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12 - Dirige os meus passos.

- Vamos à pizzaria? - Perguntou Leandro à porta da igreja.

- Eu quero ir para casa. - Respondeu Cassandra imediatamente, Alex a encarou com tristeza, a amiga não estava bem ultimamente.

- Vamos sim, você está precisando sair um pouco de casa e não é justo o João Lucas ficar enfurnado em casa porque a mãe dele está triste. - Respondeu Alex decido.

- Não seja por isso ele pode ir com vocês. - Respondeu simplesmente.

- Nem pensar, nós vamos passar em casa para pegar minha sogra e quem vai me ajudar com ela? - Perguntou sorrindo.

- E eu pensando que a ação do homem era pura filantropia. - Disse Leandro sorrindo também.

- Claro que sou filantrópico! - As crianças chegaram correndo. - Quem quer pizza? - As crianças se empolgaram, Isabella sorriu triste.

- Eu quero ir para casa tio. - Disse triste.

- Nem pensar! Vamos todos comer pizza e nos divertirmos. - Retrucou Cassandra abraçando a menina e olhando sério para os amigos.

- Podemos conversar Alex? - Perguntou Mário bruscamente ao seu lado.

- Sim. - Respondeu preocupado com o tom de voz do outro, o que acontecera com o irmão gentil e simpático? Leandro e Cassandra se afastaram com as crianças.

- Não demora. - Cochichou Cassandra em seu ouvido, ele apenas sorriu.

- Aconteceu alguma coisa? Você parece preocupado. - Disse em um tom descontraído tentando apaziguar os ânimos.

- E estou mesmo preocupado, na verdade eu queria falar com o Vinícius, mas ele não tem vindo à igreja. - Censurou e Alex mexeu-se inquieto, ele também percebera as faltas do amigo à igreja, ele e Leandro estavam exatamente falando sobre isso momentos antes quando Cassandra chegou e Leandro inventou a tal ida à pizzaria, pois não queria que ela soubesse que eles falavam do amigo, nos últimos dias Vinícius se tornara "persona non grata" para ela e no dia seguinte eles iriam ter uma conversa séria com o amigo.

- Mário eu estou com pressa, se puder ir logo ao assunto! - Disse já imaginando do que se tratava.

- Eu sei que você tem a Isabella como a uma filha, então espero que você possa me ajudar. - Alex o encarou em silêncio. - Não sei se você sabe, mas a Isabella está flertando com o meu filho.

Não passou despercebido a Alex que ele chamara a garota pelo nome e não pelo apelido, franziu a testa em um misto de raiva e frustração.

- Pelo que eu percebi o seu filho também está flertando com ela. - Disse na defensiva. - E qual o problema? Você tem alguma coisa contra a Bella? - Perguntou irritado.

- Eu não tenho nada contra ela, mas com certeza eu não quero meu filho se envolvendo com uma garota que não é da mesma fé que ele que pode tira-lo do caminho de Deus.

- Você acredita mesmo que a Bella faria isso? Ela tem vindo à igreja e...

- Até o pai está faltando aos cultos por causa de um rabo de saia, você não pode imaginar que eu fique tranquilo com o meu filho interessado em uma garota com a bagagem da Isabella. - Alex fechou os olhos e respirou fundo.

- Do que você está falando? Que tipo de bagagem você imagina que uma garota de dezesseis anos possa ter? - Perguntou indignado.

- Fala sério Alex! Pais separados, o pai crente mais anda para cima e para baixo com uma mulher descrente, e a mãe, só Deus sabe o que faz desde que abandonou o marido.

- "Me dê sabedoria Senhor". - Pensou, abriu os olhos e encarou o homem à sua frente. - Eu posso te dar um conselho? Não tente viver a vida do seu filho, confie mais no Deus que você serve e deixe-O cuidar de tudo isso, saiba Mário que às vezes em algumas raras situações aquele que tem uma bagagem e está chegando tem mais disciplina e cuidado do que aqueles que aparentemente nunca saíram do caminho, e quanto a Tereza e o Vini não fale do que você não sabe.

