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46 - Senhor guarda-me do homem violento.

Pelo estresse do depoimento a secretária de saúde deu à tarde ainda de folga para Jemima, as crianças a envolveram de tal modo que por um leve momento ela se sentiu tranquila e em paz, ainda que suas preocupações e inquietações vez ou outra aflorasse seu ser, Alex precisou ir à loja prometendo não demorar.

No final do dia depois de despedir-se do casal de pastores que a visitara confortando-a, sentada confortavelmente na varanda observava Julia brincar com o Freddy, a menina estava simplesmente apaixonada pelo filhote, distraidamente pegou o celular que vibrava ao seu lado sentindo o coração acelerar ao ver que era Bruna.

- Oi querida. – Atendeu.

- Oi Jemima, como você está?

- Eu estou melhor, graças a Deus. E como estão as coisas por aí? E a Erica?

- Ela está bem na medida do possível, ela perdeu o bebê.

Jemima não soube o que falar, infelizmente não lamentava essa perca, compreendia que era um ser inocente, mas a menina também era um ser inocente que provavelmente não saberia cuidar de uma criança, por um momento sentiu remorso, ela também perdeu um bebê e a dor desta perca ainda a incomodava.

- É desumano eu estar feliz por ela ter perdido esse bebê? – Perguntou tensa, Jemima suspirou.

- Sinceramente minha amiga? Eu acho que não, Deus conhece o seu coração e sabe que você não a levaria a abortar, mas que você a ama o bastante para não desejar que ela tenha um filho aos quinze anos de idade fruto de uma violência, fique calma querida, Deus sabe de todas as coisas.

- Ela está sofrendo, sentindo-se culpada pela perca do bebê eu precisei morder a língua para não dizer que foi melhor assim, já pedi perdão a Deus, mas eu acho mesmo que foi o melhor.

- "Se estamos Pai sendo más e hipócritas, perdoe-nos, mas eu creio que a Sua Vontade se cumpriu na vida dessa menina, sei o quanto a dor da perca de um filho é profunda, seja o Senhor com essa menina, para que as emoções dela sejam curadas e cresça sem os traumas que essa situação pode acarretar". – Pensou constrangida. – Eu também creio o melhor aconteceu; os planos de Deus são melhores que os nossos.

- É assim que eu penso, mas tenho medo de falar alguma coisa que a deixe ainda pior.

- Isso é verdade, é preciso deixar Deus curar o coração dela, tenha paciência, tudo ficará bem, e a Francisca com está?

- Ela está bem, pelo menos parou de chorar. – Respondeu tensa.

- Bruna o que aconteceu? – Perguntou preocupada.

- Não quero falar sobre isso pelo telefone, - fungou – conversamos quando eu voltar, o Edson foi a casa dele estou apenas esperando ele voltar para ir embora, oi meu amor, desculpe-me Jem meu marido chegou, - disse risonha - eu falo contigo amanhã.

Jemima despediu da amiga franzindo a testa, o que poderia ter acontecido para que Bruna desejasse vir embora antes que a afilhada tivesse alta do hospital? Por que estava tão chateada com a vereadora? Ainda pensava nisso quando Alex voltou, ele abraçou a filha que correu para seus braços.

- E sua irmã? – Perguntou sorrindo.

- No quarto dela. – Respondeu jogando o brinquedo para Freddy.

Ela curvou a cabeça vendo-o sorridente andando em sua direção seu coração transbordava amor, paz e tranquilidade, finalmente compreendia o que os irmãos queriam dizer quando diziam que não importava onde estivessem desde que estivessem com suas esposas, estava completa com aquele que Deus prepara para ela.

- Oi. – Disse beijando-a.

- Oi. – Respondeu derretida. Ele sentou ao seu lado visivelmente tenso. – Aconteceu alguma coisa na loja? – Perguntou apertando sua mão.

- Na loja não. – Ele apertou sua mão encarando-a. – Na verdade aconteceu enquanto você dormia, gostaria de não te preocupar, - suspirou – mas como disse Ariane existem assuntos que não devemos esconder. – Abaixou os olhos para suas mãos entrelaçadas, engolindo seco ela apertou sua mão.

- Seja o que for pode falar. – Pediu.

