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02 - Estarei com você, nunca o deixarei, nunca o abandonarei.

Jemima saiu do hospital com uma tremenda dor de cabeça, fora uma noite tumultuada e quente; entrou no carro e encostou a cabeça no volante se perguntando por que fizera tanta questão por medicina, tinha duas especializações e não exercia a que a levara à medicina. A profissão já não era tão interessante quanto no começo.

Nos últimos tempos presenciara mortes e dores demais para o seu gosto. Estava esgotada física, emocional e espiritualmente, sem perceber mais uma vez as lágrimas desciam por seu rosto, no último mês chorara mais que em toda a sua vida estava se tornando uma pessoa chorosa além de covarde.

- "Nada na sua vida está interessante, porque você perdeu o foco, você perdeu o que realmente fazia sua vida ser interessante e te fazia corajosa!".

Ouviu tão nitidamente que assustada levantou a cabeça olhando para os lados, mais não havia ninguém, pelo menos ninguém que ela pudesse ver, acalmou-se, mas continuou chorando, o fato de saber de Quem era aquela Voz não fazia com que a dor diminuísse mais lhe dava esperança, talvez, só talvez, nem tudo estivesse perdido para ela, sorriu entre as lágrimas e saiu do estacionamento do hospital direto para a casa dos pais.

Encontrou Benjamim na cozinha lendo a bíblia. "... você perdeu o que realmente fazia sua vida ser interessante e te fazia corajosa!" - Lembrou parando na porta.

- "É Espírito Santo, eu acho que quando colocaste aquele conselho que eu dei ao Pedro em meu coração acho que não era apenas para ele, não é mesmo?" - Pensou triste, se recordando do que dissera ao irmão no dia em que ele lhe contara que estava voltando para os braços do pai.

- "Meu caro, não sei se você se recorda, mas só tem duas alternativas o caminho largo e o estreito, não tem um meio termo, não tem jeitinho, não tem como seguir com um pé no largo e o outro no estreito." - Ela dissera ao irmão, sem se dá conta que ela estava fazendo exatamente isso, há quanto tempo se tornara uma cristã que visitava esporadicamente a igreja?

- Oi, Jem! Não te vi chegar! Mas o que está fazendo aí parada? Andou chorando? - Perguntou Benjamim preocupado se levantando, confusa ela olhou para os lados e sorrindo se aproximou do primo.

- Não consegui tirar nem um cochilo essa noite no hospital. - Disse abraçando-o, preferindo dizer o lado menos constrangedor do seu plantão.

- Eu fiz café. - Ele serviu café para os dois. - Quer que eu prepare alguma coisa para você comer? - Ela negou com o estômago embrulhando, ele voltou a sentar.

- Acho que comi alguma coisa que não me caiu bem. - Disse sentando na frente dele. - E meus pais? - Perguntou bebendo café, exatamente como ela gostava, forte! - Obrigada pelo café.

- Eu imaginei que você fosse chegar cansada, e precisasse de um café forte ou um chá, mas não imaginei que estivesse tão exausta, talvez eu devesse ter feito chá. - Concluiu preocupado. - Foi tão ruim assim essa noite?

- O café está ótimo! - Respondeu sorvendo o líquido quente. - Houve um acidente na BR, um carro pequeno e um ônibus, infelizmente nós perdemos três pessoas. - Disse arrasada.

- Que triste! Mais sei que toda a equipe do hospital fez o que era possível fazer, o impossível é com Deus, e se o impossível não aconteceu, então é porque Ele tem outros planos para os que ficaram aqui! - Disse pensativo, e sacudiu a cabeça. - Seus pais foram à casa do Felipe. - Respondeu a pergunta dela franzindo a testa.

Ela o encarou, tentando ver o garoto arredio que andava pelos cantos da casa até o final do ano anterior, até um garoto muito especial entrar na vida de todos eles e mostrar-lhes que Deus não muda nunca, as pessoas sim, elas mudam e põe a culpa da sua mudança em Deus.

