voltar a procurar a figura de Loki percebi que estávamos próximos mais uma vez, próximos demais, próximos de uma forma perigosa. Nossos olhos se encontraram como sempre faziam, mas ultimamente senti vontade de observar muito mais que os oceanos de suas orbes ou seu rosto. Queria algo a mais, e o fato de sentir que ele queria o mesmo apenas me deixava com mais desejo de toca-lo.

   Ergui uma das mãos sem ao menos perceber que o fazia, e quase consegui tocar em seu rosto. O que me impediu foi Loki desviando o olhar e encarando o livro que segurava nas mãos.

   — Eu nunca havia visto esse livro antes, estava escondido. — Ele começou, folheando as páginas amarelas e envelhecidas de um livro um tanto antigo. — É sobre a origem dos Nove Reinos, e olhe, algumas páginas parecem ter sido arrancadas aqui, e outras novas adicionadas no lugar, da para notar a diferença das folhas.

   Ele apontou para as páginas, mostrando-me onde claramente existia um rasgo e as folhas completamente diferentes em cores e escrita. Se alguém queria esconder alguma coisa, foi de uma forma muito grotesca e burra, pensei enquanto fazia uma careta e passava minhas próprias mãos pelo livro. Ao fazer o movimento, senti meu corpo tocar levemente no braço de Loki. Ergui meus olhos por alguns segundos, e percebi que ele havia tensionado o maxilar com tamanha proximidade. Controlei um sorriso divertido.

   — Que tipo de idioma é esse? — perguntei, voltando minha atenção ao livro, porém sem me afastar nenhum centímetro.

   — É diferente. Parece asgardiano, mas é muito arcaico. Levarei semanas para ler isso... talvez meses. — disse ele, ainda sem olhar para mim.

   — E pretende começar agora? — perguntei, buscando seus olhos mais uma vez.

   Loki não olhou para mim, infelizmente, apenas continuou com os olhos focados no livro. Aproximei meu corpo um pouco mais, ainda olhando na direção do rosto do Deus. Percebi que ele engoliu em seco e respirou um pouco mais profundamente.

   — Onde você disse que está Sari? — Ele perguntou, com a voz um pouco mais baixa, mais rouca. O fervor apenas aumentava em meu interior. Ergui um pouco mais meu rosto para que chegasse perto de sua orelha.

   — Na mata, por enquanto. — respondi com a voz ainda mais baixa, quase em um sussurro.

   Depois da minha fala, Loki virou o rosto tão rapidamente que sua bochecha encostou de forma suave em meu nariz, também senti meus lábios em atrito leve e quase imperceptível com seu queixo. Próximos. Perigosamente próximos. Tudo me atraía a Loki naquele momento, assim como tudo também o atraia a mim. Nossa energia era a mesma, intensa, fervorosa, repleta de desejo.

   Loki colocou o livro em cima da mesma mesa onde meu caderno de desenhos estava, enquanto virava o resto do seu corpo em minha direção, sem se afastar de mim e sem parar de me olhar por nenhum segundo. Ergui uma das mãos novamente, mas daquela vez, Loki não desviou o olhar, ou se afastou, ele apenas continuou parado, com a intensidade de seus olhos de oceano direcionada completamente a mim.

   Toquei em seu rosto com a ponta dos dedos. Sua pele era fria em comparação a minha, afinal me disseram que ele era um gigante de gelo vindo de Jotunheim, porém o choque de temperaturas era confortável, agradável. Deslizei meus dedos por sua bochecha, observando a trajetória que eles faziam até os lábios de Loki, onde também toquei, ainda com os movimentos suaves.

   Realmente, é um rosto maravilhoso para pintar, gostaria de ter minhas tintas, pensei enquanto voltava a procurar seus olhos. E lá estavam, os dois oceanos azuis e profundos que tanto me hipnotizavam. Ainda não contente, passei meus olhos mais uma vez por todo seu rosto, observando atentamente todos os seus traços e suas cores. Queria senti-lo mais.

