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71 - Melhor é o seu amor do que o vinho.

Ele acordou com o cheiro de café invadindo suas narinas, sorriu espreguiçando-se, percebendo que não estava em sua cama, levou uma fração de segundos para lembrar que estava esperando por Claudia que havia subido com a filha, sentou rápido, e lá estava ela dormindo no outro sofá, linda e deslumbrante, os cabelos espalhados sobre o travesseiro, seu coração transbordou de carinho e amor.

Aproximou-se dela, com o seu já habitual sorriso bobo, tirando delicadamente o cabelo do rosto tão amado, beijou de leve o alto de sua cabeça, ela se mexeu e ele ficou quieto, mas ela continuou dormindo. Foi até a cozinha, dona Neuza estava preparando o café da manhã.

- Bom dia. - Cumprimentou olhando o relógio de parede, faltava dez minutos para as cinco horas.

- Bom dia meu filho. O que aconteceu que você acabou no sofá? - Perguntou intrigada.

- A Claudia subiu com a Katie que queria falar alguma coisa em particular com ela, e eu acabei dormindo. Que horror a primeira vez que ela vem à minha casa e eu durmo e ainda a deixo dormir no sofá.

- Melhor dormirem no sofá que na sua cama. - Disse encarando-o, ele desviou o olhar, com imagens dos dois no carro invadindo sua mente.

- Nós temos quartos de hóspedes, além disso eu estava no sofá, ela poderia ter ido para a minha cama.

- Ela me disse que a Katie sugeriu isso, mas ela não quis te deixar sozinho na sala, ela é uma boa companheira.

- Ela é mesmo! - Concordou orgulhoso. - Que horas a senhora chegou?

- Mais de uma hora.

- A senhora deveria estar descansando.

- Eu descanso depois.

- E a Jaciara?

- Graças a Deus estão bem, ela e o bebê. Meu filho você se importa se eu ficar uns dias cuidando dela, depois que ela sair do hospital? Eu posso fazer a comida...

- De jeito nenhum, - ele a interrompeu. - eu me viro com a Katie até a senhora voltar, vá cuidar da sua filha e do seu neto, enquanto eles precisarem, não precisa se preocupar conosco.

- Obrigada meu filho. - Agradeceu sorrindo. - E você vai acorda-la para ir à oração contigo? - Perguntou indicando com a cabeça para a sala.

- Não. Não acho que seja uma boa ideia a primeira vez que ela for à nossa igreja seja na oração e depois de ela ter dormido aqui em casa.

- Verdade, com certeza o pastor vai lhe perguntar se ela dormiu aqui, do jeito que ele está de má vontade contigo.

- E piorou depois que o Artur decidiu que não vai congregar lá.

- Eu disse para a pastora que a culpa não é sua do seu amigo querer ir para outra igreja. Eu acho que a grande preocupação deles, é que você se desvie por ela.

- Eu disse que ela se converteu, eu te contei o que aconteceu no karaokê, ela é um prodígio!

- Eu sei meu filho, mas se ela não for para a nossa igreja... - Ela se interrompeu encarando-o.

- Eu vou convida-la para ir até lá comigo, e vamos ver o que acontece, mas sinceramente, eu não creio que ela vá querer congregar lá.

- Isso será um problema, como você vai casar com uma mulher que não frequenta a mesma igreja que você?

- Compartilhamos da mesma fé, isso sim é importante, quanto a igreja, se a igreja que ela frequenta tem como declaração de fé a bíblia, eu a acompanho sem nenhum problema. - Ela ficou algum tempo olhando-o nos olhos, ele esperou que ela falasse algo, mas ela apenas deu de ombros. - O que eu faço agora? Como eu saio e deixo ela dormindo na minha sala?

- Eu te aconselho a leva-la para o seu quarto, já que você sairá daqui a pouco, e não se preocupe eu e Katie faremos companhia a ela até você voltar.

- A senhora não vai ao hospital agora pela manhã?

- Vou mais posso te esperar, o Jean ficará com ela. Pode ir tranquilo para a oração, eu cuido delas para você.

