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36 - O meu socorro vem do Senhor.

Surpreso ele olhava para os lados, estava sozinho em uma sala desconhecida, o barulho do outro lado era intenso; desnorteado tentou de recordar do que fizera depois que o pai se levantou deixando-o sozinho, recordava de ter dito que logo entraria e ficara olhando as estrelas.

- "Onde eu estou?" - Pensou confuso.

- Oi senhor Alex. - Chamou uma mulher estranha da porta, ele franziu a testa. - Pronto para entrar? - Perguntou deixando-o mais confuso e desconfiado, olhou mais uma vez ao redor, definitivamente não conhecia aquele lugar e menos ainda aquela mulher.

- Quem é você? - Perguntou cruzando os braços, a mulher franziu a testa inclinando a cabeça.

- O senhor está bem? Eu sou a assistente do seu filho. - Ele gargalhou.

- A senhora está me confundindo com alguém, eu não tenho filhos eu tenho duas filhas. - A mulher aproximou-se tocando sua testa.

- Senhor Alex, o senhor está com febre? Quer que eu chame sua esposa ou uma de suas filhas?

- Eu não estou com febre. - Reclamou empurrando o braço dela. - Eu quero sair daqui.

- Mais senhor Alex seu filho está te esperando, hoje é um dia muito importante para ele...

- Moça eu já disse que não tenho filho, eu só tenho...

- Filhas! - Resmungou irritada. - Sim eu ouvi o senhor deve estar falando de Laila e Julia, por acaso o senhor esqueceu-se dos gêmeos? - Perguntou cruzando os braços visivelmente ressentida.

- Gêmeos! - Exclamou ouvindo Laila chama-lo, se virou na direção da voz. - Minha filha... - Calou-se ao dar de cara com a parede, piscou e tornou a ouvi-la virou-se para a mulher, mas ela não estava mais lá e de repente não havia mais barulho, apenas a voz de Laila, desesperou-se tentando encontra-la, não encontrava a porta e o pânico invadiu seu coração.

- "Preciso sair daqui e encontrar minha filha, ela precisa de mim". - Pensou exasperado.

- Ela não precisa de você agora, ela vai precisar de seu apoio e sabedoria, muito mais cedo do que pensa. - Ouviu uma voz que o deixou mudo e arrepiado.

- Papai. – Laila continuava a chamar.

- Cadê você filha! - Chamou angustiado.

- Estou aqui papai, acorda! - Assustado abriu os olhos pulando da espreguiçadeira, dormira no jardim da mãe. - O senhor estava sonhando? - Perguntou a menina sorrindo, ele fungou passando a mão na cabeça.

- Um sonho muito estranho, diga-se de passagem. - Respondeu olhando a hora. - Por que vocês não me chamaram mais cedo? - Era mais de sete horas.

- Pensávamos que o senhor estivesse no seu quarto, e a vovó disse para não acorda-lo, pois o senhor estava muito cansado, e nós concordamos, eu sei que o dia ontem não foi fácil para o senhor.

- E para você menos ainda. - Disse emocionado com a força da filha.

- Eu sei que vou ficar bem, Deus está no controle de tudo na minha vida, me entristece saber que a Erica é daquele jeito por que ela não deixa Deus cuidar da vida dela. - Ele beijou o rosto da filha emocionado.

- Vamos orar para ela ter um encontro com Deus.

- Eu estou orando. - Respondeu sorrindo. - A vovó separou algumas mudas de rosas para eu levar para a chácara eu vou dar uma olhada, vá tomar seu café o tio Adriano está aí. - Disse beijando a testa do pai.

- Ok, eu vou entrar. Boa sorte aí com suas mudas.

Naquela tarde, ele contou para a adorável vovó Olga, o que acontecera na escola como era esperado, ela fez um escândalo com a promessa de que se ele não cuidasse das netas ela os tiraria dele, o que desencadeara uma crise em Laila, preocupado a puxou até o jardim.

