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09 - O amor não se porta inconvenientemente.

Alex saia de casa para ir à panificadora quando se surpreendeu com Isabella que chegava ao portão no momento em que ele o abria.

- Bella! Aconteceu alguma coisa? - Perguntou preocupado.

- O senhor tem um tempinho para mim? - Perguntou ansiosa em resposta.

- Se importa de andar um pouco? - Ela negou passando por ele, colocou a bicicleta para dentro do muro e sorrindo timidamente acompanhou-o até a panificadora em silêncio. - O que você queria falar comigo? - Perguntou levando-a até uma mesa, ansiosamente ela mexia as mãos sem parar, ele pegou o celular e rapidamente escreveu uma mensagem.

*Filha, eu estou na panificadora talvez eu demore, tente acalmar a sua avó. Beijos. - Enviou a mensagem para Laila.

- Querida, seja lá o que você quiser falar sabe que pode me falar sem receios, não sabe? - Perguntou gentilmente.

- Eu sei! Eu gostaria de falar com o meu pai, mas ele não tem mais tempo para mim! - Disse ressentida.

- Com licença. - Disse Mário o dono do estabelecimento sorrindo. - Bom dia Alex, a paz, bom dia Bella.

- Bom dia Mário. - Respondeu Alex estranhando o comportamento da garota que ficou constrangida e abaixou a cabeça ao responder ao cumprimento.

- O que vocês desejam? - Perguntou encarando Alex.

- Quer alguma coisa Bella?

- Não, obrigada. - Respondeu rápido, ele franziu a testa.

- Também acho não quero nada por enquanto. - Respondeu sorrindo.

- Vou trazer um café puro para você e um café com leite para a Bella, para aquecê-los enquanto conversam. - Disse apertando o ombro de Alex, que concordou sorrindo.

- Bella o que está acontecendo?

Quando encontrara a garota à frente de seu portão tão cedo, imaginou que ela estivesse chateada com o namoro do pai, mais agora algo lhe dizia que era um pouco mais grave.

- Eu queria conversar um pouco, e meu pai agora está sempre ocupado com a namorada. - Disse ressentida.

- Pensei que você quisesse que seu pai arrumasse uma namorada.

- E queria mesmo, mas gostaria que ele arrumasse um tempo para mim e continuasse a me amar.

- Claro que ele tem tempo para você e te ama. Sua mãe está tentando colocar você contra o seu pai de novo? - Perguntou preocupado, já passaram por isso antes.

- Não tio, nós já passamos da fase da alienação parental, e ela até parou de falar mal da tia Cassy depois que fiz o que o senhor me aconselhou e falei com ela, foi uma conversa interessante! - Disse franzindo o cenho preocupou-se com o que Tereza poderia ter dito à filha para que ela ficasse com aquele vinco na testa.

- Fico feliz por isso. O que aconteceu? Por que você acha que seu pai está sem tempo para você? - Perguntou tentando não pensar nos problemas do amigo com a ex-esposa.

- Eu vim ontem porque eu queria conversar com ele, e ele simplesmente saiu com a aquela recepcionista e nem me deu atenção. - Alex entristeceu-se com o amigo, estava magoando Cassandra e agora a própria filha, a luz de seus olhos, suspirou.

- Aquela recepcionista tem nome Bella, não é assim que tratamos as pessoas. - Disse sério.

- Desculpe-me tio. - Sussurrou tímida. - Ela me olha como se eu fosse uma intrusa, mas a intrusa é ela. Por que o meu pai está para cima e para baixo com ela? Ele gosta da tia Cassy, então por que ele está complicando a vida dele? - Perguntou magoada.

- Só ele pode te responder a essa pergunta minha querida. - A garota passou a mão pela cabeça.

- E não é sobre isso que eu quero falar. - Disse mexendo-se na cadeira, em silêncio ele esperou. - O senhor sabe que eu estou gostando de um garoto mais novo. - Ela afirmou encarando-o e ele assentiu encarando-a também, ela abaixou a cabeça envergonhada. - Claro que sabe, quando eu disse a ele que havia perdido a virgindade ele foi correndo contar para o senhor.

- Ele só me contou porque ficou em pânico e não sabia o que fazer você só tinha treze anos e ele pirou. - Disse solidário.

