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16 - Apeguemo-nos com firmeza à esperança.

Jemima e o senhor Henrique chegaram ao restaurante faltando cinco minutos para o horário combinado e Bruno já a esperava. Ela sentiu um medo irracional invadir seu peito e automaticamente apertou a mão do homem ao seu lado, sorriu sacudindo a cabeça, ironicamente estava apertando a mão do homem que indiretamente a jogara para os braços daquele que um dia acreditou ser a resposta de suas orações e agora lhe arremetia os piores horrores, o senhor Henrique apertou sua mão.

- Não tenha medo, ele não pode mais te machucar. – Disse carinhosamente. – Tem certeza que quer falar com ele sozinha? Como seu advogado eu posso acompanha-la. – Disse pela milionésima vez desde que haviam marcado esse encontro.

Na verdade, ela pensara que só iria encontrar o ex-marido no tribunal, foi uma surpresa quando soube que ele queria falar com ela e desejou sinceramente recusar, mas vivera com esse homem por anos merecia olhar nos olhos dele e dizer que finalmente conseguia ver a si mesma e a ele como realmente eram.

Depois que o senhor Henrique e Patrick o visitaram, ele voltou a ligar para ela e como tudo o que ela queria dizer a ele havia pedido ao seu advogado para falar achou por bem não atender, assim ele começou a ligar de outros números e para acabar com o transtorno ela mudou de número e quando o senhor Henrique disse que ele queria falar pessoalmente com ela sem a presença da família dela, o próprio advogado a aconselhara não atender tal pedido e quase aceitou o conselho, mas no último instante decidira acabar logo com aquilo, não continuaria prisioneira daquele ser, e com a condição de que o advogado a acompanharia concordou com o encontro.

- Já conversamos sobre isso e concordei que o senhor me acompanhasse. Vai dar tudo certo, como o senhor disse, ele não pode mais me machucar. – Disse sorrindo soltando sua mão e seguindo sozinha.

O olhar de Bruno em sua direção era faiscante ao mesmo tempo em que gelado, se ele pudesse a arrastaria daquele lugar pelos cabelos, ela não tinha a menor dúvida quanto a isso.

- "Meu Deus me ajuda!" – Pensou nervosa respirando fundo. - Bom dia Bruno. – Cumprimentou.

- Bom dia Jemima. – Respondeu tenso. – Por que você está fazendo isso comigo? - Perguntou furioso mudando radicalmente as feições.

- O que eu estou fazendo contigo? – Perguntou sentando sentindo-se estranhamente calma e segura.

- Você quer anular o nosso casamento, nem se importou em conversar comigo! – Resmungou choroso.

- Sério? Que você está reclamando comigo porque eu não conversei contigo sobre a sua hipocrisia?

- Nunca fui hipócrita contigo, eu me apaixonei e não posso viver sem você, o que será da minha vida sem você? Você não faz nem ideia do que é a minha vida...

- O nosso casamento não é valido, o casal que por anos eu achei que fossem meus sogros são atores! Como você acha que eu me senti descobrindo o quanto eu fui tola e ridícula?

- Você não sabe o que é viver com aquela mulher... – Começou exasperado. – Você não sabe o inferno que é a minha vida.

- E nem quero saber, até porque eu sei o que é viver contigo, eu sei o inferno em que você tornou a minha vida, eu sei o que eu deixei que você fizesse comigo, lamento, mais não me interessa os seus dramas, eu quero apenas me ver livre do trauma que é ter você na minha vida, como isso será feito só depende de você.

- O que você quer dizer com isso? - Perguntou com os olhos brilhando, inconscientemente ela se encolheu temendo que ele a agredisse.

- Eu quero a anulação do casamento é um direito meu e eu não abro mão dele, agora como isso acontecerá se de maneira pacifica e com o menor número possível de gente sabendo do quanto você é falso e mentiroso só depende de você, não me interessa passar atestado de tola, mas não me importo se precisar fazê-lo. – Disse tremendo.

- Jemima... - Começou calmamente. - Eu ia me divorciar dela e ficar apenas contigo, mas você começou a me provocar e despertou em mim uma pessoa que eu não conhecia você sabe que eu jamais quis te machucar e jamais teria feito isso se você não tivesse me dado motivos para tanto.

Ela se perguntou como um dia pode pensar que era responsável pelas agressões que sofria que tipo de doente maltrata alguém e ainda a induz a crer que é culpada por aquilo, sentiu um calafrio ao lembrar-se das vezes em que foi agredida e pediu desculpas, sentiu os olhos arderem e fechou-os fortemente, recusava-se a chorar na frente dessa criatura.

- Bruno, por favor! Não vou discutir contigo os seus problemas psicológicos ou os meus, eu estou buscando a cura e espero sinceramente que você faça o mesmo, no momento eu só quero que você não dificulte ainda mais essa situação para nenhum de nós dois. – Disse inquieta olhando para os lados, tentando se controlar para não falar tudo o que estava engasgado em sua garganta. - Diga-me a sua esposa sabe sobre mim? O que ela fará se receber uma intimação para testemunhar a meu favor? – Ele ficou amarelo diante de tais perguntas e pela primeira vez ela se perguntou que tipo de casamento ele teria, o que ele queria dizer com a vida dele ser um inferno.

- Por favor, a deixa de fora disso. - Disse em pânico.

- Então assina a anulação do casamento. – Respondeu prontamente.

- As pessoas perguntarão por que vamos anular o casamento ao invés de nos divorciar.

- Não se preocupe com isso, apenas assine e esqueça que um dia tivemos o desprazer de nos conhecermos.

- Eu te a...

- Nem ouse. – Retrucou levantando-se.

- Não vá, eu ainda não te expliquei porque eu fiz isso, por que escondi que era casado você precisa saber.

- Eu não preciso saber de nada, você teve várias oportunidades de me dizer e não disse agora que eu sei a verdade não preciso ouvir suas mentiras nunca mais.

- Jemima eu não posso ficar com a dívida do caminhão... – Ela sorriu cinicamente calando-o.

- Agora sim estamos nos entendendo. Esse é o verdadeiro motivo de você querer falar comigo pessoalmente. – Disse voltando a sentar. – O que exatamente você quer de mim?

- Você fica com a casa e o carro e continua pagando o caminhão falta pouco. – Ela gargalhou.

- Você está esquecendo querido que tanto a casa quanto o carro, também fui eu quem pagou, e louvo a Deus diariamente por não ter feito o empréstimo do caminhão no meu nome, você se recorda que foi exigência sua de que eu não tivesse nenhum vinculo com essa compra? – Perguntou irônica, sentindo-se realmente feliz por isso.

- Mais você concordou em pagar. – Disse abaixando a cabeça.

- Sim, e eu paguei enquanto estávamos juntos já não tenho nada haver com essa dívida, não quero aquela casa por isso concordei em vendê-la e dividirmos o dinheiro, agradeça a Deus por isso e por eu não querer o dinheiro que eu investi no caminhão.

- Então vamos vender o carro também, o dinheiro da casa não dá para quitar o caminhão...

- Você é mesmo muito cínico não! Sem chance meu caro, o meu advogado discorda da venda da casa, então não queira dar um passo maior que a sua perna que você pode ficar sem nada. – Disse séria.

- Eu tenho os meus direitos...

- Então lute por eles. – Levantou-se. – E, por favor, não me obrigue a lutar pelos meus.

- Jemima! Ainda não acabei contigo. – Gritou, ela sentiu o coração acelerar, as mãos suarem e a boca ficar seca.

- "Continue andando, não olhe para trás, não precisa ter medo, isso é coisa do passado". - Pensou o ignorando.

Com esforço sobre-humano, pois suas pernas pesavam conforme seu coração acelerava, continuou a andar mais não rápido o bastante, ele agarrou-a pelo braço puxando-a violentamente fazendo-a perder o equilíbrio, instantaneamente ela se encolheu de olhos fechados, sentiu alguém a puxando e a levantando mantendo-a afastada dele, seus olhos ardiam devido às lágrimas de tristeza e humilhação, ergueu a cabeça para ver quem a amparava, o senhor Henrique falava alguma coisa que ela não compreendia, tentou concentrar-se no que ele dizia.

- Se você não é capaz de manter a sua palavra, eu encontrarei outra maneira de proteger a minha cliente. - Disse ele entredentes.

- Do que o senhor está falando? Eu cumpri com a minha palavra, ela que gosta de me tirar do sério, ela está me tirando tudo e o senhor quer que eu fique de boa?

- Se você voltar a incomoda-la eu a convencerei a te por na prisão. – Visivelmente furioso Bruno abaixou a cabeça.

- Eu não vou mais me aproximar dela, o senhor prepara os papéis que eu preciso assinar. - Disse ressentido.

- Você sabe que assim é melhor para todo mundo, eu expliquei para você e não quero repetir, passe muito senhor Bruno.

- Adeus Jemima. - Despediu-se triste, ela não respondeu engasgada pelas lágrimas.

- Sinto muito em não ter sido rápido o bastante querida. – Disse o senhor Henrique acompanhando-a até o carro, ela encarou-o com a visão embaçada pelas lágrimas.

- Eu sinto muito por essa situação. – Disse tentando conter as lágrimas.

- Pois não sinta nada disso é culpa sua. – Disse revoltado. – Se eu tivesse deixado meu filho fazer a faculdade que queria nada disso estaria acontecendo. – Ela parou confusa.

- O que o senhor disse?

- Eu descobri sobre o namoro de vocês e forcei meu filho a ir para Campinas para ficar longe de você eu tinha esperança que a distância finalmente fizesse vocês se afastarem, como havia acontecido com a Ariane e o Pedro, eu sinto de verdade minha filha. - Lamentou.

As lágrimas agora molhavam seu rosto em abundância, uma coisa era culpar o pai de Alex por tê-lo mandado para uma faculdade tão longe, e outra bem diferente era ter a confirmação de que tal atitude fora realmente proposital.

- Sabemos agora que na realidade não funcionou com o Pedro e a Ariane. – Disse entre as lágrimas.

- E pelo visto nem com você e o Alex. – Disse ele também triste, os dois encararam-se e em silêncio seguiram para o carro.

🚲🚲🚲

A vida quase voltara ao normal em Paraíso depois que Pedro e Ariane foram embora, com o passar do tempo Alex e Jemima pararam de brigar por causa dos irmãos e esperavam ansiosamente pelo dia em que fossem embora para a faculdade, ela iria um ano antes dele, mas isso não os incomodava eles tinham tudo planejado e viveram intensamente o tempo que tinham para ficar juntos e quando chegou o momento dela ir à faculdade, começou a contagem regressiva para eles se reencontrarem longe dali e finalmente poderem ficar juntos, ao menos era isso o que eles pensavam.

Aquele primeiro ano longe, com ela na faculdade e ele terminando o ensino médio foi difícil para ambos e o que os mantinham de pé era a esperança de ficarem juntos no ano seguinte, acreditavam realmente que isso aconteceria e naquelas férias de fim de ano ela mal se aguentava para correr aos braços do seu amado, por isso chegou mais cedo que o combinado no ginásio da escola, lugar onde eles continuavam a se encontrar sempre que possível.

- Jem! – O coração dela gelou ao ouvir sua voz, pela primeira vez não foi por emoção ou saudade como ela imaginara, foi pelo tom de voz dele, havia algo de muito errado, virou-se devagar com o coração acelerado.

- Alex! – Exclamou tensa, ele a pegou nos braços apertando-a, mas o abraço deixou-a ainda mais tensa. – O que está acontecendo? – Perguntou temerosa.

- Eu não vou para Araguaína. – Disse triste sem nenhum rodeio.

- Como que é? – Perguntou se afastando.

- O meu pai só vai pagar minha faculdade se eu for para Campinas.

- Você disse que quer ir para Araguaína?

- Não!

- Então ele descobriu sobre a gente e nossos planos! - Disse exasperada.

- Claro que não, se ele tivesse descoberto ele teria me dito. - Respondeu passando a mão pelos cabelos dela, ela afastou sua mão violentamente.

- Qual a vantagem de Campinas? Além é claro do fato de que ficaremos longe um do outro?

- Jem, eu não posso bater de frente com o meu pai sem dizer a verdade a ele! - Ele estava tentando manter a calma.

- Qual a vantagem? – Perguntou irritada.

- Sinceramente não sei, a única coisa que eu sei é que ele não vai pagar minha faculdade em outro lugar, ele foi muito claro em relação a isso. - Replicou também irritado.

- Ok! E o que nós vamos fazer? – Perguntou chorando.

- Nós encontraremos um jeito. – Respondeu engasgado.

- Encontraremos um jeito? Que jeito? Além de namorarmos escondidos, agora será também à distância? - Perguntou desdenhosa.

- Já estamos namorando à distância, caso não tenha percebido.

Ela sabia que ele tinha razão, mas uma coisa era ele estar ali, esperando por ela, outra coisa totalmente diferente era ele em uma faculdade onde inúmeras garotas estariam a um toque dele, enquanto que ela estaria a quilômetros de distância, sentiu um aperto no peito ao pensar mal dele, ele jamais lhe dera motivos para pensar que ele a trairia de maneira tão vergonhosa. Envergonhada com os próprios pensamentos o abraçou, ele estava certo, eles dariam um jeito.

E realmente eles encontraram um jeito, visitavam um ao outro sempre que possível e faziam planos para quando finalmente deixassem de depender dos pais e pudessem ficar juntos e viver esse amor que até então era escondido e proibido. O que Jemima não esperava era que nada aconteceria como ela esperava e seu sonho de amor verdadeiro e fiel não duraria até ela poder mantê-lo ao seu lado para sempre como sonhava.

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Cansado Alex apertou as têmporas, os últimos dias haviam sido estressantes com Vinícius e Cassandra se ignorando, cada um por seus motivos o que não deixava de ser tolice na opinião de Alex, eles estavam perdendo tempo e deixando de viver o que queriam e era realmente importante, Leandro contratara a nova recepcionista e pelo visto ela e Cassandra estava se dando bem.

- Vamos levar as crianças ao parque? – Perguntou Cassandra da porta.

- Sim, vamos chamar a Bella? - Perguntou arqueando a sobrancelha.

- Claro! Ela sempre vai conosco por que não iria dessa vez?

- Não sei, você e o pai dela estão parecendo cão e gato.

- O que não me impedi de amar a filha dele e querer a companhia dela. – Disse saindo.

- Eu sei disso. – Comentou sorrindo, seu celular vibrou e sem olhar quem estava ligando atendeu. – Alô.

- Meu filho tem um tempinho para mim agora? – Perguntou o pai com a voz estranha.

- Aconteceu alguma coisa? - Perguntou alerta.

- Você está com tempo? Quero falar com o meu filho, não posso?

- Obviamente que o senhor pode falar comigo e sim, eu estou com tempo pode falar. - Respondeu revirando os olhos e sorrindo, quando queria o pai sabia ser dramático.

- Você se lembra de quando eu forcei você ir para Campinas? - Alex ficou sério. - E daquele fim de semana que você queria vir para cá e eu não te mandei dinheiro? - Continuou.

- "Claro que sim, principalmente porque neste fim de semana, eu engravidei a Valéria". – Pensou triste. - Lembro sim pai, por que isso agora? - Perguntou tentando manter a calma

- Eu sabia que você e a Jemima estavam namorando escondido e sabia também que vocês continuaram se encontrando depois que você foi para Campinas, sei das vezes que vocês se encontraram aqui e fora daqui também, todas as vezes que você inventou desculpas para não vir para cá, eu sabia que você estava com ela, eu lamento meu filho mais eu fiquei furioso com você por gastar meu dinheiro indo atrás dela.

- "Então ele descobriu sobre a gente e nossos planos!". – Dissera ela naquela tarde e ele tolo respondera simplesmente. - "Claro que não, se ele tivesse descoberto ele teria me dito".

Dissera aquilo a ela porque acreditava verdadeiramente que o pai jamais esconderia algo assim dele, mas não estava ele mesmo escondendo algo sério do pai na época? E mesmo agora, não estava escondendo a verdade ainda? Não continuava a esconder coisas importantes do pai? Até o momento em que decidira manter o seu namoro com Jemima em segredo seu pai era seu melhor amigo, naquele ano o pai deixara de ser seu melhor amigo e exemplo de vida a seguir e passou a ser, em seu limitado modo de pensar, um tirano que tirou a própria filha do convívio familiar por puro egoísmo e preconceito e perdera a admiração dos filhos, respirou profundamente.

- Pai, por que o senhor não me disse nada na época?

- Se você queria fazer segredo dos seus problemas, não era eu que iria interferir.

- Até porque é melhor não ouvir a verdade, assim não precisa confronta-la não é mesmo?

- Eu sabia que se eu te confrontasse você me diria a verdade, e talvez você tenha razão e eu tenha mesmo preferido não saber de você a verdade e assim não ter que enfrentar essa situação de frente, mas agora meu filho, eu te pergunto, por que você não me disse nada? Por que não enfrentou a mim e ao pai dela? Você nunca foi covarde e sempre lutou pelo que queria.

- Sinceramente pai? Eu não sei, eu temia tanto perdê-la que acabou acontecendo exatamente isso. - Respondeu sentindo um vazio que há tempos não sentia.

- Eu sinto muito meu filho. Estou dizendo isso agora porque me arrependo profundamente por ter interferido, por não ter deixado vocês resolverem os problemas de vocês como haviam planejado. - Ele sorriu triste, já não tinha mais tanta certeza de que se tivessem ido para a mesma faculdade, estariam juntos ainda.

- Eu não sei se do nosso jeito teria dado certo, e nunca saberemos, desde o início fizemos tudo errado, tínhamos medo do que aconteceria se descobrissem nosso namoro, que ficamos nos apoiando nas inseguranças um do outro.

- Meu filho, você se arrependeu de ter casado com a Valéria? - Ele sorriu.

- Não pai, eu me arrependi inúmeras vezes pelo modo como as coisas aconteceram, mas nunca me arrependi do meu casamento, sou grato pelo que ele me trouxe.

- Fico feliz meu filho por você ter sido feliz, mas me atormenta o sofrimento pelo qual a Jemima passou e ainda está passando.

- Aconteceu mais alguma coisa com ela? O Bruno a procurou? - Perguntou preocupado.

- Não precisa ficar preocupado, ele a procurou...

- O quê? O senhor e o Patrick me garantiram que ele não iria procura-la.

- Acalme-se meu filho! Ela concordou em falar com ele, e eu estava presente, como eu dizia, ele a procurou pela última vez, ela está bem.

- Ele não tentou nada contra ela ou contra o senhor, tentou?

- Não meu filho, estamos bem. E voltando ao assunto, você me perdoa por ter interferido na sua vida, lamento sinceramente pelo que fiz a você e à sua irmã.

- Não há nada que perdoar, o senhor acreditava que estava fazendo o que era certo tanto para mim quanto para ela, e nós tivemos a nossa parcela de culpa em tudo o que aconteceu naquela época e depois também, perdoe-me também por não ter confiado no senhor e ter estragado as coisas para mim, para a Valéria e principalmente para a Jemima.

- Eu tenho muito orgulho de você meu filho, do homem em que você se tornou e sei que Deus vai te mostrar o caminho que você deve seguir.

- Obrigado pai. - Os dois trocaram mais algumas palavras e despediram-se emocionados.

Naquele fim de semana em questão ele ligara ao pai pedindo dinheiro para ir para casa, estava ansioso e cheio de saudades, o pai negara e ele ficara triste, angustiado e talvez com um pouco de raiva do pai, ele aceitara o convite da Valéria para acompanha-la a uma festa onde tudo saiu do controle e ele estragara a vida das mulheres maravilhosas que Deus pôs em sua vida.

🚲🚲🚲

A primeira pessoa a lhe dar as boas vindas à faculdade foi Valéria, uma garota bonita e bem-humorada, Adriano que fora com ele naquele primeiro momento lhe dissera que era uma combinação perigosa, mas isso não era perigoso para ele, ele amava a namorada e jamais a trairia, e como não poderia dizer ao irmão, apenas sorriu.

- Não tem perigo, não estou aqui para isso, meu foco é estudar e voltar para casa o mais rápido possível. - Respondera alegremente.

- Se você está dizendo! - Dissera o irmão olhando as próprias mãos.

Alex e Valéria se tornaram amigos, ambos eram apaixonados e sonhavam casar com os amores de suas vidas. Os dois eram paquerados o tempo todo e por não dar atenção às pessoas que os paqueravam eles foram rotulados por vários apelidos pejorativos isso não incomodava ao Alex, até ele descobrir que incomodava à amiga e ele começou a discutir com as pessoas que a ofendia.

- Pare de discutir com essas pessoas, você só dá mais ferramentas para elas pegarem no meu pé. – Disse ela cuidando dos ferimentos do rosto dele devido a uma briga na tentativa de defendê-la.

- Não gosto do modo como falam contigo, qual o problema de você ser fiel ao seu namorado? - Perguntou fazendo careta de dor.

- Eles te provocam também.

- Eu não me importo, além disso, eles não acreditam que eu tenho uma namorada.

- Também não acreditam que eu tenho um namorado. Se você quer me ajudar eu tenho uma ideia melhor que você ficar caçando briga. – Disse ficando corada, ele sorriu, não estava acostumado com uma garota corando na sua frente.

- E qual seria a sua ideia? – Perguntou ainda sorrindo.

- Podemos fingir que somos namorados. - Sugeriu ficando ainda mais corada.

- O quê? Isso é ridículo! Ninguém vai acreditar que somos namorados, além do mais vamos falar o que para a Jem e o Rafael?

- Se fizermos as coisas direito todo mundo vai acreditar que somos namorados, e quanto a Jemima e ao Rafa eles não precisam ficar sabendo, pelo menos não por enquanto.

Exasperado ele passou as mãos na cabeça, era a ideia mais absurda que já ouvira, mas pensando bem, poderia funcionar e as pessoas a deixariam em paz ela era uma boa garota e não merecia ser humilhada pelos colegas apenas porque era fiel.

- Ok, eu concordo com isso com uma condição. - Ela franziu a testa inclinando a cabeça. - Falaremos para a Jem e o Rafael na primeira oportunidade. - Ela concordou sorrindo se jogando nos braços dele, ele a acolheu abraçando-a.

- "Só espero estar fazendo a coisa certa". - Pensou. - E como será isso? Do nada vamos começar a namorar? - Perguntou afastando-a delicadamente.

- Não exatamente, vamos deixar as pessoas nos ver em situação íntima, até confessarmos que estamos namorando.

E assim os dois assumiram o "namoro". E para total surpresa de Alex as pessoas realmente compraram o namoro deles, no início foi muito difícil para ele, só tivera uma namorada e tocar e se deixar tocar por outra garota era complicado, mesmo que não fosse nada íntimo demais. A oportunidade de dizer isso à namorada nunca apareceu, por algum motivo que ele não compreendia ela tinha um ciúme exagerado da Valéria.

No feriado da semana santa ele queria ir para casa, estava cheio de saudades da namorada e combinaram de se verem em casa, mas nada saiu como o planejado, o pai não mandou dinheiro para ele viajar, e naquele dia ele decidiu que seria a última vez que dependeria do pai, mal sabia ele que era a única coisa que ele pensara acertadamente.

- Você não pode me deixar ir a uma festa sozinha, eu sou sua namorada esqueceu? - Perguntou Valéria deitando ao seu lado.

- Como seu namorado não me importo de você ir a uma festa sem mim, confio plenamente em você.

- Por favor! As pessoas irão achar estranho eu chegar sozinha na festa seria diferente se você tivesse viajado, mas você está bem aqui, isso vai me deixar em uma situação complicada. - Choramingou.

- Você quer mesmo ir a essa festa? - Perguntou sentando-se

- Sim, por favor! - Suplicou piscando, ele revirou os olhos.

- Ok! Vamos. Mais não vamos demorar combinado?

- Combinado! - Exclamou pulando da cama. - Vou me arrumar.

- Alex! - Chamou alguém da porta.

- Sim?

- Telefone para você. - Ele pulou da cama saindo correndo do quarto, sabia quem era.

- Alô! - Atendeu ofegante.

- Oi meu amor, como você está?

- Jem minha vida! Estou morrendo de saudades, queria tanto estar aí. - Disse com um nó na garganta.

- Eu também queria você aqui comigo, nada aqui é o mesmo sem você.

- Eu sei, não era a mesma coisa sem você quando eu ficava aí te esperando. Amor eu vou arrumar um emprego e eu vou te vê quando eu quiser.

- Se eu pudesse teria ido para aí, mas a minha situação não é muito diferente da sua.

- Alex, o orelhão não é seu! - Alguém gritou, ele ignorou.

- Eu sei, adoraria te receber aqui. - Disse e no mesmo instante lembrou-se de que para todos os efeitos ele tinha uma namorada no campus.

- Alex! - Tornaram a gritar.

- Estão querendo usar o orelhão? - Perguntou ela com voz de choro, detestava deixa-la assim.

- E quando não querem! - Disse angustiado. - Não quero ir. - Disse engasgado novamente.

- Eu te ligo amanhã, não se preocupe falta pouco para essa situação mudar.

- Graças a Deus. - Suspirou.

- Eu te amo! Até amanhã, beijos.

- Eu também te amo, beijos. - Desligou o telefone angustiado, essas ligações só aumentava a saudade.

Chegou à festa com Valéria, e se arrependeu de ter ido antes de entrar, o som era alto demais e as pessoas gritavam mais alto que o som. Passou alguém oferecendo bebidas e ele aceitou.

- "Uma só não faz mal". - Pensou ingerindo o líquido que queimou sua garganta, e não viu mais nada.

Na manhã seguinte sua cabeça pesava e doía, tentou inúmeras vezes levantar e seu corpo não obedecia, sentiu um braço ser jogado em suas costas e com muito esforço virou-se deparando com Valéria dormindo, os cabelos emaranhados espalhados por seu travesseiro, e conforme foi se dando conta de ambos sem roupas seu estômago foi embrulhando, ele saltou da cama, o mundo girou e com um esforço sobre-humano conseguiu chegar ao banheiro para vomitar.

Horas depois ambos sentados de frente um para o outro, ele ainda tentava se recordar das coisas que aconteceram depois daquela primeira dose. Segundo Valéria ele havia bebido várias outras doses, e ela também pedira desculpas pelo que acontecera, pois ela acreditava ser a única responsável pelo ocorrido levando em conta que ele estava inconsciente e ela sóbria, mas nada disso o fazia se sentir melhor e menos envergonhado.

Ele nunca tinha estado intimamente com uma mulher, mais de uma coisa ele sabia era necessário duas pessoas para fazer o que eles haviam feito, não conseguia olhar nos olhos dela, conseguira se controlar com a garota que amava e acabara de fazer amor com uma garota que tinha apenas carinho de amigo.

- "Como eu vou sair dessa? Como vou olhar nos olhos dela? E o pior de tudo, como eu vou encarar a Jem? Como eu vou dizer uma coisa dessas para ela?". - Pensou exasperado.

- Alex! Você está me ouvindo? - Perguntou Valéria.

- Desculpe-me, eu não sei o que te falar, não sei o fazer! - Disse passando as mãos na cabeça.

- Não se preocupe ambos sabemos que não deveria ter acontecido, e não vai acontecer de novo, esquece isso! Vida que segue. - Disse saindo deixando-o desolado.

Continua...

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