- Papai! - Chamou Júlia, ele suspirou.

- Já vou filha. - Respondeu sorrindo e a filha voltou correndo ao encontro dos outros. - O seu filho é um ótimo garoto e ele merece receber o melhor que Deus tem para ele, por inúmeras vezes a gente perde a bênção que Deus tem para nós porque deixamos de confiar no que Ele está colocando à nossa frente, porque acreditamos que merecemos mais do que estamos recebendo, por acreditar que conhecemos algumas pessoas e que elas não são dignas de estar com os nossos filhos como se fôssemos nós mesmos dignos de alguma coisa.

- Você não está entendo, eu tenho medo de perder o meu filho, ela tem mais experiência que ele, e se ela convencê-lo que tudo o que ele aprendeu é bobagem?

- Você está focando na pessoa errada, não é ofendendo a Bella ou destruindo a sua relação com o seu filho que você conseguirá tirar seus medos ou afasta-los, você deve focar em Deus, como é a nora que você tem pedido a Deus, você acredita que Deus ama o seu filho e tem o melhor para ele?

- Óbvio que eu acredito! - Respondeu indignado, Alex conteve para não revirar os olhos.

- Então está preocupado por quê? Ore, confie e espere. Eu vou orar também, vou falar com o Vinícius e ficar de olho na Bella, como você disse, ela é como uma filha para mim e não quero ninguém difamando ela por aí, mesmo que seja um pai preocupado.

- Eu não queria ofendê-la desculpe-me, acho que você tem razão, eu me deixei levar pelos comentários dos outros, mas o comportamento do Vinícius também não está ajudando.

- Papai! - Novamente chamou Júlia puxando sua mão, ela estava de mãos dadas com o Renato, ele ergueu a sobrancelha e encarou o homem à sua frente que encarava o jovem com a cara fechada.

- Pai eu gostaria de ir à pizzaria com a Cassy e o Leandro.

- Está tarde e você sabe que amanhã você vai abrir a panificadora comigo.

- O senhor sabe que eu não tenho problemas em acordar cedo. - Respondeu o garoto ressentido.

- Renato você pode, por favor, levar a Júlia até a Cassy? E diga a ela que eu já vou. - O garoto olhou para o pai magoado.

- Vamos Julinha, outra vez eu vou com vocês. - Disse puxando a menina pela mão.

- Deixa-o ir com a gente, eu te dou a minha palavra que só comeremos a pizza e eu o deixarei em sua casa.

- Você se recorda de como é estar apaixonado nessa idade? - Perguntou preocupado.

- Eu me recordo de como é estar apaixonado pela garota mais maravilhosa que Deus já colocou em sua vida e você a deixar escapar por entre os dedos, pois toda a sua vida ruiu porque você permitiu que as escolhas de outras pessoas interferissem no que deveria ser ou fazer da 'sua vida'. - Disse passando a mão pela cabeça. - E então, eu preciso ir vai deixar o garoto ir comigo ou não? - Perguntou com o coração angustiado.

- Tudo bem, se você se responsabiliza pelos dois, tudo bem. E ele tem razão, ele é bom em acordar cedo.

- Obrigado. Tenta se aproximar mais do seu filho neste momento tão delicado, e não se afastar dele. Boa noite irmão, a Paz.

- Boa noite a paz. - Respondeu distraído.

🚲🚲🚲

Alex acordou cedo como sempre, estava chegando o grande dia em que ele finalmente iria poder dizer à família que estava apaixonado e namorando, para seu desespero matinal encontrou Ariane vomitando, nunca vira a irmã doente.

- Maninha você está bem? Eu vou chamar a mamãe. - Disse exasperado ao ver a cara pálida dela.

- Não, por favor! - Pediu sem energia, ela saiu do banheiro e sentou no chão encostada à parede. - Eu comi alguma coisa que não fez bem. - Ele sentou ao lado dela e a abraçou. - Desculpe por essa cena horrorosa, eu estava tão mal que me esqueci de fechar a porta.

- Ainda bem que não foi a mamãe ou o papai que te encontraram nesse estado, ou você estaria sendo carregada para o hospital. - Disse piscando, ela sorriu constrangida.