- O Bruno está em Gurupi. – Disse encarando-a. Apavorada ela soltou suas mãos pulando em pé.

- Tem certeza? – Ele assentiu.

- Sim, o Patrick ligou.

- Quanto tempo de lá aqui?

- Não sei exatamente uma hora e quarenta a uma e cinquenta aproximadamente.

- Muito perto. – Disse colocando as mãos no rosto, ele queria acalma-la e dizer que tudo ficaria bem, mas ele também estava apreensivo e vê-la naquele estado só o deixava ainda mais inquieto.

- Sim, cento e dez quilômetros aproximadamente.

Ela começou a andar de um lado para outro; Julia parara de brincar com Freddy, abraçada ao cachorro ela olhava para eles, o pai sorriu e piscando para ela. Como poderia ficar ali parada esperando que o Bruno aparecesse a qualquer momento? Como ela poderia mantê-lo longe dele e das crianças se ela estava bem ali com eles? Seus pensamentos estavam confusos e embaralhados, não conseguia pensar direito, sabia que em algum momento ele a encontraria, mas saber que ele estava tão perto e que poderia fazer alguma coisa com sua família deixava seus nervos em frangalhos.

- Ele vai me encontrar. – Disse exasperada, – "Meu Deus o que eu faço? Se há algo que esteja ao meu alcance fazer mostre-me, por favor, Senhor não o deixe se aproximar do Alex e das crianças" – Pensou aflita.

- Jem... - ele começou, ela ergueu as mãos agitada.

- Não me venha com essa de 'não fique assim', 'se acalme', 'vai ficar tudo bem', 'temos tudo sobre controle', por que não está nada bem! – Explodiu passando as mãos pela cabeça. Ele apenas a encarou.

- Eu entendo. Quando você estiver mais calma a gente conversa. Julia vamos ver sua irmã? – Chamou a menina que os encarava de olhos arregalados, ela correu para o pai segurando sua mão, puxando-o para ele se abaixar.

- Papai por que a tia Jem está nervosa? – Sussurrou.

- Ela recebeu uma notícia que a deixou muito triste. – Respondeu pegando a filha nos braços.

Com lágrimas nos olhos ela os viu se afastando, o peso em seu coração esmagava-o como uma âncora lançada violentamente, sem forças sentou-se pegando o celular, Amanda atendeu no terceiro toque.

- Oi.

- Amanda, como eu faço para protegê-los? – Perguntou chorando.

- Acalme-se menina, d.o que você está falando?

- O Bruno está em Gurupi, ele não vai demorar me encontrar, como eu posso proteger o Alex e as crianças? – Perguntou apavorada.

- Jemima, o Alex sabe dos riscos e acredite-me não há nada que você possa fazer, por que a única saída seria afastar-se deles e sinceramente eu duvido muito que ele queira isso, eu jamais imaginei te falar uma coisa dessas, mas eu vou falar, não é você que vive me falando que Deus está no controle de tudo?

- Eu sei disso e creio nisso, mas isso são consequências das minhas escolhas, eu não posso ficar aqui sentada e assistir a vida deles em perigo por que eu fui uma tola que casou com o primeiro idiota que me pediu em casamento, por que sou tão estupida que não percebi que estava sendo feita de idiota desde o primeiro dia.

- Jemima preste bem atenção no que eu vou te falar, você não ouse fazer nenhuma bobagem sem antes falar com o Alex, está me ouvindo!

- O que deu em você? Você nunca gostou dele?

- Quem disse isso? A culpa de eu trata-lo mal às vezes era de vocês que ficavam namorando escondido e depois se tratando como se não se importasse um com o outro. – Ela suspirou. - Espere um pouco, não faça nada que possa se arrepender depois, se o Bruno não te achou até agora quem te garante que ele vai te encontrar em breve? Pare de sofrer por antecedência, nem está parecendo a crente chata que vive me lembrando de que há um Deus que Cuida, Protege e não sei mais o que. – Jemima sorriu entre as lágrimas.

- Ok, eu não vou fazer nada por enquanto. – Disse secando as lágrimas.

- Não vai fazer o que por enquanto? – Perguntou Alex ao seu lado, entretida na conversa não o vira se aproximar.

- Depois a gente se fala Amanda. – Constrangida desligou o celular.