   Ergui um pouco mais a cabeça, aproximando cada vez mais o meu rosto do dele. Loki não se moveu, o que não era bom, mas também não era ruim. Senti meu nariz tocar o dele gentilmente, e pude quase, por um milésimo, sentir meus lábios roçarem os seus.

   Quase, já que Loki virou o rosto no último segundo.

   Ele se afastou do meu corpo de forma rápida, e tive que dar um leve passo à frente para não desequilibrar e ir de cara no chão, como se a distância de Loki fosse igual a um curativo sendo arrancado da pele sem aviso. Suspirei, frustrada de novo. Não porque Loki não queria, mas porque ele queria, eu sabia que queria, eu podia sentir. Por que então negar? Não era como se eu fosse a primeira pessoa que ele fosse levar para a cama, assim como ele também não era a minha primeira pessoa.

   Busquei seu olhar de novo, e antes que eu pudesse dizer alguma coisa, senti uma energia a mais se aproximando da biblioteca, e eu conhecia muito bem. Sif tinha uma energia forte e determinada, mais do que qualquer outra que já senti, então era fácil saber quando ela se aproximava.

   — Sif está vindo. — disse para Loki.

   Ele revirou os olhos antes de caminhar rapidamente até uma estante grande e lotada de livros que existia ali. Loki posicionou-se atrás dela, onde ninguém sequer notaria sua presença. Também de forma rápida peguei meu caderno e o lápis e sentei de volta na cadeira, agindo naturalmente, mesmo que meu interior ainda estivesse em chamas, gritando e fervendo intensamente.

   — Lady Sif, não esperava te ver na biblioteca. — comentei, com um sorriso divertido nos lábios. Ela devolveu o sorriso.

   — Estava te procurando. — disse ela, enquanto buscava outra cadeira e a colocava posicionada em minha frente.

   — Ah estava? — perguntei, erguendo uma sobrancelha enquanto lançava a ela um sorriso de canto, antes de arregalar os olhos e lembrar de um ponto importante. — Eu não esqueci do treino, hoje não teve...

   — Não é isso. — Sif me cortou enquanto sua risada ecoava pelo lugar. Respirei profundamente, enquanto colocava uma das mãos no peito, logo acompanhando a guerreira no humor. — Eu queria dizer que eu tenho vinho e... — Ela fez uma pausa, olhando-me diretamente nos olhos, de forma intensa. — Meu quarto estará livre essa noite.

   Após sua fala, não controlei um sorriso travesso e sugestivo em sua direção, ela me devolveu com um sorriso no canto dos lábios, ainda com os olhos fixos nos meus. Porém, antes que eu pudesse responder, uma energia a mais se sobressaiu durante aquela conversa. Uma energia tensa, pesada, raivosa, e essa energia vinha exatamente de onde Loki estava. Desviei meu olhar para a prateleira de forma involuntária, e pude enxergar apenas seus olhos por entre os livros, invadindo os meus, como sempre faziam, mas daquela vez tinham uma faísca a mais.

   — Kira? — Pisquei algumas vezes ao ouvir a voz de Sif, logo voltando a encara-la.

   — Eu estava mesmo afim de tomar um vinho hoje. — respondi, focando minha atenção no verde claro de seus olhos enquanto lançava-lhe mais um sorriso intuitivo.

   — Te espero, então.

   Com essa última fala ela me devolveu o sorriso antes de se levantar da cadeira e caminhar em direção a saída da biblioteca. Acompanhei seus passos com o olhar, porém a energia que Loki carregava continuava ali, clara como cristal, nítida como um espelho. Controlei um sorriso ao vê-lo saindo de trás da prateleira.

   — Parece que tem planos para hoje, midgardiana. — disse ele, erguendo uma sobrancelha. Dei de ombros.

   — Eu não disse que ia, Branca de Neve. — respondi. Loki pareceu não perceber o uso do tão adorado apelido, já que estava ocupado com uma careta confusa no rosto.

   — Então não vai?

   — Também não disse isso. — respondi, lançando-lhe um sorriso sugestivo em seguida. — Talvez eu tenha outros planos essa noite. — Loki me encarou por alguns segundos, em silêncio.

