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18 - O coração do homem é enganoso.

Jemima esperava por Alex ansiosamente, dessa vez ele pediu para vê-la na sorveteria deixando-a apreensiva, chegou antes do combinado, nos últimos anos só se encontraram às escondidas o que dera nele para querer encontra-la em público? Será que ele decidira dizer à família que eram namorados e se amavam? Essas eram algumas das perguntas que povoavam sua mente, obviamente que os pensamentos na maioria das vezes estejam bem longe da realidade.

- Bom dia. - Cumprimentou ele friamente assustando-a, distraída com seus pensamentos não o vira chegar.

Ele puxou a cadeira e sentou, sem ao menos olhar nos olhos dela, toda a alegria se esvaiu de seu coração dando espaço a um enorme vazio.

- "Eu acho que fantasiei um pouquinho as coisas, no final das contas tornei-me uma tola romântica". - Pensou suspirando. - Bom dia. - Respondeu tensa.

Observando bem ele não parecia estar em seu melhor momento, estava com olheiras e parecia cansado, o jeito rígido a fez lembrar-se de quando ele a visitou na faculdade, franziu a testa preocupada e temerosa do que ele poderia lhe dizer.

- Você está bem? - Perguntou atenta.

- Não. - Respondeu passando as mãos na cabeça olhando para os lados. - Quer um sorvete?

- Não, quero saber o que está acontecendo. - Resmungou cruzando os braços, ele respirou profundamente.

- Você sabe o quanto eu te amo, não sabe? - Perguntou com os olhos marejados.

- "Eu já não sei mais é de nada!". - Pensou frustrada encarando-o, seu coração acelerado, independente daquela pose de homem frio e indiferente ele ainda a amava, e o mais ridículo é que ela acreditava mesmo nisso. - Eu sei, mas...?

- Eu vou ter um filho... - Ela levantou derrubando a cadeira, obviamente havia pensado nessa possibilidade e orara a Deus fervorosamente para que isso não acontecesse e mais uma vez Deus não a ouvira, frustrada tentava inutilmente não chorar.

- Boa sorte para vocês. - Disse saindo rápido, ele foi atrás dela puxando-a pelo braço.

- Eu não planejei nada disso, você sabe quais eram os meus sonhos e não era um filho e menos ainda com uma mulher que não fosse você! - Disse exasperado. - Tudo o que eu queria era me casar com você e ser feliz para sempre ao seu lado.

- E agora você vai casar com outra e ser feliz ao lado dela. - Disse rouca tentando conter as lágrimas, ela o conhecia o suficiente para saber que fora isso o que ele viera fazer, dizer-lhe que iria casar com a mãe do seu filho, sentiu um amargo em sua boca, se não saísse logo dali vomitaria aos pés dele.

- Eu lamento por isso, mas eu não posso deixá-la sozinha à própria sorte, como o seu irmão fez com a minha irmã.

A raiva momentânea fez com que as lágrimas secassem, e a vontade de vomitar foi substituída por uma vontade imensa de socar a cara dele; jogo baixo envolver os irmãos nessa discursão, ele sabia que esse assunto era delicado para ambos, as duas famílias sofriam com a ausência dos filhos e eles precisaram aprender a viver com os irmãos distantes, sentindo saudades e só os vendo em férias, naquele momento ela queria muito ter o irmão mais novo do seu lado.

- Não envolva o meu irmão ou a sua irmã nessa conversa, eles eram crianças e imaturos o que não é o caso de vocês e, além disso, os nossos pais se meteram e tomaram as decisões que eles deveriam ter tomado mesmo sendo tão imaturos e tolos.

- Você sabe que seu irmão nunca teve a intenção de ficar com a minha irmã, ele a abandonou no momento em que ela disse que estava grávida.

- Ah, pelo amor de Deus! Sério que você quer voltar ao assunto Pedro e Ariane? Eles eram namorados, e meu irmão só não está fazendo parte da vida da sua irmã e do filho ou filha deles, por que ela não permitiu.