- Ou a Drica que nem me perguntaria o que eu tinha e já acordaria a casa toda! - Disse deitando no ombro do irmão

- Tem certeza que você está bem? Você está estranha desde que voltamos de viagem. - Perguntou encostando a cabeça na da irmã. - Confia em mim, por que você está com medo? O que você está nos escondendo?

- Não estou escondendo nada e nem estou com medo. - Disse ríspida levantando-se, assustando-o.

Ele levantou encarando-a, os olhos da irmã mais nova eram um tom achocolatado na maioria do tempo, pois, a cor deles mudava conforme o seu humor e sentimentos, os irmãos diziam que era impossível para ela mentir porque os olhos dela denunciam, e por isso ele tinha certeza que naquele momento ela estava mentindo para ele.

- Você sabe que é impossível para você mentir. - Disse carinhosamente.

- Eu odeio esses olhos! - Resmungou furiosamente e saiu correndo, ele ficou ali parado olhando para o corredor vazio, sentindo um aperto no peito com um mau pressentimento entrou no banheiro.

Naquela manhã ele encontrou Jemima antes da aula como todos os dias, ela não estava bem, estava ansiosa e angustiada. - "Qual o problema com essas garotas hoje?". - Pensou aflito.

- Que bicho te mordeu? - Perguntou abraçando-a.

- Você tem certeza que quer falar com os meus pais sobre a gente? - Perguntou dengosa, ela conseguia tudo dele quando falava naquele tom, ele suspirou.

- Você disse que depois da conferência nós diríamos a eles, ontem eles estavam cansados, hoje eles irão para o Pugmil, não ficarei nada surpreso se amanhã acontecer qualquer outra coisa. - Disse afastando-se dela e sentando na arquibancada.

- É claro que eu também quero acabar com isso mais estou com medo do que pode nos acontecer. - Ele a puxou para os seus braços, mas seus pensamentos estavam na irmã que obviamente não estava bem, poderia deixar esse assunto para depois. - O que foi? Você está preocupado, eu estou com medo mais não vou dar para trás, amanhã depois da aula nós vamos falar com os meus pais.

- Tudo bem, nós podemos esperar mais um pouco.

- Como assim? Pensei que você estivesse ansioso para falar com o meu pai. - Disse desconfiada, ele sorriu sacudindo a cabeça.

- Quem te entende! - Disse beijando-a.

- Você não quer mais falar com o meu pai?

- É óbvio que eu quero falar com o seu pai, tudo o que eu quero é dizer a todo mundo que sou seu namorado, só estou concordando contigo, se você não está preparada tudo bem, nós esperamos mais um pouco. Até porque eu estou preocupado com a Ariane, está acontecendo alguma coisa ela está muito estranha.

- Talvez ela esteja com TPM. - Disse se afastando e ele a encarou.

- Você está sabendo de alguma coisa? - Perguntou angustiado.

- Não sei de nada, mas o Pedro também está estranho não conversa como de costume, não está comendo direito, eu o tenho visto perambulando pela casa no meio da noite e ele desconversa quando a gente pergunta.

- Idem! Com a Ariane está acontecendo a mesma coisa e hoje ela estava vomitando.

- Será que ela está doente? - Perguntou preocupada.

- Não sei, ela me disse que foi alguma coisa que comeu e que não era nada sério, mas o estranho é que minha irmã nunca adoece.

- Provavelmente estamos exagerando e nossos irmãos caçulas estão bem.

- Não sei não! Ela estava muito agitada e aflita e a Ariane 'nunca' fica aflita com nada!

- Deve ser algum problema entre eles uma vez que meu irmão também não está no seu estado normal, com certeza é só uma briguinha boba.

- Deus te ouça. - Disse abraçando-a apertado.

- E eu estou sim apavorada com a reação do meu pai quando souber sobre nós, mas conforme o combinado nós falaremos com eles amanhã e seja o que Deus quiser. - Ele sorriu feliz a beijando.