- O senhor falou comigo tranquilamente.

- Eu apenas consegui disfarçar melhor que o seu pai, mas acredite-me eu estava tão apavorado quanto ele. - Respondeu sorrindo, Mário voltava com os cafés, eles agradeceram.

- Lembra que o senhor me disse, que existiria uma chance de eu conhecer um garoto e desejar ter me guardado para ele e me arrepender daquela decisão? - Perguntou corada aquecendo as mãos no copo quente.

- Lembro, e lembro-me também que você disse que isso jamais iria acontecer.

- Eu era muito tola, não era! - Disse com os olhos marejados.

- Não! Você era uma criança acreditando que já era adulta, e daqui a alguns anos você vai perceber que nunca se é adulto o bastante, a gente vai crescendo e os problemas também. - Disse triste por vê-la tão insegura e magoada.

- O senhor estava certo, aconteceu! Eu gostaria de ter esperado. O garoto que eu gosto é da mesma igreja que o senhor e o meu pai. - Em questão de segundos ele passou todos os garotos da igreja que tinham quinze anos, mas sem mais informações era impossível ter pelo menos uma ideia de quem poderia ser.

- E vocês estão ou não namorando?

- Não. Ele disse que precisa orar, e que é complicado porque eu não sou da mesma fé que ele, tudo isso é um pouco confuso para mim. - Respondeu desolada.

- Ele está certo, é mesmo complicado e acredite-me eu sei o quanto isso é confuso. - Disse com um meio sorriso. - E o que ele acha de relações sexuais antes do casamento? - Perguntou interessado.

- Ele está se guardando para o casamento. - Disse inquieta. - Ele sabe que eu não sou mais virgem e ele não fica me atormentando com isso, mas aconteceu uma coisa que me deixou triste e insegura. - Ela se mexeu na cadeira, olhando para os lados.

- Minha filha se você preferir esperar para conversar com o seu pai, eu compreendo que é um assunto delicado.

- Agora eu até prefiro mesmo falar com o senhor a ele. - Disse abaixando a cabeça, Alex sorriu.

- Tudo bem, eu só não quero que você fique constrangida, mas você sabe que depois terá de conversar com seu pai, por mais que eu te ame como a uma filha, ele é o seu pai e te ama incondicionalmente. - Ela encarou-o abrindo a boca. – Ele está passando por um momento de deslumbramento com a nova amiga é só isso, logo as coisas voltaram ao normal, você vai vê.

- Assim eu espero, sinto falta do meu pai e quanto ao meu pai eu vou falar com ele, até por que eu sei que vocês contam tudo um para o outro.

- Você mesma disse que queria falar com ele, então não é segredo. - Disse sorrindo erguendo as mãos.

- Sei! - Disse sorrindo verdadeiramente pela primeira vez naquela manhã.

- O que te entristeceu? - Perguntou triste por apagar aquele sorriso.

- Eu fui àquela igreja que tem perto de casa a família da minha amiga Larissa congrega lá e me convidaram, e eu estou mesmo interessada em ir à igreja, sei que parece que é por causa dele, e no começo era mesmo, mas agora não é mais só por ele. - Ela disse sacudindo a cabeça, ele sorriu contente.

- Eu fico feliz que esteja indo à igreja, e principalmente que o garoto não seja mais o único motivo que esteja te levando até lá.

- Eu também estou feliz por ir à igreja, mas não sei se quero continuar indo. - Sussurrou abaixando a cabeça.

- O que aconteceu?

- O pastor disse que os garotos não deveriam se envolver com meninas que não fossem mais virgens, pois elas poderiam deixa-los inseguros fazendo comparações e não há garantias de que elas possam respeita-los já que elas não são puras e não tem noção do que é santificação do templo do Espírito Santo, que eles devem se relacionar com as garotas virgens e inocentes da igreja, pois elas sabem da importância de ser pura e que os amarão e respeitarão... - Uma lágrima desceu pelo rosto dela fazendo-a calar.

Ele virou a cara para o outro lado e fechou as mãos, apertando furiosamente os dedos quando ela não conseguiu mais segurar as lágrimas e chorou compulsivamente.

