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41 - Sem que haja uma palavra na minha boca, o Senhor tudo conhece.

Sonolenta ela pegou o celular que vibrava na mesinha de cabeceira, meio grogue atendeu sem verificar quem era.

- Oi bela adormecida! - Pulou da cama reconhecendo a voz de Alex, olhou a hora cinco e meia da manhã.

- Você não dorme? - Perguntou aturdida.

- Eu disse que estaria aqui antes das seis. - Disse sorridente.

- Você aqui? Na minha casa? - Perguntou incrédula passando a mão nos cabelos despenteados, sorriu entre descrente e aturdida.

- Sim. Estou aqui no seu portão. Importa-se de me deixar entrar está frio aqui fora.

- "O que eu faço com esse cabelo?" - Pensou tentando ajeita-lo.

- Jemima abre o portão, eu vou vê-la assim todas as manhãs depois que nos casarmos, então não precisa se preocupar com os cabelos despenteados ou os olhos inchados. - Disse risonho, ela correu até a cozinha.

- Saiba que isso não é nada romântico! - Respondeu sorrindo apertando o controle do portão. - Espere por mim na sala ou na cozinha, preciso de cinco minutos. - Pediu correndo de volta para o quarto.

- Certo! Você quer me convencer que gastará cinco minutos para mudar de roupa, pentear os cabelos, escovar os dentes e, tudo o mais que mulheres fazem pela manhã?

- Até mais Alex, o meu tempo está correndo. - Disse desligando o celular olhando-se no espelho.

Não estava tão ruim poderia recebê-lo de pijama era longo, discreto e confortável, o problema eram os cabelos desalinhados e embaraçados. Penteou-os rapidamente, escovou os dentes no estilo 'the flash' e, saiu correndo para encontra-lo sentia-se novamente com dezesseis anos indo encontra-lo depois de um fim de semana sem vê-lo, lembrando sorrindo que havia apenas algumas horas que o vira.

Ele estava em pé no meio da sua sala, lindo e imponente, poderia olha-lo por horas sem se cansar ou entediar, jamais se vira como uma mocinha de romance, toda boba por simplesmente admirar o mocinho, sentir as mãos suadas, o estômago gelar e o coração acelerar com seu toque ou seu sorriso, mas sentia-se como uma mocinha de romance, seu mundo estava completo com ele, Deus em Sua magnificência fora perfeito com ela mostrando-lhe a verdadeira face do amor.

Lembrou-se de que quando lera amor e preconceito, ela ficara furiosa por Elizabeth Bennet conseguir amar o senhor Darcy, em sua humilde opinião ele era um ogro que não a merecia, mas agora compreendia que o amor não entende as razões que as pessoas criam, ele tem suas próprias razões que faz com que pessoas diferentes se aceitem e descubram que podem viver em harmonia com o que elas nem sabiam que tinham em comum.

Ele virou-se para ela sorrindo e tudo se iluminou, sentiu-se a mulher mais feliz e amada correu e se jogou nos braços dele, ele rodopiou com ela nos braços e naquele momento imaginou que era tão bem-aventurada quanto a Katie e a senhorita Bennet apesar de universos tão diferentes e, ela não ser uma criação da mente humana, estava feliz pela arte imitar a vida, no caso dela, a vida imitar a arte.

- "Obrigada Deus por este presente tão maravilhoso que o Senhor preparou para mim, desde antes de eu nascer". - Pensou sorrindo; afundou a cabeça no pescoço dele. - Eu sempre amei o modo como você rodopia comigo nos braços. - Disse lânguida.

- E eu amo o modo como você pula em meus braços. - Confessou apertou-a carinhosamente cheirando seu pescoço. Ela o encarou.

- Quando eu assisti Dirty Dancing pela primeira vez, - começou sorrindo, - eu pense: 'Eu nunca vou confiar em alguém como a Frances confia no Johnny e pular nos braços dele desse jeito e, o Pedro que sempre foi o mais romântico de todos nós, sorriu e me disse que eu ainda ia morder a língua e ele estava certo, quando eu pulei em seus braços a primeira vez eu soube que havia encontrado meu Johnny. - Ele a encarou emocionado.

