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14 - Andamos por fé e não por vista.

Cassandra andava de um lado para o outro na casa do Alex, parecia uma fera enfurecida. O clima na clínica ficara insustentável e Leandro como o chefe do local ligara para o patrão e depois de narrar toda a situação o próprio aconselhou o funcionário a fechar a clínica e só voltarem na manhã seguinte às dez horas que ele iria até lá tentar resolve-la pessoalmente, e finalmente conseguiram falar com Cassandra que fora imediatamente encontra-los.

- Você se importa de sentar e nos explicar o que aconteceu! - Pediu Alex exasperado.

- Eu estou esperando o amigo de vocês. - Respondeu sentando. - Como ele pôde acreditar que eu agrediria aquela pessoa? Como vocês puderam acreditar nisso? - Perguntou magoada olhando de um para o outro.

- Eu nem cogitei essa possibilidade. - Defendeu-se Leandro.

- Isso porque você a vira no momento em que eu saí.

- Perdoe-me, eu fiquei sim na dúvida mesmo sabendo que você não faria aquilo. - Disse Alex envergonhado.

- Claro que não! Se fosse para eu agredi-la eu teria quebrado o nariz dela. - Disse sorrindo, Alex sorriu abaixando a cabeça.

Alguns anos atrás eles estavam em um rodeio inspecionando os animais e um homem maltratava os cavalos e ela fora falar com ele, não feliz pela interrupção ele foi desrespeitoso com ela e quando os amigos viram ele gritava com ela com a mão no rosto, ela havia lhe quebrado o nariz.

Uma notificação de mensagem no celular do Alex o fez retornar a realidade e rapidamente pegou o aparelho e leu a mensagem do Vinícius em voz alta.

*Não poderei ir até a sua casa hoje, aconteceu alguma coisa com a Bella estou indo até lá. Por favor, explique à Cassandra e ao Leandro.

Furiosamente Cassandra pegou o celular. - Ele acredita mesmo que vai se livrar de mim usando a filha! - Resmungou fazendo uma ligação, os amigos cruzaram os braços sacudindo a cabeça, nenhum acreditando que o outro estivesse de fato mentindo. - Bella querida está tudo bem? - Perguntou inocentemente.

(...)

- O quê? - Gritou levantando-se, os amigos também levantaram assustados. - Querida eu estou com o Alex e o Leandro vou colocar no viva-voz, ok?

(...)

- Ok. - Disse colocando o aparelho no viva-voz. - Pode falar querida, seus tios estão ouvindo.

- Oi querida tudo bem? - Perguntou os dois nervosos.

- Não sei! Eu estou morrendo de vergonha. - Respondeu com voz de choro.

- O que aconteceu Isabella? - Perguntou Alex aproximando-se do aparelho.

- O Renato veio me ver depois da aula, e o pai dele veio atrás, foi horrível! Vocês nem imaginam as coisas que ele disse para mim e a minha mãe. - Disse voltando a chorar.

- Querida seu pai está indo para aí, mas se você quiser nós vamos também. - Retrucou Cassandra.

- Hoje não tia. A minha mãe também está muito alterada, ela me proibiu de ir à casa do meu pai, de ver vocês e principalmente de ver o Renato, ela disse que crente é tudo farinha do mesmo saco, por favor, tia não quero passar mais vergonha.

- Nada disso é culpa sua querida não tem porque você ficar envergonhada. - Retrucou Leandro. - Quem deveria se envergonhar era o Márcio, por ofender a minha princesa e quanto a sua mãe ela só está nervosa pelo que você passou, fique calma, seu pai deve estar chegando.

- E lembre-se que estamos aqui, qualquer coisa que precisar é só ligar que estaremos aí. - Disse Alex engasgado.

- Obrigada a vocês três, eu amo vocês. Meu pai chegou depois eu ligo para vocês. - Disse desligando.

- Quem aquele padeiro, pensa que é? - Esbravejou Cassandra enfurecida. - Eu deveria ir lá ter uma conversinha com ele. - Alex puxou em seu braço.

- Você não vai ter conversinha nenhuma com ninguém, pelo menos não agora. O Vini vai cuidar disso.

- Como ele tem cuidado até agora? Ele só se importa com a namoradinha. - Retrucou irritada.

