Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

15 - Confia no Senhor de todo o seu coração.

O quintal dos pais era bastante sombreado, devido a inúmeras espécies de árvores frutíferas. Naquela tarde Jemima estava em cima de um pé de manga, pois em sua opinião era a árvore perfeita para se esconder e naquele momento, tudo o que ela queria era ficar escondida de sua família, como ela jamais ficou para trás nas brincadeiras com os irmãos não tinha nenhum problema em subir até o topo das árvores, sua mãe sim tinha problemas sempre que sabia que a filha subira tão alto em qualquer árvore faltava pouco enfartar.

Sacudiu a cabeça violentamente ao perceber que acabara de ler uma página do livro que ganhara da tia sem de fato ler uma única palavra, fechou ferozmente os olhos e inspirou e expirou e voltou a ler se dando conta que não saíra ainda da primeira página, furiosamente fechou o livro lembrando que o pai não gostava que a cunhada presenteasse a filha com livros.

- "Essa menina já vive com a cabeça cheia de caraminholas e você ainda fica dando esses livros cheios de baboseiras para ela". - Dizia o pai toda vez que sua tia Alda lhe dava um livro, sorriu com a lembrança, mas ficando triste imediatamente, dessa vez ele estava tão preocupado em mandar o filho mais novo para longe que nem reparou no livro que a filha recebera.

- O papai está te chamando! - Gritou João lá de baixo, ela fingiu não ouvir. - Não adianta fingir que não está ouvindo, eu te vi subindo ai em cima e ele disse que ou você entra agora ou ele vem aqui e te tira esse livro ridículo e nunca mais você o vê. - Fungando ela desceu, pelo visto o pai não estava tão distraído com o irmão como imaginara.

- O que ele quer comigo? Vai me mandar embora também?

- E por que ele te mandaria embora? - Perguntou confuso.

- Porque eu vivo lendo livros ridículos! - Respondeu com desdém.

- Ele não fala por mal! - Disse o irmão colocando a mão nos bolsos do short. - Porque você não é como toda garota que curte um bom romance? Esse escritor é estranho! - Ela sorriu.

- De médico e louco, todo mundo tem um pouco! - Disse ainda sorrindo, o irmão pegou o livro de sua mão.

- E o que dizer de um médico que é um escritor louco? - Disse devolvendo o livro.

- O que te faz pensar que ele seja louco? Só porque ele escreve coisas que podem sim acontecer em alguns hospitais ou com alguns profissionais? - Perguntou séria. - Ser médico ou um pesquisador com o intuito de salvar vidas é uma coisa muito séria e infelizmente eu acredito sim que algumas pessoas esquecem que salvar vidas é a prioridade e se importam mais com o dinheiro ou o sucesso, ou até mesmo com o próprio ego.

- E mesmo depois de ler os livros desse Robin Cook você ainda quer ser médica?

- O fato de você saber que alguns pastores envergonham a Deus te faz repensar o fato de querer ser pastor? - Perguntou parando.

- Não! Claro que não, mas é uma situação totalmente diferente.

- Diferente por quê?

- Pastoreio é um chamado. - Respondeu encarando-a.

- Medicina também. - Respondeu com a mesma intensidade.

- O papai quer saber se será obrigado vir aqui buscar vocês dois. - Resmungou André da porta, os dois entreolharam-se deram as mãos e entraram em casa. A família estava toda reunida, ela sentou ao lado do Felipe e João ao seu lado.

- Muito bem, já que todos estão aqui. - Começou o pai olhando-a com censura, teimosamente ela manteve o olhar fazendo-o faiscar de raiva. - Hoje não iremos à igreja, o conselho se reunirá para decidir o destino do Pedro, infelizmente como aquela garota não é membro da igreja o conselho nada pode fazer em relação a ela e como eu disse antes, se o Pedro for expulso da igreja ele vai morar por um tempo em Goiânia com a tia Alda.

O silêncio era aterrador, o assunto já havia sido discutido os irmãos já haviam chorado e implorado para que o pai não o mandasse embora, mas ele estava irredutível não importava qual o argumento que eles usassem nada o fazia mudar de ideia, assim sendo, todos focaram o olhar em algum canto da sala e concentraram-se para não chorar e nem dizer mais nada.