Ele ficara ainda mais preocupado com a irmã depois que Jemima demonstrara preocupação pelo irmão, queria acreditar que era coisa de namorados, mas quanto mais pensava no estado da irmã pela manhã mais acredita que era pior do que ele poderia ao menos supor.

Não foi ao encontro de Jemima no intervalo daquele dia pediu ao Marcelo para avisa-la que não poderia vê-la e foi à procura de Pedro não o encontrou em lugar nenhum, extremamente indignado, depois do sinal indo para sua sala encontrou Jemima com Adriana e Marcelo.

- Vocês viram o Pedro? - Perguntou frustrado.

- O que você quer com o meu irmão? - Perguntou confusa.

- Quero falar com ele algum problema? - Respondeu ríspido arrependendo-se imediatamente. - Desculpe-me.

- Ele não veio à aula. - Respondeu Marcelo que estudava na mesma sala que ele.

- Como que é? - Perguntaram Alex e Jemima surpresos entreolhando-se.

- Melhor irmos para nossas salas antes que alguém apareça por aqui. - Disse Adriana segurando o braço do irmão e puxando-o. - A Ariane também não veio à aula. - Sussurrou enquanto os outros se dirigiam às suas salas.

- Tem certeza? - A irmã assentiu.

- Tem alguma coisa errada Alex, ela não está em seu estado normal, e quando você viu a nossa irmãzinha nerd faltando aula?

- Tem mesmo alguma coisa muito errada. - Concordou pensativo.

- Não vai se meter em encrenca tenha calma, não poderemos ajuda-la se você começar a fazer bobagens por aí, como por exemplo, maltratar a Jemima que não tem nada haver com seja lá o que estiver acontecendo com a nossa irmã e o irmão dela.

- Você tem razão, vou falar com ela depois. - Respondeu passando o braço pelo pescoço da irmã.

Ao sair da escola naquela manhã os irmãos concordaram em não dizer nada aos pais sobre a falta de Ariane na escola e que Adriana iria falar com ela e tentar descobrir alguma coisa.

- Seria melhor que você Adriano fosse falar com a Ariane, a Drica é tão gentil quanto um elefante é discreto. - Disse Alex, a irmã mostrou-lhe a língua.

- Meninas se entendem. Se a Drica não conseguir nada aí tentamos, um de nós de dois. - Respondeu Adriano piscando para a gêmea.

- "Isso não vai prestar!". - Pensou Alex sacudindo a cabeça, Adriana era tudo nesta vida, menos gentil ou diplomática.

Antes de ir à mesa do almoço foi ao banheiro encontrando Adriana encostada à parede.

- Ariane que está no banheiro? - Perguntou ao seu lado assustando-a.

- Sim. E a previsão do banheiro ficar pronto? - Perguntou sorrindo.

Ele fungou frustrado, estourara um cano em seu banheiro e já havia duas semanas e o pai ainda não conseguira alguém para arrumar.

- Nenhuma. E estou começando a pensar que o banheiro da Ariane também está com defeito.

- Por quê?

- Por que vira e mexe eu a encontro nesse banheiro. - Resmungou jogando a cabeça para trás encostando-se à parede fechou os olhos. - E aí, como foi com ela? Conseguiu descobrir a razão de ela faltar aula?

- Não. Ela mentiu na cara dura para mim, aliás, eu gostaria de saber por que meus irmãos estão estranhos e cheio de segredinhos para cima dos gêmeos. - Ele levantou a cabeça rapidamente a encarando. - Sério que você pensou mesmo que eu não perceberia o seu comportamento?

- Eu não faço ideia do que você está falando. - Disse tentando acalmar o coração. - A sua irmã mais nova quem está cheia de segredinhos. - Disse retornando a posição anterior.

- Se você quer continuar fingindo que não está acontecendo nada, o problema é seu. - Respondeu irritada.

- O que foi? - Perguntou Ariane assustando a ambos, ele engoliu seco diante a palidez da irmã.

- Nada. - Respondeu Adriana a puxando pela mão.

- Bebezona! - Esbravejou, sentindo-se também um bebezão, sorrindo entrou no banheiro, nada tiraria seu bom humor.