- O Alex tem razão Cassy, o Vini é um bom pai, certo que nos últimos dias ele tem estado ausente, mas ele jamais vai deixar essa situação por isso mesmo.

- Pior que vocês estão certos, precisamos ficar atentos para que ele não faça nenhuma bobagem que piore ainda mais a imagem que a Tereza tem dos cristãos. - Disse passando as mãos pelos cabelos.

Apesar de ainda não ter tomado uma decisão ela era uma frequentadora assídua da igreja e achava exagerada a má ideia que a ex do amigo tinha dos cristãos.

- Um de vocês deveria ir lá, o outro procura o Márcio, eu pego as crianças.

- E o que aconteceu entre você e a Ana Maria? - Perguntou Leandro.

- O Hélder vai querer saber também o que aconteceu, a gente resolve isso amanhã é até melhor que eu só fale sobre isso uma vez. - Disse pegando a bolsa. - Na verdade a única coisa que eu queria saber realmente é como foi que ela conseguiu machucar o rosto, se eu não a machuquei, quem a machucou? - Perguntou e os amigos entreolharam-se, pois ambos se faziam a mesma pergunta.

E assim, Leandro foi à casa da Tereza, Alex à casa do Márcio e Cassandra foi para casa esperar o horário de pegar as crianças em seus respectivos compromissos.

Alex respirou fundo entrando no carro, só esperava em Deus que tivesse sabedoria para lidar com as filhas e os seus pretendentes quando o momento chegasse para que ele jamais ferisse ninguém tão cruelmente.

🚲🚲🚲

No dia seguinte à descoberta de que sua irmã mais nova estava grávida o pai não a deixou ir à escola.

- Alex, você vai ficar de olho para que nenhum recado daquele rapaz chegue até a sua irmã, ou que nenhum recado dela chegue até ele, você está me entendendo! - Esbravejara no café da manhã.

- Papai! - Disseram Alex e Ariane juntos e o pai simplesmente os ignorou.

- Isso não é justo. - Reclamava Alex a caminho da escola. - Ela nem vem para a escola como ele espera que eu fique vigiando ela?

- É sério que você está preocupado com isso? Ele só disse isso para a Ariane não ir atrás do Pedro, porque ela sabe agora que isso te trará problemas. - Disse Adriana sorrindo.

- Não entendi!

- Alex, para alguém que tem enrolado a todos nós com seus sumiços misteriosos você está sendo muito lento. - Disse bagunçando seus cabelos, ele afastou a cabeça estressado.

- Fala logo o que quer falar?

- O papai só está usando o amor que a nossa irmã sente por você, ela não fará nada que possa te deixar com problemas com o papai, até eu percebi isso. - Disse Adriano frustrado deixando-os para encontrar alguns amigos.

- Qual o problema dele? - Perguntou Alex preocupado.

- Ele deve estar preocupado com a amizade dele com o Felipe e contigo também. - Disse encarando-o, ele franziu a testa, mas não teve tempo de falar nada as amigas dela saíram puxando-a.

Todas as manhãs eram assim, Adriano se reunia com os amigos, Adriana com as amigas, Ariane com o namorado e ele ia encontrar sua amada, mas naquela manhã sua irmã mais nova estava em casa de castigo e ele não tinha mais uma garota para encontrar, exasperado levantou a cabeça bem no momento em que Jemima chegava com o irmão mais novo, ao mesmo tempo em que seu coração se encheu de alegria por vê-la encheu-se de raiva por não poder encontrar-se com ela como fizera todas as manhãs nos últimos meses, e por que não poderia fazer isso? Pelo mesmo motivo que a irmã estava em casa de castigo sem vir à escola, por culpa daquele crente safado que não soubera respeitar sua irmã sem pensar em nada correu na direção deles e acertou-lhe um murro no nariz fazendo-o sangrar, furiosamente ele queria bater ainda mais naquele cretino que nem se deu ao trabalho de se defender, Jemima ficou entre ele e o irmão fazendo-o recuar, o olhar furioso dela fez com que ele quisesse bater ainda mais naquela criatura, então do nada ela começou a chorar e seu coração acelerou.

- Por favor! Não faça com que tudo isso seja mais difícil do que já é. - Disse entre as lágrimas, o irmão a abraçou.