Sorriu ao constatar a mudança no humor e na personalidade do primo no último mês, ele era outro garoto com certeza, sentia saudades do sobrinho, a maneira gentil e franca de falar do Amor de Deus não pegou apenas o Benjamin pegou a ela também, há tempos ela precisava rever seus conceitos cristãos.

- Estou tão feliz por você, é tão bom te ver assim, tranquilo, sem revoltas, com o coração transbordando compreensão e amor, é libertador! - Disse com os olhos marejados de lágrimas, ele sorriu.

- Eu também estou feliz por essas mudanças. - Respondeu bebendo seu café. - Jemima, eu posso te fazer uma pergunta? - Perguntou tímido.

- Claro! - Respondeu se preparando para uma bomba.

- O que houve com você? - Perguntou inquieto, ela arqueou uma sobrancelha em dúvida, ele sabia de todos os problemas que ela estava enfrentando. - Não sei se você sabe, mas minha mãe antes de se casar sonhava em ser cineasta. - Ele lembrou triste, deixando-a ainda mais confusa.

- Sim, eu sei! Ela andava para cima e para baixo com uma câmera! - Ela também lembrou saudosa, sentia muitas saudades da irmã mais nova do pai.

- Pois é um dia desses, eu estava mexendo em umas coisas dela, e têm vários vídeos seus, tem você cantando, tocando violão, teclado, até piano, nunca soube que você tocava piano! - Olhou-a nos olhos. - Tem você na igreja, em retiros, nas ruas, enfim, o que aconteceu com aquela garota? Eu não a vejo em você, e não estou falando de agora, eu me recordo das últimas visitas que vocês nos fizeram você já não era mais aquela garota feliz e espontânea, por favor, não quero ser intrometido, só gostaria de saber o que aconteceu com aquela garota que brilhava quando falava de Deus ou quando brincava com os irmãos.

Ela abaixou a cabeça envergonhada, pensando no que poderia falar a ele, mas não havia nada a falar a não ser a verdade, e por mais absurda que fosse a verdade era sempre a melhor alternativa.

- Eu deixei de pôr as minhas esperanças em Deus, e pus no homem, e me quebrei, e agora não sei como juntar os meus cacos, e me apresentar outra vez diante dEle. - Respondeu timidamente. - O início da minha queda, não foi o Bruno ou o casamento, tudo isso foram apenas consequências da queda livre em que eu já me encontrava.

- Você sabe como o seu sobrinho me ganhou para Cristo? - Perguntou sorrindo.

- Ele te deu um abraço no lugar de pegar na sua mão e te disse o quanto Deus se importava com você? - Perguntou, lembrando-se da atitude do sobrinho ao conhecê-lo, ele conseguiu chegar até ele de uma forma, que ninguém havia conseguido. Benjamim sorriu.

- Você tem razão! Ele me pegou de jeito quando eu estendi a mão para ele e ele ficou lá parado me olhando, eu pensei: "Quem esse fuinha pensa que é?", então ele me puxou para um abraço, e eu tive a nítida impressão que estava abraçando meu irmão ou minha irmã, quando eles me abraçavam eu sentia aquela mesma segurança, aquele mesmo apoio; foi a primeira vez que eu senti que o Rúben, a Hadassa e a Maria não me odiavam, depois que eles morreram todas as vezes que eu pensava neles, em meu coração eu tinha certeza que eles me odiavam por eu ter sobrevivido. - Disse com os olhos marejados e sacudiu forte a cabeça. - Mais não foi isso que o fez me ganhar para Cristo, apesar de que teve um grande peso com certeza! Ele me ganhou para Cristo mesmo, foi no momento em que me contou a história do rei Davi. Eu não preciso te contar a história dele, porque você a conhece melhor que eu, mas eu vou te contar o que me encantou em Davi, foi a sua grande intimidade com Deus, o fato de ele não se revoltar contra Natã, e de humildemente, juntar seus cacos e ir implorar por perdão e ajuda, para enfrentar tantas loucuras que aconteceriam na sua vida a partir daquele momento, ele assumiu a culpa por seus atos, se arrependeu, voltou para Deus, e Deus continuou a abençoa-lo. Tudo o que aconteceu depois ele superou porque havia juntado seus caquinhos para que Deus o restaurasse. Você acha que Deus ama a você menos do que amava a Davi ou menos do que ama a mim?

As lágrimas silenciosas desciam por seu rosto, ela sabia que ele estava certo, ela precisava se acertar com Deus, não era possível acertar sua vida, se antes não se acertasse com Deus.

- Você sabe que Deus está com saudades daquela garota que O louvava com o coração quebrantado, não sabe? - Concluiu tímido.

- E que Ele se entristece com essa que só O louva da boca para fora! - Ela concluiu chorando.

- Desculpe-me! Eu não queria te fazer chorar! - Disse exasperado abraçando-a.

- Jamais peça desculpas por falar o que o Espírito Santo põe em sua boca. E eu estou chorando porque eu também estou com saudades de ter Deus na minha vida verdadeiramente. - Disse sorrindo em meio às lágrimas.

✨✨✨

Alex esperava pelas filhas para tomar o café da manhã e leva-las à escola, não entendia como uma menina de nove e outra de sete anos poderiam enrolar tanto para se arrumarem, estava pronto para chama-las novamente quando as duas romperam cozinha adentro.

- Bom dia papai! - Júlia o cumprimentou abraçando-o.

- Bom dia papai! - Laila o cumprimentou beijando-o na bochecha. - Por que nunca faltamos ao primeiro dia de aula? - Perguntou mal-humorada.

- Porque só devemos faltar com os nossos compromissos quando temos um motivo forte o bastante que justifique a nossa falta, você tem um motivo forte o bastante para faltar aula hoje? - Ele perguntou arqueando a sobrancelha, a menina encarou o pai desiludida.

- Não papai, eu não tenho nenhum motivo forte o bastante. - Respondeu ainda mal-humorada, o pai apenas sorriu.

- Papai nós podemos tomar sorvete depois da aula? - Perguntou Júlia empolgada.

- Podemos depois do almoço. Comam logo ou vocês vão se atrasar. - Disse servindo um pedaço de bolo de chocolate para as filhas.

As meninas tomaram seu desjejum em silêncio, normal, com exceção da tristeza estampada no rosto da filha mais velha o que fazia seu coração paterno doer profundamente.

Os três arrumaram a cozinha e saíram rápido cada um para o seu quarto, encontrando-se minutos depois na garagem entrando no carro e saindo para mais um dia de trabalho para o pai e de estudo para as filhas, era a rotina deles quando não estavam de férias.

- Tchau papai! - Disseram as duas beijando o pai e abrindo as portas, tudo funcionava cronologicamente.

- Laila! - O pai chamou pegando suavemente no braço da filha, surpresa virou-se franzindo a testa. - "Como fica parecida com a mãe quando franze a testa dessa maneira." - Pensou. - Filha, está tudo bem? Você está chateada com alguma coisa? - Perguntou ignorando os pensamentos. Ela apertou a mão do pai.

- Não papai, está tudo bem. Desculpe-me se dei a impressão de estar chateada. Não se preocupe, está tudo bem! - Respondeu sorrindo e saiu correndo.

- "Cuide de minhas filhas Senhor! Ensine-me a ser o pai que o Senhor quer que eu seja, mostre-me como ajuda-las e abençoe-me para que eu seja um bom exemplo para elas." - Pensou assustando-se com o som de buzinas atrás de si, suspirando saiu do estacionamento da escola ainda pensando na tristeza da filha.

- Bom dia! - Alex cumprimentou os amigos, Cassandra fungou mal-humorada.

- A Luciana disse para você ir a casa dela ver uma das cachorras dela, de novo! Não sei por que você não dá logo 'uns pegas' nela, antes que ela mate as pobres das cachorras.

- Ou antes, que ela expanda ainda mais o zoológico, esqueceram-se dos coelhos, dos gatos, e agora temos um cavalo! - Vinícius disse rindo.