- Vamos todos à sorveteria, isso aqui não é um velório e é por pouco tempo, logo tudo estará como antes e todos vocês estarão juntos outra vez. - Disse tia Alda tentando acalma-los, Jemima sentiu um calafrio e seu coração doeu fechou os olhos evitando as lágrimas.

- "Nunca mais as coisas serão como antes". - Ouviu alguém ao seu lado, abriu os olhos assustada olhando para os irmãos, ambos olhavam para o nada e ela sentiu o calor que sentia em seu coração toda vez que ouvia a Voz de Deus, e naquele momento ela soube o que Davi sentira com a profecia de Natã sobre a espada em sua casa.

- Tudo bem Jem? - Perguntou André à sua frente.

- O nome dela é Jemima, não quero ninguém a chamando por apelido a partir de hoje. - Retrucou o pai.

- Então por que o senhor não me deu um nome normal! - Retrucou de volta se levantando, o pai levantou-se junto com ela, mais não tão rápido, quando ele fora na direção da filha ela já havia saído, claro que ela amava o seu nome, mas também amava o apelido que Alex lhe dera.

O pai a colocara de castigo, mas como todos iriam à sorveteria ele julgou melhor leva-la do que deixa-la sozinha em casa. Na sorveteria fora um sofrimento, vê o irmão mais novo sofrendo era difícil para todos eles e naquela noite foi a pior de todas.

Desde que souberam da gravidez de Ariane nenhum deles haviam visto a garota, o pai dela proibira-a de ir à escola e os únicos que ainda se falavam eram Felipe e Adriano e este nunca falava nada sobre a irmã e o amigo não perguntava. Jemima de cabeça baixa sentiu a cotovelada de João em sua cintura, levantou a cabeça pronta para brigar com o irmão, mas ele olhava para frente como todos os demais à mesa, Ariane entrava na sorveteria com Adriana e uma senhora de idade.

- Não ouse olhar para essa meretriz, me faça passar por essa vergonha que eu te mandarei para um internato e não para o conforto da casa da sua tia. - Murmurou o pai ferozmente, Jemima apertou as unhas na palma da mão ferindo-a quando viu o irmão abaixar a cabeça chorando silenciosamente, André fez um gesto para levantar-se. - Sente-se. Ninguém levanta dessa mesa até eu disser que podem se levantar. - O restante da noite foi um fiasco, nenhum dos irmãos tomou o sorvete e em vão a mãe e a tia tentou a todo custo animar a todos.

Na manhã seguinte Jemima foi a primeira a sair para a escola sem ao menos falar com os pais, enquanto pedalava tentava conter as lágrimas o conselho da igreja havia decido pela expulsão do seu irmão caçula, ele só tinha quinze anos todos sabiam que ele havia cometido um pecado, transgredido a lei de Deus, mas expulsa-lo? Seria mesmo necessário? Onde estava o perdão e a misericórdia que tanto se ensina nos cultos e escolas bíblicas? Jogou a bicicleta no chão e violentamente bateu na porta da casa do Marcelo, a mãe dele atendeu preocupada.

- Jemima! Aconteceu alguma coisa minha filha?

- Sim, aconteceu. O meu irmão vai embora hoje, eu posso falar com o Marcelo, por favor! - Pediu quase às lágrimas.

- Claro minha filha. - Disse dando espaço para ela entrar. - Eu vou chama-lo.

- O que é tão urgente que não poderia esperar eu chegar à escola? - Perguntou Marcelo.

- Preciso de um favor seu... - Uma batida na porta assustou-a, ele revirou os olhos e foi atender a porta.

- Pedro! - Ouviu o amigo e correu para a porta.

- O que você está fazendo aqui? - Perguntou os dois, exasperado Marcelo ergueu as mãos.