- Não fique assim Jem, ele tem razão para estar chateado comigo. - Disse o garoto sujo de sangue. - Vamos sair daqui antes que vire um tumulto, por favor!

- Não preciso que você me defenda seu...

- Chega Alex! - Gritou Jemima.

- O que está acontecendo aqui? - Perguntou Adriano e Felipe aproximando-se.

- Qual o seu problema? Nós te deixamos um segundo sozinho e você agride uma pessoa! - Resmungou Adriana se aproximando, ele ergueu as mãos para o alto e saíra infeliz deixando-os para trás.

Os irmãos de ambos decidiram não contar a nenhum dos pais o que acontecera naquela manhã do lado de fora da escola, o que facilitava manter o segredo entre os irmãos, e para total desespero de Alex, ficara devendo uma ao Pedro e seus irmãos, mas infelizmente seus próprios irmãos estavam certos agredir Pedro fora uma péssima ideia e com essa atitude ele só conseguiria criar mais problemas para a irmã que já estava bem encrencada e complicava seu namoro, isso se ainda tinha uma namorada, saber disso não ajudava em nada, pelo contrário, arrasado foi para casa de cabeça baixa para esconder as lágrimas que não conseguia controlar, naquele dia não almoçara e surpreso se deu conta de que os pais não chamaram sua atenção por isso.

Com o passar dos dias os pais focados na filha mais nova não estavam atentos para o filho mais velho que começara a andar com alguns garotos que com certeza os pais não aprovariam, começou a perder peso, sair de casa sem que os pais percebessem e a chegar a casa fora de hora e algumas vezes com hematomas de brigas.

- O que pensa que está fazendo da sua vida? - Perguntou Adriana certa manhã abrindo as janelas do quarto. - Esse quarto está fedendo.

- É só ir para o seu quartinho com cheiros de rosas. - Retrucou sarcástico cobrindo a cabeça com o lençol, furiosamente ela puxou o lençol chorando.

- Olha para mim! - Gritou, ele sentou assustado.

- O que foi? - Perguntou preocupado.

- A Ariane está trancada no quarto há uma semana, você está fazendo uma besteira atrás da outra, você deveria estar nos defendendo, e não agindo como um garoto tolo e irresponsável, por que você não confia em nós? Não podemos te ajudar mais podemos ficar do seu lado como ficamos do lado da Ariane.

- Do que você está falando? - Perguntou confuso.

- Você sabe que o papai vai mandar a Ariane embora, e você? Vai se acabar também? Deixando apenas os gêmeos? É isso o que vai acontecer conosco? Sempre fomos nós quatro contra o mundo, por que você está nos deixando sozinhos? - Disse em lágrimas, o irmão pulou da cama a abraçando.

- Eu sinto muito maninha! - Sussurrou triste, estivera com tanta pena de si mesmo que se esquecera dos irmãos.

- Ela chora o tempo todo, eu ouço do meu quarto. – Disse baixo. - E eu e o mano não conseguimos ajuda-la, nós precisamos de você nosso irmão herói e a nossa irmãzinha precisa de todos nós.

- Eu também não sei se posso ajuda-la, ou a vocês, eu não consigo ajudar nem a mim mesmo.

- Por que você não diz o que está te incomodando?

- Eu não sei o que te dizer. - Respondeu escondendo o rosto nos cabelos dela e percebeu que dissera a verdade, não sabia o que dizer à irmã, porque na verdade ele não sabia mesmo o que realmente o estava incomodando.

- Você está precisando de um banho. - Ele riu em seu cabelo e se afastou.

- Ok! Eu vou tomar um banho e vou ver a Ariane o que você acha? - Perguntou tenso.

- Uma ótima ideia. - Beijou o rosto do irmão e saiu sorridente.

Tempos depois Alex bateu na porta da irmã mais nova.

- Entre. - Respondeu tímida.

- Oi! - Respondeu envergonhado mostrando apenas o rosto, nos últimos dias agira como um estúpido e não vira a irmã desde o dia em que pela indiscrição dele, ela se viu obrigada a falar sobre a gravidez, ele não dava uma dentro com as garotas da sua vida.

- Oi irmão tudo bem? Os gêmeos me disseram que você está ocupado, espero sinceramente que você não esteja mal por causa das minhas bobagens. - Ele se aproximou abraçando-a prometendo a si mesmo que iria acabar com aquela situação de fazer os irmãos sofrerem por suas dores, sua irmãzinha já tinha problemas demais.

- Você não me causou nenhum problema, o único problema que você poderia me causar seria se você tentasse falar com o Pedro. - Disse piscando.

- Eu sei! Não precisava o papai te colocar para me vigiar, eu já fui muito atrás dele, e veja o que ele fez? Nada! - Replicou com os olhos marejados.

- O André é o encarregado de vigia-lo. - Ela o olhou surpresa. - O Marcelo me falou, era para ser o João mais como ele está ajudando o pai na congregação do Pugmil sobrou para o André, o Marcelo disse que ele está detestando essa situação. - Disse com o mesmo sentimento de solidariedade que sentira quando soube da situação do irmão mais velho de Jemima, afinal ele sabia que apesar da Adriana estar certa e o pai saber que Ariane não faria nada que pudesse prejudica-lo, sabia também que ele havia falado sério e que ele realmente contava que nenhum dos irmãos ajudasse-a.

Os dois deitaram e logo chegou os gêmeos e eles só saíram de lá quando a mãe os chamou para almoçar. Ele havia combinado sair com alguns dos novos amigos e como prometera à irmã não saíra de casa, mas alguns garotos fora atrás dele e decidido a não ir a lugar nenhum ele dispensou todos eles e ele estava feliz por estar com os irmãos, por terem conseguido tirar Ariane do quarto e os quatro irmãos se divertiam no jardim como há dias não faziam.

- Tem uma garota te procurando. - Disse o pai se aproximando. - Ariane por que você não está no quarto? - Perguntou irritado.

- A mamãe me deixou sair.

- A sua mãe não deveria ter feito isso, passe imediatamente para o seu quarto.

Ariane saiu correndo chorando e sem dizer uma palavra Alex foi vê quem o chamava, já imaginando quem seria.

Como imaginara a garota era uma das novas amigas, e ele apenas pegou uma jaqueta jeans e acompanhou sem dizer nada aos pais que discutiam porque a mãe havia autorizado a filha mais nova a sair do castigo.

Naquela noite Alex e os amigos se meteram em uma briga e foram parar na delegacia, o pai ao ser chamado conseguiu liberar a todos, e brigou com o filho até a casa, não que o filho ouvisse uma palavra que o pai dizia, só pensava na dor de cabeça que sentia, o pai o colocou de castigo, ele não se importava com o castigo, já não se importava com mais nada, foi para o quarto com um enorme vazio no peito.

Dois dias depois sua avó paterna chegou outros tempos fossem outros, ele teria saído do quarto correndo para encontra-la, mas não naquele dia, ouvira a alegria dos gêmeos e minutos depois Adriano entrou em seu quarto se jogando ao seu lado.

- Céus! Quando vai limpar esse quarto?

- Céus! É mal de gêmeos reclamarem dos quartos alheios! - Disse revirando os olhos.

- Não vai cumprimentar a vovó? - Perguntou ignorando-o.

- Depois.

- Você sabe que não está proibido de sair do quarto, não sabe?

- Claro! A minha prisão domiciliar se enquadra apenas para saídas de casa após a escola e com pessoas que eu escolho, por que o nosso pai acredita que eu sou incapaz.

- Você sabe que não é bem assim, aqueles garotos não são boas companhias e você sabe que eu tenho razão.

- Certo! E por que é mesmo que você está proibido de falar com o Felipe? Ele é um garoto bom e responsável.

- Você sabe muito bem porque o papai não quer que eu seja amigo do Felipe, por que você está agindo como esses adolescentes rebeldes sem causa? Você nunca foi assim.

- Não sou um rebelde sem causa, eu apenas cansei de ser certinho e claro que eu sei por que você está proibido de falar com o Felipe, eu só fico imaginando o que o papai vai fazer quando souber que você e a Drica estreitaram os laços ao invés de deixar de falar com ele.

- Você não vai falar com a vovó? - Perguntou Adriana da porta.

- Depois, agora eu vou arrumar o meu quarto cansei de vocês dois falando que meu quarto está bagunçado.

- E fedendo! - Exclamou a irmã entrando. - Quer ajuda?