- Querida quero apenas lembra-la que ser comparado com o Patrick Swayze à uma hora dessas pode me deixar bastante vaidoso. - Disse engolindo a emoção por ser comparado com uma das personagens mais cativantes do astro.

- Se o meu pai sonha que você está aqui à uma hora dessas, ele vai colocar um guarda-costas para me vigiar, ele é um pouquinho mais severo que o doutor Jake. - Disse sorrindo aconchegando a cabeça em seu peito.

- Não tenho nenhuma dúvida quanto a isso, só espero que não seja nada parecido com Kevin Costner. - Respondeu rindo pegou-a tornando a rodopiar pela sala. - E como não quero que meu sogro se zangue comigo mais que o necessário e correr o risco de ter um guarda-costas, não vou fazer você se atrasar. - Disse colocando-a no chão e beijando-a, ela puxou sua cabeça e, ele a apertou forte.

- Ok! - Disse sorrindo afastando-o lentamente. - Eu não teria nada contra um guarda-costas daqueles, mas não quero atrapalhar os planos de Deus para nós. - Puxou-o para a cozinha. - Aqui estão às coisas para você preparar o café, eu preciso de mais cinco minutos.

Ele ainda preparava o café quando ela voltou com o cabelo amarrado, duas bíblias e o violão.

- Humm! Está cheirando, minha avó diz que uma pessoa sabe fazer café quando o aroma te inebria. - Disse piscando, ele apenas sorriu.

Ambos prepararam a mesa e um desjejum rápido, sentaram-se cada um com uma bíblia.

- Está lendo algo em especial? - Perguntou ele folheando a bíblia.

- Não sei, - começou estranhamente tímida, nem em seus mais ousados sonhos imaginou este momento, - estou lendo provérbios e Marcos, mas o que você sugere?

- Vamos de provérbios e Marcos. - Disse sorrindo. - Quero muito me alegrar com a mulher da minha juventude... - Ela gargalhou.

- Vai com calma, Salomão pós-moderno! Você ainda não pode se alegrar plenamente com ela. - Ele fingiu-se desapontado.

- Nada de saciar...

- Nem complete a frase mocinho. Vamos nos concentrar no Evangelho de Marcos, é melhor assim, estamos a ponto de combustão, então antes que distorçamos as palavras de Salomão ficaremos longe dos textos dele quando estivermos juntos, pelo menos por enquanto. - Disse sorrindo.

- Poxa! Eu estava pensando em te convidar a ler Cantares comigo. - Disse fazendo beicinho.

- Depois de casados! - Disse levantando-se o beijando de leve, ele a segurou aprofundando o beijo. - Quando éramos mais jovens o senhor era mais comportado. - Disse se afastando.

- Vamos ler a bíblia. - Rendeu-se sorrindo, ela sorriu também.

- Só para esclarecer, eu gosto da nova versão do Alex. - Sussurrou fechando os olhos ainda sorrindo. - Deus Amado, Santo e Justo, o Senhor que sabe de todas as coisas e nos conhece melhor que nós mesmos, a Ti Senhor, somente a Ti damos Honra e Glória. Nós somos gratos por nos amar e cuidar de cada um de nós e daqueles que o Senhor colocou em nossas vidas, somos gratos por este momento único e especial em que juntos queremos Te Honrar neste novo dia que nos concede, obrigada Deus pelo prazer de viver o novo começo que o Senhor nos preparou, sou grata por me dar mais do que eu merecia, no Nome de Jesus eu te agradeço por tudo o que tens feito e ainda faz por mim, obrigada pelo Alex aqui na minha frente, pois só o Senhor pode ter nos preparado esse momento. Obrigada meu Deus, Pai e Senhor. - Orou emocionada. Alex a encarava quando abriu os olhos, ela ficou corada.

- Eu te amo, meu amor. - Disse emocionado deixando-a ainda mais corada, ele gargalhou. - Eu era mais comportado e você corava menos.

- Sinto-me mais tímida que naquela época, o que é ridículo! - Disse abrindo a bíblia.