- Não fique assim minha filha. - Disse estendendo-lhe guardanapos, ela tremia, mas conseguiu conter as lágrimas. - São pastores que falam o que passa na cabeça sem se importar com quem possa estar magoando que afastam pessoas preciosas para a Obra do Senhor. - Disse entristecido. - "Pastores com esse tipo de comportamento me deixa enervado e estressado, até lembra o pastor Gustavo na minha juventude". - Pensou oferecendo mais guardanapos.

- Está tudo bem? - Perguntou Renato filho do Mário, ele era um bom garoto, extremamente gentil e simpático, mas o teor de pânico na voz dele fez Alex ficar atento aos dois e sorriu ao perceber que ali estava o alvo das inquietações da menina e que era recíproca a inquietação.

- Tudo bem meu filho, ela só está um pouco chateada, mas vai ficar tudo bem. Você pode trazer um pouco d'agua para ela?

- Claro! - E saiu tão corado quanto ela.

- Eu vou te contar um segredo. É um segredo mesmo, nem seus pais, a Cassy ou o Leandro sabem. - Renato voltou com a água.

- Aqui. - Disse colocando na frente dela.

- Obrigada. - Sussurrou ela quase inaudível.

- Se precisar de qualquer coisa é chamar. - Disse encarando Alex que assentiu sorrindo.

- O senhor ia me contar um segredo. - Disse tomando a água e obviamente tentando tirar o foco dela.

- Eu só tive uma namorada antes da Val, eu e essa namorada éramos virgens e decidimos esperar pelo casamento, infelizmente eu fiz coisas que me afastou dela e me levou a casar com a Valéria que não era mais virgem, e mesmo com todas as coisas fora do comum que tivemos que lidar nos anos em que fomos casados, ela nunca fez nada que me levasse a duvidar dela ou pensar que ela pudesse me comparar com outro homem. Eu queria me guardar para o casamento, e me perdi no caminho e precisei lidar com as consequências das minhas ações; eu casei com uma mulher maravilhosa, e o fato de ela não ser mais virgem nunca a diminuiu ou atrapalhou a nossa vida.

- O senhor nunca se arrependeu, por não ter ficado com a garota virgem? - Ele sorriu triste e ela franziu a testa. - O senhor ficou triste!

- Eu me arrependo de tê-las magoado, tanto a ela quanto a Valéria, mas não me arrependo de ter me casado com a Valéria, mas me sinto mal pela minha primeira namorada, pois enquanto eu estava muito feliz ela sofria um martírio.

- Eu me lembro do senhor com a tia Val, vocês eram um casal perfeito. E seja qual for o problema, o senhor não tem culpa que sua ex-namorada não tenha sido feliz. Assim como não será culpa do Renato se ele... - Ele sorriu arqueando a sobrancelha, e ela colocou a mão na boca abaixando a cabeça mais corada que instante antes.

- O Renato é um bom garoto, você deveria dizer ao seu pai ele vai ficar mais calmo. - Ela o encarou surpresa.

- Não creio que neste momento meu pai esteja preocupado comigo e um futuro namorado, isso se o Renato quiser mesmo ficar comigo depois de todas as pressões que ele sofrerá, a igreja deve estar cheia de garotas virgens e inocentes como disse o pastor.

- Seu pai está sim preocupado com tudo o que lhe diz respeito, ele só está um pouco confuso, e não creio que o Renato te deixe por qualquer que seja a pressão, já que ele está orando por esse relacionamento, ele não oraria se não sentisse alguma coisa por você. - "Principalmente olhando para você como ele olha". - Pensou suspirando. - Não tenha medo nem pressa, apenas espere e comece a orar também.

- E se o seu pastor pensar igual ao pastor da igreja da minha amiga?

- O pastor Cícero com certeza os aconselhará sobre o jugo desigual, mas ele jamais vai te recriminar por decisões que você tomou sem ter o discernimento de Deus em seu coração.

- O Renato já me disse sobre esse jugo desigual, por ele ser de uma fé e eu de outra, por isso ainda não estamos namorando, eu tenho medo de que no fim de tantas orações ele não me queira mais.

- Se isso acontecer, não se preocupe que Deus cuidará de você, apenas permita que Ele cuide de você, deixe Ele te guiar por esta estrada de confiança e espera.

- Foi difícil esperar pelo casamento?

- Um dia quando você for mais velha eu te conto a história toda, sobre mim e a minha ex-namorada e de como terminei casado com a Val.