- Vocês são muito maldosos! - Disse Alex rindo, mas a verdade era que a única vez que cometera a tolice de ir à casa da cliente sozinho passara o maior sufoco, e depois disso não ficava sozinho com ela em hipótese alguma.

- Por que você não dá uma chance a ela? O mês que vem já vai fazer três anos que você é viúvo, ninguém merece ficar sozinho o resto da vida. - Leandro disse sério. - Além disso, ela não é de se jogar fora, muito pelo contrário.

- Não tenho nenhuma intenção de me envolver com a dona atirada. E vamos trabalhar que lucramos mais, e como você acha que ela não é de se jogar fora, hoje você vai comigo ver a cachorra dela.

- Eu não posso, estou indo na fazenda do senhor José Carlos, lembra-se da vaca com problemas no parto? Pois é! - Disse fingindo descontentamento - Que pena!

- Entendo! Cassy você vai comigo, e o Viní fica esperando a Marlene. - Cassandra caiu na gargalhada.

- Não senhor! Eu vou contigo e a Cassy espera a Marlene. - Vinícius disse pulando da cadeira.

- Meu Deus! Olha que situação, dois marmanjões com medo de duas mulheres ingênuas e inocentes! - Cassandra debochou se acabando de rir. O telefone fixo tocou e ela atendeu ainda rindo dos colegas. - Clínica veterinária 'Amigão-Cão'.

(...)

- Claro minha querida ele já está indo.

(...)

- Não sei se isso será possível querida! Como você sabe o regimento da clínica não nos permite atendermos a domicílio sozinhos.

(...)

- Sim eu falarei com ele, pode deixar. Até mais! - Respondeu desligando, Alex e Vinícius entreolharam-se. - Precisamos contratar uma recepcionista. - Comentou distraída. - E vão logo antes que ela venha pessoalmente te buscar, ela não ficou nada contente ao saber que você não irá sozinho! - Disse sarcástica.

Alex pegou a maleta de primeiros socorros sabendo que não iria precisar e seguiu para a casa da cliente. Os quatro trabalhavam juntos desde que a clínica veterinária fora inaugurada em dezembro de dois mil e um, no ano em que concluíra a faculdade.

Eles eram pessoas estranhas, mas que se amavam e se respeitavam, apenas Alex e Vinícius eram cristãos, mas os outros dois os respeitavam, Cassandra era mãe solteira de um menino de cinco anos, Vinícius era divorciado e tinha uma filha de dezessete anos que era criada pela mãe, a garota era mimada e cheia de vontades o que complicava um pouco o relacionamento de pai e filha, mas era um doce quando queria; Leandro não pensava em se casar ele só pensava em se divertir com as mulheres, e Alex fechava o pacote viúvo a quase três anos com duas filhas.

- E Então como está sendo esses dias com a Bella? - Perguntou Alex na estrada.

- Complicado! Você acredita que ela está interessada em um garoto dois anos mais novo que ela? - Perguntou indignado, Alex sorriu saudoso, com certeza o amigo não iria gostar das imagens que invadiram sua mente.

🚲🚲🚲

- Eu não acredito! Você é mais novo que eu? - Perguntou Jemima indignada. Eles estavam na quadra da escola chupando geladinho, desde que começara às aulas e eles se descobriram na mesma escola eles sempre se encontravam no intervalo.

- Sério? Que você está indignada desse jeito por causa de um ano? Um ano? - Perguntou rindo e enfurecida ela cruzou os braços. - Você é um centímetro, mais alta do que eu e eu não estou zangado por causa disso! - Disse ficando sério, tirou o cabelo dela dos olhos sem entender porquê de tanta chateação.

Ela levantou pegando as embalagens dos geladinhos e jogando no lixo e sem olhar para ele saiu pisando duro, ele correu e a puxou pelo braço.

- Jem, sério! Qual é o problema? Que importância faz se eu sou um ano mais novo ou estou um ano atrás de você na escola? - Os olhos dela brilhavam pelas lágrimas.

- Você não entende! - Disse engasgada.

