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Epílogo - Não fui Eu que ordenei a você? Seja forte e corajoso!

Palmas - TO, Julho de 2012.

Claudia andava de um lado para o outro, no camarim improvisado, ainda não conseguia entender como que uma simples tarde de lançamento de um livro havia se transformado em uma noite de debates sobre o mesmo apenas dois dias depois do seu lançamento. Ela e Lorena têm uma editora junto com Marcelo, claro que assim como Carla toma conta do restaurante das duas; é Marcelo quem administra a editora, a grande paixão dela ainda é a escola e suas crianças que a cada dia ela ama mais, e de Lorena é a livraria que tem em Natividade com o esposo Víctor Hugo.

As duas irmãs escrevem romances cristãos, e Lorena e o esposo a convenceram a escrever um livro autobiográfico e três anos depois ela entregou o livro para a primo, e dois dias atrás foi o lançamento do livro, mas as pessoas que já haviam adquirido o livro a encheram de perguntas e a irmã e o primo a convenceu a fazer um evento onde as pessoas poderiam tirar as dúvidas que tivessem sobre o livro.

Michael e Victor Hugo ficaram apreensivos, escrever já havia sido desgastante para ela, ter que ficar respondendo perguntas sobre o seu passado, poderia deixa-la ainda mais triste, mas ela se recordou de que Luciana uma vez lhe dissera, de que tudo o que acontecia é para testemunho, a sua própria vida era o maior exemplo para evangelizar, e assim ela concordou, agora tensa se perguntava se fizera a coisa certa em concordar com isso.

- "Senhor meu Deus, dê-me sabedoria no falar, seja o Senhor comigo, e se alguém for usado pelo inimigo para me humilhar ou me diminuir, seja o Senhor a tomar a direção, que essa noite seja para Te Honrar, Espírito Santo fale através de mim, estou aqui para fazer a Tua Vontade, use-me para que o Seu Amor seja propagado, em nome de Jesus eis me aqui, use-me a mim, amém". - Pensou sentindo-se mais leve.

- Mamãe! - Virou-se para onde vinha o som, Asafe largou a mão da irmã e veio correndo e abraçou a mãe.

- Oi meu amor! Você se comportou? Não deu trabalho para a Katie e o Ben?

- Não! Eles sim me deram trabalho, porque eu nem pude brincar com as outras crianças.

- E por que você não pôde brincar com as outras crianças? - Perguntou piscando para a filha e o noivo.

- Porque eu tinha que cuidar da minha irmã, o casamento ainda nem tem data marcada! - Katherine revirou os olhos.

Asafe tinha cinco anos, por ter um QI avançado, ele era muito esperto para a sua idade, Victória e Sarah costumavam brincar que a criança absorvera toda a inteligência do pai e da mãe.

- Quando você tiver namorando eu vou vigiar você! - Disse Katherine sorrindo.

- Eca! Eu nunca vou namorar, você sabe quantas bactérias você troca por beijar na boca de uma pessoa? - A criança perguntou com pose de adulto.

- Eu sei, você me fala isso todos os dias! - Claudia pegou o filho nos braços.

- Obrigada meu amor por cuidar da sua irmã e do Ben, mas você poderia ter ido brincar com as outras crianças, você sabe que o Ben jamais desrespeitaria a sua irmã e além disso, ela sabe se cuidar.

- Eu sei mamãe! - Ele se aproximou e sussurrou para ela. - Eu gosto mesmo é de conversar com a minha irmã e o meu cunhado, e eles não importam de eu ficar com eles. - O sussurro não foi tão baixo, e o casal que estava perto apenas sorriu assentindo.

Quando ela engravidou ficou preocupada com a reação de Katherine, mas desde o momento em que soube que teria um irmão ou uma irmã que a menina ficara encantada com a notícia e não foi diferente depois do nascimento do pequeno Asafe, nome que ela escolheu, o único momento de crise que houve entre os irmãos foi quando ela começou a namorar o Benjamin, mas a crise não durou, o garoto que de bobo não tinha nada tratou de conquistar o pequeno que passou a ser o seu maior defensor.

- A senhora está bem? Precisa de nós para alguma coisa? - Perguntou Benjamin.

- Estou bem meu filho, eu preciso mesmo apenas que vocês cuidem do meu pequeno príncipe, e você se comporte rapazinho! - Disse beijando a bochecha corada do filho que gargalhava.

- Boa noite! - Cumprimentou Melissa de mãos dadas com Augusto.

