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50 - Darei graças ao Senhor por sua justiça.

Jogado na espreguiçadeira, Alex observava sua mãe e a sogra preparando diversas mudas de plantas com as filhas a alegria das quatro era contagiante, as meninas pediram para faltar aula naquela manhã, e ele concordara um dia sem ir à aula não as prejudicaria.

Naquela manhã curtia a família, Jemima estava no trabalho e ele pedira Laura e Tiago para cuidar da loja, teria que aumentar o salário dos dois desse jeito, pensou sorrindo. O riso das filhas e das 'avós' encheu seu coração de alegria, Deus é Maravilhoso, até estar ali nunca percebera que a casa onde vivera com a esposa os deixava mais saudosos e deprimidos, as lembranças e a saudade às vezes são sufocantes, não que não sentissem falta dela ali, mas tudo era novidade para todos eles e isso ajudava a acalmar seus corações, visivelmente as crianças estavam mais alegres e espontâneas.

Na noite anterior ao chegar da igreja com os outros, ansioso para saber da conversa e para dizer que teriam um culto de ação de graças no dia seguinte, surpreendeu-se ao encontrar o pastor Gustavo e a esposa conversando animadamente com a mãe que não fora à igreja, para não deixar Jemima sozinha quando retornasse do encontro com Jussara, ficara inquieto com a chegada dos sogros temia que eles a levassem para casa.

Jemima lia a Bíblia com as meninas e, uma sensação boa enchera seu coração e desejou que os pais dela aceitassem ficar hospedados na casa dele, encostado no portal ficara algum tempo observando-as até que ela o percebeu e sorrindo o convidou para se juntar a elas, um sorriso bobo tomou conta de seu rosto enquanto encarava o rosto iluminado dela.

Ela o ajudou a por as crianças para dormir, e de mãos dados juntaram-se aos outros e ela finalmente saciou a curiosidade de todos contando sua conversa com Jussara, enquanto a ouvia falar ele se entristecera pela vida de Jussara, mas seu peito inflava de orgulho de sua namorada e ele não era o único.

- "Graças a Deus tudo acabou e melhor do que imaginávamos" - Dissera seu pai visivelmente orgulhoso.

- "Eu estou feliz por você ter permitido que Deus cuidasse do seu coração minha filha, e estou muito orgulhoso dessa mulher forte corajosa e determinada". - Dissera o pai dela, as mães visivelmente orgulhosas e emocionadas apenas a fitava.

Para seu alivio os sogros concordaram em ficar na sua casa, mais infelizmente algo dentro dele o incomodava. O Bruno ainda causaria problemas para as duas mulheres, ele tivera a oportunidade de se converter e fazer a Vontade de Deus, ele poderia ter sido feliz com uma delas se alguma das vezes que ele fora a igreja tivesse verdadeiramente estado na Presença de Deus, infelizmente ele era o pior tipo de pessoa, de certa forma ele fizera com Jemima o mesmo que o pastor Acabe fizera com a vereadora Francisca, ambos se vestira com uma couraça de cristão temente a Deus.

Naquele momento apenas a abraçara e não dissera nada sobre suas inquietações, mas naquele momento sentiu um calafrio e pensou que deveria conversar com ela sobre esse sentimento, não queria preocupa-la com suas neuroses, mas também não queria que ela se desarmasse por completo e fosse pega de surpresa.

- "Senhor meu Deus, somente o Senhor conhece verdadeiramente o coração do homem, somente o Senhor sabe verdadeiramente do que o homem é capaz, humildemente peço-Te Senhor seja o Senhor com a Jemima, e com a Jussara também, o Senhor é o arquiteto da vida e eu sei que o Senhor tem um plano para ela estar grávida depois de ter feito laqueadura para não ter filhos, eu não quero ficar pensando mal do Bruno, afinal a condição física dele no momento é lastimável, mas meu coração queima Senhor, se estou enciumado ou sendo egoísta tira esse sentimento de mim e ajude-me a liberar o perdão, oh, Pai! Em Nome de Jesus, não permita que ele se torne um fantasma a nos atormentar, que a Sua Vontade se cumpra na vida dele, e ele nos esqueça, ajude-nos a liberar o perdão e continuar com as nossas vidas, produzindo um bom testemunho e trabalhando para o Reino, em Nome de Jesus suplico a Ti Senhor seja o Senhor a nos orientar, guiar e guardar todos os dias". - Orou silenciosamente.

Avistou o carro do pai que Jemima ainda estava usando e sentiu o frio na barriga que costumava sentir quando adolescente e a encontrava no ginásio da escola, sorriu como um bobo sentindo-se exatamente assim, um bobo adolescente, ela tinha o poder de fazer isso com ele. Ela desceu do carro, piscou para ele e foi até as mulheres de suas vidas, pacientemente esperou por ela.

- "Eu esperaria por você o tempo que fosse preciso". - Pensou observando-a interagir com a família. O frio na barriga voltou conforme ela se aproximava dele. - "Senhor que isso nunca acabe, que ainda velhinho eu sinta exatamente essa emoção ao vê-la". - Pensou sorrindo.

- Você sabe que antes delas irem embora você terá um jardim e um pomar, não sabe? - Disse Jemima o beijando e sentando ao seu lado deitando em seu ombro.

- Levando em conta a paixão da minha mãe por jardim e da sua por árvores frutíferas com certeza! E as meninas estão amando, quero vê quem vai cuidar disso.

- Você não sabe? Nós dois meu caro. - Respondeu sorrindo. Ele amava quando ela se incluía nas atividades das filhas.

- Eu já disse que eu te amo? - Perguntou emocionado.

- Depois que eu cheguei do trabalho, não. - Respondeu o encarando com os maravilhosos olhos azuis brilhando.

- Eu te amo. - Sussurrou rouco.

- Eu também te amo imensamente. - Ele a beijou, ofegante ela se afastou. - Cadê os homens?

- Não sei o que eles estão aprontando, mais saíram logo que você foi trabalhar, as nossas mães sabem de alguma coisa mais não quiseram me contar.

- Amor eu preciso voltara para casa. - Mudou de assunto se afastando.

- Por quê? - Perguntou encarando-a. - Não está satisfeita aqui? Até seus pais concordaram que você fique aqui.

- Meu amor, eu fiquei aqui por que estava mal emocionalmente, mas graças a Deus eu estou bem, além disso, preciso arrumara a bagunça que aquele ogro deixou.

- A gente vai lá arruma a bagunça e você volta para cá. - Disse displicentemente passando a mão em sua cabeça, ela sorriu.

- Amor da minha vida, vai por mim, é melhor eu ficar na minha casa. - Disse o abraçando. - Nós estamos brincando com fogo. - Quanto a isso ela estava certa, era difícil tê-la no quarto ao lado e não poder estar com ela.

- Eu sei. - Disse beijando seus cabelos.

- Alguma novidade da oficina? - Tornou a mudar de assunto, ele riu.

- O mecânico quer falar contigo, ele encontrou um ferro velho interessado no seu carro. - Ela riu.

- Na sucata que virou meu carro, você quer dizer. - Sorriu se aconchegando em seus braços.

- Eu sinto muito querida. - Sussurrou pesarosamente.

- Pois não sinta graças a Deus que você está inteiro, isso sim é o que importa. - Ele a apertou em seus braços, ela passou o dedo na faixa em sua mão. - Espero que o dinheiro dê para eu dar entrada pelo menos em um carro usado, se eu inventar de comprar outra moto meu pai vai enfartar.

- Eu posso te ajudar...

- Não, por favor!

- Mais vamos nos casar o que é meu é seu.

- Ainda não nos casamos. - Ele abriu a boca para protestar, ela o beijou. - Eu sei que você fará tudo por mim, e eu sou grata, mas por enquanto me deixa fazer do meu jeito, por favor! - Pediu encarando-o.

- Ok! Graças a Deus vamos casar o mês que vem. - Disse sorrindo.

- Oi! - Exclamou boquiaberta.

- Decidimos que casaríamos assim que eu falasse com a senhora Olga, eu vou para lá amanhã se esqueceu?

- Não me esqueci, mas pensei que tivesse mudado de ideia por causa do acidente.

- Não mesmo. - Beijou sua testa. - Quero me casar o mais rápido possível.

- Diga-me rapaz, o que você tem contra noivados longos? - Perguntou rindo.

- Para que prolongar o que nós queremos, e o que já está todo mundo esperando? - Perguntou piscando.

- Os pais da Valeria vai pensar que eu estou grávida. - Sussurrou tímida.

- Levando em conta o motivo da rapidez do meu último casamento, é bem possível. - Concordou pensativo. - Acho que deveríamos casar a semana que vem. - Ela gargalhou.

- Muito em cima para os nossos irmãos, que estiveram aqui a semana passada, o que você acha de dezembro? - Perguntou ficando séria. - Eu não quero uma festa grande, mas quero meus irmãos comigo, principalmente o Pedro.

- Dezembro está tão longe! - Exclamou apertando-a. - Eu disse que queria me casar contigo antes de dezembro.

- Eu sei, e também estou ansiosa para me casar contigo, mas acho que esse é o tempo suficiente para todos se programarem e estarem aqui conosco. - Respondeu sorrindo. - E não é tanto tempo assim.

- No primeiro sábado de dezembro? - Perguntou carinhosamente tocando seu rosto. Ela assentiu sorrindo.

- Vou preparar os convites. Só espero que a dona Olga não me crie caso por estar casado com o genro dela. - Comentou tensa, segundo as crianças a relação do pai com a avó estava meio tensa nos últimos tempos.

- Ela não vai criar, e se criar eu só lamento por ela. - Disse a beijando. - Agora preciso chamar aquelas mocinhas para se arrumarem para irmos almoçar, não entendo como demoram em se arrumar daquele jeito. - Disse mudando de assunto, Jemima suspirou.

- Coisas de meninas. - Disse piscando, se lembrando de que nunca teve esse problema até conhecê-lo. - Eles não disseram nada sobre o porquê desse almoço de repente? - Perguntou franzindo a testa, o que será que os pais deles estavam aprontando?

- Não. Eu acho que tem alguma coisa haver com a saída misteriosa de logo cedo. - Respondeu indo ao encontro das filhas.

No café da manhã os pais de ambos disseram que eles almoçariam fora naquele dia, eles concordaram sem nenhum problema, mas os olhares dos quatro estavam suspeitos, e depois das discursões que as duas mães tiveram no noivado e casamento dos filhos mais novos eles entreolharam-se apreensivos.

- Algum motivo especial para almoçarmos fora? - Perguntara Alex olhando os pais de um para o outro.

- E nós precisamos de algum motivo especial para almoçar fora com os nossos filhos e nossas netas? - Perguntara senhor Henrique no tom que deixava bem claro que havia sim um motivo. Ele conhecia o pai o suficiente para saber que não adiantava insistir então deixara para lá.

Estavam prontos e esperando as mães que se enfurnaram nos quartos quando os pais de ambos e Adriano chegaram, apenas perguntaram por suas esposas, Adriano disse que tomaria um banho rápido e saíram deixando-os curiosos.

- O que eles estão aprontando? - Perguntou Alex intrigado.

- Desse jeito eu não vou almoçar, será que eles esqueceram que eu preciso voltar para o trabalho?

- E eu preciso preparar as coisas do culto de hoje à noite.

- Verdade. Precisa de ajuda?

- Não, na verdade eu só preciso buscar as cadeiras na igreja e arrumar aí na frente, a Bruna e a Leticia estão cuidando de tudo.

- Poxa vida! Eu ainda não falei com a Bruna o dia que nos falamos ela estava muito chateada com a mãe da Erica, elas me ajudaram tanto e eu simplesmente as deixei para lá.

- Elas sabem que você está passando por um momento difícil.

- Você disse a elas que eu estava com a Jussara ontem?

- Não, disse apenas que você não havia conseguido ir ao culto, nenhuma delas insistiu.

- Todo mundo pronto? - Perguntou Adriano, adentrando sorridente.

- Prontos. - Os dois casais apareceram juntos, Alex e Jemima entreolharam-se franzindo o cenho.

- Vamos logo, você tem que voltar para o trabalho. - Disse senhora Ana empurrando-a.

Jemima estava em cima da hora para retornar ao trabalho, mas por insistência dos pais voltou com eles para a casa, havia alguém os esperando sentiu o coração acelerar.

- Estranho. - Sussurrou Alex.

- Você está esperando alguém? - Perguntou ela ao mesmo tempo, os dois entreolharam-se intrigados, ele negou apertando sua mão ao volante.

- Não estou esperando ninguém. - Disse tenso. Os pais vinham logo atrás deles, os quatro estavam no carro de Adriano, preocupada ela fez sinal para o cunhado.

- Vocês esperam aqui, por favor! - Pediu Alex abrindo a porta, Jemima o imitou. - Amor... - Começou tenso, ela sacudiu a cabeça.

- Estou com você, meninas esperem no carro. - Pediu ao vê-las abrir a porta.

- Não se preocupem, não há nenhum perigo. - Disse Laila sorrindo. As duas pularam do carro, Adriano já havia saído do carro com os pais, suspirando eles fizeram o mesmo.

As sete pessoas da família ali presente estavam sorridentes rodeados na camionete, sem prestar atenção neles Alex apertava a mão de Jemima olhando ao redor da casa, franziu a testa ao vê Camila, havia dispensado a menina esses dias que a mãe estava com eles.

Intrigada jemima os encarava, arregalou os olhos ao vê que havia um laço enorme na Toyota Hilux 2011 vermelha novinha à sua frente, em choque ela parou e finalmente Alex a encarou e olhou na direção que ela olhava ele sacudiu a cabeça com um meio sorriso e a encarou, ela estava boquiaberta.

- Nosso presente de casamento para você minha filha. - Disse o pastor Gustavo emocionado.

- O que significa isso? - Perguntou engasgada, nem sabia que seu pai tinha dinheiro para comprar um carro daqueles.

- Exatamente o que você entendeu, é um presente de todos nós. - Disse a senhora Ana.

- Então o que você achou? - Perguntou senhor Henrique.

- Isso é demais para mim, eu não posso... - Delicadamente Alex apertou sua mão, constrangida ela o encarou, ele sorriu. O pastor Gustavo se aproximou.

- Eu sei meu amor que você não gosta de presentes glamorosos, - disse o pai com os olhos marejados - mas pensamos bastante no nosso presente de casamento para vocês já que têm tudo, inclusive vocês têm duas casas, - ele sorriu - então decidimos te comprar um carro, juntamos os quatro então esse é um presente comunitário. - Todos sorriram. Ela sentiu as lágrimas nos olhos, soltando a mão do namorado abraçou o pai.

- Então era isso que vocês estavam aprontando? - Perguntou Alex sorrindo abraçando a mãe que estava ao seu lado.

- Sim, espero que você tenha gostado, sei que um presente para ela é para você também. - Disse ela sorrindo.

- É lindo, combina com ela. - Disse sorridente. Jemima abraçou a todos os agradecendo.

- E vocês duas sabiam de tudo, né mesmo? - Perguntou abraçando as duas meninas.

- Era segredo por isso não te contamos. - Disse Laila sorrindo. - Desculpa.

- Não precisa pedir desculpas. O presente é lindo.

- Espero que você goste da cor, eu que escolhi. - Disse Adriano

- Eu amei, aliás, ela é toda linda, mas vocês sabem quanto custa um pneu dessa belezinha? - Perguntou sorrindo.

- Sim. - Responderam as mães sorrindo.

- Graças a Deus que vocês ganham bem. - Disse senhora Andreia gargalhando.

- Não para mantermos duas camionetes. - Disse Jemima exasperada, ainda nem casara e já iria dar despesa para o esposo.

- Não se preocupa querida, sempre podemos recorrer a quem deu o presente. - Disse Alex a abraçando. - Não se preocupe tudo ficará bem. - Sussurrou em seu ouvido, aliviada ela fechou os olhos.

- E eu que acabei de rejeitar a sua ajuda. - Lembrou sorrindo.

- Pois é! - Ele beijou sua testa. - Será uma honra ajuda-la no que quer que seja.

- De quem foi a ideia de me dar uma camionete? - Perguntou sorrindo.

- Menina você viu a situação que ficou o seu carro? - Perguntou senhor Henrique franzindo o cenho, ela sorriu.

- Queremos que você tenha um carro mais seguro. - Retrucou o pai.

- O senhor sabe que eu vou comprar outra moto, não sabe?

- Sei, mas finjo não saber. - Resmungou levando todos a gargalhadas.

Naquela tarde ela foi ao trabalho no carro novo, ainda estava insegura em relação aos gastos que este carro lhe traria, mas confiava no Senhor do ouro e da prata, Alex estava certo tudo ficaria bem.

Ao retornar para casa no final do expediente encontrou as amigas terminando os preparativos para o culto, estava tudo lindo, elas decoraram a frente da casa o cheiro de bolo e pão assando invadiram suas narinas.

- Oi garotas! - Cumprimentou entrando na cozinha.

Entre risos e conversas empolgantes e animadas elas prepararam tudo que precisavam, e final o assunto que todas queriam evitar veio a tona.

- O que aconteceu para te deixar chateada com a vereadora Francisca? - Perguntou Jemima em um momento em que estava apenas ela Leticia e Bruna. As duas mulheres entreolharam-se ressentidas.

- Ela teve a cara de pau de me confessar que chegou a desconfiar do marido, mas não queria acreditar que ele de fato fizesse algo contra a Erica, além disso, a Erica era sempre arredia e indisciplinada e o marido estava sempre reclamando da falta de bons modos da menina e era extremamente gentil com ela. - Respondeu irritada. - Como ela pode desconfiar e não fazer nada? Se a gente desconfia de alguma coisa desse tipo temos por obrigação investigar. - Respondeu Bruna chateada.

- Eu não sei o que pensar sobre isso, nós mesmas sempre estivemos com eles e nunca desconfiamos de nada. - Disse Leticia triste.

- Exatamente nós nunca desconfiamos, eu até fiquei chateada com a Jemima quando ela me expressou sua desconfiança, e ela que não era nada de menina ficou atenta aos detalhes ela a mãe que deveria mover céus e terras para garantir a segurança de filha simplesmente me diz que não acreditar? - Disse extremamente chateada.

Jemima mordeu o lábio, achou melhor não falar nada para não piorar a relação das comadres, ela acreditava mesmo que a vereadora não soubesse de fato, mas acreditava também que ela sabia que havia algo de podre em seu reino e, fez vista grossa por puro comodismo.

- Não pense nisso, pense que sua afilhada vai precisar de você quando voltar para casa. Quando ela recebe alta? - Perguntou mudando de assunto.

- Graças a Deus que amanhã ela vem para casa, ela vai ficar na casa do tio com o pai, ela não quer voltar para a casa da mãe; o Edson está tentando convencer a Fran a vender aquela casa e comprar outra, mas ela não está querendo, disse que era a casa dos pais e etc. e tal.

- Talvez seja mesmo o melhor para as duas, existem lembranças que são muito dolorosas. Quem é esse tio? Ele é de confiança? - Perguntou preocupada.

- É sim. O Fábio diretor da escola é irmão do Edson, nunca te contamos isso? - Perguntou intrigada, Jemima sacudiu a cabeça.

- Não mesmo. - Respondeu pensativa. - Agora compreendo todo o cuidado dele com ela, eu cheguei a pensar que fosse pelo fato dela ser filha da vereadora. - Disse envergonhada.

- O Fábio não é esse tipo de pessoa, mas às vezes é tão sonso que é natural às pessoas pensarem mal dele. - Disse Leticia sorrindo.

- As crianças gostam dele, tenho observado a Laila e Julia.

- Ele é ótimo com elas. - Disse sorrindo. - Mais somos suspeitos para falar, é a primeira vez que temos um diretor naquela escola que é filho daqui, então estamos orgulhosos dele.

- E a Érica como está?

- O Edson disse que ela está sendo acompanhada pela psicóloga, está tendo dificuldades para dormir por causa dos pesadelos. - Respondeu Bruna triste.

- É muito triste.

- Verdade. - Disse Leticia. - Mais vamos falar de coisa mais amena, quem era a mulher que estava contigo no Moacir? Soube que a conversa de vocês parecia séria.

- Leticia mais você não aguenta a língua dentro da boca, né verdade? - Perguntou Bruna empurrando de leve a outra, as três riram.

- Meu Deus às vezes eu esqueço o quanto as notícias aqui são velozes. - Disse Jemima sorrindo. - Infelizmente minha amiga esse assunto não é mais ameno. Aquela mulher é a outra ex-mulher do meu ex-marido.

- O quê? - Perguntaram espantadas.

- Prontas para ir mulheres? - Gritou os esposos delas.

- Só um minuto. - Gritaram de volta.

- Precisamos ir, mas depois a gente conversa. - Disse Leticia se levantando.

- E também queremos saber como está sendo as noites com o seu príncipe, se tem acontecido muitos banhos frios. - Provocou Bruna sorrindo, Jemima ficou corada.

- As crianças nos mantêm alertas. - Sorriu apesar do rosto ardendo.

Todos estavam maravilhosos esperando pelo culto, o pastor Gustavo fez a abertura e agradeceu pelo acolhimento que a igreja nos deu e passou para a equipe do louvor que simplesmente foi maravilhoso e quando o pastor pegou o microfone o coração de Jemima ardeu.

- Eu sei que hoje é um culto para celebrar a Gratidão, somos todos gratos pela vida dos nossos irmãos Alex e Jemima, e louvamos a Deus pela vida deles e por estarem conosco, vocês são bênçãos nas nossas vidas. Somos gratos a Deus pelo Livramento que houve na vida de vocês dois essa semana. Deus tem grandes planos para vocês meus jovens, preparem-se para receber o que Ele tem reservado para vocês! - Exclamou sorrindo. - Eu gostaria de lhes trazer uma Palavra mais doce, mais nessa noite Deus quer nos Falar sobre Perdão, por favor, vamos abrir nossas Bíblias em Mateus capítulo cinco versículos vinte e três e vinte e quatro.

- "Pode falar Senhor estou aqui para Te ouvir e obedecer". - Refletiu Jemima abrindo a Bíblia.

- "Portanto, se trouxeres a tua oferta ao altar, e aí te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, Deixa ali diante do altar a tua oferta, e vai reconciliar-te primeiro com teu irmão e, depois, vem e apresenta a tua oferta". - Leu o pastor. - Deus Bondoso e Misericordioso, que a Tua Vontade se cumpra neste lugar, que o Teu desejo para as nossas vidas se cumpram, pois sabemos que os Seus Planos para nós são melhores que os nossos, no Nome de Jesus seja a Sua Presença real neste lugar, aquebrante nossos corações para receber a Tua Palavra e, Segundo a Tua Vontade ajude-nos a liberar perdão contra aqueles que têm nos ofendido e mostre-nos se viermos a ofender a alguém, que o Seu Amor em nossos corações seja maior que o nosso orgulho ou ressentimento. - Orou. - Algo muito interessante nesta Palavra é que Jesus não diz que devemos lembrar-nos do que nós temos contra a pessoa, mas do que a pessoa tem contra nós, isso nos lembra de que devemos estar atentos aos outros, aos sentimentos dos outros, por que Deus está atento aos nossos. A reconciliação não é algo apenas entre nós e Deus é também entre nós e as outras pessoas. Observemos que à semelhança da Cruz temos duas linhas para a reconciliação: a vertical - do homem com Deus - e a horizontal - do homem com o homem -. Quem não perdoa não é perdoado. A reconciliação horizontal determina a vertical. A Palavra é clara, se não perdoarmos a quem nos ofende Deus também não nos perdoará. Por favor, Mateus capítulo seis versículos quatorze e quinze diz: "Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celestial vos perdoará a vós, se, porém, não perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai vos não perdoará as vossas ofensas". O próprio Cristo nos afirmou ao nos ensinar a oração do Pai-nosso.

Os olhos de Jemima embaçavam pelas lágrimas, sentado ao seu lado gentilmente Alex apertou-lhe a mão, ela apertou a dele de volta sem dirigir-lhe o olhar, se olhasse para ele cairia em pranto, fixou o olhar à frente, enquanto as lágrimas molhavam seu rosto.

- Deus tem nos dado Seu perdão gratuitamente sem que o merecêssemos e espera que sejamos misericordiosos para com quem nos ofende, Cristo nos mostrou claramente isso em uma de suas parábolas, Ele falou que o Reino dos Céus é semelhante a parábola de um rei que chamou seus servos para prestar contas, e um deles suplicou-lhe por mais tempo e o rei teve misericórdia o perdoando, saindo de lá o servo encontrou um conservo que lhe devia e este lhe suplicou por mais tempo não recebendo nenhuma misericórdia e sendo lançado na prisão; o rei sabendo do acontecido mandou chama-lo e retirou seu perdão lançando-o à prisão. Se a parábola ilustra o reino de Deus, então o rei ilustra o próprio Deus, o cristão que recebe o perdão de Deus, mas se recusa a perdoar outra pessoa terá seu perdão revogado. A premissa bíblica é de que se somos perdoados por Deus, então devemos também perdoar a qualquer um que nos ofenda. A falta de perdão é uma prisão. Mateus capítulo dezoito e versículo trinta e quatro, diz que o seu Senhor o entregou aos verdugos até que pagasse toda a dívida, a palavra verdugo significa torturador/carrasco, além de preso aquele servo seria torturado, o que Jesus falou em forma de parábola é uma realidade espiritual, os demônios amarram a vida das pessoas que retêm o perdão, torturando-os de diversas maneiras, deixando-os angustiados, deprimidos, ansiosos e até mesmo com enfermidades físicas. A falta de perdão traz mais danos a quem está ferido do que a quem feriu; a pessoa já te fez sofrer para que você continuar sofrendo alimentando a mágoa e o ressentimento? O perdão produzirá a cura física, emocional e espiritual, a falta de perdão só te deixará doente e debilitado. Nos versículos posteriores ao que lemos no início Jesus nos adverte, voltemos ao evangelho de Mateus capítulo cinco agora os versículos vinte e cinco e vinte e seis, - ele esperou um pouco, - amém?

- Amém. - A igreja respondeu.

- "Concilia-te depressa com o teu adversário, enquanto estás no caminho com ele; para que não aconteça que o adversário te entregue ao guarda, e sejas lançado na prisão. Em verdade te digo que de maneira nenhuma sairás dali enquanto não pagares o último ceitil". - Leu o pastor. - A falta de perdão nos levará ao cárcere, mas como devemos perdoar? A pessoa que nos ofendeu tem que merecer? Não, devemos perdoar como Deus nos perdoa, "Antes sede bondosos uns para com os outros, compassivos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus vos perdoou em Cristo". Escreveu o apóstolo Paulo aos Efésios. O perdão é um ato de misericórdia, de compaixão, nada haver com merecimento, é um ato de um coração compassivo e benigno, o coração compassivo e benigno ofendido não se importa se o coração ofensor é compassivo ou benigno, ele apenas deixa Deus cura-lo e permite que o perdão seja liberado. Deus é o nosso exemplo, e o perdão dEle é para todos independentemente de qualquer comportamento. Jesus disse que se eu souber que alguém tem algo contra mim, devo procura-lo e tentar uma reconciliação, ainda que a pessoa não me procure ou nem mesmo queira falar comigo preciso tentar, preciso ter a iniciativa pela reconciliação, devemos liberar o perdão em todas as áreas de nossas vidas, que nesta noite Deus os cure de todas as mágoas e ressentimentos, que suas almas e corpos sejam curados pelo Amor que Deus nos demonstrou através da Cruz.

- "Obrigada meu Deus por curar meu coração e colocar o amor e o perdão em mim, obrigada por me amar primeiro, obrigada pelo sacrifício que fizestes por amor a mim, obrigada por perdoar os meus pecados, obrigada por fazer morada em meu coração". - Jemima orou silenciosamente.

Compreendia que Deus colocara o perdão em seu coração e o aquebrantara para que o perdão fosse liberado, e que fizera a coisa certa em libera-lo, não sentia ressentimentos pelo que acontecera no passado e iria casar-se em breve com o amor da sua vida, não guardava mágoas por Valeria e seria uma excelente ajudadora na educação das filhas dela, não tinha raiva de Jussara e teria paz quando orasse por ela e pelo filho, não odiava ao Bruno e confiava que Deus cuidaria dele.

Jemima sentiu-se leve e em paz, depois do culto ela e Alex foram excelentes anfitriões, em dado momento enquanto todos se alimentavam, conversavam e riam, Alex chamou a atenção de todos, pela visão periférica ela viu Adriano levantando-se e começar a gravar.

- Bem pessoal, meu avó costumava dizer que boas notícias só são boas realmente se forem compartilhadas com quem queremos bem, e todos vocês fazem parte de nossas vidas e são especiais para nós. - Estendeu a mão para Jemima que corada a segurou encarando-o. - Essa mulher finalmente concordou em marcar uma data para nos casarmos e gostaria de oficializar o nosso noivado hoje na presença de todos vocês.

Ela não se aguentava de nervoso, tinha certeza que Laila lhe entregou uma caixinha azul e, ele se ajoelhou à sua frente.

- Jemima querida você aceita esse anel como sinal da minha aliança com você? Uma aliança duradoura e fiel? - Sem controle as lágrimas molharam seu rosto.

- Eu aceito. A sua aliança é a minha aliança. - Respondeu estendendo-lhe a mão direita, ele colocou o anel em dedo e o beijou de leve. Levantou-se a abraçou rodopiando.

Todos os presentes quiseram felicitar o casal de noivos, o pastor deles orou por eles, e o pastor pai da noiva também, o vídeo que Adriano fizera mandara para todos os irmãos, e naquela noite Jemima sentia-se com dezesseis anos, em seu coração era como se nunca tivesse sido pedida em casamento antes.

Fora uma noite alegre e agradável cheia de esperança de novos e bons dias, naquela noite na Chácara Deus é Recomeço, muito tempo depois de todos terem ido embora, seus visitantes ainda estavam despertos apenas as crianças dormiam, eles conversavam e faziam planos pautados na Vontade de Deus, os irmãos ligaram e a alegria era geral, e quando finalmente se recolheram a harmonia entre eles iniciada no final do ano anterior com a reconciliação de seus filhos mais novos apenas se fortalecera com a união do novo casal de filhos daqueles casais improváveis de amigos.

Pela manhã a senhora Ana encontrou a filha terminando de por a mesa, por algum tempo ela ficou observando-a e vendo as mudanças na filha, sentiu um aperto familiar no peito por nunca ter percebido o sofrimento da filha naquele casamento infeliz.

- O que foi mamãe? - Perguntou Jemima ao seu lado assustando-a.

- Desculpe-me eu estava distraída. - Jemima arqueou a sobrancelha. - Eu nunca te vi tão feliz. - Disse engolindo a emoção. - Você está radiando felicidade, está brilhando.

- Oh, mamãe! - Disse abraçando-a. - Eu nunca estive tão feliz.

- Em que momento ele comprou esse anel? - Perguntou a mãe emocionada se desvencilhando do abraço dela.

- Era da avó dele, estava com a dona Andreia. - Respondeu emocionada olhando a própria mão, o anel era um solitário ela estava encantada.

- Será que é diamante mesmo?

- Sei lá mãe!

- Bom dia. - Disse senhor Henrique de mãos dadas com a esposa.

- Bom dia. - Respondeu corada, o pastor Gustavo chegou logo depois lhe beijando a bochecha, ela sorriu e logo a cozinha estava movimentada e cheia de risos.

Logo depois do café da manhã Alex viajou para Palmas, lá embarcaria com as filhas para Lins, levara o carro de Jemima já que o dele ainda estava na oficina, a senhora Andreia e Ana ajudariam a limpar a casa de Jemima e depois todos iria para Paraíso, e no domingo Alex passaria por lá e voltaria para casa com sua noiva.

Continua...

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