- Você sabe que eu não consigo chegar até a Ariane. - Disse apontando o dedo para Pedro, interrompendo o que os irmãos pretendiam responder ao outro. - Eu estava exatamente tentando fazer a Jem entender isso, o pai dela me proibiu de chegar perto dela. - Disse tranquilamente, Jemima abaixou a cabeça agradecida ao amigo por encobri-la e temendo que o irmão visse seu rosto corado.

- Eu sei, mas você poderia pedir que um dos irmãos dela levasse uma carta minha para ela, por favor! - Pediu Pedro arrasado.

- Isso eu posso fazer. - Pedro lhe entregou um envelope.

- Vamos Jem, eu te deixo na escola. - Disse o irmão infeliz.

- Eu estou de bicicleta e não quero que o pai saiba que você esteja perambulando por ai, ainda mais pela escola onde você pode encontrar a Ariane.

- Ela nem está indo para a escola. - Resmungou saindo sem se despedir.

- O que aconteceu? Ele está pior do que estava ontem e não pode ser por causa daquele conselho estupido. - Comentou Marcelo preocupado.

- Ele está indo embora hoje.

- O quê? - Triste passou a mão na cabeça. - E você quer falar com o Alex, certo?

- Preciso falar com ele, por favor!

- Ok. - Respondeu conformado.

- Diga a ele que vou espera-lo no lugar de sempre. - Ele concordou e ela pedalou o mais rápido que pode para o ginásio da escola, correndo o risco de sofrer outro acidente, afinal mais uma vez sua bicicleta estava sem freio.

Andando de um lado para o outro ela esperava ansiosamente por Alex e seu coração acelerou quando o viu se aproximar, por mais que desejava que ele fosse vê-la temia que ele não aparecesse. Aliviada parou de andar e ficou encarando-o que também parou ao vê-la o encarando, sem pensar em mais nada ela correu para ele que sorriu e foi ao encontro dela pegando-a nos braços.

- Senti tantas saudades de você. - Disse apertando os braços no pescoço dele.

- Eu também. - Respondeu com o rosto em seus cabelos, e toda a emoção que ela estava reprimindo desde a noite anterior tomou conta dela e ela começou a chorar compulsivamente. Ele a levantou nos braços e carregou-a até a arquibancada, sentou-se com ela no colo e ficou abraçado nela até ela se acalmar.

- Eu sinto muito. - Disse envergonhada, minutos depois se sentando ao lado dele.

- As coisas não têm sido fáceis, não é mesmo? - Perguntou triste.

- Não. Meu pai está mandando meu irmão embora.

- O Marcelo me falou, e o meu pai também está mandando a minha irmã embora, acho que eles preferem ficar longe dos filhos a correr o risco de vê-los juntos.

- Você acha que se eles soubessem de nós, eles nos mandariam embora também?

- Provavelmente sim! Ainda bem que não precisamos mais nos preocupar com isso, não é mesmo? - Perguntou encarando-a, ela abaixou o olhar.

- Conseguimos manter nosso namoro escondido até agora, podemos manter por mais tempo. - Disse tímida.

- Mais não estamos mais namorando. - Disse tirando o cabelo dela do rosto e levantando o rosto dela delicadamente.

- Eu não quero ficar sem você. - Disse com os olhos marejados, ele a abraçou.

- E nem eu quero ficar sem você. Perdoe-me por ter sido tão idiota aquele dia, eu estava fora de mim, tudo o que eu queria era poder dizer para todo mundo que sou seu namorado e o quanto eu te amo.

- Eu sei, eu também estava assustada, se eu tivesse sido mais corajosa, e assumido nosso namoro antes. - Sussurrou infeliz.

- Sinceramente não sei se faria alguma diferença. - Disse sorrindo acarinhando o rosto dela.

- Não mesmo! O mais provável é que estaríamos sendo mandados embora também. - Lamentou.

- Vamos manter o nosso namoro escondido, até irmos para a faculdade, então daremos um jeito de irmos para o mesmo lugar. Só precisamos ter um pouco de paciência e sabedoria.

- Paciência! - Suspirou abraçando-o. - Eu vou ter paciência. E vamos juntos embora daqui, só espero em Deus ter sabedoria. - Sussurrou, ele a beijou e ela esqueceu todo o resto focando apenas na tranquilidade que era estar nos braços dele.