- Louvado seja Deus! Estamos sempre um completando o outro. - Ambos sorriram.

Na hora seguinte eles leram a bíblia, discutiram o texto e oraram, Jemima tocou um louvor e ambos cantaram, tomaram o café da manhã e enquanto Alex arrumava a cozinha ela se preparou para viajar, despediram-se no portão dela às seis e meia. Ela colocou um louvor no som do carro e cantarolando seguiu a viagem que duraria menos de uma hora para a casa dos pais, conforme se aproximava seu coração aquecia de nervoso por ter uma conversa com os pais de deveria ter tido anos atrás.

Ele colocou um louvor e seguiu para casa, as filhas ainda dormiam, amassou o recado que deixara para elas e preparou o seu segundo café daquela manhã, sorriu ao pensar nisso, quando elas levantaram já havia colocado roupa na máquina e preparava a carne para o churrasco que faria para seus visitantes.

Ao contrário dos amigos a irmã e o cunhado não sabiam onde eles moravam, ela ligou chegando à cidade e, ele combinou de encontra-los no posto logo na entrada, alegrava-se em receber a irmã com o esposo, por tantas vezes apenas ela e o filho os visitara que ele acreditou que seria sempre assim, mas Deus tinha os Seus próprios planos para ela.

- Eu disse à sua irmã que assim como o Ben conseguiu encontrar sua casa eu encontraria mais ela não confiou no meu senso de direção. - Disse Pedro o abraçando.

- Eu tenho minhas razões para não confiar no seu senso de direção meu amor. - Respondeu Ariane.

- Pois é eu soube que você esteve aqui e não foi me visitar. - Cobrou do cunhado enquanto abraçava a irmã, Pedro sorriu.

- Queríamos que vocês se encontrassem no momento certo. - Disse encostando-se ao carro.

- O reencontro de vocês só não foi mais chocante que o nosso. - Lembrou Ariane.

- Não mesmo! - Respondeu ele sorrindo puxando o sobrinho para seus braços. - Menino você cresceu ainda mais? - Perguntou sorrindo, todas as vezes que se encontravam ele dizia a mesma coisa.

- Não tio, é impressão sua. - Respondeu sorrindo. - Graças a Deus tio que não foi um reencontro chocante, assim vocês dois não ficaram em choque olhando um para o outro como eles ficaram. - Retrucou Paulo piscando para o tio.

-- E como você sabe que não ficamos com cara de tacho olhando um para o outro?

- Ei! Nós não ficamos com cara de tacho. - Resmungou Ariane.

- Ficaram sim. - Disseram tio e sobrinho batendo na mão um do outro no alto, Ariane revirou os olhos.

- A Laila me contou todos os detalhes. - Disse Paulo encarando o tio. - Ela estava encantada com a médica que a havia atendido e, depois que descobriu que ela era minha tia e futura madrasta dela então! - Concluiu sorrindo, os olhos de Alex brilharam.

- Olha quem está todo apaixonadinho... - Provocou Pedro, Alex sorriu lembrando que no final do ano fizera aquela mesma provocação com ele.

- Assim como você cunhado. - Disse Alex sorrindo, Pedro não disse nada seu irmão o pastor João parou o carro atrás do dele.

Todos se cumprimentaram Alex sentia-se um pouco constrangido com João, dos irmãos de Jemima ele sempre fora o mais sério e reservado, ele não sabia o que ele sabia sobre seu relacionamento com Jemima e não sabia bem como agir. João e a família foram extremamente gentis e agradáveis deixando-o a vontade, graças a Deus tudo estava fluindo bem.

- Sigam-me. - Disse ele mais tranquilo.

- Eu vou com meu tio. - Disse Paulo seguindo-o.

- Pensei que você não viria. - Disse entrando no carro. - Soube que os Heróis da Fé iriam fazer um show neste fim de semana.

- Oficialmente não sou mais integrante da banda, além disso, é meu primeiro dia dos pais com o meu pai, não iria ficar longe dele. - Respondeu tranquilamente, sem nenhum trauma ou magoa, estava orgulhoso de seu garoto, passou a mão na cabeça dele.