- Obrigado! Eu acho que a porta do meu quarto está fechada a senhora pode me acompanhar para abri-la? - Ela assentiu acompanhando-o.

Claudia dormia tranquilamente, e delicadamente ele a pegou nos braços, ela falou alguma que ele não compreendeu. Acompanhou dona Neuza até seu quarto, e pousou-a gentilmente na cama.

- Se comporte, como o cavalheiro que eu sei que você é. - Argumentou dona Neuza saindo.

Suspirando ele a cobriu, afastou o cabelo dos olhos, ligou o ar condicionado e foi tomar banho, voltando em seguida procurando pelo celular, até se lembrar que estava com o aparelho quando sentara no sofá.

🌹🌹🌹

Claudia acordara tão relaxada e descansada, que apenas abraçou o travesseiro, não ouvira nenhum barulho do despertador, então ela ainda tinha algum tempo, sentiu um aroma diferente, de olhos fechados, cheirou o travesseiro que abraçara, cheirou de novo, conhecia aquele cheiro! Abriu os olhos devagar, e para seu total desespero Katherine estava deitada ao seu lado sorrindo travessa.

- Não se preocupe, eu não vou contar para o meu pai que a senhora estava cheirando o travesseiro dele. - Disse se acabando de rir, fazendo Claudia pensar que tudo o que aquela menina sapeca queria era contar isso ao pai.

- Que vergonha! - Disse escondendo o rosto no travesseiro, sentindo ainda mais o aroma. - Estou no quarto do seu pai?

- Sim.

- E como eu vim parar aqui?

- Meu pai te trouxe. - Ela encarou surpresa a menina.

- "Como isso foi possível? Eu acordo ao menor toque"! - Pensou sacudindo a cabeça. - E cadê ele?

- Na igreja, hoje a direção da oração era do grupo de homens, e ele não pôde faltar, eu e dona Neuza ficamos para cuidar da senhora.

- Eu preciso ir para casa. - Disse ansiosa, ficara por tempo demais.

- Meu pai pediu, se possível para a senhora esperar por ele.

- São que horas? Cadê meu celular? - Perguntou levantando, arrumando a cama.

- Está cedo ainda. - Respondeu a menina, olhando o celular. - Sete e vinte três, e seu celular, está aí na mesa de cabeceira do seu lado.

Claudia parou preocupada, duas coisas a incomodava, além é claro, do fato de não ter despertado quando Michael a pegou nos braços, seu coração acelerou só de imaginar ele a carregando e pousando-a na cama, tornou a sacudir a cabeça focando; como não ouvira o celular despertando? Seu celular despertava às seis horas da manhã todos os dias, e a segunda coisa que a incomodava era ele ainda não ter chegado, ela sabia que a oração de sábado na igreja dele acabava no máximo às sete horas. Pegou o celular confirmando a hora.

- Seu pai não deveria ter chegado?

- Sim. Mas houve um problema na igreja e ele ligou dizendo que iria se atrasar. - Disse ajudando Claudia, elas terminaram de arrumar a cama e sairam abraçadas.

- Eu estava te esperando para tomar café.

- Desculpe-me por ter dormido demais.

- A senhora não dormiu demais, nós que acordamos cedo por causa da oração.

- E por minha causa não foram! - Constatou constrangida.

- A dona Neuza de qualquer jeito ela não iria, e eu que me ofereci para te fazer companhia. - Disse adentrando à cozinha.

- Bom dia. - Cumprimentou dona Neuza.

- Bom dia. - Respondeu Claudia constrangida.

- Katie seu pai não disse para você não acorda-la?

- Eu não a acordei, ela acordou sozinha!

- Sério mesmo? Ela não ficou andando de um lado para o outro? Ou pulando em cima da cama?

- Não senhora! Ela estava bem comportada quando eu acordei. - Respondeu sentando à mesa.

As três decidiram ler a bíblia antes do café da manhã, Katherine orou, Claudia fez a leitura de Salmos vinte e três, e dona Neuza fez uma pequena reflexão, Claudia ficou impressionada com a desenvoltura da menina Katherine com a bíblia, atenta e encantada com a menina não vira o celular vibrando na mesa.