- Não. - Respondeu juntando a roupa suja. - Sempre que você inventa de arrumar meu quarto minhas coisas somem. - Ela deu um beijo estralado no irmão e saiu cantarolando.

Eles terminavam de arrumar o quarto quando Adriana voltou

- Eu vou à sorveteria com a vovó e a Ariane, vocês querem ir?

- "Uau! Você sabe que se tornou uma criatura invisível na sua própria casa, quando a sua avó chega e ninguém lembra que você está de castigo no quarto". - Pensou. - Eu não posso ir a lugar nenhum, se esqueceu de que eu estou de castigo?

- Se o papai liberou a Ariane, óbvio que ele te libera também. - Disse

- Ele a liberou, ou a vovó apenas a tirou do quarto sem se importar para a opinião do papai ou da mamãe? - Perguntou Alex erguendo a sobrancelha.

- Bem, a vovó disse algo do tipo: - Pigarreou e imitou a voz da avó. - "Não me interessa saber quem colocou minha filha de castigo, ela já está trancada naquele quarto a tempo demais, hoje ela vai sair de lá". – Os irmãos rolaram de rir com a imitação da irmã, ela era muito boa imitando vozes.

- Foi o que pensei. Só mesmo a vovó para tira-la daquele quarto, ela está criando raízes lá. – Disse Alex ficando sério.

- Vamos meninos, vai ser divertido. – Insistiu Adriana.

- Vai com elas Adriano, não quero que o papai fique ainda mais chateado com a vovó, vocês sabem que ele faz as vontades dela, mas fica extremamente chateado.

- Isso é verdade, do jeito que ele está, acho que se fosse a vovó Doralice ele a mandaria cuidar da vida dela. – Disse Adriano franzindo a testa. – Eu vou ficar aqui.

- Vocês são dois chatos. - Disse Adriana revirando os olhos e saiu batendo a porta.

- Você sabe que a vovó não liga a mínima para a chateação do papai, por que não quer sair do castigo?

- Não é que eu não queira sair daqui, apenas não tenho nada para fazer lá fora. – Resmungou triste.

🚲🚲🚲

Jemima deitada em uma espreguiçadeira olhava as estrelas no céu, pensando no quanto Deus era excepcional, até ontem o senhor Henrique era o grande inimigo que a fizera perder tudo e, no entanto, agora ele a estava defendendo.

- E então notícias do seu advogado e do agente da Interpol? - Perguntou Felipe deitando-se na espreguiçadeira ao lado.

- Segundo eles o Bruno está viajando. Mas ele chega amanhã pela manhã, e eles irão pernoitar lá.

- Ansiosa?

- Até que não! Acho que eu estaria mais aflita e ansiosa se o senhor Henrique estivesse ido sozinho, sei que é Deus que está no controle dessa situação e fico feliz por Deus ter enviado o Patrick para ir com ele. - O irmão sorriu a encarando.

- Deus é mesmo surpreendente, veja só, você preocupada com o senhor Henrique e ele te defendendo.

- Eu estava exatamente pensando nisso.

- Lembra-se da tensão que foi a primeira semana depois que soubemos da gravidez da Ariane? - Perguntou Felipe olhando para o horizonte.

- Tensão! Misericórdia parecia que estávamos vivendo em campo minado.

- A única coisa boa era que nossos pais estavam tão preocupados com o Pedro e a Ariane que não prestava atenção em mais ninguém.

- Verdade, por um tempo pareceu que nem existíamos, o papai toda vez que saia quando voltava prestava conta com o André do que o Pedro havia feito se lembra? - Perguntou ela triste.

- Lembro sim, até o dia em que o André disse para ele fazer logo como o pai da Ariane e manter o Pedro em cárcere privado.

- O papai ficou uma fera, eu pensei que ele iria bater no nosso irmão, nunca o vi tão descontrolado quanto naquela época, nem parecia o nosso pai.

- Foi uma época difícil para todos nós, acho que para uns mais que para outros, não foi? - Perguntou abaixando a cabeça.

- O quê? - Perguntou por reflexo arrependendo-se assim que o irmão abriu a boca.

- Você e o Alex, por exemplo.

- Não sei se estou entendendo o que você está querendo dizer, qual o problema comigo e o Alex? - Retrucou inquieta.