- Estou muito orgulhoso de você meu filho. - O garoto sorriu encarando-o, não havia nada de esnobe ou orgulhoso no sobrinho, ele era apenas um garoto que tinha plena consciência de que era um filho amado de Deus.

Parou o carro sorrindo, os amigos haviam chegado.

- Se eu sei que vocês chegariam praticamente juntos teria feito vocês se encontrarem. - Disse descendo do carro cumprimentando Leandro.

Os minutos seguintes foi ele cumprimentando os amigos juntamente com a irmã e o sobrinho e apresentando-os a Pedro e à família de João, na ocasião do casamento as apresentações foram muito superficiais. Ele havia preparado para que tudo estivesse pronto quando eles chegassem, sabia que eles não almoçariam na estrada.

- Você não vai para Paraíso? - Perguntou Ariane enquanto os dois colocavam seus pratos.

- Não sei ainda, - disse olhando na direção dos amigos, - pensei em irmos lá amanhã, mas não sei o que eles querem falar comigo para virem os três assim, preciso falar com eles primeiro.

Estavam ao ar livre as crianças comiam animadas como se fossem amigas de uma vida inteira, Paulo e Isabella que eram os mais velhos parecia estar atento aos menores, ele sorriu, ambos eram extremamente cuidados com as filhas dele, quando eram menores implicavam um com o outro, mas com o passar dos anos se tornaram bons amigos.

- Eles crescem rápido, não é mesmo? - Perguntou Ariane séria, olhando na direção que o irmão olhava. - Daqui a pouco você vai sofrer com elas as dores do primeiro amor. - Disse encarando o filho.

- Como ele está com a partida da Bia?

- Ele está bem, mas há momentos em que ele fica tão triste que me parte o coração.

- Aquela senhora não bate bem da cabeça, pensei que vocês tivessem se resolvido. - Disse indignado.

- Eu também, mas usando as palavras dela própria, ela sonha com coisa melhor para a filha dela. - Respondeu Ariane triste, os dois sentaram e deixaram o assunto para depois.

- Você deveria ter me dito que sua irmã estava indo para Paraiso que teríamos deixado nossa viagem para outro dia. - Disse Vinicius enquanto ele sentava, olhou ao redor da mesa feliz, amava ter pessoas queridas em casa.

- Meu pai vai entender. Não se preocupem. - Respondeu tranquilamente, sabia que ele compreenderia realmente.

- Será que ele ficaria muito chocado se todos nós aparecêssemos por lá? - Perguntou Leandro. - Afinal nenhum de nós três tem pais para parabenizar amanhã, podemos parabenizar o pai do nosso amigo.

- Na verdade eu acho uma ótima ideia, talvez assim tire das minhas costas o dilema de onde eu e meu esposo vai ficar. - Disse Ariane sorrindo.

- Verdade! É a primeira vez que vocês voltam lá depois de casados. - Lembrou Alex assoviando. - Não queria estar na pele de vocês.

- Se seus amigos forem ficaremos na casa dos meus pais, na próxima ficaremos na de seus pais e, assim não teremos o drama da primeira estadia. - Explicou Pedro.

- Gente quando esse tipo de coisa acontece eu fico arrepiado. - Disse Leandro passando a mão nos braços, todos sorriram.

- É Deus cuidando de tudo nos mínimos detalhes. - Disse Pedro sorrindo pegando na mão da esposa.

- Combinado então vamos todos para Paraíso. - Concordou Alex feliz, não apenas por ver a família, mas por poder estar com Jemima, nem parecia que estivera com ela até horas antes, já sentia saudades dela.

Jemima encarava os pais, seu coração acelerado quase saia pela boca, não sentira nada disso quando disse a eles que estava namorando o Bruno, mas também não temia a desaprovação deles, talvez no íntimo ela até desejasse que eles desaprovassem naquela ocasião.

- "Por que raios eu estou pensando nisso agora?" - Pensou franzindo a testa, os pais entreolharam-se e caíram na gargalhada, ela franziu ainda mais a testa. - Eu perdi alguma coisa? - Perguntou confusa.