- Mel, Guto! - Respondeu feliz. O casal cumprimentou os jovens e a criança e abraçaram Claudia.

- Ben, meu celular descarregou e não consegui falar com a Ariane, eles já chegaram? - Perguntou Melissa.

- Sim. Estão hospedados na casa do André, mas já devem ter chegado. - Respondeu Benjamin olhando o relógio. - Vamos querida!

- Asafe beija a mamãe, que nós já vamos.

- Tchau mamãe! Deus está com a senhora. - Disse beijando-a. - A senhora está linda tia Mel! - Beijou-a na bochecha.

- Obrigada meu querido, como sempre um verdadeiro cavalheiro! - Respondeu abraçando-o.

- Tio Guto o senhor está muito charmoso usando óculos, que tal nós homens que usamos óculos sairmos só nos quatro? - Perguntou olhando de Augusto para Benjamin.

- Obrigado pelo elegante, mas quem o outro de óculos além de nós aqui?

- O tio Everaldo está usando óculos, a tia Sarah disse que eu preciso dar umas dicas a ele de como não esquecer os óculos em todo lugar onde vai. - Disse rindo, Augusto franziu a testa.

- E o que você disse? - Perguntou sorrindo.

- Eu disse para ela colocar uma correntinha no óculos dele. - Disse sério, todos riram, exatamente como Sarah fizera quando ouvira a sugestão. Augusto abraçou a criança ainda sorrindo. - Boa ideia querido a da correntinha, e a de sairmos também, que tal almoçarmos amanhã nós quatro, combinado Ben?

- Combinado! - Respondeu pegando na mão que o pequeno lhe estendera. - O Everaldo está aí o senhor fala com ele. - Augusto assentiu.

O casal de jovens de mãos dados com o pequeno saiu deixando os três matando a saudade, Claudia não sabia o quanto sentia saudades desses dois até que eles entraram novamente em sua vida, estava imensamente feliz por mais esse presente de Deus, com os dois até se esqueceu do nervosismo que sentia em relação ao debate.

- Claudia querida está na hora! - Disse Lorena. - Oi. - Cumprimentou o casal. - Que bom que vocês vieram. - Disse abraçando Melissa.

- Infelizmente não pudemos vir para o lançamento do livro, mas esse debate é um pouquinho mais tenso queríamos estar com ela. - Disse Melissa apertando a mão de Claudia.

Era disso que se tratava ter amigos, eles sempre querem te apoiar, estar ao seu lado nos momentos delicados e segurar em suas mãos nos momentos difíceis, ela fora muito tola por passar anos sozinha, sem amigos e sem nenhuma perspectiva de que a vida poderia ser melhor, graças a Deus que os Planos dEle para ela não eram baseados nos dela própria. Os três saíram deixando-a sozinha.

- Senhor estou aqui para fazer a Tua Vontade, para que a minha vida seja testemunho vivo de que se deixarmos o Senhor entrar em nossas vidas mudanças verdadeiras acontecem! - Disse levantando-se. Ouviu a irmã anunciando-a respirou fundo e entrou no salão.

O local estava lotado, ela imaginou que haveria muitas pessoas, mas não imaginou que fossem tantas, mas o que realmente a incomodou foi o silêncio, as pessoas a olhavam como se ela fosse uma criatura de outro mundo, sorriu lembrando mais uma vez de Luciana lhe dizendo, que ela não era desse mundo estava aqui apenas de passagem, passou o olhar rápido pelas pessoas, e lá estavam aqueles que a amavam, entre eles seu amado esposo; Luciana com o Marcelo seu esposo; e todos os amigos que conquistara nos últimos anos, e outros do passado que voltaram a fazer parte de sua vida, incluindo alguns daqueles improváveis que só mesmo Deus para coloca-los na vida dela.

- Boa noite amado povo de Deus, que a Graça e a Paz do nosso Senhor Jesus Cristo reine em nossos corações. - Ela começou e o nervosismo dissipou como a neblina. - A pedido de vocês não farei uma palestra sobre o meu livro, faremos um debate e para isso precisarei da ajuda de vocês. - Lembrou sorrindo.

- Eu tenho uma pergunta. - Um homem disse se levantando. - Esse livro é mesmo autobiográfico? Tudo o que está nele é real?

- Sim. Tudo foi real.

- No livro você tentou suicídio, você diz que ainda tem as marcas eu posso ver? - Ela olhou para o esposo que assentiu tocando no ombro de Patrick.

- O senhor não pode vê-las daí, se o senhor não se importar o meu esposo e o meu cunhado acompanharão o senhor até aqui para que o senhor veja. - Michael e Patrick já estavam ao lado do homem, ele os acompanhou e ela mostrou as finas cicatrizes em seu punho.

- A senhora disse que Deus a salvou, mas foi a sua amiga que apareceu lá para ajuda-la. - Ela esperou que ele voltasse para o seu lugar.

- Sim, Deus a usou para me ajudar.

- Você acredita mesmo que Deus sempre esteve ao seu lado? - Perguntou uma mulher.

- Sim eu acredito que Deus sempre esteve comigo, independente da situação em que eu me encontrava. Infelizmente nem sempre foi assim, como vocês devem ter lido eu me recusava a crer que Deus se importava comigo, mesmo com todas as evidências que eu tinha.

- Mesmo naquela noite? Ele esteve com você? - Perguntou uma mulher irônica. - Você era inocente e todos aqueles homens ficaram impunes e quando você teve a chance de puni-los, você os deixou livres. - Concluiu sarcástica.

- Sim, mesmo naquela noite Ele esteve ao meu lado. E deixa-los livres não foi fácil, eu sou humana pecadora e cheia de defeitos e moralidades corrompidas, e para completar havia alguns deles que não queriam admitir que haviam se arrependido ou que haviam me feito muito mal, e eu gostaria que eles pagassem, eu pensava cá comigo, quem sabe assim eles se arrependam! Mas dois fatores pesaram em minha decisão, a primeira foi que ser preso não faz ninguém se arrepender do mal que fez, segundo eu realmente não queria sacrificar aqueles que já haviam se arrependido verdadeiramente, e hoje sete anos depois estou feliz por tê-los perdoado, eles são novas pessoas, deram um novo rumo para suas vidas, e até mesmo alguns daqueles que não haviam se arrependido naquela época, arrependeram-se depois, eu estou em paz, e eles também.

- E se eles fizerem com outra mulher o mesmo que fizeram com você? - Perguntou a mesma mulher. - Você será a culpada! - Concluiu furiosa. Michael deu um passo à frente, Artur e Patrick o seguraram, Claudia suspirou aliviada.

- Só o Espírito Santo poderá fazer com que a senhora compreenda a minha decisão de deixa-los livres. Não posso dizer à senhora o que os levou a fazerem o que me fizeram, por mais que eu tenha sido presunçosa e arrogante com o Sérgio, ele mesmo admite que não era motivo para aquela ação, nem mesmo eles conseguem dizer porquê daquela atrocidade, mas eu vi a vergonha em seus rostos, o arrependimento, mesmo aqueles que não tiveram coragem de me pedir perdão e não me disseram que estavam arrependidos, eles se sentiam envergonhados e arrependidos, mas infelizmente algumas pessoas preferem perder as bênçãos a ter que admitir uma vergonha. Além disso eu soube que eu fui a única pessoa a quem eles fizeram isso, nenhum deles, mesmo aqueles considerados perigosos por algumas pessoas, por diferentes motivos, não tinham histórico de violência contra a mulher ou qualquer tipo de violência doméstica, só mesmo Deus para entender o que aconteceu comigo naquela noite e porquê.

- Você insiste que Deus cuidou de você? - Perguntou o primeiro homem. - Se não fosse seu marido a encontra-la naquela noite você teria morrido.

- O senhor tem razão, mas se Deus não o tivesse trazido de Nova York com antecedência e o levado àquele beco eu teria morrido. - O silêncio reinou por alguns segundos.

- Você disse ter visto e ouvido um homem, em um acidente de moto, não havia tal homem, a senhora acha que teve uma alucinação? - Perguntou uma mulher.

- Não! Alucinação é algo que não é real, e o fato do Ser que eu vi e ouvi, não ter se deixado ver por outros não significa que Ele não estava lá.

- Você acredita que era o próprio Deus? - Perguntou a mesma mulher sarcástica.

- Sinceramente? Eu não sei e não penso nisso, apenas agradeço a Deus todos os dias por me livrar da morte, se Ele usou um anjo, ou o Pai, o Filho ou o Espírito Santo eu realmente não sei, só sei que Ele teve misericórdia de mim e eu sou grata a Ele por isso.

- Naquela noite você não tomou nenhum tipo de entorpecentes, você tem certeza?

- Sim senhora, eu tenho certeza! Deus é misericordioso com todos nós, todos os dias Ele está dizendo minha filha amada não tenha medo Eu estou aqui com você, a decisão acertada que você tomar eu estarei contigo, atravessarei esse vale de mãos dadas com você, não deixarei que o mal continue a te destruir, assim como Eu fiz um vale de ossos secos voltar à vida, Eu posso te tirar com vida desse vale de fantasmas e dores...

- Quem te falou sobre mim? - A mulher levantou derrubando a cadeira olhando para os lados assustada.

- Ninguém me falou sobre a senhora, Deus colocou essa palavra no meu coração, como a senhora pode ver, eu não tenho nada escrito, tudo o que eu estou falando sobre mim é verdadeiro, e o que Deus está colocando em meu coração também é verdadeiro, acalme-se, por favor! Ouça e receba o que o Senhor tem para a senhora está noite.

Ela se aproximou de modo que todos pudessem vê-la melhor, e assim ela pôde vê-los melhor também, e seu coração ardeu, assim como um dia ela duvidou do Amor de Deus por ela, a maioria daquelas pessoas também duvidavam do Amor de Deus por elas.

- Eu sei o quanto é assustador e desesperador, eu já estive no lugar de vocês, quem leu o livro sabe do pânico que eu senti quando me vi cercada por cristãos, mas o que eu não sabia era o quanto a minha vida estava prestes a mudar, e mudar para melhor. Ouvir falar desse Deus perfeito, Que Ama, Cuida e Protege, parece tão absurdo quando a gente está no fundo do poço que a única vontade que a gente tem é de expulsar todos que ficam nos enchendo com essa história de Amor de Deus, porém, isso só acontece até o dia em que você começa a sentir a Presença de Deus, você começa a perceber que você não está sozinho, que a Presença invisível é tão real que você se sente abraçado quando está em meio ao sofrimento; em todo momento Ele está falando segura em minha mão que Eu te ampararei, Ele está dizendo meu filho, minha filha Eu estou aqui de mão estendida só esperando você pega-la, estou à porta do seu coração batendo incansavelmente, Eu ouço o seu clamor, mas você não tem dado ouvidos aos Moisés que eu tenho lhe enviado, você está sozinho no deserto, mas você não tem visto os anjos que eu tenho mandado para cuidar de você.

O homem que pediu para ver suas cicatrizes ergueu a mão, ela assentiu.

- Você está querendo me dizer que a arma que eu tentei me matar falhou por que Deus quis assim? Então por que Ele permitiu que a minha mulher me abandonasse, por que eu não consigo deixar o álcool? Por que meus filhos não me amam? - Perguntou em prantos.

- O senhor comprou o livro ou ganhou de presente?

- A minha filha mais velha me deu de presente. - Ele disse abraçando o livro.

- E tem uma linda dedicatória, não tem? - Ele sorriu assentindo.

- Isso só demonstra que ela o ama. - Disse sorrindo.

- É mesmo né! - Disse às lágrimas, ela assentiu emocionada.

- Deus está ao seu lado sempre te guardando da melhor maneira possível, mas a decisão de mudar de vida e aceitar a ajuda incondicional dEle tem que ser sua, seus filhos te ama sem dúvida alguma, mas a situação em que vocês vivem permite que eles demonstre esse amor? O senhor precisa voltar o seu olhar para aquele que pode fazer o impossível e mudar a sua história; das muitas histórias interessantes encontradas na Bíblia, temos a de Sansão, ele fez inúmeras escolhas erradas, ele deixou Deus triste mais de uma vez, e quando ele clamou ao Senhor, infelizmente ele deixou para clamar no fim, ele disse: "Ó Senhor Deus! lembra-te de mim, e fortalece-me agora só esta vez, ó Deus!", Deus ouviu o seu clamor, isso aconteceu por que? Porque Deus estava ali ao lado do seu escolhido, de mãos estendidas só esperando pelo seu clamor, a Sua Palavra diz que "Ele é o mesmo ontem, hoje e eternamente", então exatamente como Ele ouviu a Sansão Ele nos ouve hoje, do mesmo jeito que Ele esteve na fornalha com os jovens amigos de Daniel Ele está conosco nas nossas fornalhas, como Ele esteve com Josué na queda da muralha de Jericó, Ele está conosco na queda das muralhas que nos afasta dEle. O álcool é a sua muralha, seja como Josué tende bom ânimo e confie em Deus, para Ele vencer as suas batalhas por você, seja apenas obediente e tenha Fé, não tenha fé em si mesmo ou em outro homem, não tenha fé no que a ciência possa fazer, tenha Fé em Deus, tenha Fé exatamente nAquele que você não pode ver, Hebreus capítulo onze versículo um diz, "Ora, a Fé é a certeza daquilo que esperamos e a prova das coisas que não vemos", não precisamos ver Deus para saber que Ele está aqui, não precisamos ver Sua mão estendida para saber que ela está estendida para nós, o sacrifício do calvário foi para todos sem exceção, mesmo para aqueles que pensam que Deus jamais vai ama-los ou perdoa-los, o Amor de Deus é para todos os que querem recebê-Lo. Vocês que estão aqui e já cansaram de falar do Amor de Deus para algumas pessoas, pois elas parecem que não aprendem nunca! Não desistam, eu sou grata pelo meu primo-irmão Marcelo que não desistiu de mim, sou grata pela Luciana que todas as manhãs lia a Bíblia comigo e pacientemente respondia a todas as minhas perguntas tolas, ao meu amado esposo Michael por toda a paciência e amor, e aos amigos queridos que de início me assustou um pouco, Vick, Eduardo, Sarah, Everaldo, e todos os outros que me ajudaram na caminhada de conhecer a Deus, de ter um relacionamento íntimo e pessoal com o Deus do Impossivel, e obrigada ao Artur e à Raquel por permitir que eu aprendesse com eles, então não desistam, o Espírito Santo ainda está trabalhando, e quanto a vocês que ficam a ponto de explodir, por que acha que já ouviu o suficiente, eu ficava assim também e sei o quanto isso é desesperador, só tenho uma coisa a dizer não entrem em pânico, o Espírito Santo ainda está trabalhando, abra os seus corações e ouçam a resposta ao clamor de suas almas, somos todos privilegiados por termos livre acesso à Palavra de Deus, vamos aproveitar! Todos que quiserem saber mais sobre o Deus que eu descobri e aprendi a amar, é só procurar uma igreja e pessoas que estejam dispostas a levar o Amor de Deus a todos os corações.

- Se Deus ama as pessoas igualmente, por que alguns fardos são tão pesados? - Perguntou a mulher que perguntara quem lhe falara dela, Claudia encarou-a.

- Não tenho essa resposta para a senhora, por muitos anos eu perguntei, por quê? Por que Deus permitiu que aquilo acontecesse comigo, por que Ele permitiu que meus pais me abandonasse, depois eu perguntei por que minha mãe morreu quando eu nasci, por que meu avô interferiu e por esse motivo meu pai nem sabia da minha existência, por que, por que... Existem mil por quês em nossas cabeças, e cada vez que eu questionava mais furiosa eu ficava, até o dia em que fui apresentada a JÓ, no primeiro versículo na parte 'b' diz que "ele era íntegro, correto, temia a Deus e se mantinha afastado do mal", caramba! O cara era perfeito! No entanto, o mal caiu sobre ele, Jó perdeu tudo, lhe sobrando as cinzas e um pedaço de cerâmica, três amigos que não lhe ajudaram em nada, e uma esposa que teve seu momento de insensatez, veja bem ela teve um momento de insensatez, não vamos pensar mal da mulher de Jó, muitas mulheres por muito menos teriam largado o marido há tempos, mas não é da mulher dele que quero falar, e sim dele, quando li sobre Jó, eu li pelo menos três versões diferentes de Bíblia, porque eu tinha certeza que ele havia perguntado a Deus "POR QUÊ?", mas em nenhuma versão que eu li, ele perguntou. Fosse qual fosse o motivo de Deus para permitir tal coisa, ele como servo do Senhor aceitava, pois ele cria verdadeiramente que Deus era o Senhor da sua vida, que tudo que era dele, era porque assim Deus queria, às vezes sofremos coisas por causa das nossas próprias atitudes e outras por causa de atitudes de outras pessoas, mas uma coisa é fato, Deus é Soberano em nos proteger, Ele protegeu a mulher de Jó, Deus não disse a Satanás: "Tem reparado na minha serva esposa de Jó?", não! Deus sabia quais as dores aquela mulher suportaria, ela também perdeu riqueza e filhos, viu o esposo moribundo e perdeu a cabeça, e disse para ele 'amaldiçoar a Deus e morrer', veja que ela mesma não fez isso, Deus conhece os nossos corações, Ele tem as estratégias para nos conquistar, mas estamos tão cegos pelo pecado, pela dor, pela autocomiseração que não aceitamos a ajuda que nos é dada de bom grado para mudarmos de vida; permanecer neste estado de angústia e lástima é uma escolha, eu sei disso, porque eu vivi isso, até o dia em que eu escolhi acreditar no Amor de Deus por mim, eu decidi que o mal que me fizeram seria testemunho, de que Deus cura qualquer ferida que te façam, que Ele pode sim transformar a sua dor em alivio, o seu ódio em amor, a sua raiva em perdão, mas você precisa querer arrancar esse mal de você e deixar de alimenta-lo, você precisa tomar a decisão de que Deus será o centro da sua vida, e deixar Ele curar verdadeiramente todas as suas feridas, por anos eu escondi essas cicatrizes e me ressentia com meu pai por não tê-las tirado como fez com as outras, mas isso acontecia porque a ferida ainda estava aberta, hoje sim elas são apenas cicatrizes Deus curou meu coração e a ferida se cicatrizou, não tenho medo e nem vergonha delas, elas fazem parte da nova mulher em Cristo que eu sou.

- Eu chorei ao ler o seu livro. - Começou timidamente uma moça. - E tive os sentimentos mais diversos possíveis, raiva, ódio, medo, tristeza, asco, alegria, amor, felicidade, mas o mais incrível de tudo eu nunca tive um sentimento real de empatia tão profundo quanto senti lendo o seu livro, e nem um desejo tão grande de conhecer esse Deus que eu só conheço de ouvir falar. - Concluiu emocionada, Claudia sorriu grata a Deus.

E com esse gancho mais pessoas falaram de suas opiniões positivas sobre o livro, muitos gostariam de ter esse relacionamento real com Deus, mas não sabiam como fazê-lo, alguns achavam claramente que ela era uma charlatã, mas ela colocou em seu coração apenas o desejo de orar por essas pessoas, o objetivo desse livro era que pessoas que assim como ela acreditava que Deus não as amava e não se importava com elas abrissem seus olhos espirituais para as bênçãos que Deus tinha reservadas para elas, que elas deixassem o Espírito Santo trabalhar em seus corações e em suas vidas.

🌹🌹🌹

Dois dias depois ela estava folheando seu álbum de aniversários de casamento, herança de Edith, ela fizera um álbum de aniversários do seu casamento e todas as mulheres da família que casaram depois dela fizeram o mesmo, entristeceu ao lembrar dos problemas que a prima vinha enfrentando, mas como dizia o Marcelo tem feridas que é a gente mesmo que provoca, suspirou ao ouvir bater na porta.

- Entra. - Respondeu distraída, Carla e Luciana entraram sorrindo.

- E então o que você quer com tanta urgência? - Perguntou Carla.

- Vocês lembram desse vestido? - Perguntou mostrando o vestido vermelho em cima da cama.

Nos últimos sete anos inúmeras vezes pegara nele para vestir, mas acabava devolvendo para o mesmo lugar, pensou até em doar para um bazar e não tivera coragem, ela realmente o achava lindo, depravado mais lindo, na última semana decidiu que o vestiria, mandou fazer alguns ajustes necessário e apesar da fenda ainda ser grande estava bem menor do que era.

- Você ainda tem esse vestido? - Perguntou Luciana admirada. - Pensei que você havia doado para algum bazar! - Claudia apenas sorriu.

- Ele ainda te serve? - Perguntou Carla sorrindo irônica.

- Engraçadinha! - Disse Claudia empurrando a irmã. - Precisei apertar um pouco nos seios, e afrouxar um pouco nos quadris, ainda bem que tinha tecido para dentro, e também...

- Fechou a fenda e diminuiu o decote! - Interrompeu Carla horrorizada.

- Carla aquela fenda faltava pouco mostrar a minha calcinha, e o decote mostrava meus seios! - Disse indignada.

- Você é muito exagerada! Já que você não quis usa-lo no seu primeiro encontro, você poderia usa-lo na intimidade só para o seu marido, você estragou o vestido. - Resmungou sentida.

- Não estraguei nada, só fechei um pouco a fenda, se você parar de chorar pelo vestido você perceberá isso. - Disse sorrindo.

- A fenda tudo bem não foi grande coisa, mais o decote! - Resmungou indignada. - Mas tudo bem vamos ao que interessa, vamos deixa-la mais linda que naquele primeiro encontro. - Disse Carla sacudindo a cabeça.

- Era isso mesmo que eu queria de vocês.

E as duas começaram a mexer no cabelo, maquiagem, minutos depois Claudia se olhava no espelho.

- Sabe que as vezes eu ainda levo um choque ao ver essa mulher no espelho?

- Uma linda mulher, cheia de Fé, bem sucedida, bem amada, com uma linda família, e lindo ministério. Tem razão, uma mulher empoderada! - Disse Luciana abraçando-a.

- Vamos é já que seus convidados começam a chegar. - Começou Carla levantando a mão ao som da batida na porta. - Não disse! Entra. - Katherine entrou parando na porta.

- Uau! A senhora está linda!

- Não estou fora da casinha?

- Não, está perfeita! - Respondeu se aproximando. - Pronta? Seus convidados estão chegando.

- E seu pai, ainda não chegou?

- Já estão vindo! Pronta? - Ela assentiu sorrindo, Katherine abriu a porta e ela saiu seguida pelas outras.

🌹🌹🌹

Michael chegou e parou na porta olhando para a mulher de vermelho, já vira aquele vestido e conhecia a história dele e imaginara inúmeras vezes sua esposa dentro dele, mas sua imaginação não era muito fértil, pois nem se aproximara da realidade, ela estava linda e deslumbrante.

- E quando você não acha ela linda e deslumbrante? - Perguntou Lauren do seu lado sorrindo.

- Eu disso isso em voz alta? - Perguntou constrangido, ela assentiu.

- Anda don juan vai abraçar sua esposa, já tem o quê? Duas horas que você não a vê? - Perguntou debochada.

- Engraçadinha! - Disse empurrando-a com o ombro.

- Não esqueça que Katie e Asafe vão passar a noite comigo. - Disse piscando e se afastou antes que ele dissesse qualquer coisa.

Claudia virou-se para ele com um sorriso radiante, ele foi ao encontro dela, ela disse alguma coisa à Ariane e Melissa e foi na direção dele, ambos cumprimentaram alguns amigos e se encontraram em um abraço ele a rodopiou e os amigos aplaudiram, gritando feliz aniversário de casamento.

- Você está linda! - Sussurrou em seu ouvido.

- Obrigada! Tem certeza que não está demais?

- Está maravilhosamente demais! - Sussurrou. - Mas se você está preocupada se estar vulgar não está.

Sorrindo eles voltaram a atenção para os amigos e familiares. O jantar foi tranquilo e agradável, ela estava imensamente feliz, as irmãs estavam ali ao seu lado felizes, Mariana grávida de dois meses era a felicidade em pessoa, graças a Deus ela se livrara daquele cover de príncipe Charles e encontrara o seu próprio príncipe, Adriano era tudo de bom para a irmã; Jéssica feliz com o Lucas, para total desespero de dona Marta, e Carla e Hércules de olho na filha mais velha que empurrava comida na boca do mais novo de dois anos, eram os pais mais maravilhosos que ela conhecia, seus pais como sempre carinhosos um com o outro seu pai Sérgio, vez ou outra olhava as mensagens no celular e sorria aquele sorriso bobo que ela conhecia muito bem, ao perceber que a filha estava de olho nele, abaixou a cabeça corado, ele era igual a ela ficava corado por tudo, Lorena feliz ao lado de Victor Hugo, Michelle e Patrick estavam tentando adotar uma criança, como ela mesma disse esperou por tanto tempo para ter um segundo filho que quando decidiu não era mais possível, os riscos não valiam mais a pena, Lauren estava se adaptando muito bem a vida no Brasil, comprara o apartamento de Claudia, assim quando estava em Palmas não precisava ficar em hotéis, nem incomodar ninguém, ela comprou uma fazenda em Gramado onde fundou uma Clínica para dependentes químicos a de Nova York é a Michelle quem administra agora.

E Katherine que deixou de lado o sonho de ser mestre em artes marciais, mas não deixou de praticar as artes marciais, estava concluindo o curso de medicina veterinária, e no momento só pensava no seu casamento com Benjamim. Os amigos tão amados, Artur e a Raquel; Victória e Eduardo; Sarah e Everaldo; Andréa e Cristiano; Melissa e Augusto seus amigos mais que irmãos; os amigos mais recentes, Ariane e Pedro que só tinham sorrisos para a chegada da pequena Hadassa que estavam esperando para o mês de setembro. Lamentou Stivie não estar ali, mas lhe confortava saber que o sogro estava em um bom lugar. Apertou a mão do seu esposo, e pelo olhar dele soube que os pensamentos dele eram os mesmos que os seus, todos ali estavam felizes e realizados, pois haviam encontrado a paz e o equilíbrio entre o que queriam aqui na terra, e o que Deus queria de cada um deles.

- Somos muito privilegiados, não somos? - Perguntou ela sorrindo.

- Muito! Deus fez infinitamente mais por nós, só temos pelo que agradecer, não é verdade? - Ela assentiu beijando-o de leve.

Os garçons chegaram para tirar a mesa, e as pessoas fizeram um movimento para levantaram-se Katherine pediu para aguardarem um pouco, e saiu de mãos dadas com o irmão, Claudia e Michael se olharam confusos, mas nenhum sabia o que os filhos estavam aprontando, eles voltaram empurrando uma mesinha com um lindo bolo, eles olharam um para o outro sorrindo.

- Vocês tiveram essa ideia? - Perguntou os dois apontando para o bolo.

- Foi ideia da Katie e do Ben, vocês não sabem o quanto eles são loucos por bolos de festa? - Respondeu Asafe satisfeito, Katherine e Benjamin se olharam e abaixaram a cabeça constrangidos.

- Sabemos sim filho o quanto eles amam bolo de festa. - Respondeu o pai sorrindo levantando-se de mãos dadas com a esposa. O casal partiu o bolo e exatamente como fizeram no casamento, cada um pegou uma colher e colocou um pouco do bolo na boca do outro.

- O bolo está uma delícia, por favor, fiquem a vontade! - Disse Claudia sorrindo, pegou um pratinho, mas Katherine pegou de sua mão.

- Pode ficar com o papai, eu e o Ben cuidamos do Asafe.

- Obrigada minha filha, por tudo!

- É sempre um prazer mãe! - Respondeu abraçando-a.

Os garçons serviram o bolo, e foi o final perfeito para um jantar perfeito, se naquele dia, trinta e um de janeiro de dois mil e cinco ao analisar aquela mulher no espelho alguém tivesse lhe dito: "É só o começo da grande transformação que você viverá", ela teria ficado trancada naquele quarto para sempre apavorada, mas agora não tinha mais medo, qualquer que seja a transformação que Deus tenha para ela, ela está pronta, nada em sua vida acontece sem que Ele diga "vá minha filha, Eu estou contigo".

- Jantar amanhã apenas das meninas. - Lembrou Victória na saída.

- Todas já confirmaram. - Respondeu Claudia sorrindo.

- Não esqueça de dizer ao Paulo que senti a falta dele, sei que ele não veio por uma boa causa, mas ainda assim eu gostaria de vê-lo. Como ele está? - Perguntou à Ariane dirigindo-se à porta. - Não tivemos nem tempo de conversar.

- Esses dias foram corridos, mas teremos tempo ainda! Agora ele está melhor, ainda tem seus momentos de tristezas, mas a faculdade e a clínica o tem mantido bem ocupado. Eu que sofro horrores por meu filho está tão longe de mim neste momento tão difícil.

- O Paulo é um garoto muito especial, vai ficar tudo bem, você vai ver. - Disse abraçando-a.

- Eu sei! Eu tenho Fé. - Respondeu sorrindo.

Os últimos a sair, foram Lauren com Katherine, Benjamin e Asafe, deixando o casal sozinho.

- Estou me sentindo como no dia do nosso casamento, só que eles que saíram e não nós! - Disse ela sorrindo abraçando o esposo que a beijou, ela ficou corada e ele riu soltando os seus cabelos e passando os dedos pela mechas.

- Eu sou privilegiado por ter uma esposa tão maravilhosa! E eu me sinto inúmeras vezes como naquela noite, e muitas vezes como naquela manhã! - Disse beijando sua testa, ela ficou escarlate de corada, ele a abraçou. - Sabe, eu pensei que com o tempo, você fosse deixar de ficar corada comigo, mas acho que isso é genética, você viu seu pai? - Perguntou sorrindo.

- Vi, eu acho que ele está apaixonado! Ele não parava de rir para aquele celular. - Disse beijando-o.

- Também acho! E fico feliz por saber que você é minha única! - Disse pegando-a nos braços, e sussurrou em seu ouvido. - Estou ansioso para tirar esse vestido! - O rosto dela ficou puro sangue, e ele gargalhou beijando-a em seguida.

Fim.


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