- O senhor acha que eu não entenderia?

- Tenho certeza que você entenderá, sou eu que não quero que você fique decepcionada comigo. - Respondeu sério.

- Não imagino o senhor fazendo algo que me deixaria decepcionada com o senhor. - Ele sorriu tímido.

- Respondendo à sua pergunta, foi muito difícil resistir a ela, não ir até o fim e pensar nas consequências só depois, por que as consequências sempre chegam. - Refletiu distraído lembrando-se de todas as vezes em que tudo o que queria era fazer amor com Jemima, e não pensar em mais nada que não fosse ela e o desejo que ela despertava nele.

- Tio Alex! - Chamou Isabella tocando em sua mão, ele assustou-se. - Se era tão difícil, por que esperar então?

- Por que ela acreditava na santificação do casamento, e tudo o que eu queria era fazê-la feliz.

- Ela era cristã assim como o Renato? - Ele assentiu.

- E assim como você eu não era. - Comentou distraído.

- E vocês namoraram? O senhor deveria dar uns conselhos para o Renato.

- Eu estava pronto para acompanha-la onde ela fosse eu só não compreendia que da maneira que estávamos fazendo as coisas não era possível irmos a lugar nenhum. - Disse pensativo. - Não se desespere pensando que ele não quer você, pense que a única coisa que ele quer mais que você, é viver em paz com Deus, e que você queira a Deus mais do que quer a ele.

- E como isso é possível? Não há nada que eu queira mais do que a ele.

- Quando você for cheia do Espírito Santo você saberá que nada nem ninguém são mais importantes do que Deus na sua vida, pois todas as coisas boas e importantes acontecem justamente porque Deus é a prioridade na sua vida. - Ela passou a mão na cabeça.

- O senhor acha mesmo que um dia eu serei assim? O Renato é assim, - Ela sorriu. - mas o senhor sabe disso, não é mesmo?

- Sei sim. - Respondeu sorrindo. - E sim eu creio que um dia você será assim, movida pelo Espírito Santo, e saberá discernir o que agrada a Deus e o que não agrada.

- Obrigada tio Alex! - Agradeceu emocionada, abraçando-o.

- Você é como uma filha para mim, só quero que seja feliz e de preferência servindo a Deus. - Ela sorriu e bebeu seu leite com café.

- Vamos comprar o café da manhã de sua casa antes que a querida avó Olga venha atrás do senhor. - Disse rindo, ele olhou-a interrogativamente. - Eu a vi ontem, quando minha mãe me trouxe ela passou na loja da senhora Betânia e ela estava lá, ela perguntou para a minha mãe se ela não se arrependia de ter abandonado o meu pai. - Comentou bem-humorada levantando-se, Alex terminando seu café arqueou a sobrancelha sorrindo.

- Meu Deus! E a sua mãe?

- Ela disse que não o abandonou, apenas não era mais possível permanecerem os dois no mesmo ambiente.

- E ela passou um sermão em sua mãe por desistir cedo nas dificuldades? - A garota assentiu.

🚲🚲🚲

Dias depois de Alex ter tocado a campainha da casa de Jemima e ter estado na cama dela ainda que por poucos minutos, ele não conseguia parar de pensar na reação que provocara no corpo dela ou nas reações que ela provocara no dele, nervoso bateu na porta do escritório do pai.

- Entra. - Disse com a voz grave e forte.

O pai tinha aquele timbre de voz que quem não o conhecia pensava que ele estava sempre de mau humor, mas a verdade era que apesar de severo com os filhos ele era um bom pai e costumava ser bem-humorado com a família, Alex entrou timidamente.

- Está muito ocupado? Eu queria falar com o senhor.

- Pode falar! - Disse guardando alguns papéis que tinha nas mãos em uma pasta.

- O senhor me disse uma vez que eu tenho que ter responsabilidade com as filhas alheias, que namoro é coisa séria e etc., e tal. - Disse nervoso.

- Filho, eu me recordo o que eu te disse e fico feliz por você também se recordar, agora, por que você não senta e me diz o que está te preocupando? Você está namorando? - Perguntou arqueando a sobrancelha, Alex sentou sem saber o que falar.

- Eu estou gostando de uma menina, mas não sei como proceder, quando ela está muito perto eu sinto umas coisas muito estranhas!