- Filha o que está acontecendo com você? Eu tenho observado que em alguns momentos você fica tensa e triste isso vem acontecendo desde o início do ano. - Disse segurando sua mão.

- Minha avó disse que vai nos tirar do senhor, e eu fiquei nervosa. - Respondeu abaixando a cabeça, ele sorriu pegando no queixo dela levantando-o.

- Meu amor não é a primeira vez que ela me ameaça tomar vocês. - Respondeu divertido.

- Exatamente papai. Quando nós estávamos de férias em Paraíso eu ouvi o senhor conversando com a tia Ariane, - começou envergonhada, - eu não entendi direito mais compreendi que o senhor está pronto para refazer sua vida, eu comentei com a vovó que estava na hora do senhor casar de novo, e ela disse que se o senhor colocar outra mulher na casa da mamãe ela nos tira do senhor. Papai eu não quero que o senhor fique sozinho, mas também não quero ir morar com a vovó.

- Ninguém vai morar com a vovó, vocês são minhas filhas e vão morar comigo até o dia que vocês quiserem. - Disse abraçando-a, amava a sogra, mas havia ocasiões que gostaria de tira-la da vida das crianças.

- O senhor está apaixonado por outra mulher? - Perguntou tímida.

- Não precisamos falar sobre isso ainda, quando chegar o momento eu falarei com você e sua irmã.

- E se ela não gostar de nós?

- Não se preocupe quanto a isso, lembra o que a mamãe disse quando você teve aquele pesadelo, pouco antes de sabermos da doença dela? - Ela assentiu.

- De que Deus cuida de tudo nos mínimos detalhes e que se isso acontecesse Ele cuidaria para que tudo fosse perfeito segundo a Vontade dEle, não me lembro das palavras exatas, mais foi mais ou menos isso que ela disse. - Respondeu corada.

- Exatamente. Deus jamais colocaria uma mulher na minha vida que não amasse vocês, por que vocês é minha vida. - Respondeu sincero, a menina o abraçou.

- Eu acredito nisso papai, mas ainda assim eu tenho medo. O senhor veja o padrasto da Erica, ele não é uma boa pessoa, mais as pessoas parecem acreditar que ele seja, e se uma mulher assim enganar ao senhor?

- Uma mulher assim poderá tentar me enganar, mas jamais enganará a Deus, se esqueceu de que é impossível engana-Lo? E não estamos com pressa, estamos esperando na escolhida que Ele nos trará, não é mesmo? - Perguntou piscando, ela sorriu assentindo.

- Obrigada papai, por não ter pressa, eu, a Julia e a Bella estamos orando por ela.

Alex recordou do que Isabella havia lhe dito no casamento de Ariane, sentiu os olhos marejados, mesmo com medo de que a avó as tirasse dele, ou que ele não colocasse a madrasta na Presença do Senhor, elas estavam orando por isso, ele a abraçou emocionado.

- Obrigado minha filha por orar pela felicidade da nossa família.

No decorrer do dia por várias vezes ele se pegara escrevendo mensagens para Jemima e apagava. À noite fora à igreja com os pais e as filhas, Adriana depois da reviravolta na vida da irmã mais nova voltara a congregar na igreja que o pai de Jemima era pastor, ansiava pelo momento de ligar para ela e pedir desculpas por ter sido um ogro com ela.

Seu coração parou, o celular estava descarregado, revirou tudo, havia esquecido o carregador e, o das filhas não dava no seu celular.

- Papai qual é o seu carregador? - Nenhum carregador da casa era compatível com o seu celular sentou-se arrasado. - "Poderia ligar do celular do meu pai". - Pensou tempos depois, correu ao quarto dos pais, voltou desolado estavam dormindo. - Por que não pensei logo nisso? - Resmungou irritado.

Com o celular de Laila ligou para a Adriana que tinha um carregador, mas ainda não estava em casa, levaria assim que possível. A irmã deu o ar da graça mais de meia noite, desolado ele colocou o aparelho para carregar e mandou uma mensagem, esperou para ver se ela respondia e, nada aconteceu.

- "É obvio que ela está dormindo". - Pensou arrasado.

No domingo mal abriu os olhos pegou o celular havia uma resposta.

'Tudo bem. Falamo-nos depois'.

Ele ficou por um tempo olhando a mensagem, um sentimento ruim invadiu seu coração, pensou se mandaria outra mensagem, mas realmente não sabia o que dizer.

- "Senhor meu Deus, não me deixa estragar tudo novamente, dê-me Sabedoria para com minhas filhas e também para com a Jemima". - Pensou.

A Escola Bíblica Dominical foi maravilhosa, os gêmeos foram almoçar com eles, recordou-se do sonho e sorriu, quando eram crianças brincava qual deles teriam gêmeos.

Naquela manhã só faltava Ariane na casa dos pais, mas ao contrário do que já acontecera antes, não havia nenhum sentimento de tristeza ou angústia pela falta da irmã, ligaram para ela, fora uma festa, até a tristeza da filha passara.

Já era noite quando partiu com as filhas, mas chegaria à cidade antes do culto terminar.

Mandou uma mensagem avisando que já havia chegado, ajudou as filhas e esperou pela ligação dela, estava simplesmente feliz com a vida que Deus lhe deu.

Naquela noite apenas conversaram sobre sonhos e planos. Acordou com o sol na cara, dormira na poltrona que conversara na outra noite, com Rafael, confuso olhou ao redor, o celular estava caído no chão ao lado.

- "Meu Deus! Dormi enquanto falava com a Jemima, espero que ela não esteja chateada!" - Pensou pegando o aparelho.

- Papai! O senhor dormiu de novo fora de casa, assim a sua coluna não aguenta. - Disse Laila de pé ao seu lado.

- Tem toda razão! - Disse espreguiçando-se todo dolorido. - E essa poltrona é pior que a espreguiçadeira da sua avó.

Naquela manhã deixou pessoalmente as filhas na escola, o diretor não estava e Zélia disse que ele só estaria de volta à tarde.

- Por favor, minhas filhas estão ficando aqui, espero sinceramente que vocês cuidem bem delas. Eu volto à tarde para falar com ele. - Disse saindo. - "Se ele pensa que vai fugir de mim está muito enganado" - Pensou entrando no carro.

Infelizmente ele precisou ir a uma fazenda, estava inquieto sentia-se inseguro em relação à escola; dos dias que estava naquele lugar nunca precisara sair para lugar nenhum, justo naquele dia que ele estava tão aflito tinha uma ocorrência fora da cidade.

Tenso trabalhou a manhã inteira com o fazendeiro, vez ou outra pensava que estava sendo um homem de pouca fé, Deus estava no controle de sua vida, e tudo estava bem com suas filhas.

Seu coração que já não estava muito tranquilo acelerou fortemente ao entrar na loja e perceber a inquietação de Laura e Tiago.

- O que houve? - Perguntou olhando de um para o outro.

- A Laila está na Unidade Básica de Saúde... – Começou Laura.

Ele apenas deu meia volta correndo para o carro, não perguntou do que se tratava, queria apenas ver sua princesinha, respirava profundamente tentando se acalmar, mas a cada respiração ficava pior. O que poderia ter acontecido com sua filha? O desespero estava tomando conta dele.

- "Acalme-se homem de Deus, acalme-se. Acalme-se, Deus sabe de todas as coisas". - Pensou respirando profundamente.

- Thais! - Exclamou surpreso para a recepcionista. - Paz.

- Oi Alex, Paz. O que houve, por que está tão nervoso? - Perguntou preocupada.

- Cadê minha filha?

- Qual... - Colocou a mão na boca. - Espere um momento, a garota que veio da escola é uma de suas filhas? - Ele assentiu ao que tudo indicava era exatamente isso.

- Desculpe-me eu não a vi, entraram com ela pelo outro portão. Eu vou te levar até lá. - Disse saindo de seu posto.

- Thais eu preciso das fichas... - O doutor Agnaldo interrompeu-se olhando o homem ao lado de Thais. - Algum problema?

- Este é o pai da garota que trouxeram da escola... - O médico a interrompeu.

- Venha comigo, eu cuido disso. - Disse o puxando.

- Eu quero ver minha filha, onde ela está?

- A médica a está atendendo, ela se recusou a me deixar cuidar dela. - Respondeu puxando-o para uma sala, confuso Alex olhou em volta.

- Acho que o senhor não entendeu, eu quero ver a minha filha.

- Por favor, sente-se eu preciso falar com o senhor. - Irritado Alex colocou as palmas das mãos na mesa.

- O senhor vai me levar até minha filha, ou eu vou sair por ai perguntando?

- Eu vou leva-lo, mas queria falar primeiro com o senhor, sua filha precisa de ajuda profissional...

- O que exatamente o senhor está querendo me dizer?

- Ela criou uma fantasia envolvendo a filha da vereadora Francisca que está ficando fora de controle, seria melhor o senhor ficar de olho nela, para evitar que o pior aconteça. - Só então Alex se deu conta de que ainda não sabia de fato o que acontecera, respirando profundamente sentou.

- E o que aconteceu exatamente? - Perguntou tentando manter o mínimo de calma possível.

- Ela provocou a Erica de tal modo que a menina a cortou com um estilete...

Alex sentiu o ar faltar, teve a nítida sensação de que a cadeira que sentara não estava mais debaixo dele, tentou falar alguma coisa, mas as palavras não se formavam; em um impulso levantou-se e pegou na gola da camisa do médico.

- Aquela pirralha cortou minha filha? Como assim cortou? - Ele apertava a gola do homem o sufocando, sentiu uma mão sobre a sua, olhou para os lados não havia ninguém. - "Obrigado Espírito Santo". - Pensou soltando-o. - Leve-me agora à minha filha, por favor! - Pediu suspirando.

O médico o encarava como se ele fosse louco, naquele momento ele deveria estar pensando 'tal pai tal filha', Alex sorriu inclinando a cabeça, o homem ergueu a mão saindo rapidamente da sala. A filha estava sentada na cama balançando as perninhas, era visível a mancha de sangue na blusa dela, mas seu semblante era sereno, correu até ela e a abraçou.

- Você está bem? - Perguntou engasgado.

- Estou sim papai. A doutora disse que o corte foi superficial e, tem uma grande chance de que conforme eu vá crescendo ela talvez desapareça. - Respondeu sorrindo, ele franziu a testa.

- Tem certeza que você está bem? - Perguntou encarando o médico, que deu de ombro.

- Eu estou sim papai. O senhor precisa conhecer a médica que fez o meu curativo, ela é tão linda! Eu tenho a impressão de que já a vi, mas não me lembro de onde, ela também acha que já me viu.

- Minha filha, você está em estado de choque ou algo assim? - Perguntou preocupado.

- Não papai, está tudo bem! - Disse tentando descer, o pai a pegou nos braços colocando-a no chão. - Vamos para casa? Eu quero um banho, tirar essa blusa imunda e joga-la fora.

Surpreso ele a segurou pela mão até o carro.

- Filha você quer voltar para Anápolis? Ou qualquer outra cidade, a gente pode começar de novo.

- Não papai, eu não quero ir para lugar nenhum, amanhã eu vou para a escola a Erica precisa de oração e, eu vou continuar a orar por ela e também pela minha segurança, - disse sorrindo, ele a encarou, - as tribulações não vêm para que fujamos, elas vêm para nos fortalecermos no Senhor, certo?

- Certo. - Respondeu beijando o rosto da filha. - Eu te amo meu amor, Deus vai cuidar de você, mas você sabe que a gente tem que fazer a nossa parte, não sabe?

- Sim eu sei. O que o senhor vai fazer?

- Eu vou seguir o conselho do Tobias, vamos contratar uma segurança para você.

- Mais papai...

- Eu sei que Deus é que protege você, mas eu preciso tomar uma medida em relação à escola, eu não posso simplesmente fingir que não aconteceu nada, e a segurança só vai manter a Erica longe de você, enquanto nós oramos por ela. Não se esqueça de que o inimigo está trabalhando e ele não dá trégua, não queremos que essa garota faça algo do que ela se arrependa depois e ainda me faça pecar de maneira lamentável! - Disse sério.

Laila encostou ao banco olhando para fora em silencio. Como o senhor Henrique não poderia representar a neta legalmente, ele indicara Tobias seu assistente para isso, a primeira sugestão fora essa, Alex dissera que primeiro iria conversar com a escola e só então tomaria uma medida drástica, bem o momento da medida drástica chegara.

Às treze horas e trinta minutos Alex estava na sala do diretor, com Tobias ao seu lado. O homem mal conseguia respirar e estava soando mais que cuscuz.

- Eu vim pela manhã e o senhor não estava mesmo sabendo que eu viria, ainda assim confiei minhas filhas a vocês e veja o que aconteceu. -Disse calmamente. - Antes de começarmos eu quero saber uma coisinha, por um acaso a sua vereadora ainda está por aí falando mal da minha filha? - Perguntou aproximando do diretor, assustado o homem afastou.

- Ela não fala mal da sua filha. - Respondeu trêmulo, Tobias segurou no braço de Alex.

- Eu disse pelo telefone que queria falar com a Erica e os pais dela, por que eles ainda não estão aqui? - Perguntou Tobias.

- O pastor não pode vir, a vereadora deve estar chegando. - Respondeu ainda nervoso.

- "Ele deve estar mais ansioso que nós para a vereadora chegar e ele se sentir seguro". - Pensou Alex irritado.

- O senhor disse o pastor? O pai da Erica é pastor? - Perguntou Tobias.

- Não, o pai dela vive fora do País, o padrasto dela que é pastor, aliás, - ele virou-se para Alex, - eu soube que você é crente, então você deveria ser mais compreensivo com essa situação.

- O senhor está me dizendo que eu devo fingir que uma colega não tentou matar minha filha, porque eu sou crente? É sério isso? - Perguntou encarando Tobias que apenas sorriu torto.

- Não! Não é nada disso, mas vocês não pregam o amor, empatia e não sei mais o quê? - Perguntou constrangido, mais uma vez Tobias pegou no braço do Alex.

- Sim senhor, nós pregamos tudo isso e, por causa disso, não estamos aqui com a polícia e os direitos humanos na sua sala, não vamos fazer uma queixa crime contra o senhor na SEDUC, não vamos fazer uma denúncia contra essa escola no MEC. - Disse Tobias calmamente.

- Vocês não podem fazer nada disso! - Exclamou alterado.

- Na verdade senhor, podemos sim, o senhor não faz ideia da influência que tem o pai dele. - Respondeu Tobias sorrindo apontando para Alex. - Então, sim louve a Deus por sermos crentes.

A porta se abriu e aliviado o diretor respirou, os dois homens entreolharam-se antes de olharem na direção da porta, Alex não olhou para mãe, olhou diretamente para a garota de braços cruzados ao seu lado, o olhar dela estava direcionado a um ponto qualquer na parede à frente, ele se entristeceu por aquela menina, ali estava uma garota que queria ser punida, mas que tipo de punição ela estava procurando?

- Graças a Deus vereadora vocês chegaram, eles estão aguardando a senhora. - Disse se levantando.

- Onde o senhor pensa que vai? - Perguntou Tobias.

- Eu preciso resolver algumas coisas, vocês queriam falar com elas, elas estão aí.

- Eu acho que o senhor não entendeu, o problema é seu também e acredite-me no momento o senhor não tem nada mais urgente que essa situação para resolver. - Respondeu Tobias, o diretor encarou Alex com ódio.

- Seja rápido eu tenho mais o que fazer. - Disse a vereadora sentando-se ao lado de Alex, Erica ficou em pé perto da porta.

- O que a senhora pensa em fazer com a sua filha? - Perguntou Alex.

- Com a minha filha eu me entendo, e isso não é da sua conta. - Respondeu entredentes encarando-o.

- Engano seu senhora, ela agrediu a minha filha e elas estudam, na mesma escola e no mesmo horário então é da minha conta.

- Acalme-se Alex. - Pediu Tobias. - Senhora vereadora nós queremos que isso seja resolvido da melhor maneira possível, de modo que todos fiquem tranquilos e em paz, gostaríamos de saber se a senhora consegue manter a sua filha longe da Laila.

- E eu quero saber o que vai acontecer comigo. - Disse Erica de repente, a mãe a fuzilou com o olhar, ela a ignorou encarando Alex.

- O que você pensou que aconteceria contigo? - Perguntou Tobias.

- Não sei. Mais eu cometi um crime, não cometi? Eu devo ser punida por isso. - Alex e Tobias entreolharam-se.

- Cala essa boca! Se você acha que ainda não recebeu punição o suficiente ou posso providenciar mais algumas. - Gritou a mãe, a garota virou o rosto para o outro lado.

- Vamos acabar logo com isso. - Disse Alex endireitando-se na cadeira.

- Eu acho que nem a senhora e nem o senhor, - começou Tobias encarando a vereadora e o diretor, - não têm como nos garantir que aquele episódio lamentável volte a acontecer, assim sendo, nós traremos uma segurança para a Laila e a pequena Julia, não queremos mais nenhuma surpresa.

- Como assim segurança? - Perguntaram os dois adultos a garota caiu na risada.

- Sim, elas terão um tipo de guarda-costas. Não queremos prejudicar ninguém, então achamos por bem essa medida, assim evitamos problemas maiores para todo mundo. - Disse Tobias calmamente.

- Vocês não podem fazer isso! - Exclamou o diretor furioso se levantado. - Eu não vou aceitar uma pessoa estranha perambulando pela escola prejudicando meus alunos e ameaçando a segurança deles.

- Até porque não conhecemos essa pessoa que vocês querem contratar e isso pode colocar nossas crianças em perigo, como vereadora eu tenho que prezar pela segurança da minha filha e das outras crianças também. - Disse a vereadora toda arrogante, a menina estava em crise de riso.

- A senhora quer prezar pela segurança dos outros, contra o quê? - Perguntou Erica com os olhos cheios d'água, Alex ficou em dúvida se as lágrimas eram devido ao riso ou se o riso era por causa das lágrimas, definitivamente ela estava tendo uma crise histérica.

- Erica, - o diretor se aproximou da garota, - querida pode ir para a biblioteca se precisar de você aqui eu chamo. - Disse carinhosamente.

- Ela... - Começou a mãe.

- Ela já está atrasada. - Respondeu firme o diretor, Alex franziu a testa, até então ele pensara que era a vereadora que mandava por ali.

- Por isso que essa menina é do jeito que é. - Resmungou encarando-o. Alex teve a impressão que o olhar do diretor para a mulher fora de ameaça, pois ela abaixara a cabeça imediatamente, ele olhou para Tobias que de sobrancelha arqueada olhava de um para o outro.

- "Pelo menos não sou o único a achar que algo fede por aqui". - Pensou.

- Como eu disse vocês não podem simplesmente trazer uma pessoa estranha para dentro da escola. - Resmungou o diretor.

- Senhor diretor, eu acho melhor o senhor parar de dizer que nós não podemos fazer isso ou aquilo. - Disse Tobias abrindo sua pasta. - Aqui está o mandado judicial para que as duas menores tenham uma segurança durante o período em que estiverem na escola e, a qualquer outro lugar que forem sob a autoridade da escola.

Visivelmente perturbado o diretor pegou o papel da mão do advogado, a vereadora tomou o papel da mão dele.

- O que exatamente você pretende com isso. – A vereadora perguntou a Alex.

- Evitar que sua filha cometa uma loucura da qual ela se arrependa profundamente e me faça arrepender-me também.

- Você está ameaçando a minha filha? - Perguntou aproximando-se dele. - Ele olhou para Tobias sorrindo.

- Sério que foi só isso que a senhora filtrou? - Perguntou Tobias sacudindo a cabeça. - Não me surpreende que a filha seja do jeito que é.

- Chega! Já foi tudo resolvido, contrate a segurança e espero que isso seja mesmo uma boa ideia. - Disse o diretor revoltado e derrotado.

- Mais Fábio... - Resmungou a vereadora.

- Chega Francisca, isso já deu. Eu também estou preocupado com a Erica, e sinceramente acho que no momento isso é o melhor. Por favor, se vocês não tiverem mais nada para discutir comigo eu realmente tenho outras coisas para fazer.

- Já que tudo foi resolvido, - começou Tobias, - nós vamos deixar o senhor trabalhar, eu quero apenas entender uma coisa, o que a Erica faz na biblioteca?

- Ela fica meio período na biblioteca, a pedido da psicóloga para que ela se sinta produtiva. - Respondeu o diretor.

- Interessante! - Exclamou Tobias distraído. - Então até outro dia, diretor Fábio. - Disse estendo a mão ao homem que apertou aliviado.

- Como eles conseguiram essa ordem judicial tão rápido? - Eles ouviram a vereadora perguntar, antes de se afastarem, Tobias sorriu piscando.

- Obrigado por ter feito o pedido pela manhã. - Disse Alex. Quando ligara para Tobias dizendo o que havia acontecido, o senhor Henrique já havia pedido a ele para entrar com a petição.

- Só mesmo você para acreditar que seu pai ia ficar de braços cruzados depois do que houve sexta-feira. - Disse sacudindo a cabeça, Alex apenas sorriu.

Despediu-se do amigo e voltou para casa passou o resto do dia com as filhas e, mais uma vez Laura ficou responsável pela loja.

Naquela noite ele não estava tão mal quanto ficara pela manhã ao ver a filha naquela maca, na verdade estava bem, ter um plano de ação acalmava seu coração, no dia seguinte seu pai lhe mandaria algumas candidatas para segurança delas, isso já estava resolvido, mas quando ela atendeu sua ligação, ele quis chorar e todo seu alto controle foi para o espaço, ele não saberia dizer se fora o modo como ela atendera ao telefone ou se todo o stress do dia, mas o que ele queria mesmo era contar a ela todas as suas dores e frustrações, chorar como a criança que ele estava se sentindo naquele momento. Conforme ela falava mais ele queria falar, e no momento em as palavras iam saindo de sua boca ouviu o grito de Laila.

- Desculpe-me Jem, minha filha está tendo um pesadelo, eu te ligo depois. - Desesperado desligou correndo para o quarto da filha.

- Filha! - Ela chorava encolhida na cama. Ele aproximou-se a abraçou.

- Eu tive um sonho horrível, eu encontrava a Erica enforcada no banheiro da escola e estava escrito no espelho que ninguém nunca a amou e nem quis enxerga-la de verdade, só enxergaram as mentiras. Papai qual é o problema dela?

- Não sei meu amor, mas se for a Vontade de Deus que nós a ajudemos, nós a ajudaremos. Não fique pensando nisso, foi só um sonho ruim por causa dos acontecimentos dos últimos dias. - Disse deitando-a em seu ombro. - Tente dormir novamente.

- Meu Deus e Amado Pai, que seja apenas isso mesmo, qualquer tentativa de suicídio que há no coração da Erica que o Senhor derrube por terra, coloque pessoas no caminho dela que possa ajuda-la, no Nome de Jesus, não deixe que essa alma se perca por não ter quem a ajude. - Pediu Laila, orgulhoso Alex passou a mão na cabeça da filha.

- "Que a Sua Vontade se cumpra na vida de todos nós, no nome do Seu Filho Unigênito, faça de todos nós vasos de honra". - Pensou ninando a filha.