- Muito cômodo para ele não? E o que você quer que eu faça? Que eu repita a experiência do seu irmão? Quem sabe a Valéria também não some no mundo com o meu filho! - Retrucou alterado.

- Não quero que você deixe ninguém, eu queria que você não tivesse transado com ela. - Gritou furiosamente chamando a atenção das pessoas, constrangida abaixou o tom de voz. - Você acabou com a gente, com os sonhos que sonhamos juntos, por um momento de prazer, boa vida para você e sua nova companheira e, por favor, não me dirija nunca mais a palavra.

Saiu correndo, lembrando-se que havia ido de bicicleta ao chegar à casa dos pais, estranho como depois de um tempo longe de casa, ela não parece mais sua, para seu alivio não encontrou com ninguém, entrando direto para o quarto jogou-se na cama chorando compulsivamente.

Assustou-se com a campainha estridente, jogou o travesseiro na cabeça, o barulho persistia em atormentar seus ouvidos, furiosamente levantou-se reclamando mal-humorada abriu a porta e seu coração deu um salto.

- "Coração fique na sua, ele não faz mais parte das nossas vidas, aquele coração agora está em outra". - Pensou sarcástica. - O que você está fazendo aqui? - Perguntou mal-humorada.

- Você esqueceu a bicicleta. - Respondeu gentilmente.

- Não precisava vir até aqui, eu buscava depois, você sabe que o Caio sempre guarda para mim quando eu deixo lá. - Respondeu bruscamente.

- Eu sei, mas eu me ofereci para trazer. - Disse ignorando a agressividade dela. - Cadê o cadeado? Você não costuma deixa-la destrancada.

- "Mais é nunca que eu vou falar que estava tão ansiosa para te ver que esqueci o cadeado". - Pensou. - Não é da sua conta! Mais alguma coisa? - Perguntou puxando a bicicleta.

- Não. - Sussurrou derrotado, ela sentiu uma dor aguda no peito, mas não havia nada mais que ela pudesse fazer a não ser tira-lo o mais rápido possível da sua vida.

- Ótimo! Adeus Alex. - Despediu-se batendo o portão, encostou abaixou-se com a cabeça nos joelhos e chorou compulsivamente.

Naquela noite ela tomou a decisão que levou sua vida para um rumo que ela jamais imaginara, deveria ter lembrado que os planos nascem no coração do homem, mas serão destrutivos se não tiveram a bênção de Deus.

- Eu vou para o congresso nacional de jovens. - Comunicou à mesa durante o jantar, o pai sorriu de orelha a orelha.

- Você não queria ir, o que aconteceu? - Perguntou André franzindo a testa.

- Ainda bem que você decidiu ir, vocês também deveria ir. - Retrucou o pai. - Não sei qual o problema com vocês, ninguém mais quer fazer as programações da igreja.

- Já tenho compromisso. - Respondeu os três em uníssono fazendo-os sorrir e os pais fecharem a cara.

- Vocês pensam o quê? Que porque cresceram não precisam mais de Deus? - Perguntou o pai se levantando. - Vou preparar a sua inscrição minha filha, e orar por vocês. - Disse dirigindo um olhar fulminante aos filhos.

- O pastor tem razão, vocês não estão levando as coisas a sério; eu sei que os interesses de vocês mudaram mais Deus continua sendo Deus independente da idade que vocês tenham ou de qual universidade vocês estejam cursando. - Replicou a mãe.

- Ninguém está abandonando Deus ou deixando de leva-lo a sério, apenas não queremos ir a este congresso que na verdade não nos acrescenta tanta coisa assim. - Disse João.

- Você precisa ter cuidado com o que fala não se esqueça de que você quer ser pastor. - Lembrou a mãe.

- Com licença. - Disse Jemima levantando-se. - Vou ajudar meu pai.