- Então me explica! Mas não fique chateada comigo! - Disse sentindo um nó na garganta.

- Lembra quando eu disse que era filha de pastor? - Sussurrou e ele assentiu. - Lembra como se sentiu?

- Sim, como se eu fosse inadequado, como se eu não devesse estar ao seu lado. - Respondeu confuso.

- Eu sou inadequada para você. - Disse tão baixo que ele não entendeu.

- O quê? Eu não entendi. - O sinal tocou, exasperado ele passou as mãos na cabeça.

- Volta para a sua sala, lá deve estar cheia de meninas mais adequadas para você do que eu. - Disse se virando para sair, ele segurou seu braço novamente.

- Vamos os dois ter problemas, mais você só vai para a sua sala se me disser qual é o problema. - Disse exasperado.

- Alex, quem é mais velho o seu pai ou a sua mãe? - Perguntou cruzando os braços, ele já aprendera que os braços cruzados eram uma maneira de defesa, e já percebera também que ele era o único garoto com quem ela não agia como se também fosse um garoto, e ele era grato por isso.

- O meu pai é mais velho que a minha mãe, e o que isso tem haver com a gente?

- Os dois para a sala! - Interrompeu a diretora da escola. - Vocês não ouviram o sinal? - Perguntou erguendo a sobrancelha. Entretidos não perceberam que haviam entrado no pátio da escola e se gladiavam com os olhos.

- Desculpe-nos diretora... - Ele começou confuso, sem querer deixa-la e sem alternativa.

- Já estamos indo diretora. - Jemima o interrompeu seguindo para a sala dela e o deixando sozinho com a diretora sem nem ao menos olhar para ele.

Ela o evitou por todo o resto da semana e pela semana seguinte, ele estava com saudades dela, se habituara a estar com ela todos os dias, e não sabia com quem falar sobre o que sentia, pois ninguém sabia que os dois tinham se aproximado tanto, e por algum motivo que ele desconhecia o pai implicava com a amizade deles com os filhos do pastor.

- Mamãe, por que as garotas não gostam de ser mais velhas que os amigos delas? - Perguntou dias depois enquanto a mãe preparava o café da manhã, ele havia desistido de voltar a falar com ela, se era assim que ela queria, pois iria ser assim.

- Isso depende meu filho! Se a garota é só uma amiga como uma irmã, então ela não se importará em ser mais velha que o garoto, mas se ela deseja que um dia a amizade se torne um namoro, então ela não vai gostar de ser a mais velha.

- E por que não? Qual o problema? Que diferença pode fazer um ou dois anos, e quem vai ficar contabilizando quem é o mais velho? - A mãe parou o que fazia e encarou o filho.

- Está interessado em uma menina mais velha meu filho? - Perguntou empolgada, deixando-o envergonhado.

- Claro que não mamãe! Tenho uma amiga, que está chateada porque descobriu que ela é um ano, mais velha que o seu novo amigo, e é sério, ela está extremamente ofendida com isso, ela não está nem falando com ele. - A mãe sentou de frente para o filho e pegou em sua mão carinhosamente.

- Meu filho, infelizmente a nossa sociedade é muito machista, estamos acostumados ao homem sempre ser mais velho que a mulher, e por isso algumas mulheres se sentem inseguras se elas forem mais velhas mesmo que seja apenas um ou dois anos, e muitos pais não querem suas filhas envolvidas com garotos mais novos, no geral os homens demoram mais que as mulheres para amadurecer, a sua irmã Adriana, por exemplo, já imaginou ela namorando um garoto mais novo que ela? - Ele sorriu, a irmã tinha uma personalidade forte e determinada, muito parecida com a de Jemima e muito diferente de Ariane sua irmã mais nova que era romântica e sonhadora.

- Então o amigo da minha amiga deve amadurecer para que ela se sinta segura em relação a ele? - Perguntou como quem não quer nada.

- Pode se dizer que sim. Nenhuma garota quer um garoto imaturo e inconsequente.

- Obrigado mamãe! - Beijou o rosto da mãe e saiu correndo.