As irmãs já estavam à mesa quando ele chegou, olhou atentamente Ariane à sua frente definitivamente ela parecia doente, estava extremamente pálida e ele percebeu que suas mãos tremiam, ela era uma artista com um pincel nas mãos ela nunca tremia daquele jeito, sentou em silêncio. - "Depois do almoço vou tentar falar com ela de novo, ou vou ter que falar com a mamãe". - Pensou preocupado.

Como acontecia nos últimos dias, Ariane mal tocou na comida e isso já estava refletindo em seu rosto que estava mais fino que o normal, ela era a menor deles e naquele momento ele teve a impressão de que ela estava ainda menor, de cabeça baixa e encolhida ela mexia na comida sem dizer uma palavra, sentado ao lado da mãe e concentrado na irmã ele assustou-se com o garfo que a mãe soltou no prato com violência, todos olharam para ela, exceto Ariane que continuou a remexer a comida no prato.

- Está tudo bem Ariane? - Perguntou a mãe.

- Sim, está tudo bem. Eu acho que comi alguma coisa que não caiu bem, porque meu estômago está ruim.

Alex fungou diante da mudança de tonalidade nos olhos da irmã, em uma coisa ela tinha razão deve ser detestável ter um par de olhos que não te deixa mentir, e naquele momento ele teve certeza que fosse o que fosse que ela estivesse escondendo era alguma coisa grave, e o pior que ele não era o único a encara-la e saber que ela estava mentindo, ele não iria ficar ali parado compactuando com o que quer que fosse que estivesse acontecendo e que ainda pudesse coloca-la em maus lençóis.

- Ela estava vomitando hoje pela manhã e toda hora ela está no banheiro. - Disse preocupada encarando-a desafiando-a a contradizê-lo.

Ela o olhou de cara feia, ele manteve o olhar fixo nela até a pergunta da mãe o irritar.

- E porque só agora eu estou sabendo disso? - Perguntou a mãe brava.

- Porque ela disse que não era nada. - Respondeu irritado dando de ombro, detestava quando a mãe agia como se os erros dos mais novos fossem culpa dele, e já que o caldo entornou. - Mas pelo jeito é sim alguma coisa, já tem alguns dias que ela está esquisita e a cada dia está pior. - Disse encarando-a.

Só esperava que ela o compreendesse e o perdoasse, ela apenas fungou de raiva, tinha certeza de que se pudesse quebraria o copo que segurava em sua cara, ele apenas suspirou não havia mais o que fazer.

- Ariane tem alguma coisa para nos contar? - Mudando o tom de voz para o mais brando possível. - Filha seu irmão tem razão, eu também tenho observado que você está muito estranha, o que está acontecendo? E não me venha com essa história de comida que te fez mal você tem um estômago de avestruz. - Exigiu a mãe empurrando o prato.

Alex achava incrível a atitude que o pai tinha em momentos como aqueles, que a mãe pressionava qualquer um deles pelo que fosse, apreciando seu almoço, qualquer pessoa julgaria que ele não estava ouvindo uma palavra do que estava sendo dita àquela mesa, mas ele era capaz de narrar cada um dos acontecimentos e até as reações pessoais que sucedera, mas jamais interferia, a prova disso foi a mão que sutilmente tocou a mão da esposa.

- Filha, seja qual for o problema, quem melhor que a sua família para te ajudar e apoiar? - Perguntou o pai sorrindo, tentando não constranger ainda mais a irmã, serviu-se de suco.

- ESTOU GRÁVIDA! - Respondeu a irmã naturalmente, ele derrubou o copo que pegava naquele momento e sentiu o líquido em sua cara que Adriana sentada à sua frente cuspiu nele, ele olhou-a de cara feia, mas mudou as feições no mesmo instante ao ver a preocupação no rosto da irmã.

Ele não ouviu ou sentiu mais nada, conforme as palavras da irmã iam tomando forma em sua mente e pela primeira vez na vida desejou bater na irmã, tudo o que queria naquele momento era avançar sobre ela e enche-la de pancada, ela não estava acabando apenas com a vida dela, estava acabando com a dele também.