   — Divirta-se. — Deuses são lerdos assim, ou ele só está se fazendo de idiota?, pensei enquanto revirava os olhos e me apressava em dizer algo, antes que ele pudesse pegar o tal livro antigo e sair da biblioteca.

   — Olha só, Loki, acho que você é bastante inteligente pra entender aonde estou querendo chegar. — Ele parou qualquer movimento que fazia e voltou a me encarar. — Eu realmente gostaria de ter você em minha cama, e sei que vossa majestade também quer.

   Terminei minha fala com um sorriso presunçoso nos lábios e uma das sobrancelhas erguidas. Loki semicerrou os olhos e franziu o cenho, porém não tirou seu olhar do meu em nenhum momento. Senti sua energia agitar-se, porém ele não demonstrava nem um por cento disso em seu semblante.

   — E o que a faz ter tanta certeza? — perguntou, parecia entretido.

   — Porque eu sinto que quer. — respondi. Em seguida levantei da cadeira onde estava sentada, e dei alguns passos em sua direção. — Eu sinto... — apontei em direção ao seu peito com o dedo indicador. — Essa agitação toda vez que me aproximo. — Mais alguns passos. — Acredite, acontece o mesmo comigo. Nos queremos e nos desejamos... Não é algo fora do normal, então por que não?

   Na verdade era um pouco fora do normal, já que Loki mexia comigo de um jeito completamente diferente de todas as outras pessoas que já me relacionei, mas ele não precisaria saber dessa parte, por enquanto. Parada mais uma vez próxima ao seu corpo, de frente a ele, encarava seus olhos à espera de uma resposta. Loki tensionou o maxilar e sustentou meu olhar por mais alguns segundos, antes de se afastar de mim novamente, pegar o livro em cima da mesa, e caminhar em direção a saída, mas antes.

   — Divirta-se com Sif. — disse ele, antes de usar sua mágica para transformar-se em seu pai e sair pelas enormes portas da biblioteca.

   (...)

   Algumas horas haviam se passado e o céu escuro, porém repleto de estrelas coloridas e brilhantes, já cobria toda Asgard, deixando aquele lugar mais esplêndido ainda. Desde o primeiro dia em que estive aqui um dos meus momentos favoritos era olhar para o céu da Cidade Dourada durante a noite, desejando a todo instante ter minhas tintas e a maior tela que fosse possível existir em minha frente.

   Sari havia voltado da mata, e estava deitada na enorme cama que existia ali, quase dormindo. A tigresa havia acostumado a dormir em minha companhia, mas existia um quarto ao lado do meu, e estava pensando em deixá-lo inteiramente para ela, afinal algumas vezes eu precisaria de privacidade, porém sem me afastar muito dela.

   As últimas palavras de Loki ecoaram em minha mente pela milésima vez: "Divirta-se com Sif", qual era o problema em admitir que ele queria tanto quanto eu? De qualquer jeito, naquela noite nada aconteceria entre o Deus e eu, porém, eu não estava morta, e realmente queria um pouco de diversão, então me encontrava terminando de arrumar o vestido asgardiano que escolhi, pronta para me direcionar ao quarto de Sif.

   — Talvez eu não volte hoje, Sari. — disse à tigresa, ela inclinou a cabeça para o lado, mostrando que prestava atenção no que eu dizia. — Boa noite.

   Caminhei até ela e fiz uma leve carícia em seu pelo, em seguida depositei um beijo em sua cabeça, antes de abrir a porta e me dirigir ao quarto de Sif. Pensei em caminhar até lá, mas daquela vez estava apenas afim de chegar logo, então simplesmente fiz aquele habitual e confortável movimento com as mãos, sentindo a mesma energia percorrer todo meu corpo. Em um segundo estava em frente à porta da guerreira, e após três batidas, a mulher a abriu com um sorriso suave nos lábios.

   Seus cabelos estavam soltos, constrastando maravilhosamente com seus olhos verdes e brilhantes. Ela não usava a armadura habitual, naquele momento estava com um vestido, um pouco mais largo, porém a deixava mais bonita ainda. Controlei um sorriso sacana antes de entrar no cômodo.

   (...)

   Como de costume, o resto da minha noite foi consumido por sonhos. Novamente, a imagem de Bryndís era clara em minha mente, mas daquela vez ela não carregava a mesma expressão pacífica e a mesma energia revigorante e confortável. Seus cabelos trançados estavam um tanto bagunçados, e seu rosto possuía alguns cortes e algumas manchas de sangue e sujeira.

   Ela empunhava uma espada nas mãos, e em seus olhos jazia um misto de fúria e decepção. Por alguns instantes não entendi o que estava acontecendo, já que eu conseguia ver apenas ela, e nada mais, porém uma nova figura começava a tomar forma gradativamente.

   Era um homem, um pouco mais alto do que ela, também empunhava uma espada. Não conseguia ver seu rosto, ou sua expressão, já que ele estava de costas para mim. Não tinha a mínima ideia de quem poderia ser, mas sua energia era podre, para dizer o mínimo. Algo muito forte apertava-se dentro dele, principalmente quando ele olhava para Bryndís. Raiva... Não. Inveja, talvez? Poderia ser.

   Bryndís tentava conversar com o homem, mas nenhum som saía de sua boca, e não conseguia sequer ler seus lábios para tentar entender algo. Tive certeza de que vi uma única lágrima escorrer pelo rosto da mulher, mas ela manteve a postura firme e o aperto no cabo da espada intenso.

   Até que, em um segundo, ela relaxou todos os músculos do corpo e simplesmente jogou a espada no chão. Ela encarava os olhos do homem, que ainda estava de costas para mim, com pura tristeza e talvez pena no olhar, não saberia dizer ao certo, porém sua energia era angustiante. Doía como o inferno.

   Ela disse uma última coisa ao homem, antes de ele avançar na direção dela de uma vez, rápido e ágil, e atravessar sua lâmina pelo abdômen de Bryndís. Vi a dor em seus olhos, mas não só isso, eu senti a dor. Não apenas a dor energética, mas também a dor física. Senti uma dor aguda e quase insurportável surgir em meu próprio corpo, e conforme o corpo de Bryndís caía no chão, a dor apenas aumentava.

  
   Abri os olhos e sentei na cama em um sobressalto, levando uma das mãos diretamente ao local onde Bryndís havia sido atingida, o mesmo lugar que doía absurdamente há um segundo atrás, mas que agora mais nada sentia. Percebi uma gota de suor escorrer em minha têmpora, além da minha respiração pesada e ardente.

   — Kira, está tudo bem? O que aconteceu? — Ouvi a voz de Sif ao meu lado na cama, só então lembrando da noite passada.

   — Tive um pesadelo. — respondi, fechando os olhos e passando as mãos pelos cabelos. — Desculpe ter te acordado.

   — Não tem problema. — disse ela. Virei o rosto para encara-lá e vi que um lençol cobria seu corpo desnudo. Olhei para o meu próprio corpo e vi que estava com minhas roupas íntimas. — Quer conversar sobre?

   — Na verdade, gostaria de esquecer. — respondi, deitando meu corpo novamente na cama e encarando os olhos verdes de Sif.

   — Bom, então, não sei se sabe, mas hoje é o baile mensal de homenagem a Loki. — Ela começou, e pude perceber uma clara indiferença e um certo desgosto na voz. Senti um incômodo em meu interior por conta disso, mas tentei não me importar. — Pai de Todos exige a presença de todo o reino, então...

   — Então está dizendo que eu também vou. — completei, com um sorriso divertido no rosto.

   — Eu sei que você sequer conhecia Loki, mas vamos estar lá, então talvez não seja tão ruim.

   Ontem mesmo eu vi Loki, acredita, Lady Sif?, pensei enquanto erguia uma sobrancelha em sua direção. Conversamos por mais algum tempo, antes de a guerreira simplesmente me obrigar a levantar, a ir até meu quarto e colocar minha armadura, já que eu aparentemente não escaparia de um treino naquele dia.