- Sério? - Perguntou erguendo a sobrancelha. - Então você poderia, por favor, me dizer por que ele ficou rebelde e encrenqueiro e você infeliz e cabisbaixa? Impressionantemente você melhorou seu humor depois que o Pedro e a Ariane foram embora, e misteriosamente o Alex parou de sair com aquela galera barra pesada e também voltou a sorrir na mesma época e eu sei o quanto vocês dois amavam seus irmãos, então não era felicidade por eles estarem indo embora.

Ela gargalhou fora uma tola ao pensar que poderia enganar os irmãos.

- Eu sempre imaginei que em algum momento você ou o Pedro iriam descobrir. - Disse sentando e virando-se de frente para ele. – Então, o Pedro estava tão focado no namoro que não enxergava nem um palmo diante do nariz, e você, bem eu pensei que tinha conseguido te enganar. - Concluiu balançando a cabeça.

- Eu desconfiei, falei para o Adriano que falou para a Drica e tentamos descobrir alguma coisa, mas fomos péssimos detetives.

- Realmente, porque jamais me passou pela cabeça que você pelo menos desconfiasse que houvesse alguma coisa entre nós.

- Meu Deus! Havia mesmo alguma coisa entre vocês? - Perguntou dramático com a mão no coração, ela fechou a cara e ele riu compulsivamente, ela o empurrou forte.

- Sem graça!

- How! Você quase me derrubou, cuidado com a agressividade. - Disse empurrando-a de leve.

- Desculpe-me, te machucou? - Perguntou preocupada.

- Não, estou brincando. - Respondeu sério.

- Por que você não falou abertamente comigo sobre o que pensava? Eu precisei tanto... - Abaixou a cabeça, tanto tempo depois e as emoções daquela época ainda abalavam as estruturas dela.

- A Drica nos convenceu de que se vocês quisessem que soubéssemos teriam nos dito, pedimos inúmeras vezes para que vocês confiassem em nós, por que vocês não nos contaram? Por que não se apoiaram em nós?

- A verdade é que quando eu pensei que você desconfiava que tivesse alguma coisa, nós nem ao menos estávamos nos falando, aquela primeira semana não nos falamos, por isso eu estava tão infeliz e ele agindo como Matthew Broderick em 'curtindo a vida adoidado'. - Felipe gargalhou.

- Você está sendo condescendente com a rebeldia do garoto naquela época. - Disse ainda rindo, ela também sorriu.

- E quando nós voltamos a nos falar eu tentei disfarçar melhor, e pensei que havia sido bem-sucedida nisso.

- Na verdade vocês foram bem-sucedidos, na época não tivemos certeza, todos nós fomos tolos, eu deveria mesmo ter falo contigo, me partia o coração te ver sofrer e não poder fazer nada, eu cheguei a pensar que eu estava enganado sobre o garoto, que talvez você estivesse de namorico com outro garoto.

- Eu só tinha olhos para ele.

- Por que vocês esconderam de nós?

- Eu escolhi esconder, por ele, teríamos dito logo para todo mundo, mas eu tinha muito medo da reação do papai, ele detestava a família do Alex.

- E quando Pedro disse que estava namorando a Ariane?

- Ele queria aproveitar e contar sobre nós também e mais uma vez eu não deixei.

- Você sempre foi tão corajosa, o que o aconteceu para que você tivesse tanto medo?

- Sinceramente? Já não sei mais qual era o problema, e quando finalmente eu concordei em dizermos aos nossos pais sobre o nosso namoro, Ariane disse que estava grávida.

- E vocês brigaram por causa disso?

- Sim. Ficamos os dois defendendo nossos irmãos, e quando ele bateu no Pedro eu fiquei muito furiosa com ele, e ao invés de se desculpar comigo e meu irmão começou a agir como um idiota com aqueles caras.

- E porque ele tinha que te pedir desculpas ou ao Pedro? O garoto engravidou a irmã dele e simplesmente virou as costas para ela.

- Eu sei, e foi muito complicado ficarmos separados durante aquela semana, mas era difícil para nós separarmos as coisas. - Ela deitou-se novamente. - E depois foi complicado ficarmos juntos, enfim, para nós nunca foi fácil, acho que não era para ser mesmo. - Fechou os olhos e deixou as lembranças invadiram seu coração, lembranças doces e também amargas.

Continua...

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