Os meses seguintes foram como eles imaginaram devido à tristeza pela falta dos filhos mais novos seus pais não ligavam muito para o que os outros filhos fizessem o que facilitava bastante a vida para namoro e amizade secretos, isso até Pedro querer saber do filho ou filha.

- Meu irmão quer saber da Ariane e do filho. - Disse Jemima certa manhã.

- E ela não quer que ele saiba nem dela e nem do filho. - Respondeu Alex envergonhado.

- Isso não é justo, ele é o pai dessa criança, nós também somos tios e queremos conhecê-lo! - Alterou-se nervosa.

- Nós sabemos disso, mas ela disse que se falarmos qualquer coisa ela some com a criança e nem nós saberemos mais deles.

- A sua irmã é egoísta e maldosa, ela só faz isso para nos ferir principalmente ao meu irmão.

- Eu acho que ela não deveria fazer isso, mas ela tem as razões dela para agir assim, quem sabe um dia ela não muda de ideia! E Jem, nós vamos ficar discutindo por causa dos nossos irmãos? - Perguntou passando as mãos pela cabeça.

- Não! Desculpe-me, eu imagino que nada dessa situação deva ter sido fácil para ela, mas Alex não é fácil para o Pedro também, ele também sofre com essa situação.

- Eu imagino que ele também esteja sofrendo, mas não há nada que possamos fazer minha irmã não é mais aquela garota que o meu pai mandou embora. - Disse triste. - Vamos deixa-los com os problemas deles e vamos nos preocupar com os nossos próprios problemas que no momento é ir para a mesma faculdade. - Disse abraçando-a, ela o abraçou feliz por eles e triste pelo irmão e pela cunhada, sorriu ao pensar em Ariane como sua cunhada, amava-a e desejara mesmo que ela e o irmão se acertassem.

🚲🚲🚲

Às dez horas em ponto todos os funcionários da Clinica Veterinária Amigo-Cão estavam sentados à mesa redonda que havia na sala de reuniões, na época Alex achara uma excelente ideia, mas neste momento estava detestando aquilo, ficar olhando para aquela mulher estava sendo bem mais difícil do que pensara como eles poderiam provar que Cassandra não batera nela?

- Então, senhora Ana Maria nos diga exatamente o que aconteceu. - Pediu Helder gentilmente.

- A Cassandra me agrediu violentamente...

- A senhora sabe que a senhora Cassandra é canhota não sabe? - Perguntou ele ainda gentilmente.

- O que tem haver isso? Ela fez de propósito para que acontecesse exatamente o que está acontecendo agora, que todos duvidassem de mim. - Disse chorosa.

- Eu quero saber se a senhora já havia reparado que ela é canhota. - Disse delicadamente.

- Não, eu nunca havia reparado. - Respondeu abaixando a cabeça.

- Entendo. E por que ela te agrediu? E por que a senhora não revidou? - Cassandra abriu a boca, Helder ergueu a mão. - Por favor! Uma por vez. E então senhora Ana Maria estou esperando por sua resposta. - Disse firme, a mulher levantou a cabeça assustada.

- Estávamos discutindo e ela me deu um soco, e eu não revidei por que eu não sou violenta. - Respondeu abaixando a cabeça.

- Por que cargas d'agua vocês estavam discutindo no local de trabalho? - Perguntou deixando de lado a gentileza, em pânico Ana Maria levantou a cabeça arregalando os olhos.

- Ela não aceita que o Viní esteja apaixonado por mim e não por ela. - Cassandra apertou as mãos, Alex segurou-as abrindo os dedos da amiga.

- Acalme-se. - Sussurrou ele e ela respirou profundamente fechando os olhos.

- Cassandra você quer falar alguma coisa? - Perguntou Helder.

- É verdade que o romance deles me incomoda um pouco...

- Um pouco? - Interrompeu Ana Maria sarcástica.