- Não minha filha, você não perdeu nada. - Respondeu o pai pegando em sua mão. - Nós sabíamos que estava acontecendo alguma coisa, vimos vocês dois de mãos dadas indo ao encontro dos outros na beira do rio no casamento do Pedro.

- Temíamos que você se machucasse, mas colocamos na Presença de Deus para que apenas o que fosse da Vontade dEle acontecesse na sua vida. - Disse a mãe. - Só queremos que você seja feliz e esqueça tudo o que aconteceu de ruim na sua vida, que Deus te cure para que você seja uma boa esposa e, mãe. - Senhora Ana estava emocionada, o pastor sacudiu a cabeça.

- Minha filha, - começou ele abaixando a cabeça, - você sabe que não é porque você é uma mulher divorciada que você deve pular as etapas da sua vida, não sabe minha filha? - Perguntou corado, ela sorriu nunca na vida imaginou ver o pai corado.

- Não se preocupe papai, eu vou fazer tudo direito, não vou decepcionar nenhum de vocês. - Os pais suspiraram aliviados, ela abaixou a cabeça. - "Senhor dê-me resistência enquanto esse casamento não sair". - Pensou sentindo-se quente, pôs a mão na testa.

- Você está bem minha filha? - Perguntou a mãe preocupada.

- Sim estou bem. - Respondeu sorrindo colocando as mãos no colo.

- Minha filha e as filhas dele? Elas aceitam você tranquilamente? - Perguntou a mãe preocupada, ela sorriu, aliviada a mãe suspirou.

- Graças a Deus estamos nos dando bem. Elas são incríveis a senhora vai gostar de conhecê-las. - Respondeu empolgada; os pais entreolharam-se.

- Filha, você não pensa em ter seus próprios filhos? - Perguntou a mãe cautelosamente. - Compreendo que a sua situação com o Bruno era difícil e por isso vocês não quiseram filhos, mas e agora? O que você vai fazer? Você ainda é jovem vai apenas cuidar das filhas dele? - Jemima mexeu-se inquieta, era difícil falar sobre maternidade com quer que fosse e, sempre se perguntava se deveria falar do filho que perdera.

- Eu acho que ainda é muito cedo para falarmos de filhos, por enquanto eu quero apenas cuidar das filhas dele. - Disse reticente, ainda não pensara sobre isso, mas agora falando no assunto ela percebeu que realmente não se importa de apenas cuidar delas.

- Filha nós só queremos que vocês falem logo tudo o querem deste relacionamento para depois nenhum acusar o outro de engano, você vem de um relacionamento abusivo, ele tem filhas e junto com elas vem a família da primeira esposa, há lembranças, envolver-se com uma pessoa que teve um grande amor antes da gente pode ser um pouco complicado. - Disse o pai, ela se mexeu mais uma vez inquieta.

- Eu estou ciente disso tudo papai, eu sei que ele a amou, mas a verdade é que ele amou a mim antes dela. - Disse ficando constrangida, os pais arregalaram os olhos.

- Com que é? - Perguntaram.

- Eu namorei o Alex antes de eu ir para a faculdade. - Disse os encarando, eles não piscaram a encarando.

- E quando foi isso? - Perguntou a mãe surpresa. - Como que nunca desconfiamos?

- Talvez não sejamos tão bons pais assim. - Disse o pastor abaixando a cabeça.

- Nada haver papai! - Disse triste pegando na mão dele.

- Você namorou um garoto debaixo do nosso nariz e não vimos; você sofreu... - Não conseguiu concluir engasgado.

- Papai, eu me escondi. Eu não quis que vocês soubessem do que me acontecia, nem quando eu namorei o Alex e nem do meu casamento desastroso, nada disso é culpa de vocês. - Disse tentando sorrir.

- E ele concordou com isso? - Perguntou o pai arqueando a sobrancelha. - Com um namoro às escondidas?

- Concordar, concordar não. Ele sempre quis que disséssemos a vocês, mas primeiro foi o namoro conturbado do Pedro e da Ariane depois a gravidez, eu fui só procrastinando e, mais uma vez a escolha foi minha de esconder a verdade, ele apenas respeitou a minha decisão e, no fim eu perdi tudo. - Concluiu abaixando a cabeça.