- O que exatamente você 'não' pretende fazer por enquanto? – Tornou a perguntar cruzando os braços.

- Eu não quero colocar você e as crianças em perigo. – Respondeu sinceramente. Ela arqueou a sobrancelha.

- Por isso você agiu daquela forma? Acredita mesmo que eu não compreendo a dimensão do que está acontecendo? Que eu pegaria minhas filhas e me esconderia debaixo da cama com elas deixando você sozinha nessa situação?

- Não claro que não, mas sou eu que preciso sofrer as consequências das minhas decisões, não tem por que carregar você e as crianças nesse redemoinho.

- Bravo! – Resmungou batendo palmas. – Ótimo! Precisamos nos afastar e cada um lidar separadamente com o Bruno, afinal ele está em nossas vidas por decisões que ambos tomamos, ao invés de resolvermos isso, juntos e mais fortes, fazemos assim, eu vou voltar para Anápolis, você volta para Paraiso e quando terminarmos com ele de vez quem sabe sobra alguma coisa e nos reencontramos de novo. – Disse se afastando.

- Você está sendo infantil. – Disse exasperada.

- Você acha? Eu não, afinal eu pedi uma mulher em casamento sabendo que há um ex-marido louco e fanático em algum lugar que pode complicar minha vida e estava tudo bem, agora que eu sei onde ele está e posso finalmente ficar aliviado, pois se ele nos encontrar não será surpresa, a mulher em questão surta e quer me abandonar.

- Não é bem assim. – Sussurrou. Exausto ele passou a mão na cabeça.

- Jem eu compreendo que você esteja nervosa, aflita e principalmente com medo, entendo que você queira nos proteger, eu também quero proteger todas vocês, mas lembre-se "se Deus não guardar a cidade em vão trabalha a sentinela". – Disse tocando seu rosto, envergonhada ela o abraçou.

- Perdoe-me. - Ela apertou os braços ao redor dele. – Se algo acontecer contigo ou com as meninas...

- Não vai acontecer. Quem guarda a minha família é Deus, o que eu poderia fazer como provedor dessa família eu já fiz, tem pessoas para nos proteger e, um detetive de olho no Bruno todos os passos dele será repassado para o Patrick, se for necessário ele nos dirá.

- Eu te amo tanto. – Disse abafado em seu pescoço.

- Eu também te amo. – Afastou-a delicadamente. – Agora vamos falar com as meninas a Julia ficou preocupada contigo.

- Desculpe-me por isso. – Sussurrou envergonhada. Ele sorriu passando as mãos por seus cabelos.

- Acredite-me infelizmente não será a única vez que teremos uma discursão ou que um de nós ficará irritado com o outro. – Ela sorriu.

- Eu imagino que não. – Respondeu o beijando. – Eu vou falar com as meninas, se você não se importar eu gostaria de fazer isso sozinha. – Ele assentiu.

De mãos dadas entraram na casa, ele dirigiu-se para a cozinha e ela para o quarto de Laila onde as meninas estavam. Ele preparava o jantar quando elas entraram sorridentes.

- O que o senhor está fazendo papai? – Perguntou Julia.

- Macarrão de panela de pressão.

- Maravilha! – Exclamaram as meninas batendo as mãos.

- Macarrão de panela de pressão? – Perguntou Jemima confusa.

- Não creio? Você nunca comeu macarrão de panela de pressão? – Perguntou brincalhão.

- Na verdade, me parece que macarrão e panela de pressão só combinam para sopa. – As meninas olharam para ela espantadas.

- A senhora vai experimentar o melhor macarrão da sua vida, o do papai é o melhor! – Disse Julia sorrindo.

- Ansiosa para experimentar esse macarrão. – Respondeu rendendo-se.

- Qual o suco papai? – Perguntou Laila abrindo a geladeira.

- Abacaxi? – Perguntou encarando as três, elas assentiram e ele sorriu. – Perfeito.

- Sente-se com sua irmã eu faço o suco. – Disse Jemima.

Harmoniosamente eles trabalharam em equipe enquanto Jemima fazia o suco e Alex lavava a louça que sujara Laila e Julia colocaram a mesa. Jemima falou a Alex sobre a visita do casal de pastores e da ligação de Bruna e ele falou sobre a paciente que o levou a loja, uma cadela poodle com problemas no parto.

- Mãe e filhote passam bem. – Disse sorrindo.

- Pai quanto custa um filhote de poodle? – Perguntou Julia entrando na cozinha ouvindo o final da conversa.

- Nem inventa mocinha, já bastam todos os animais abandonados que você encontra na rua e trás para casa. – Retrucou Laila ao seu lado.

- Eu só quero saber! Que mal há nisso? – Perguntou fazendo bico. Todos sorriram.

- Podemos ver isso no futuro tudo bem? – Respondeu o pai bagunçando o cabelo da filha. – Agora vamos jantar.

À mesa Laila fez a oração e alegremente compartilharam o melhor momento daquele dia, um momento descontraído e em paz, estavam todos felizes pelo simples fato de estarem juntos.

- Julia você estava certa, este foi o melhor macarrão que eu já experimentei. – Disse Jemima sorrindo, a menina sorriu de orelha a orelha.

- Eu disse, meu pai é o melhor! – Vibrou erguendo a mão fechada, mais uma vez todos sorriram.

- "Obrigado meu Deus por momentos como esse" – Pensou Alex sorrindo olhando cada rosto amado. Seu celular vibrando no balcão chamou sua atenção, como regra não atendia telefone à mesa, mas os dias atuais não eram normais. – Com licença. – Pediu levantando-se, era seu pai.

- Oi pai. – Atendeu.

- Liga a televisão no canal nove. – A voz alarmada do pai elevou sua temperatura, olhou para seis pares de olhos que o encarava. Suspirando olhou para a TV que havia na parede próxima.

- Só um minuto. – Respondeu pegando o controle da televisão.

Alex não sabe o que esperava ver ou ouvir, mas com certeza não era o delegado da cidade falando sobre o caso do pastor Acabe, ele olhou para Jemima que estava pálida de olhos arregalados.

- Pai... – Começou ele.

- Eu e sua mãe estamos saindo para ai agora.

- Talvez ele não fale sobre...

O celular caiu de sua mão no momento em que a imagem dos dois apareceu na tela, o grito devastador de Jemima misturado ao da cadeira caindo o tirou do transe, correu até ela a amparando, ela se encolheu no chão.

- Laila querida, prepare uma água com açúcar para ela, por favor! - Enquanto Laila preparava a mistura Julia aproximou do casal e segurou na mão de Jemima.

- Papai, a pessoa má que deixou a tia Jem nervosa mais cedo vai ver ela na TV com o senhor? – Perguntou séria.

Ter filhas inteligentes e perceptivas sempre fora motivo de orgulho para ele, isso evita algumas explicações, mas naquele momento lamentou ter filhas tão espertas, gostaria que as filhas não tomassem conhecimento do que estava acontecendo por enquanto, Laila estendia-lhe o copo, mas seu olhar era tão curioso quanto o de Julia.

Jemima tentava a todo custo respirar, à uma hora daquelas havia grandes chances de Bruno já saber onde encontra-la, precisava manter a calma, nada acontecia sem o consentimento de Deus, Ele era o provedor daquela família tudo ficaria bem, pois Deus tinha o melhor para eles, ainda assim o pânico se apoderou dela, o olhar preocupado das crianças finalmente tomou conta do seu coração e naquele momento elas eram mais importantes que seu medo do futuro.

- Desculpe-me meninas, por assusta-las. – Disse sentada no chão. Alex a apoiava para não cair e as duas meninas sentadas uma em cada lado segurava suas mãos. – Obrigada vocês são lindas e maravilhosas.

- Beba. – Ordenou Alex, ela bebeu a água doce e respirou profundamente. Ele a ajudou a levantar-se.

- "Sinto muito Bruno, não sou mais sua esposa e você não tem mais nenhum domínio sobre a minha vida, não vou me desesperar e magoar as pessoas que eu amo por sua causa" – Pensou enfrentando o olhar preocupado de Alex e sorriu para ele. - Meninas vocês me ajudam a arrumar a cozinha? Alex tem como você ligar para o Patrick? – Perguntou assumindo as rédeas de sua vida.

- Você está bem? – Perguntou preocupado.

- Estou sim, - Respondeu sorrindo. – Com um pouco de medo, mas estamos juntos nessa. – Ele sorriu apertando sua mão assentiu.

As crianças se recusaram a ir para a cama antes dos avós chegarem, Patrick deixou o detetive sobre aviso e quaisquer novidades os avisariam lhes restando apenas ser pacientes e esperar pelos próximos acontecimentos.

O senhor Henrique conseguira proibir a exibição da imagem dos dois e não voltaria a ser mostrada, mas em seu íntimo Jemima sabia que de nada adiantava, ela sentia que a qualquer momento Bruno apareceria em sua frente, sentindo um calafrio na espinha concentrou-se nas meninas que contavam histórias para a avó, naquela noite temendo ter pesadelos ela demorou o máximo que pode a ida para a cama.

Acordou assustada e cansada, não tivera pesadelos, mas sonhos desconexos a impediram de ter um sono tranquilo, olhou a hora quatro e cinquenta da manhã enfiou a cara no travesseiro fungando, tentou voltar a dormir mais não conseguiu frustrada levantou-se acendendo a luz.

- "Seja lá o que você tiver para mim hoje dia, quero que saiba que o meu Deus é o seu dono, então que você venha e Deus cuidará de ti para mim, eu só preciso confiar nEle, pois eu posso todas as coisa nEle. Obrigada Deus pelo fôlego de vida e por mais este dia que o Senhor permite que eu viva". – Pensou pegando a bíblia e sentando no chão.

Leu a bíblia orou e foi à cozinha preparar o café, encontrou Alex com o café pronto.

- Que hora que você acorda? – Perguntou intrigada.

- Não tão cedo! – Disse tenso. – Mais hoje não consegui ficar até mais tarde na cama. – Concluiu beijando seu rosto.

- Sonhos desagradáveis? – Perguntou o ajudando com as xícaras.

- Sim. Estou tão cansado que parece que corri a noite toda. – Respondeu sentando, ficaram de frente um para o outro. – Você também teve uma noite difícil? – Perguntou preocupado.

- Eu creio que estamos demasiados preocupados, a aparição iminente de Bruno está nos incomodando.

- Você também sente que ele está à espreita? – Perguntou tenso, ela assentiu com os olhos marejados, ele pegou em sua mão.

- Estaremos juntos, não se preocupe você não está sozinha.

- Eu sei. E isso me alegra e apavora na mesma intensidade.

- Eu sei como é. – Disse beijando sua mão.

- Bom dia. – Cumprimentou senhora Andreia beijando os dois.

- Bom dia. – Respondeu Jemima constrangida puxando a mão, Alex sorriu.

- Oi mamãe.

- Meu Deus amado você também é madrugadora? Misericórdia! – Disse dramaticamente colocando a mão na testa. – Todos os meus filhos esperavam eu chama-los pela manhã mesmo cada um tendo seu próprio despertador, certa manhã misteriosamente depois que nos mudamos para Paraiso eu fui acordar Alex e ele já estava pronto para ir à escola e nunca mais eu o chamei pela manhã e este hábito de madrugar o acompanhou na vida adulta. – Disse inocentemente sentando-se.

Alex observou a coloração cobrir o rosto de Jemima; mordendo a bochecha para não rir ele encarou a mãe, com certeza o pai havia lhe contado que ele e Jemima namoraram escondidos naquela época.

- Mamãe a Jemima não quer saber dos seus problemas com seus filhos adolescentes. – Disse contendo o riso.

- Oh, querida não fique constrangida é bom que os dois tenham os mesmos hábitos eu estou apenas brincando para descontrair. Mais é verdade ele nunca fica até tarde na cama, foi uma das coisas boas que aconteceu naquele período. – Lembrou séria. – Eu sei que o motivo que o fazia madrugar naquelas manhãs valia muito apena. – Disse encarando Jemima.

- Mamãe. – Sussurrou entredentes. Ela apenas sorriu para os dois servindo-se de café.

- Bom dia pessoal. – Cumprimentou senhor Henrique sentando ao lado da esposa. – Vocês vão trabalhar hoje? – Perguntou alheio ao clima que ele propiciara sem perceber.

- Sim. – Responderam os dois.

- Entendo. Vocês tenham cuidado; eu e Andreia vamos levar as crianças na escola, teria algum problema ficarmos por lá e assistir a algumas aulas? – Perguntou encarando os dois.

Jemima sentiu um misto de constrangimento e empolgação por ser incluída em algo a respeito das crianças, ainda assim abaixou a cabeça sem saber o que dizer afinal todo esse cuidado era resultado da sua estupidez por ter aceitado o pedido de casamento de um homem que de início ela nem queria.

- Não vejo problema pai, tem vê o que elas acham.

- Na verdade elas amaram a ideia. – Respondeu a mãe. – Eu falei que queria conhecer a escola delas.

Alex olhou nos olhos da mãe, era incrível como ela poderia parecer inocente quando queria. Assim como o esposo ela também fizera direito, mas escolhera ficar em casa cuidando dos filhos e da casa, quem não a conhecia e ouvia essa história pensava que ela abrira mão do próprio futuro a favor do esposo, mas não era bem assim.

Nos bastidores ela ajudara o pai a ganhar muitos casos e, se o pai era agressivo nos tribunais ela é onde quer que esteja; qualquer pessoa que a visse cuidar de suas rosas ou o olhar ingênuo e inocente com que ela olhava o filho naquele momento não acreditaria que ela era uma leoa mais feroz que o esposo, sorriu ao se recordar que as irmãs eram iguaizinhas a ela.

- Tudo bem! Boa sorte em meio aquela criançada. – Disse sorrindo.

- Por que a Jemima está mais vermelha que a Ariane no dia em que disse que estava grávida? – Perguntou o senhor Henrique encarando-os.

- Por que o senhor disse para a mamãe que nós namoramos na adolescência. – Respondeu Alex fazendo Jemima ficar ainda mais corada, o pai gargalhou.

- Alex! – Replicou Jemima o encarando, ele piscou para ela.

- Meu amor se não falarmos sobre isso abertamente ela vai ficar o tempo todo falando alguma coisa sobre aquele tempo, ela vai nos constranger ainda mais, acredite-me.

- Verdade. – Concordou o senhor Henrique beijando a esposa que fazia cara de quem não fazia ideia do que eles estavam falando.

- Vocês dois estão me fazendo parecer um monstro. – Resmungou inocentemente, pai e filho riram.

- Querida você me prometeu que não iria provoca-los sobre isso, pelo menos por enquanto. – Disse o esposo carinhosamente.

- Eu não resisti. – Disse sorrindo. – Cinco horas da manhã e os dois acordados, com certeza adquiriram esse hábito na mesma época. – Ela ria compulsivamente.

- Verdade. Eu comecei a acordar mais cedo naquela época, nem sei como meus pais não desconfiaram de nada. – Disse Jemima sorrindo.

- Pelo mesmo que motivo que nós não desconfiamos, pensávamos que o don juan aí estava apenas interessado na escola e fazendo novos amigos. – Disse senhor Henrique.

- Bem ele não estava fazendo novos amigos, mas pelo menos uma amiga com certeza ele fez. – Respondeu senhora Andreia rindo.

- Mãe a senhora é impossível. – Disse Alex sacudindo a cabeça. – Não se preocupe Jem, você se acostuma.

Ela sorriu tímida, não estava preparada para aquela versão da mãe dele, todas as vezes que a vira ela parecia com mãe dela, séria e carrancuda, lembrava-se ainda da manhã que abrira a porta para ela e Ariane, a cara fechada e mal-humorada e das discursões das duas sobre o noivado e o casamento dos filhos, suspirou ouvindo-os conversar ela parecia bem-humorada e a intimidade com o filho a deixou feliz.

Será que o casamento deles também acarretaria toda aquela discursão? Olhou Alex que sorria de alguma coisa que ouvira; provavelmente não ambos já foram casados, eles apenas terão uma cerimônia simples, mais aliviada, apesar de ainda sentir o rosto arder ela relaxou e os quatros conversaram animadamente sobre o tempo do romance escondido até o momento de Alex chamar as filhas, a avó se prontificou a chama-las.

Os pais levaram as crianças para escola e Alex levou Jemima para casa para que ela se arrumasse e fosse trabalhar, ele gostaria de leva-la pessoalmente, mas por insistência dela, ele foi para seu trabalho deixando-a na porta de sua casa com a promessa de que ela almoçaria com eles.

Ao entrar na loja ele teve aquela sensação estranha de que alguém o observava, olhou para os lados e não havia ninguém, encontrou Laura com a dona da cadelinha poodle.

- Bom dia, algum problema com a 'Mel'? – Perguntou sorrindo.

- Não, quero dizer ela quis comer ontem e fiquei preocupada.

Ele colocou a mão na nuca aquela sensação estranha ainda o incomodava, olhou para fora, mas não havia ninguém na rua.

- Algum problema Alex? – Perguntou Laura preocupada.

- Não. – Respondeu tenso. – Vamos cuidar da dieta da pequena mamãe.

No meio da manhã, Alex e Tiago anotava o que precisaria pedir para o estoque quando Patrick ligou. Infelizmente Bruno havia saído da cidade no meio da noite, o detetive só percebera esse fato naquele momento ao ver a ex-mulher entrando na casa, segundo informações ela só visitava a sogra quando ele não estava, ninguém sabia para onde ele havia ido, a única certeza era de ele viajara.

Alex sentiu o medo tomar conta de seu ser e o coração acelerar, ligou para Jemima o telefone estava fora de área, ligou na Unidade de Saúde, Thais lhe disse que ela estava para a zona rural, não sabia se isso o deixava tranquilo ou mais preocupado.

Jemima chegou da zona rural mais cedo do que o programado; pediu à secretária para ir embora estava inquieta e angustiada, recebeu o recado de Alex para ligar para ele imediatamente, como o celular estava descarregado ela decidiu ligar de casa. Bruna estava no meio da rua brigando com o cachorro, sorrindo ela parou a moto ao lado dela, o cachorro correu para ela.

- O que o coitado do Naruto fez para você está brava desse jeito com ele? – Perguntou fazendo carinho na cabeça dele.

- Que traidor! – Disse Bruna cruzando os braços. – Estou igual uma louca chamando por ele, e ele nem me dá moral.

- Estava com saudades de mim ou do Freddy?

- De um de vocês dois com certeza, desde que ele fugiu de casa que está igual um louco latindo para seu muro. – Estranhamente aquela informação a incomodou.

- Bruna isso é sangue na boca dele? – Bruna aproximou-se.

- Parece mesmo sangue. – Respondeu preocupada avaliando-o se havia algum machucado. – Estranho ele não parece machucado. – Elas entreolharam-se.

- Ele estava latindo para o muro? E não para o portão?

- Para o muro mesmo, eu também achei estranho, mas fazer o quê? Acho que meu cachorro está mesmo muito velho.

- Onde exatamente ele estava latindo? – Perguntou tensa.

Bruna a encarou e apontou para o canto do muro, ambas foram até lá e Naruto começou a latir freneticamente para o muro, parecia que ele via alguém ali, ou sentia o cheiro de alguém que estivera ali, seu coração acelerou as vê pequenas marcas vermelhas no muro.

- Isso é sangue? – Perguntou Bruna tocando. – Eca ainda esta fresco.

- Bruna você viu alguém estranho por aqui hoje? Alguém que você nunca tenha visto? – Perguntou ansiosa.

- Não, eu não vi ninguém estranho, meu Deus, será que alguém pulou o seu muro? – Sussurrou, Naruto continuava a latir.

- O que a gente faz? – Perguntou Jemima.

- Vamos para a minha casa, ligar para a polícia.

- O Alex ligou e pediu que você ligasse para ele imediatamente, antes de fazer qualquer coisa era para ligar para ele, não era para sair daqui sem antes ligar. – Dissera Thais.

- Meu telefone está descarregado, ligo de casa. – Respondera.

- Jemima ele parecia preocupado e ansioso.

Ela não dera importância ao que Thais disse e, mesmo angustiada e apreensiva como estava não deu ouvidos à mensagem dele.

- Eu preciso ligar para o Alex, antes de ligar para a polícia.

- Como você quiser. – Respondeu Bruna puxando-a, mal a deixando pegar o capacete e a chave da moto.

Enquanto ela colocava o celular para carregar Bruna ligou do seu próprio para Alex.

- Só um minuto Alex. – Disse passando o celular para Jemima.

- Oi...

- O Bruno não está mais em Gurupi. – Disse Alex, ela não sentiu as pernas e caiu sentada no chão. 

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