   A contragosto, dirigi-me até meu quarto, após vestir novamente o vestido asgardiano que usava na noite passada. Ao chegar no cômodo, encontrei Sari se espreguiçando na cama, de um jeito extremamente confortável. Não pude controlar um sorriso, o tanto que eu já amava aquela tigresa como se fosse da minha própria família, era impossível descrever. Ela olhou para mim, e observei sua calda agitar-se levemente ao me ver.

   — Bom dia, Sari. — disse, aproximando-me dela. — Você teve alguma coisa a ver com o sonho que tive hoje? — Mais pra pesadelo, pensei enquanto sentava na cama ao seu lado. A tigresa grunhiu e senti sua energia pesar drasticamente. — Era seu pesadelo, não era?

   Sentia sua energia cada vez mais desanimada, angustiada e triste. Meu coração apertou-se junto com o dela enquanto eu deixava uma carícia leve em seu pelo. Então Bryndís não era uma pessoa a ser achada? Era uma pessoa a ser lembrada? Ela havia realmente sido assassinada? Se sim, como diabos eu iria descobrir alguma coisa se não poderia nem ao menos falar com ela? Suspirei profundamente antes de dizer alguma coisa.

   — Sinto muito que tenha sonhado com isso. — Sari me olhou novamente. — Sei como se sente, as vezes tenho pesadelos com meu irmão.

   Forcei um sorriso em sua direção, tentando ignorar o aperto no peito que se fazia toda vez que eu mencionava Pietro. Sari pareceu sentir o mesmo, já que se aproximou de mim e deitou a cabeça em meu colo. Era impressionante como um simples gesto de Sari conseguia mudar meu humor completamente e arrancar um sorriso enorme do meu rosto. Wanda era a única que conseguia fazer isso, e me sentia extremamente grata e feliz por Sari conseguir fazer o mesmo.

   — Obrigada, Sari. — disse, ainda acariciando seu pelo claro e macio. — Bom, Lady Sif vai me matar se eu atrasar no treino. — Sari ergueu a cabeça e me encarou, divertida. — Quer vir comigo?

   (...)

   No início da noite, comecei a me preparar para o tal baile de homenagem a Loki, bastante narcisista se eu fosse descrever, porém achei divertido. Talvez eu fizesse o mesmo caso achassem que eu estivesse morta.

   Após um banho, escolha do vestido e alguns toques finais, estava finalmente pronta. Escolhi um vestido preto longo, com um decote "V" na parte da frente bastante aberto, além das costas completamente a mostra. Amarrei o cabelo em um rabo de cavalo com um detalhe trançado, para poder dar toda atenção a roupa porque modéstia à parte, eu estava maravilhosa.

   — O que acha, Sari? — perguntei, encarando a tigresa. Ela grunhiu e agitou a cauda levemente. Senti sua alegria e animação e sorri. — Muito obrigada. — Agradeci, fazendo uma reverência e soltando uma risada divertida em seguida. — Vamos?

   Sari iria também, o resto do povo de Asgard já havia acostumado com ela. Na verdade continuavam todos maravilhados e desacreditados ao verem uma Sari em suas frentes, mas já sabiam que em quase todo lugar que eu estivesse, ela estaria também.

   Suspirei uma última vez antes de abrir a porta do quarto e seguir corredor a fora, com Sari em meu encalço. Minha intuição dizia que a noite seria extremamente longa, porém não saberia dizer se de um jeito positivo ou negativo, e apenas essa dúvida fazia meu interior agitar-se em ansiedade e inquietação.





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Autora: ooooi, marvetes, td bom??
Gente, a cada capítulo descobrimos alguma coisa né? Ou então ficamos mais ainda na dúvida? Hehe
Teorias, alguém? Porque já tô começando a jogar bastante informação kkkkkk
Mais uma coisa: PROMETO que o momento do Loki e da Kira está chegando!!!

Não esqueçam da estrelinha, comentem bastante pra mim, compartilhem c os amiguinhos e é isso!
Bjin procêis💚

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