- Ele está parecendo um tolo. - Cassandra continuou a falar ignorando-a. - Ele afastou-se de todos nós e o pior de tudo está se afastando da própria filha, chegando ao absurdo de não dar a devida atenção a ela e ainda fica falando por ai que ela é mimada por ficar atrás dele, mas eu jamais iria brigar com quem que fosse por causa disso, se eu tivesse que brigar com alguém seria com ele, coisa que eu não fiz. E quanto a esta senhora ela me provoca desde que começou a trabalhar aqui, ela já me fez perder compromissos, ela não anota os meus recados direito, me manda para lugares errados, e ontem foi à gota d'agua, não vou repetir o que ela falou por respeito a mim mesma, foi humilhante e insultante as coisas que ela me disse, no entanto em nenhum momento eu a agredi física ou verbalmente, não por falta de vontade ou coragem, mas por respeito ao meu local de trabalho, então eu escrevi a minha carta de demissão coloquei na mesa do Leandro e sai da clinica, eu soube pelos rapazes que ela estava ferida.

- Você me insultou, me humilhou, disse que...

- Chega! - Alterou Helder passando a mão pela cabeça. - Vocês se recordam que pouco mais de um ano tivemos um ato de vandalismo na clinica? - Perguntou pegando um globo que havia em cima da mesa, todos assentiu, exceto Ana Maria que confusa encarava Helder.

- Eu não sabia disso. - Disse olhando de um para o outro.

- Houve uma bela manhã em que a Cassy chegou aqui e estava tudo destruído, não levaram absolutamente nada, foi puramente um ato de vandalismo, se tivessem me roubado eu teria ficado chateado, mas não irado, geralmente alguém tem um motivo para roubar seja ele qual for, mas vandalismo é ato de uma pessoa sem caráter sem o menor senso de escrúpulo e isso me deixou furioso e indignado.

- Quem rouba também não tem caráter. - Sussurrou Ana Maria confusa, os outros sabiam da opinião do patrão sobre pessoas que roubavam e pessoas que destruíam as coisas alheias pelo simples prazer de fazer o mal.

- Existem pessoas que não roubam, não matam e, no entanto não tem o menor resquício de caráter. A questão aqui, é que nunca soubemos quem invadiu a clinica, e eu resolvi que isso não voltaria a acontecer, qualquer pessoa que ousasse fazer aquilo novamente seria pego, a não ser que fosse algum tipo de ninja. - Disse com um meio sorriso.

- O que exatamente o senhor está querendo nos dizer? - Perguntou Ana Maria tensa.

- Eu quero dizer que eu tenho câmeras por toda clinica. - Ana Maria engasgou.

- Você não pode nos gravar sem o nosso consentimento. - Gritou ela levantando-se.

- Por favor, senta! - Disse autoritariamente. - Na verdade o contrato que todos vocês assinaram diz que vocês podem sim ser gravados no ambiente de trabalho.

- Mais eu pensei que isso fosse apenas para o caso deles que saem a campo. - Resmungou nervosa.

- Quando eles assinaram o contrato em mil novecentos e bolinha, era isso mesmo, e devido a essa clausula no contrato o advogado me liberou para colocar câmeras na clinica, eu não disse a eles na época por que eu não queria que eles se sentissem desconfortáveis ou pensassem que eu queria me meter na vida pessoal deles.

- E quem é o responsável por essas gravações? - Perguntou Vinicius.

- A equipe de segurança.

- Ou seja, tem um bando de desconhecido nos espionando. - Replicou Ana Maria.

- Não senhora, eles apenas se asseguram de que o sistema esteja funcionando bem, e de tempos em tempos eu limpo tudo, afinal não era útil, até ontem.

- Eu me recuso a ficar aqui e ser exposta como um cavalo de raça. - Indignou-se ela levantando.

- A senhora tem duas alterativas, ou nos diz a verdade sobre o que aconteceu, ou eu vou sim expor as gravações de ontem. - Disse tranquilamente.

- Você já viu as imagens? - Perguntou Cassandra.