A mãe poderia ter esperado até o dia seguinte para pressiona-la, e ele o que ele queria dizendo que ela estava vomitando? Por que ele não ficara calado? Ele só precisava de mais um dia para assumir o seu namoro, tentou se concentrar no que estavam falando, mas a única coisa em que pensava era que qualquer chance de que os pais de Jemima ou os dele pudessem vir a aceitar aquele namoro havia acabado totalmente com a declaração da irmã.

O pai saíra resmungando, a mãe abraçara Ariane e Adriana apertava a mão dela solidariamente, ele procurou pelo irmão e só havia uma cadeira derrubada onde antes ele estivera sentado, irritado levantou também derrubando a cadeira.

- "Perdi a namorada e ainda não posso ajudar minha irmã, bela vida esta minha!". - Resmungou saindo pisando duro.

Pegou sua bicicleta e pedalou rápido só parando em frente à casa do amigo Marcelo, batendo freneticamente na porta.

- Quem está morrendo? - Perguntou senhora Eva abrindo-a.

- Desculpe-me eu quero falar com o Marcelo. - Disse já entrando porta adentro e correndo para o quarto do amigo que estava vazio.

A senhora Eva ainda estava no mesmo lugar de braços cruzados e sorrindo, envergonhado ele cruzou os braços.

- Perdoe-me por invadir a casa da senhora desse jeito. - Pediu abaixando a cabeça.

- Tudo bem, deve ser grave o que você quer falar com o meu filho. - Constatou erguendo a sobrancelha.

- É grave e urgente. - Respondeu sentindo falta de ar.

- Ele está na casa do pastor Gustavo.

- "Perfeito". - Pensou sorrindo. - Eu vou até lá, obrigado e, por favor, perdoe-me. - E saiu rápido. E mais uma vez pedalou como se fosse um ciclista profissional.

Respirou fundo ao tocar a campainha da casa do pastor, a senhora Helena que ajudava na casa atendeu a porta franzindo a testa.

- Hoje é o dia de a sua família vir aqui? - Perguntou estranha.

- Não entendi! - Disse confuso.

- A sua irmã, Ariane, ela esteve aqui hoje pela manhã. - Respondeu com desdém.

- "Por isso ela não foi à aula". - Pensou em um misto de pena e raiva da irmã. - Ela não tinha nada que ter vindo aqui. E eu vim aqui porque eu quero falar com o Marcelo e já que eu estou aqui quero falar com o Pedro também. - Disse cheio de raiva.

- Eu vou chamar o Marcelo, e quanto ao Pedro infelizmente assim como sua irmã não pôde falar com ele você também não poderá. - Disse sorrindo entrando na casa.

- "Quem essa criatura pensa que é para se aproveitar da minha irmã e ainda ficar fazendo com que ela corra atrás dele! E essa irmã fajuta? Não sei o que minhas irmãs estão fazendo no meio dessa gente arrogante e metida a besta". - Pensou ainda mais irritado sentando na calçada.

- Alex! O que você está fazendo aqui? - Perguntou Marcelo sentando ao seu lado.

- Eu preciso falar com a Jemima, é urgente!

- Ela foi para o Pugmil com os pais.

- Eles não foram cedo?

- Não foi possível sair mais cedo, eles saíram não tem dez minutos.

- E o Pedro? - Perguntou com o coração cheio de raiva.

- Foi também, o João e o Felipe estão em casa os outros foram com os pais, só chegam à noitinha. Alex o que está acontecendo? - Perguntou preocupado.

- Faz um favor para mim? - Perguntou levantando-se o outro assentiu. - Diga a ela que a espero no ginásio o mais cedo que ela puder ir.

- Alex...

- Depois conversamos. Eu preciso ir para casa. - Pegou a bicicleta e saiu deixando o amigo preocupado.

🚲🚲🚲

Na noite anterior Alex ligara para Vinícius pedindo-lhe para chegar mais cedo à igreja, pois ele queria falar com ele antes da EBD.

- Pensei que havia se esquecido de mim! - Reclamou Vinícius quando Alex sentou ao seu lado.