Não saíra de casa até o dia do congresso, não queria correr o risco de ver o Alex, e assim fora para o congresso de coração partido, sabia que os irmãos tinham razão aquele congresso não iria lhe acrescentar nada, não que ela não acreditasse nos preletores ou nos planos de Deus para aquele lugar, mas porque ela estava ferida demais e o único motivo de ela querer ir, era sair de casa sem despertar a curiosidade dos pais, decidira que de lá voltaria para a faculdade, ainda que as férias ainda não tivessem acabado, inventaria qualquer desculpa para os pais.

- Oi. - Cumprimentou alguém ao seu lado.

- Oi. - Respondeu sem olhar, sentiu a pessoa sentar e fungou. - "Qual o problema dessas pessoas que não compreendem quando a outra quer ficar sozinha?". - Pensou irritada.

Haviam feito uma fogueira e tocavam e cantavam, e ela sentou-se um pouco afastada não queria fazer parte daquilo, havia esquecido o quanto cobravam de filhos de pastores nesses eventos, aliás, em qualquer situação.

- Você veio aqui pela Palavra de Deus ou para fugir de uma paixão platônica? - Perguntou bem-humorado e ela perguntou-se se era tão transparente assim para um estranho, optando por não responder, ela já tinha muito pelo que acertar-se com Deus, não queria acrescentar ignorância já na vasta lista de delitos.

- E você por que não está com os outros? Não sei se você me compreendeu, mas eu não estou com os outros porque quero ficar sozinha. - Disse olhando para o homem ao seu lado, surpreendendo-se ao ver o bonitão que estava deixando a mulherada toda alvoroçada desde que chegaram.

- Eu também quero ficar um pouco sozinho, e você fala pouco. - Ela sorriu da maneira despretensiosa dele.

- Isso só prova que você não me conhece, definitivamente eu não falo pouco.

- Logo, a minha teoria está certa, você está curtindo uma paixão platônica, por isso essa tristeza, não se alimenta direito, não participa das atividades por livre e espontânea vontade, sempre imaginei que deveria ser muito bom ser filho de pastor, mas depois de conhecer você eu acho que não deva ser tão bom assim. - Disse divertido, ela deu um sorriso torto.

- Não é que seja ruim ser filho de pastor, o problema é que as pessoas esperam demais da gente, todo mundo pode fazer coisas erradas menos os filhos dos pastores, não lembram que somos pessoas como todas as outras, temos medo, desejos, pecamos como todo mundo, sinceramente? Gostaria de ser especial ou diferente e nunca fazer nada de errado, mas infelizmente não sou nada assim, atualmente, por exemplo, os meus sentimentos são os piores que alguém pode ter.

- Eu acho que você é muito especial. - Sussurrou olhando-a nos olhos e ela sentiu-se em paz como não sentira desde o momento em que Alex lhe dissera que transara com Valéria.

- Não sou não, mas fico feliz que alguém me ache especial, eu sou Jemima e você? - Perguntou estendendo-lhe a mão.

- Eu sou Bruno, é um prazer conhecê-la Jemima, 'tão formosa quanto a filha de Jó'. - Apertou-lhe a mão com um sorriso que aquecia a alma, era a primeira vez que alguém mencionava a filha de Jó ao ouvir seu nome, e ela sentiu-se formosa como aquela que lhe inspirara nome, sorriu verdadeiramente como há dias não fazia.

Os dois não se separaram mais, depois daquele momento pareciam velhos amigos de infância e por um fim de semana ela acreditou que haveria uma vida após o Alex, trocaram números de telefones e se despediram como bons amigos.

Os pais compreenderam que ela precisasse estudar e aceitaram que ela voltasse para Araguaína sem voltar para casa depois do congresso e não estranharam quando a filha não voltou em nenhum dos outros dias de férias, os irmãos, no entanto não aceitaram muito bem, eles já tinham um irmão que mantinha distância deles e não queriam que acontecesse o mesmo com sua irmãzinha, mas ela os convenceu de que estava tudo bem e só estava apertada com os estudos.

Ela não soube mais noticia do Alex, até o dia em que Felipe lhe dissera que ele estava de casamento marcado, uma coisa era saber que ele iria casar, outra era ter uma data tão próxima, compreendia que uma gravidez inesperada levasse a um casamento relâmpago, mas precisava mesmo ser tão rápido!

Em um momento de pura insanidade, ela se armou de coragem e foi atrás dele, era sua última chance de fazer qualquer coisa por um amor que ela acreditara que seria para sempre, ela sonhara com esse amor, sonhara em se casar com ele, em ter a tão esperada primeira vez com ele, e ele iria viver tudo aquilo com outra, ela perdera tudo não lhe sobrara nada, olhou-se no espelho, emagrecera e estava com profundas olheiras, voltara a usar as tranças do tempo da adolescência e as roupas largadas que faziam com que ela se parecesse com um garoto.

- Meu Deus o que eu vou fazer lá? Ele fez uma escolha e eu devo respeitar a escolha dele. - Disse a si mesma. - Eu só quero vê-lo mais uma vez, me despedir dele de maneira correta e não com aquela grosseria toda, não tem nada demais nisso, eu deveria ter sido mais simpática quando ele fora à minha casa. - Justificou-se, e assim arrumou as malas e partiu para Campinas.

Hospedou-se em um hotel e foi à faculdade atrás dele, não foi difícil encontra-lo surpreendeu-se com o fato de ele ser tão conhecido, indicaram-lhe a biblioteca e timidamente fora ao seu encontro.

Respirou profundamente ao vê-lo e mais uma vez se perguntou o que de fato estava fazendo ali, ficou parada olhando-o, daquela distancia parecia que ele ainda estava mais magro que a última vez em que o vira, como se sentisse a presença dela ele levantou a cabeça olhando diretamente em seus olhos, visivelmente surpreso ele levantou-se rápido indo em direção a ela, suspirando ela saiu do transe indo encontra-lo.

Pararam de frente um para o outro em silêncio, ambos sem saber o que fazer ou dizer e como se seus corpos tivessem vontade própria se abraçaram com os olhos cheios d'agua, continuaram em silêncio, até ser quebrado por uma voz feminina.

- Quem é essa garota Alex? Sua irmã? - Ele afastou corado, constrangida Jemima cruzou os braços abaixando a cabeça imaginando ser Valéria.

- Não é minha irmã, ela é uma amiga, algum problema? - Perguntou irritado, Jemima o encarou e ele deu de ombros, ela olhou para a moça que a encarava com desprezo fazendo-a sentir-se diminuída.

- Nenhum problema! Só não se esqueça de que você casa em três dias e eu não quero desperdiçar o meu look de madrinha da noiva. - Disse desdenhosamente se afastando.

- Desculpe-me! Não pensei que poderia te causar problemas, aliás, eu não pensei em nada, só me arrumei e vim para cá. - Disse envergonhada.

- Não se preocupe! Ela é a colega de quarto da Valéria, as duas se tornaram amigas. - Respondeu calmamente puxando-a pela mão até à mesa onde estava. - O que você veio fazer aqui? - Perguntou puxando a cadeira para ela.

- Você está muito ocupado? - Perguntou olhando para os livros.

- Não. Por quê?

- Podemos conversar em outro lugar? - Perguntou constrangida.

- Claro! - Respondeu pegando os livros. - Podemos ir à republica ou você prefere outro lugar?

- Podemos ir ao hotel? Não quero as pessoas me olhando atravessado por que eu estou com o noivo de outra mulher, mesmo que elas tenham motivos para isso. - Disse abaixando a cabeça.

- Perdoe-me por coloca-la nessa situação. - Disse pegando em seu queixo e levantando o rosto dela delicadamente.

- Eu estou me colocando nessa situação, não é culpa sua que eu tenha vindo atrás de você às vésperas do seu casamento. - Tornou a cruzar os braços olhando as pessoas que passavam. - Fiquei surpresa quando me disseram que você estava aqui, não deveria estar com a sua noiva? - Ele sorriu, ela percebeu que seus olhos sempre tão brilhantes estavam opacos e frios, e não correspondiam ao sorriso.

- Se eu estivesse com ela você não iria me encontrar, não sei se você sabe mais o casamento não é aqui.

- Sim eu sei. Como eu disse, não pensei muito antes de vir para cá, eu apenas tomei uma decisão sem pensar nos prós ou contras. – Sussurrou ainda mais constrangida, passou as mãos suadas nas pernas da calça.

- Entendo. - Disse distraído. - Ela fora na frente para os preparativos eu tinha algumas coisa para resolver aqui. O que você quer exatamente Jem? - Perguntou encarando-a, e naquele momento seus olhos castanhos dourados brilhavam com a mesma intensidade de quando o conhecera, a frieza havia desaparecido, e a saudade invadiu seu coração, ela sentiu falta de ar fechando os olhos respirou profundamente, ele se aproximou preocupado.

- Você está bem? - Ela assentiu.

- Eu queria te ver pela última vez. Você pode ir comigo até o hotel, por favor! - Ele assentiu e fez sinal para ela ir à frente.

No quarto de hotel eles não sabiam o que fazer e curiosamente ela se aproximou e tocou levemente em uma cicatriz abaixo do olho, ela não a conhecia.

- Como você conseguiu isso? - Perguntou curiosa, ouve um tempo em que ela conhecia cada detalhe daquele rosto, em menos de dois meses, ele já marca que ela não sabia, cruzou os braços sentindo-se fora deslocada mais uma vez.

- O ex-namorado da Valéria veio tomar satisfação por eu ter engravidado a namorada dele. - Respondeu sem pensar.

- Ele te agrediu? - Perguntou de olhos arregalados. - "Por acaso você a engravidou sozinho?" - Pensou furiosa, sorrindo triste ao lembrar-se que ele não precisava que ela o defendesse.

- Eu mereci. - Disse se afastando.

- Tem outro motivo para estar casando com ela que não seja essa gravidez? - Perguntou em um acesso de ciúme.

- É melhor deixarmos esse assunto para lá, eu vou me casar e pronto.

- Você acha certo casar com uma mulher apenas porque ela está grávida? Mulher nenhuma merece isso, todas nós merecemos ser amada pelos nossos futuros maridos.

- Jem eu não quero falar sobre isso com você, por favor, não quero falar coisas que possam te magoar ou magoa-la.

- Isso não é justo! - Disse quase à beira da histeria.

- O que não é justo é você vir aqui às vésperas do meu casamento me atormentar, droga! O que você pensa que está fazendo? Acha que tudo isso é fácil para mim? Ter que escolher o que é certo e o que eu mais desejo nessa vida? O que você quer de mim? - Perguntou exasperado.

- Que você confesse que sente minha falta tanto quanto eu sinto a sua! Que se arrepende de ter transado com ela, que ainda gostaria de ser o meu primeiro! - Gritou arrependendo-se imediatamente ao ver a dor no olhar dele, ele estava certo, o que ela estava fazendo, além de atormentar aos dois? - Você não é obrigado a casar com ela...

- Eu não vou deixa-la sozinha por um erro que não é apenas dela. - Sussurrou entristecido.

- Você tirou tudo de mim, todos os sonhos que você infiltrou na minha cabeça, sabia que até eu te conhecer eu jamais havia pensado em namorar ou em como seria a minha primeira vez? - Ele se aproximou dela pegando seu rosto com as mãos.

- Perdoe-me por ter feito isso contigo, eu sei que sonhamos juntos e sou a pior pessoa dessa terra por ter destruído tudo o que sonhamos. - Disse com os olhos marejados.

- Eu sonhei que você seria o meu primeiro, ainda posso ter isso, eu mereço pelo menos essa compensação. - Disse tocando os lábios dele.

- Não diga isso nem de brincadeira! - Disse segurando as mãos dela. - Eu me caso daqui a três dias. - Disse tremendo.

- E daí? Você me traiu com ela primeiro, eu só estou reivindicando algo que você me prometeu. - Disse aproximando-se.

- Jem! - Disse rouco. - Por favor, não faça isso.

- Uma única vez Alex, eu nunca mais vou te procurar, eu prometo. - Disse com as lágrimas molhando o rosto.

- Não posso fazer isso, se acontecer dessa forma você vai se arrepender e me odiar ainda mais. - Ela deu um passo para trás.

- Você não quer ter esse tipo de lembrança de mim? Não quer ser o meu primeiro? Não me deseja o suficiente? Não sou tão feminina. - Afirmou por fim, lembrando-se que estava de trança, macacão jeans e nenhum tipo de maquiagem, nem mesmo um batom, exatamente como era na adolescência insípida e sem graça como os garotos a chamavam.

Envergonhada tentou se afastar, ele ainda segurando suas mãos impediu-a de se afastar e as lágrimas também molhavam seu rosto, e ela se arrependeu profundamente por ter sido tão irresponsável e vindo atrás dele.

- Você é a mulher mais linda e desejável que eu já conheci na minha vida, nunca duvide disso. Eu não posso fazer amor com você porque você merece muito mais que o noivo de outra mulher, mesmo que este noivo em questão te ame mais que tudo nesta vida.

- Se você me ama e me deseja me deixa escolher o que eu mereço, faz amor comigo uma única vez. - Pediu se aproximando tocando seu corpo no dele.

- Jem...

- Por favor... - Ele engoliu seco e ela o beijou.

Não foi uma única vez como ela pensara, entre um ato e outro de amor ela pedira que ele não se casasse mesmo sabendo que a resposta seria negativa como realmente fora, o dia estava quase amanhecendo quando eles finalmente dormiram, ela teve pesadelos em que era apedrejada por ter tirado o noivo de outra mulher, acordou assustada e chorando.

- "O que definitivamente não é justo antes dele ser da outra era meu!". - Pensou controlando o choro para não acorda-lo.

Por alguns minutos ela ficou ali sentada olhando-o dormir, tão lindo e sereno, não tinha a menor dúvida de que ele seria um excelente marido e pai, Valéria no fim das contas era uma mulher de muita sorte.

- Desejo sinceramente que ela te faça feliz. - Disse com os olhos cheios d'agua beijou o canto de sua boca e foi arrumar suas coisas.

Chorou no banheiro de tristeza, de raiva, e tentou buscar em seu coração o arrependimento por ter feito amor com o noivo de outra, mas só pensava que ele era dela, por anos ela se guardou para aquele momento, esgotada de chorar saiu do banheiro, pronta para enfrentar o que aquilo lhe trouxesse de consequência. Já pronta para voltar à vida real, tocou rosto amado pela última vez.

- Seja feliz e não olhe para trás, eu sempre vou te amar, mas vou orar a Deus para que você deixe de me amar e a ame para a sua felicidade. Eu te amo meu amor. - Tornou a beija-lo e saiu do quarto, fechou a conta pagando mais uma diária para que não o incomodassem e chorou todo o caminho de volta.

Faltou aula o resto da semana, não tinha nenhuma condição de sair do quarto, ora chorava, ora ria histérica, no sábado ela recebeu uma ligação, quando a chamaram ela correu ao orelhão da república crente de que seria ele, talvez ele tivesse mudado de ideia, não lhe passou pela cabeça que poderia ser a família e menos ainda que pudesse ser quem era.

- Alô! - Atendeu empolgada.

- Oi Jemima! Graças a Deus que você atendeu, já estava pensando que você não queria me atender. Tudo bem com você? - Ela fechou os olhos ao reconhecer a voz, mas perguntou apenas para ter certeza.

- Quem, quem está falando? - Perguntou corada.

- Desculpe-me! É o Bruno, tem um tempinho para mim?

Naquele momento aquela ligação lhe pareceu providencial, e como pensara no congresso voltou a pensar que talvez houvesse sim uma vida após o Alex, ela só precisaria fazer como ele e seguir em frente.

- Oi Bruno, eu tenho todo o tempo que você precisar. - Respondeu forçando um sorriso.

Continua...

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