A filha dormiu, ele voltou para seu quarto Jemima havia lhe mandado uma mensagem respondeu e cansado se jogou na cama. Acordou antes de o celular despertar, foi ao quarto das meninas ambas ainda dormia, como elas não iriam à aula naquela manhã ele desligou o alarme delas; fez seu devocional e foi para a cozinha era estranho aquele silêncio, geralmente elas já estavam lá quando ele chegava, suspirando fez café e sentou tomando uma xícara fumegante, o celular na mão sentiu-o vibrar, uma mensagem de Jemima.

'Bom dia. Tudo bem com as meninas? Qual delas teve pesadelos?'

Ficou parado com a xícara perto da boca, sacudiu a cabeça e ligou.

- Oi. - Ela atendeu no primeiro toque ele sorriu com o coração acelerado.

- Oi amor da minha vida... - Disse sorrindo e feliz pelo simples prazer de estar falando com ela.

- UAU! - Exclamou gargalhando. - Você me parece bem.

- Graças a Deus estou mesmo, desculpe-me por esses dias, têm sido complicados. E ontem foi um dia muito difícil para a Laila e ela teve um pesadelo com a colega que causa problemas na escola, mas eu creio que as coisas irão melhorar.

- Eu tenho certeza que sim. - Ele encostou olhando o sol nascer ansiando pelo dia que poderia fazer isso ao lado dela.

Passou amanhã entrevistando possíveis seguranças para as filhas, finalmente perto do meio dia encontrou aquela que se encaixava nas suas expectativas, depois do almoço foi à loja com as filhas, Laila queria comprar uma cesta de chocolates para a médica que a atendera e ele estava ansioso para conhecê-la, ela ajudara a filha de uma maneira fantástica queria agradece-la pessoalmente. Tentou desiludir a filha dessa ideia não sabia se uma médica iria gostar de receber uma cesta de chocolate.

- Filha! Flores são lindas e todo mundo gosta. - Disse.

- Papai flores é um gasto desnecessário, são bonitas, mas murcham e ficam feias. - Disse a menina decidida.

- E ainda não é gostoso. - Emendou Julia sorrindo, ele gargalhou.

- Quero só vê se quando vocês ficarem moça ainda irão achar flores um gasto desnecessário e insipido. - Disse ainda rindo. - "Espero também que esse tempo demore a chegar". - Pensou intrigado, só lhe faltava ser um homem ciumento e rabugento.

No meio da tarde deixara Laura e fora com as filhas montar a tal cesta, antes de sair mandou uma mensagem para Jemima, sorriu com a resposta dela, bem a cara dela.

'Sim, nós médicos também temos nossos momentos de estragar com a saúde'.

Mais tranquilo saiu tão empolgado quanto elas. Mandou fazer uma cesta com tudo que a filha escolhesse, ela também escolheu uma caneca.

- Minha filha, nós não sabemos se ela toma café, chá...

- Papai alguma coisa ela toma, além disso, também não sabemos quais chocolates ela gosta ou talvez o senhor tenha razão e ela preza muito pela saúde dela e nem goste de guloseimas, mas acredite-me ela vai ficar feliz.

- Querida como você pode ter tanta certeza disso? - Perguntou preocupado.

- Ela é gentil e atenciosa, o senhor vai entender quando a conhecer. - Ele ia responder, Laura ligou.

O contador estava na loja e precisava falar com ele com urgência, desapontada Laila queria que o pai fosse antes à Unidade de Saúde com ela, ele prometera que outro dia conheceria a médica naquele momento Laura iria com ela.

Naquela noite Jemima lhe ligara antes de ir ao culto, se falaram rapidamente, pois ela precisava ir à igreja, dormira mal na noite anterior, mal deitara já estava dormindo, assustou-se com o celular tocando, atendeu no automático, sem olhar quem era.

- Oi. - Atendeu sonolento.

- Desculpe-me pela hora... - Disse baixo.

- Jemima? O que aconteceu? - Perguntou preocupado.

Continua...

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