- Desculpe-me! Precisei explicar à senhora Olga por que eu iria sair mais cedo, para que ela trouxesse as crianças, e você sabe que quando ela quer pegar no pé, é triste!

- E o que é mesmo que você quer me falar que não poderia esperar até o almoço? O Leandro me disse que vocês marcaram um almoço para nós três amanhã. - Disse em tom de censura.

- Desculpe se não combinamos contigo com antecedência, mas está dificil falar contigo nos últimos dias.

- Você falou igualzinho à Bella.

- Exatamente sobre a Bella, sua filha que eu quero falar.

- O que tem ela? - Perguntou indiferente, confuso Alex ergueu a sobrancelha. - O que ela aprontou?

- O que ela aprontou? Sério isso? Você por acaso percebeu que essa semana ela veio para a sua casa no meio da semana? Você percebeu que está magoando as pessoas ao seu redor? Principalmente a sua filha?

- Eu não estou entendendo, ela tem vindo à minha casa no meio da semana e sem avisar, se ela tem algum problema é só falar não estou entendo o drama, e essa semana eu estava de saída quando ela chegou e no dia seguinte eu perguntei qual era o problema e ela me disse que não era nada.

- Você viu que ela saiu bem cedo de casa?

- O quê? E ela foi aonde? - Perguntou finalmente demonstrando alguma preocupação.

- Ela foi à minha casa falar comigo.

- E o que ela queria? - A indiferença de volta.

- "O que está acontecendo que eu não estou percebendo?". - Pensou inquieto. - Ela queria falar sobre o garoto que ela está gostando, sobre as dúvidas que ela tem, enfim coisas que ela queria falar com o pai dela.

- E ela não falou comigo porque não quis e porque é mimada e cheia de vontades.

- É sério isso Vini? Você está chamando a sua princesa de mimada e cheia de vontades? A sua garotinha que sofreu pesadelos por meses quando você se separou da mãe dela porque você não estava com ela todos os dias?

- A Ana Maria abriu os meus olhos, eu faço demais as vontades da Isabella, ela não tem disciplina, na mesma hora que eu penso que ela está com a mãe, ela já está lá em casa, isso tira totalmente a minha liberdade.

Alex ouviu cada palavra sem conseguir acreditar de fato que o amigo que tanto amava e admirava principalmente pelo pai que era estava realmente falando tudo aquilo.

- Que bom que você encontrou uma mulher que conseguisse abrir os seus olhos, só me deixa te lembrar de que a guarda dela é compartilhada! E que ela tem todo o direito de ir e vir quando quiser!

- Eu só estou dizendo que ela deveria me avisar quando estivesse indo para a minha casa.

- Pensei que a casa também fosse dela. - Sussurrou. - Então pelas coisas que a sua namorada tem feito você perceber, eu posso deduzir que você concorda com o pai do garoto que ela gosta, quando ele diz que ela não é boa o bastante para o filho dele! - Disse sarcástico se levantando.

- Do que você está falando? - Perguntou ficando também de pé. - Você sabe quem é o garoto que ela gosta? - Perguntou inquieto, passou a mão na cabeça, não gostava dessa situação. - Ela te falou sobre ele, disse quem é ele?

- Eu sei quem é o garoto, e não, ela não me falou eu descobri sozinho, coisa que você já teria feito se estivesse ao lado dela. E o pai dele queria falar contigo e como você não tem ido à igreja ele falou comigo e quer que você vá falar com ele.

- O garoto é da nossa igreja?

- Sim. Eu vou falar com o pai dele para te procurar, mas se possível fale primeiro com a Bella acho que ela gostaria de falar contigo pessoalmente sobre o garoto, é um direito dela, vê se não tira isso dela também.

- E por que ela não me falou?

- Vini, você tem dado à sua filha a atenção que você sempre deu? - Perguntou suspirando. - Não permita que sua filha se afaste de você de maneira irreversível.

- Eu vou falar com ela. - Disse ressentido.

- Ótimo! Agora vamos para a igreja. - E em silêncio eles saíram da lanchonete.

Continua...

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