- É natural se sentir estranho quando está gostando de uma garota, e não é só você que se sente estranho, as garotas também se sentem assim, no entanto, você deve ser paciente, geralmente as meninas são mais sensíveis, e por mais que os seus instintos masculinos lhe impulsione para leva-la para a cama na primeira oportunidade, saiba que para muitas meninas sexo é coisa séria, então meu filho você só tenta levar a filha alheia para a cama se tiver certeza que está disposto a namorar sério com ela, e não se esqueça de todos os cuidados básicos de prevenção de saúde e de uma gravidez indesejada.

- O senhor já falou sobre isso comigo e com o Adriano. - Disse corado. - Eu quero saber, é como que eu vou saber se ela quer ou não, e se for sério para mim e para ela não? - O pai saiu de onde estava e sentou ao lado do filho.

- Meu filho eu gostaria muito de poder evitar que vocês sofressem qualquer desilusão amorosa, mas infelizmente não há nada que eu possa fazer, faz parte do amadurecimento de um homem ou de uma mulher sofrer uma ou outra desilusão amorosa, o que eu posso te aconselhar meu filho, é que você seja o mais sincero possível e converse francamente com ela, diga como se sente e dê espaço para ela dizer como se sente também, e juntos decidem se querem se envolver emocionalmente e sexualmente um com o outro ou não.

- Entendi. - Respondeu pensativo.

- Respeito é primordial para conquistar uma garota, não importa o quanto às coisas esteja moderna, uma garota continua sendo uma garota e é um ser precioso.

- Eu posso perguntar uma coisa para o senhor? - O pai assentiu.

- Se o senhor acredita que uma garota é um ser precioso, por que o senhor maltratou a Jemima no dia do cinema quando ela veio me procurar?

O pai o encarou por alguns segundos como se quisesse descobrir o que ele escondia e displicentemente cruzou os braços e encostou-se com um meio sorriso.

- E como você sabe que eu a maltratei?

- Ela me disse que o senhor foi pouco simpático com ela.

- Eu fui pouco simpático ou fui grosso?

- Papai eu conheço o senhor, e sei que o senhor não gosta da família do Pedro. - Disse aflito.

- E pelo visto meus filhos gostam demais daquela família. - Disse olhando-o nos olhos, Alex engoliu seco.

- Nenhum deles nunca nos fez qualquer mal para que os maltratássemos. - Retrucou inquieto. - O senhor não me respondeu.

- Eu não fui mesmo simpático com ela, mas ela merece ser bem tratada com certeza. Eu a tratei daquele modo, porque não a quero rodeando você me basta a sua irmã namorando o mais novo daquela família de estranhos.

- Eles não são estranhos! - Sussurrou levantando-se. - Obrigado papai.

- Não por isso meu filho. - Respondeu estranho, Alex voltou-se para ele.

- Papai, algum problema? - Perguntou preocupado.

- Não meu filho, pelo menos eu espero que não! - Respondeu voltando para a sua cadeira. - Peça sua mãe para vir até aqui se ela não estiver ocupada, por favor! - Alex saiu preocupado com o pai que não parecia bem.

No dia seguinte como sempre ele queria correr até o ginásio e encontra-la, distraído esbarrou na irmã que parara de repente na entrada do portão.

- Presta atenção Drica! - Disse irritado, precisava se afastar dos irmãos para ir ao ginásio.

- Ali não é a Jemima? - Perguntou Adriana ignorando o irmão, mal sabendo ela que a atenção dele já estava toda na pequena multidão formada na entrada da escola.

- É ela sim, o que será que aconteceu! - Disse Ariane apressando o passo entrando no pátio em direção às pessoas, engolindo seco ele a seguiu com os gêmeos atrás dele. - O que está acontecendo aqui? - Perguntou a irmã afastando as pessoas.

No centro Jemima olhava furiosa para Telma uma garota arrogante e presunçosa que ria sem parar, Alex só conseguia olhar para ela de tão linda que ela estava, ela vestia um vestido azul celeste de alças e rodado, e o cabelo que era sempre trançado estava solto caindo em cascata sobre as costas, ele não ouviu uma palavra do que a outra disse até observar que ela chorava em todos aqueles meses ele nunca a vira chorando, ele esforçou-se para ouvir a discursão, mas as irmãs já estavam ao lado dela.