- Sim, e lamento muito por você ter ouvido aquelas coisas, você sabe que nada do que ela disse é verdade, não sabe? - Perguntou Helder carinhosamente. - Leandro você deveria ter me dito o que estava acontecendo, e não apenas dito que a Cassy e a recepcionista não estavam se dando bem; e já que todos sabem das câmeras eu vou dar autorização para a equipe de segurança verificar os monitores daqui a partir de hoje. E então, senhora qual vai ser? A senhora sabe que a Cassy pode processa-la, não sabe?

- Eu que vou processar vocês se essas imagens forem expostas... - Começou irritada.

- Você não precisa processar ninguém assim como eu não vou processa-la, não precisa mostrar as imagens Helder, só me diga como ela conseguiu esse hematoma? - Perguntou Cassandra calmamente.

- Ela bateu o rosto no armário de aço.

- Quando eu entrei ela estava bem. - Disse Leandro surpreso.

- Sim, mas eu acho que ela já planejava fazer isso, lembra que ela não olhou direito para você, se fosse necessário uma careação entre vocês em algum momento você iria ficar confuso, por que você não viu o rosto dela direito.

- Que coisa mais louca! - Resmungou Leandro enojado.

- Por que você fez isso Ana Maria? - Perguntou Vinícius decepcionado.

- Eu não poderia deixar essa fulana levar a melhor sobre mim, quando você soubesse da demissão dela você iria questionar o que eu havia feito com ela, porque a santa Cassandra nunca faz nada de errado! - Gritou.

- Como você sabia que eu havia pedido demissão? - Perguntou Cassandra confusa.

- Eu vi você saindo da sala do Leandro, achei estranho e fui lá ver o que era e vi a carta sobre a mesa. - Disse sem nenhum remorso ou constrangimento.

- Eu trouxe a sua rescisão para você assinar. - Disse Helder pegando uma pasta e tirando alguns papéis e entregando a ela. - Leia com calma. - Disse se virando para os outros. - Que tal almoçarmos juntos?

- Eu vou almoçar com a Tereza e a Bella. - Respondeu Vinicius desolado.

Alex não estava mais aguentando aquela situação, jamais imaginou conhecer alguém que fosse capaz de se ferir para prejudicar alguém, principalmente para prejudicar alguém como a Cassandra que não fazia mal a quem quer que fosse.

- Podemos almoçar na minha casa o que vocês acham? - Disse Alex se levantando.

- Eu acho uma boa ideia. - Respondeu Leandro.

- A tarde tem alguma coisa urgente para fazer? - Perguntou pegando os papéis que Ana Maria já estava assinando.

- Não. Por quê? - Perguntou Leandro.

-Vamos almoçar na casa do Alex e vamos manter a clínica fechada por hoje, vocês retornem ao trabalho amanhã, e comecem a ver curriculum para uma nova recepcionista. - Todos assentiram se levantando e Ana Maria saiu pisando duro. - Vejo vocês na casa do Alex, Vini mande meu abraço para a Tereza e a Bella. - Vinícius assentiu seguindo os outros

- Não sei o que dizer a vocês, principalmente à você Cassy, estou muito envergonhado, o que a Ana Maria fez foi monstruoso. - Disse quando os quatro saíram da clínica.

- Você não tem porque ficar envergonhado pelas atrocidades daquela mulher, mas pela sua atitude, você estava grosseiro até com a Bella, coisa inimaginável. - Disse Cassandra olhando para o chão.

- Eu sei. Eu fui um idiota com todos vocês, lamento profundamente, sinceramente não compreendo como pude ser tão estúpido.

- Esquece isso, vida que segue graças a Deus você descobriu o tipo de pessoa que ela era antes que inventasse de pedi-la em casamento. - Disse Alex sorrindo.

- Misericórdia! - Disse corado.

- Você se livrou de uma boa! - Retrucou Leandro sorrindo bagunçando o cabelo do amigo.

- Verdade! Você me deve uma, se ela não tivesse brigado comigo, você ainda estava aí todo iludido. - Provocou Cassandra.

Alex acompanhou os amigos até o estacionamento os três se provocando como sempre, Vinícius ainda um pouco constrangido pelo acontecera, mas se soltando aos poucos, era muito bom vê as coisas voltando à normalidade.

Continua...

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro