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Prólogo - Feliz é o homem que persevera na provação.

Anápolis - GO, outubro de 2006.

Alex e Valéria acordaram com os gritos de uma das filhas, ambos pularam da cama correndo para fora do quarto, os gritos vinham do quarto da filha mais velha, e por uma fração de segundos eles se olharam assustados e correram, enquanto Alex acendia a lâmpada Valéria já estava ajoelhada ao lado da filha chamando-a carinhosamente, a menina arregalou os olhos assustada.

- Acalme-se meu amor, a mamãe está aqui. - Chorando a filha grudou no pescoço da mãe.

Valéria olhou para o esposo que a encarava com os olhos arregalados e assustados, exatamente como o olhar da filha ela fechou os olhos controlando-se. Timidamente ele se aproximou sentando ao lado da esposa, ela era a sábia da família que tinha sempre aa palavras certas nas horas certas, então por que ela estava tão quieta? A filha soluçava agarrada nela, respirando profundamente passou a mão na cabeça da primogênita.

- Minha filha o que foi? Teve um sonho ruim? Está tudo bem querida estamos aqui com você. - Disse ele confortando-a.

- Não, papai! Não está tudo bem, eu sonhei com o senhor. - Choramingou se afastando do abraço da mãe, olhando de um para o outro. - Eu sonhei que o senhor casava com uma mulher igualzinha a madrasta da Cinderela. - Disse soluçando entre as lágrimas,  voltando a abraçar o pescoço da mãe, o pai sorriu distraído.

- Minha filha, Cinderela é só um conto de fadas, não existem madrastas daquele jeito. - Disse a mãe arqueando a sobrancelha. - Claro que sabemos que há mulheres más, mais Deus sabemos também que Deus tem o melhor para nós. - A menina olhou séria para o pai, se afastando da mãe secando o rosto.

- Papai, o senhor promete que jamais vai nos dar uma madrasta? - Perguntou fungando.

- Claro, minha filha! Eu... - Valéria olhou séria para ele, surpreendendo-o com a intensidade do olhar, ergueu as mãos interrompendo-se, compreendendo o olhar dela, era regra, eles jamais prometiam coisas para as filhas que estavam além da capacidade deles cumprir.

- Laila querida, o papai não vai te prometer nada, ele não pode lhe prometer algo que a Deus pertence, recorda-se que do nosso futuro é Deus quem cuida? E que só Ele sabe o que está reservado para cada um de nós? - A menina assentiu e a mãe beijou sua testa. - A única coisa que o papai pode te prometer, é que você e a sua irmã sempre serão as mulheres mais importantes da vida dele, e que, se por ventura for da Vontade de Deus que eu deixe vocês, vocês continuarão a amar a Deus acima de tudo e de todos, e sim, Deus enviará alguém para ajudar o seu papai a cuidar de vocês.

- Valéria do que você... - Ele começou angustiado, mas ela o interrompeu erguendo a mão.

- Amor! Deixe-me sozinha com a nossa filha, por favor! - Pediu cansada.

Confuso ele beijou a filha e apertou a mão dela encarando-a, definitivamente sua esposa estava estranha. Saiu do quarto preocupado, afinal o que estava acontecendo? Qual o problema com ela? Ele jamais a deixaria para se casar com outra mulher, quantas vezes não haviam discutido aquele assunto? Ele acreditara que ela havia superado o passado. Confuso sacudiu a cabeça para afastar os pensamentos e foi ao quarto da filha mais nova, que dormia profundamente sem se incomodar com os gritos da irmã.

- Durma bem meu amor, descanse! - Sussurrou beijando a cabeça da criança e voltou para o seu quarto.

Valéria virou o rosto da filha em sua direção, de modo que ambas olhassem nos olhos uma da outra.

- Filha, você não pode pedir isso ao seu pai! Se um dia, for da Vontade de Deus, que a mamãe deixe vocês, o seu pai não poderá viver o resto da vida sozinho, não seria justo com ele, você não acha? Você e sua irmã crescerão se casarão e irão embora e ele ficará sozinho e abandonado, e nós não queremos isso para ele, não é mesmo? - Perguntou pesarosamente.

- Mas mamãe, a senhora nunca vai nos deixar! - A menina disse convicta, a mãe sorriu triste.

- Bem filhinha, a gente não sabe o que Deus tem reservado para nós, não é mesmo? A única coisa que sabemos, é que Ele é Soberano e que está sempre no controle das nossas vidas, certo? - A garotinha abraçou a mãe assentindo.

- Mas eu não quero ficar sem a senhora nunca! E se o meu pai casar com uma bruxa igual a do meu sonho? - Perguntou assustada.

- E você acha mesmo que Deus permitiria que o seu pai se casasse com uma bruxa? Lembre-se sempre minha filha, do quanto Deus nos ama e que, quando nós fazemos a Vontade dEle, Ele cuida de cada detalhe das nossas vidas, para que tudo seja maravilhoso segundo à Vontade dEle, você entendeu filha, que é Deus quem está na direção das nossas vidas? E que sempre, Ele tem o melhor preparado para nós, pois a Vontade dEle é Boa, Perfeita e Agradável!

- Eu entendi. - Disse confusa franzindo a testa, Valéria sentiu um aperto no coração. - Eu te amo mamãe! - Ela beijou a testa da filha e se deitou com ela.

- Eu também te amo querida! E jamais esqueça que Deus te ama ainda mais que a mamãe e o papai. E se você continuar a fazer a Vontade dEle, tudo vai ficar bem. - Disse a mãe apertando a filha nos braços.

- Tá bom mamãe, eu sempre vou fazer a Vontade de Deus. - Disse sonolenta, e Valéria começou a cantar suavemente.

"Quando olho no teu olhar
Eu vejo que sou tão feliz
Você chegou pra me alegrar
Ter você é tudo eu sempre quis
Cada dia mais eu quero dizer: Amo você...".

A filha dormiu e ela levantou sentindo um peso enorme em seu coração piscou inúmeras vezes para evitar as lágrimas, precisava ter uma conversa difícil com o esposo, e precisa estar com as emoções em ordem.

- "Senhor guarde a minha família, não permita que o mal destrua a família que o Senhor tão amorosamente nos deu de presente, dê-me forças e perseverança para me manter firme no propósito que o Senhor tem para mim, ajude-me a compreender o que é para eu compreender, e a aceitar o que não é para eu compreender, eu te amo, e creio que o Senhor tem o melhor para mim e todos aqueles a quem eu amo, em nome de Jesus eu te agradeço mais uma vez pela boa vida que o Senhor me deu. Obrigada, oh Pai!". - Pensou olhando para a filha que dormia tranquilamente. - Tenha uma boa noite de sono guardada pelo nosso Deus Supremo minha filha amada. - Disse sorrindo.

De volta ao seu quarto, Valéria encontrou o esposo andando de um lado para o outro, parecia um leão enjaulado, lindo e feroz.

- O que foi aquilo? - Perguntou irritado. - No que você estava pensando? Acha que eu vou largar você a essa altura do campeonato? Sério isso? - Perguntou indignado.

- Não. Eu não acho que você vá me deixar, aliás, eu tenho certeza que você não vai me deixar. - Respondeu cansada. - Eu só não tenho tanta certeza quanto a mim. - Sussurrou sentando na cama, ele sentiu uma súbita falta de ar.

- Como assim? Está pretendendo voltar para o Rafael? - Perguntou angustiado sentando ao seu lado.

- Claro que não! Se não fiz isso antes, por que eu faria agora?

- Desculpe-me, mais eu não estou entendendo, então se você puder ser mais objetiva eu agradeço. - Retrucou mal-humorado.

- Lembra-se dos meus cansaços, perca de peso, e... - Ele arregalou os olhos, e ela se interrompeu abaixando a cabeça. - Pois bem, eu fui ao médico!

- E aí? - Perguntou levantando a cabeça dela.

- Eu fiz alguns exames, e o médico me pediu vários outros. - Disse pesarosamente.

- O que exatamente você está tentando me dizer? Você está doente? - Perguntou angustiado.

- Só depois desses outros exames poderemos saber com certeza, mas ao que tudo indica, sim eu estou doente, gravemente doente.

- O que o médico disse? - Perguntou com a boca seca.

- Vamos esperar os resultados...

- Por favor, Valéria! Como está a sua saúde? - Perguntou já à beira do pânico.

- Precisamos da confirmação, mas ao que tudo indica estou com câncer, leucemia para ser mais exata.

- É só fazermos o tratamento, e tudo ficará bem, não é? - Perguntou tentando manter-se calmo.

- Isso vai depender dos resultados desses exames, dependendo do que der eu ficarei em casa, não vou passar os últimos dias da minha vida sofrendo em um hospital.

- E eu me recuso a perder você, então vamos orar pela cura, e vamos ver as opções de tratamento, e não me venha para cá com essa história de 'últimos dias'! - Retrucou andando de um lado para o outro.

- Por isso que eu só queria te contar quando eu estivesse com todos os exames em mãos. - Disse gentilmente.

- Quando você vai pegar esses exames?

- Estarão prontos daqui a dois dias. Alex, o médico ficou muito preocupado, com os exames preliminares, precisamos nos preparar para o pior. - Ele passou as mãos pela cabeça, sentou-se e tornou a levantar voltando a andar de um lado para o outro, delicadamente Valéria se aproximou do esposo e o abraçou.

- Eu lamento profundamente. - Sussurrou em seu peito, ele gemeu.

- Não é culpa sua, vamos resolver isso, juntos, como temos feito tudo desde que casamos. - Disse apertando-a nos braços.

🌻🌻🌻

Dois dias depois estavam os dois diante do médico, ouvindo a concretização do maior pesadelo que Alex poderia ao menos cogitar, a cada palavra proferida pelo médico era uma punhalada em seu peito, olhou para a esposa que serena fazia perguntas como se estivesse planejando sair de férias nos próximos dias. Exasperado ele encarou o médico.

- Quando podemos começar com o tratamento? - Perguntou engasgado.

- Eu não vou fazer o tratamento. - Sussurrou ela sem ao menos olhar para ele.

- O quê? Ficou louca? Eu não vou deixar você morrer! E o senhor doutor, não ouse cogitar a possibilidade de aceitar a opinião dela! - Esbravejou levantando e apontando o dedo para o médico.

- Sinto muito Alex, mas não posso obriga-la a fazer nada, e nem você lamentavelmente! - Disse o médico solidário.

- Como não? Ela está simplesmente desistindo da vida, e a sua obrigação é fazê-la vê o erro que está cometendo.

- Eu não posso obrigar ninguém a fazer o tratamento.

- Doutor, será que eu posso falar alguns minutos em particular com o meu esposo? - Pediu ela delicadamente.

- Claro. Eu espero lá fora. - Disse levantando-se.

- Você ouviu o que o médico disse? - Perguntou ela.

- Ouvi sim, leucemia mielogênica aguda, e nós vamos fazer todo o tratamento existente, não vamos ficar parados esperando pela morte.

- Você ouviu estágio três? Você sabe o que isso significa? - Perguntou baixo, ele sentou claro que sabia o que isso significava!

- Você sabe que para você ter uma boa qualidade de vida, você precisa do tratamento? - Perguntou com as lágrimas molhando o rosto. - Por favor, amor! Vamos fazer a nossa parte. - Ela pegou a mão dele.

- Eu vou fazer a minha parte meu amor, mas não vou morrer em uma cama de hospital, careca, pálida e vomitando os bofes, porque isso é o que acontecerá com a quimioterapia, lamento minha vida, mas não há mais nada que o homem possa fazer por mim.

- Não diga isso nem de brincadeira, buscaremos outros médicos iremos aonde for necessário. - Disse exasperado.

- Amor, você não está entendo! Se essa doença fosse para ser curada pela mão do homem, Deus teria permitido que a descobríssemos antes de avançar tanto.

- E você quer o quê? Que eu fique parado vendo você morrer? - Perguntou frustrado.

- Não quero que você continue segurando minha mão como tem feito desde o nosso casamento, e não me abandona.

- Oh, Valéria!

- Meu amor, o que acontecer comigo, será para honrarmos a Deus, seja a minha cura ou a minha morte. - Alex abriu a boca para interrompê-la, ela o beijou. - Eu sou uma mulher privilegiada, tenho Deus na minha vida, e contra todas as nossas próprias expectativas Ele nos deu uma família maravilhosa, e eu não quero que a última lembrança que vocês tenham de mim, seja a de uma mulher derrotada e frustrada por estar prostrada em uma cama de hospital.

- Eu sei o quanto você é forte e corajosa, mas e se você passar mal? E se...

- Vamos orar para que Deus prepare o doutor Jarbas para cuidar de mim, mais principalmente vamos orar para que Ele nos abençoe e eu coloque minha casa em ordem, que Ele prepare os corações de vocês para quando eu me for.

- Como você consegue ser tão fria? - Perguntou desolado.

- Eu não sou fria. Eu confio no meu Deus, e sei que Ele está cuidando de tudo, inclusive cuidará de vocês por mim.

- Nada te fará mudar de ideia. - Afirmou condescendente.

- Não. - Disse levantando e foi chamar o médico.

O doutor Jarbas disse-lhes da importância do tratamento e também do sofrimento que o mesmo traria no estágio em que se encontrava a doença, claro que eles iriam fazer o que estivesse ao alcance deles, mas já que o casal fazia tanta questão da verdade, as chances de cura eram quase nulas. Eles voltaram para casa, com alguns medicamentos para auxiliar na falta de apetite e no cansaço, mas não havia muito que pudessem fazer já que a paciente se recusava a fazer o tratamento.

- Vamos dizer às crianças? - Perguntou Valéria entrando em casa.

- Não sei querida, como falamos a duas crianças de cinco e três anos que a mãe delas está morrendo? E pior ainda, ela não quer se tratar? - Perguntou irônico.

- Amor, por favor, não faz isso! Eu preciso de você, do seu carinho e apoio. - Disse chorando, foi a primeira vez que ela chorou desde o momento em que o médico disse as palavras "células cancerígenas". Ele a abraçou forte, de repente parecia que sua esposa firme e forte, estava frágil e delicada demais.

- Perdoe-me, mas a simples ideia de perdê-la me aterroriza. - Disse também chorando.

- Perdoe-me, por tomar essa decisão sozinha, mas eu sei que ainda tenho coisas para fazer, e que não farei se estiver internada em um quarto impessoal, e gelado de hospital.

- Eu sei que você fará o que Deus espera de você, estou feliz por você continuar a ama-Lo, apesar dessa fatalidade. - Disse, se perguntando se naquele momento estava amando a Deus, na mesma intensidade como amou desde o dia em que O aceitara em sua vida como Salvador.

- Amor preciso que você também continue a ama-Lo. - Ele a olhou confuso, será que dissera em voz alta? - Que você permita que Ele continue a cuidar de você e de nossas filhas, por favor! Eu preciso ficar tranquila, preciso saber que você vai continuar de mãos dadas com Deus sempre, e ensinará nossas filhas nos caminhos do Senhor!

Ele se afastou e olhou-a nos olhos que estavam vermelhos devido às lágrimas, escolhera amar aquela mulher, escolhera tê-la como esposa e mãe de suas filhas, era ela que mantinha as coisas equilibradas, como iria viver sem ela? Como conseguiria equilibrar a sua vida sem ela? Só mesmo Deus para fortalecê-lo neste momento, mais uma vez ela estava certa, ele não poderia se afastar de Deus.

- Eu prometo que jamais me afastarei de Deus, seguirei firme em qual direção Ele me mandar. Eu te amo, minha querida.

- Obrigada, meu amor! Por me compreender. Eu também te amo, meu querido. E não fique bravo com Deus quando eu me for. - Ele suspirou.

- Eu tentarei não ficar muito bravo! - Disse com um meio sorriso em meio às lágrimas.

Ela o empurrou de leve, ele a puxou beijando-a delicadamente, e foi aprofundando mais o beijo, quando sentiu o gosto salgado das lágrimas, ele não soube se eram dele ou dela, pegou-a nos braços e levou-a para o quarto.

Continua...

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