- Seu café menino! - Gritou sorrindo.

- Eu já tomei café com leite. - Gritou em resposta.

Eles haviam concordado que seriam amigos, não fora dito nenhuma palavra nesse sentido, mas eles se encontraram na escola, sorriram um para o outro e como se pudessem se comunicar apenas com o olhar, eles se encontravam todos os dias, falavam sobre tudo um com o outro, mas jamais tocaram no que sentiram quando se viram pela primeira vez, ou sobre o que ainda sentiam quando acidentalmente se tocavam.

Naquela manhã ele a encontrou no portão, ela estava com os irmãos, tinha razão dela ser mais alta que ele, os irmãos eram enormes, e realmente ele não se incomodava em ser mais baixo que ela, para ele isso era tão irrelevante quanto ele ser mais novo que ela.

- Bom dia, com licença! - Cumprimentou a todos que o olharam surpresos. - Eu posso falar com você um minuto, por favor! - Dirigiu-se a ela.

- Quem é você? - Perguntou o irmão que parecia ser o mais velho.

- Sou o Alex, e então Jemima, podemos conversar, por favor! - Pediu ignorando o olhar curioso dos irmãos dela.

- Claro! Vocês podem ir entrando, eu não demoro. - Olhando atravessado para ele os irmãos entraram na escola deixando os dois sozinhos. - O que você quer? Meus irmãos vão ficar me enchendo agora querendo saber quem é você.

- Eles não sabem que você me atropelou? - Perguntou confuso, olhando na direção em que eles entraram.

- Sabem. O que eles não sabem é que nos falamos todos os dias. - Respondeu irônica. - Quero dizer, 'nos falávamos', afinal não somos mais amigos. - Aflito ele passou as mãos na cabeça.

- Jemima, por mim você pode dizer o que quiser sobre mim para os seus irmãos, eu não ligo a mínima se você é a filha do pastor e eu não vou à igreja nenhuma, não ligo a mínima se você é mais velha que eu, mais madura, mais esperta, mais alta, eu não estou nem aí se você é mais que eu no que quer que seja, eu só não quero que você deixe de falar comigo, não quero que deixemos de ser amigos, não quero ficar sem estar com você, não quero sofrer por antecedência por uma coisa que ainda não sabemos como será, eu só quero aproveitar o máximo que eu puder do que você tem para me oferecer agora! - Disse rápido antes que a coragem acabasse ou ela o interrompesse.

- E se eu não tiver nada para te oferecer agora? - Perguntou corada, era tão raro vê-la corada que ele ficou alguns segundos apenas admirando-a.

- Receba o que eu estou te oferecendo então, minha mais sincera amizade, e quando eu souber o que é isso a mais que sinto quando estou contigo e eu souber te explicar, eu estarei por completo com você. Só não me ignore mais. - Sem se importar para as pessoas que os olhavam, ela se jogou nos braços dele, ele a apertou em seus braços sorrindo, o sinal tocou e fungando ele se afastou do abraço e entraram na escola; cada um com um sorriso bobo no rosto fora em direção à sua sala.

🚲🚲🚲

Ele sorriu sacudindo a cabeça, as coisas naquela época eram tão mais fáceis, esforçou-se e focou no amigo ao lado.

- Viní eu só tenho uma coisa para te falar, converse o máximo que você puder com a sua filha, e talvez meu amigo, um rapaz mais novo é o menor de seus problemas, peça sabedoria a Deus, você sabe que o fato de você e a mãe dela não entrarem em acordo na maneira de educa-la a deixa bem confusa.

- Eu sei que Deus me ajude! - Disse passando as mãos na cabeça. - Você sabe o quanto me incomoda toda essa liberdade que a Tereza dá a ela.

- Eu sei, mas você precisa ter sabedoria para lidar com a sua filha ou você vai perdê-la. - O amigo fungou.

Alex não disse mais nada até o destino deles, parou o carro em frente a casa, os dois se olharam e dando de ombros desceram para atender a senhora Luciana.

Continua...

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