- Você não tem vergonha nessa sua cara grande de pau? - Perguntou Ariane furiosa, abraçando Jemima

- E vocês? Eu vou ter que chamar a diretora para vocês irem para a sala de aula! - Esbravejou Adriana.

- Nem mesmo vocês duas podem ajudar ela a virar uma dama! - Debochou Telma gargalhando e as pessoas riram com ela, Alex furiosamente se aproximou de Adriana.

- Cadê os seus irmãos? - Perguntou ele tremendo.

- Eles não vêm à aula hoje. - Sussurrou triste, ele sentiu seu mundo desmoronar.

- "Eu vou acabar com esse negócio de namoro escondido!". - Pensou frustrado, ficou tenso ao sentir a mão de Telma em seu ombro.

- Alex meu querido, não se preocupe com essa esquisitona ela vai morrer virgem por que ninguém vai ter coragem de tirar a virgindade dela. - Disse maldosa e as pessoas riram às gargalhadas, ele ficou cego de ódio e a empurrou, fazendo-a cair sentada olhando-o surpresa, ele abaixou-se ao lado dela tremendo.

- Ofender as pessoas gratuitamente é digno de pessoas ignorantes e baixas como você. - Disse a ela entredentes, e aproximou-se mais dela. - Você não chega nem aos pés dela, e fique sabendo que nenhum dos garotos que transam contigo onde quer e quando querem, quer sair de mãos dadas com você, por que será? - Sussurrou no ouvido dela, ele ficou triste quando as lágrimas desceram pelo rosto bonito, mas ninguém iria fazer a garota dele chorar no pátio da escola e ficar por isso mesmo, levantou furioso.

- Acabou o espetáculo! - Gritou Adriano batendo palmas. - Todos para as salas. O que será que aconteceu com a diretora que ainda não apareceu aqui? - Sussurrou para a irmã gêmea.

- Não sei, mas acho melhor sairmos daqui antes que alguém apareça. - Respondeu empurrando os outros. - Vamos. - Alex de braços cruzados acompanhou-os, Jemima ainda escondia o rosto no ombro de Ariane.

- Por que seus irmãos não vieram à aula? - Perguntou Adriano.

- O carro estragou e eles precisaram dormir em Pium. - Respondeu Ariane.

- E como você sabe disso? - Perguntou Adriano.

- O Marcelo também foi, e quando ele chegou me avisou. - Respondeu tímida parando na entrada da escola. - Vocês vão para as salas de vocês, eu vou levar Jemima ao banheiro e acompanha-la à sala dela.

- Eu a acompanho. - Disse Alex se aproximando. - A minha sala é ao lado da dela e a sua do outro lado. - Ariane olhou para a outra que assentiu.

- Ok. Eu te vejo no intervalo. - Disse abraçando-a. - E você está linda! - Jemima sorriu corada, sorrindo Ariane foi para sua sala, ele se aproximou puxando-a para seus braços.

- Nunca passei tanta vergonha na minha vida. - Disse escondendo o rosto no ombro dele voltando a chorar.

- O que vocês estão fazendo fora da sala, e vocês conhecem as regras, nada de namoro pelos corredores. - Resmungou uma das senhoras da limpeza mal-humorada. - O que você fez que ela está chorando?

- Ele não fez nada só estava me ajudando, eu já estou indo para a minha sala. - Virou-se para ele e disse sem som. - 'Encontra-me no ginásio'. - E saiu rápido, ele abobalhado ficou olhando-a.

- Não se iluda, o pai dela acaba com a tua raça antes que você tenha a chance de chegar perto dela. - Resmungou assustando-o. - Vai logo para a sua sala antes que eu te leve para a diretora e relate o que eu vi, ela vai amar chamar o pai dela aqui.

- Sim senhora! - Respondeu saindo quase correndo.

Ela já o esperava, ele parou e ficou admirando-a sentada na arquibancada inclinada para trás sentindo o vento frio bater no rosto e esvoaçar os seus cabelos castanhos, era tão linda! Seu coração entrava em curto só de pensar que ele poderia fazer alguma coisa que pudesse machuca-la, suspirando foi ao encontro dela.

- Olá mais linda de todas! - Ela sorriu de olhos fechados, mas a tristeza ainda era visível.

- Olá mais lindo de todos! - E em um salto pulou e se jogou nos braços dele que por sorte conseguiu apoiar-se e não cair com ela.

- Poderíamos ter caído! - Disse sorrindo apertando-a em seus braços, inalando o aroma de seus cabelos.

- Você não me deixaria cair. - Disse suavemente fazendo seu coração acelerar.

- Não podemos continuar namorando escondido. - Ela afastou-se tensa.

Ele a puxou de volta e a beijou profundamente, ela apenas se entregou ao beijo sem nenhuma resistência, em seus braços ela não ficava tensa ou triste e tentando manter o controle ele se afastou ofegante, delicadamente a puxou colocando-a onde estivera sentada antes.

- Precisamos conversar! - Disse tímido abaixando-se em sua frente.

- Sobre? - Perguntou confusa encarando-o. - Alex, você sabe por que namoramos escondido. - Disse preocupada.

- Sim, eu sei! Mas essa situação é ridícula! - Retrucou irritado, levantou-se e cruzou os braços. - Você é minha namorada, e eu não pude defendê-la ou conforta-la, fui obrigado a ficar lá feito um pateta vendo aquela 'zinha' te ofender e não fazer nada! - Disse trêmulo.

- Mais você me defendeu. - Disse levantando-se e tocando seu rosto de leve, ele fechou os olhos pensando na conversa que tivera com o pai.

- Esse é outro motivo pelo qual eu quero acabar com esse segredo. - Disse rouco.

- Qual motivo? - Perguntou confusa.

- Você tem ideia do que faz comigo com um simples toque? - Perguntou trêmulo.

- Você tem ideia do que faz comigo quando me aperta ou me beija como fez momentos antes? - Perguntou no mesmo tom.

- O que nós vamos fazer? - Perguntou abraçando-a. - Eu quero fazer coisas com você que são impronunciáveis. - Sussurrou em seu ouvido.

- Eu também! - Ele a beijou suavemente, ela afastou-se franzindo a testa. - Você já fez essas coisas impronunciáveis? - Perguntou corada.

- Você fica linda corada! - Sorriu beijando suas bochechas.

- E eu detesto ficar corada, aliás, até te atropelar eu nunca ficava corada, e você não me respondeu.

- Eu nunca fiz as coisas impronunciáveis que gostaria de fazer com você. - Apertou-a fazendo-a ficar escarlate, ele riu. - Precisamos voltar para a aula, antes que a dona Lurdes venha atrás da gente.

- Acha que ela vai falar para o meu pai que nos viu abraçados? - Perguntou em pânico, ele engoliu seco.

- Você tem mesmo muito medo de que seu pai descubra sobre a gente, não tem?

- Você não conhece o meu pai. - Disse se afastando dele.

- Ela não vai falar nada. Vamos se formos vistos juntos novamente, aí sim, vai ser difícil não chegar aos ouvidos do seu pai.

- Alex, precisamos de tempo para contar sobre nós, por favor! Para mim também não é fácil ver aquela oferecida se esfregando em você.

- A Telma? - Perguntou surpreso, ela fechou a cara. - Ela não se esfrega em mim! - Disse tímido lembrando-se que Adriana já havia lhe dito algo parecido. - E mesmo se ela se esfregar em mim, de nada vai adiantar eu só penso e quero você. - Puxou-a beijando-a.

- Assim eu espero! - Disse trançando o cabelo.

- Não! - Pediu agarrando as mãos dela. - Por favor! Seu cabelo é lindo! Deixe-o assim. - Ela o encarou e sorrindo deixou o cabelo solto, ele pegou em sua mão puxando-a.

- Alex! - Chamou puxando-o pela mão, ele a encarou confuso. - É muito importante para você que deixemos de namorar escondido?

- É importante para mim 'ser' seu namorado.

- Vamos fazer assim, depois das férias a gente diz para todo mundo que somos namorados, está bem assim?

Sorrindo ele a abraçou rodopiando, e ambos riram felizes e despreocupados saíram de mãos dadas e como sempre, separando e tomando caminhos diferentes, e dessa vez chegaram juntos em suas salas, e acenando um para o outro entraram sorrindo com a ilusão de que tudo seria resolvido logo.

C

ontinua..

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