- Ele te deixou pela outra? - Perguntou a mãe.

- Pode se dizer que sim, mas a verdade é que eu perdi o Alex por que não tive coragem de dizer que o amava.

- Ele poderia ter feito isso se quisesse. - Alertou o pai indignado. - Ainda que você quisesse o contrário.

- Ele jamais faria qualquer coisa que me expusesse ou magoasse e, acredite-me papai quando eu digo que fui a única responsável por vocês não tê-lo recebido para me pedir em namoro. - Respondeu pensando se o fazia lembrar-se ou não de uma noite em que tocaram a campainha e quase ele encontrou Alex na porta.

- Mais ele acabou te magoando de qualquer jeito. - Lembrou a mãe.

- Mamãe, ninguém me magoou mais que eu mesma. Por favor, não deixem que o que eu disse para vocês os impeça de ver o homem maravilhoso que é o Alex. - Pediu sinceramente. - As circunstâncias em que ele casou são muito delicadas e não vem ao caso. Eu posso adiantar de que ele é um homem maravilhoso e louvo a Deus por tê-lo me trazido de volta.

- Estou me sentindo como em dezembro novamente. - Disse o pai sorrindo. - Desejei tanto que vocês ficassem longe dos novatos e me tornei sogro deles. - Disse se acabando de rir.

- Isso sim que é cuspir para cima e cair na cara! - Disse a mãe rindo também, Jemima sorriu aliviada, eles agiram melhor do que ela imaginara.

- Quando vimos vocês de mãos dadas no casamento do seu irmão fiquei um pouco preocupado com a reação dos pais dele, você sabe que meu pré-julgamento daquela família nunca foi dos melhores.

- O senhor se preocupa com a reação deles quando descobrirem do nosso envolvimento por causa do meu divorcio? - Perguntou tensa, apesar do bom relacionamento que vinha tendo com o pai do Alex, isso não significava que ele a quisesse com o filho, não era por que ele havia defendido ela que tinha mudado de ideia quanto a isso.

- Eu pensei sim sobre nisso, mas graças a Deus eles não se importam do filho casar-se de novo e o fato de ser contigo parece deixa-los felizes.

- Vocês falaram para eles que nos viu de mãos dada? - Perguntou envergonhada, queria que Alex falasse com os pais primeiramente.

- Não falamos nada minha filha, eles estavam conosco quando vocês desceram de mãos dadas para o rio. - Disse a mãe empolgada, ela abaixou a cabeça constrangida.

Alex decidiu fazer uma surpresa à Jemima, ela lhe mandou mensagem quando chegou à casa dos pais e depois da conversa com eles, estava extremamente envergonhada pelos pais de ambos terem visto os dois de mãos dadas e, ele ficou surpreso, pois nem o pai nem a mãe disseram nada a ele, sem querer omitir nada achou melhor não responder as mensagens.

A alegria da família com a chegada deles era contagiante, o mesmo burburinho do final do ano invadiu a casa, ele sentiu um aperto no coração ao se dar conta do quanto fora ingrato com os pais nos últimos anos, recusando-se a visita-los frequentemente, por várias vezes preferiu visitar os sogros ou a irmã, de repente toda aquela euforia começou a sufoca-lo sem que os outros percebessem afastou-se indo para o jardim, suspirou profundamente o aroma do jardim o acalmando.

- O que aconteceu? - Perguntou Ariane assustando-o.

- Não sei. - Respondeu triste. - Fiquei sem ar, senti-me sufocado. - Concluiu sentando, ela sentou ao seu lado.

- Não sabe ou não quer encarar o fato de frente?

- Você sabe quantas vezes eu vim aqui com a Valéria? - Perguntou tenso.

- Bem menos do que ela gostaria. - Ela respondeu encarando-o. - Recordo-me de você dizendo que era mais fácil nossos pais irem até vocês e eu tola acreditando nisso, mesmo sabendo que sua esposa gostaria de vir mais vezes para cá, ela amava vir para cá e ficar mexendo no jardim com a mamãe.

- Como você sabe disso? - Perguntou surpreso.

- Ela me disse. Olhando para trás eu me pergunto como eu fui tão sonsa!

- Você não foi sonsa, eu fui convincente, nem mesmo o papai que sabia do meu namoro com a Jemima desconfiou que fosse por isso que eu não queria vir para cá.

- Como que é? O papai sabia que vocês namoravam escondido? - Perguntou chocada.

- Sim. Ele descobriu e deu o jeito dele de me afastar dela, - disse ressentido, - mais obviamente que quem deu o xeque-mate fui eu.

- Alex, você não vinha visita-los para não correr o risco ver a Jemima ou para castigar o papai? - Perguntou séria.

- Sinceramente? Eu não sei mais. Sempre pensei que fosse para não vê-la, não queria faze-la sofrer mais do que eu já havia feito, no entanto, não tenho mais tanta certeza disso, algo aqui dentro me diz que eu queria puni-lo por ter me mandado embora, mesmo depois de eu dizer inúmeras vezes que não queria ir, que tinha meus próprios planos e, jogar na minha cara que eu não tinha nenhuma condição de fazer nada sem ele.

- Você precisa conversar com o papai e resolver isso. - Disse apertando o ombro do irmão. - Você e a Jem merecem viver essa história sem magoas e ressentimentos, não deixa nada mal resolvido entre vocês dois, até porque não creio que ela vá querer ficar sem ver os pais dela.

- O papai ou a mamãe te disse alguma sobre nos ter visto de mãos dadas no seu casamento? - Perguntou distraído.

- Não. Mais os gêmeos viram vocês dois dormindo juntinhos na beira do rio, segundo o Adriano vocês estavam muito 'bonitinhos', você agarradinho nela e ela deitada no seu peito. - Disse risonha.

- E por que raios eles não me acordaram? - Perguntou intrigado.

- E estragar o momento? Eles fingiram que nem conhecia vocês dois e foram cuidar da vida deles, se eles fizeram isso quando eram adolescentes por que não fariam agora que são adultos?

- Fiquei surpreso quando o Adriano me disse que eles e o Felipe desconfiavam do nosso namoro, recordo-me da Drica gritando comigo para eu confiar neles que eu não estava sozinho, para um irmão mais velho eu sou um fiasco total.

- Não acho que você seja um fiasco, mas que é péssimo para guardar segredos, ah, isso você é. Se eu não tivesse focado minhas energias no meu próprio umbigo também teria desconfiado, assim como desconfiei no momento em que os vi no hospital, nunca vou me cansar de te pedir desculpas por ter sido tão egoísta.

- Não foi culpa sua e, além disso, você era a nossa caçula, guerreira corajosa e valente, brigando pelo que queria e acreditava você é o nosso orgulho. - Disse abraçando-a.

- O que vocês estão fazendo aí escondidos? - Gritou o pai se aproximando.

- Fale com ele. - Sussurrou piscando. - Eu vou procurar meu marido. - Beijou o rosto do pai que franzia a testa intrigado.

- Perdi alguma coisa?

- Não pai. - Respondeu sacudindo a cabeça. - Por favor, sente-se para conversarmos um pouco. Ele sentou visivelmente perturbado, Alex sorriu, sempre que os filhos dizem que quer conversar os pais pensam o pior.

- Perdoe-me pai, por todos esses anos que eu fiquei afastado tentando castiga-lo por me afastar da garota que eu queria, sendo que fui o único responsável por perdê-la.

- Do que você está falando meu filho? - Perguntou angustiado.

- Todas as vezes que o senhor e a mamãe pediram para virmos aqui e eu inventei uma desculpa qualquer para não vir, todas as vezes que eu privei vocês da companhia da nora e das netas de vocês.

- Oh, meu filho! - Exclamou o abraçando. - Eu que lamento por ter interferido na sua história, apesar de que sou tão feliz por ter conhecido a Valéria e por minhas netas, você consegue compreender?

- Consigo sim papai. - Disse com o rosto escondido no ombro do pai.

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