- Querida, o seu celular. - Disse dona Neuza.

- Obrigada! - Pegou o celular, era a mãe. - Com licença. - Pediu se levantando. - Oi mamãe.

- Cadê você?

- Estou na casa do Michael.

- E o que você está fazendo aí, há uma hora dessas? Você dormiu aí?

- Aconteceu uma situação e eu dormi aqui. - A mãe gargalhou histérica.

- Nós preocupados contigo, e você aproveitando a vida! - Disse sarcástica.

- Mamãe eu posso ajuda-la em alguma coisa? - Perguntou angustiada, tentando mudar de assunto.

- Não Claudia, você não pode me ajudar em nada, eu já estou indo para a minha casa.

- Onde a senhora está? - Perguntou confusa.

- Na portaria da sua casa, mas já estou indo embora, não serei eu a destruir a sua fantasia amorosa maravilhosa.

- Meu namoro não é uma fantasia amorosa mamãe. - A mãe riu.

- Você acha mesmo isso? Você é tão madura para algumas coisas e tão imatura para outras.

- Mamãe, desculpa por não estar em casa para te receber, mas a senhora poderia ter me dito que estava indo para aí!

- Nunca precisei te avisar que estava vindo para a sua casa, mas é claro, agora você está namorando, e não fica mais em casa; você me enganou direitinho, com essa conversa mole de namoro santo. - Ela corou se çlembrando do amasso no carro, aquilo não tinha nada de santo, ainda bem que a mãe estava longe, ou iria enche-la de perguntas sobre o motivo dela ter corado daquela forma.

- Mamãe não é nada disso do que a senhora está pensando, eu já disse, eu só dormi aqui porque houve uma situação e ficou tarde.

- Não me interessa Claudia, eu sei como são os namoros de hoje em dia, suas irmãs são saudáveis e namoram, eu que fui tola em acreditar que você agiria diferente das minhas filhas, claro que você se julga melhor que elas, mas sabemos que você não é, eu só não entendo como você esqueceu tão facilmente que foi estuprada... - Sem se dar conta do que fazia Claudia desligou o telefone na cara da mãe, tremendo.

Olhou ao seu redor desesperada, queria sair dali, mas como simplesmente sair sem falar nada com dona Neuza ou Katherine. Respirou profundamente tentando se acalmar.

- Oh, mãe! A senhora dá um passo para frente e dois para trás. - Disse para si mesma com os olhos marejados. - Por favor, não chore! Por favor, não chore! - Repetia a si mesma saindo, precisava tomar um ar lá fora.

- "O Senhor é o meu Pastor nada me faltará, eu sei que o Senhor não deixará o desespero tomar conta de mim, Ele me faz repousar em verdes pastos e me leva para junto de riachos tranquilos, eu sei o Senhor acalmará o meu coração, e a dor sumirá". - Pensava saindo da casa, a visão turva devido as lágrimas.

🥀🥀🥀

Michael desligou o carro frustrado.

- "Senhor eu sei que não devo seguir ao homem, mas devo respeitar a minha liderança, e me submeter à ela, mas não posso fazer isso agora Senhor, o Senhor conhece o meu coração, e sabe que não é por rebeldia ou orgulho, eu sinto muito mais não posso aceitar essa situação, se eu estou sendo intransigente, em nome de Jesus mostre-me para que eu não saia debaixo da Sua Graça, dê-me A Sua
Sabedoria, e que eu consiga me expressar sem ofender a ninguém. Senhor não permita que os problemas com o meu pastor afete a conversão do Artur e nem da Claudia, perdoe-me, por não conseguir aceitar o ponto de vista do pastor que tem me auxiliado e orientado por anos, ajude-me Senhor, não sei o que fazer, como agir, estou aqui para fazer a Tua Vontade não a vontade do homem, isso  incluí a minha também, dê-me discernimento e sabedoria em nome de Jesus, amém". - Orou em silêncio seu coração estava inquieto. Saia do carro quando Victória ligou.

- Oi Vick! - Cumprimentou batendo a porta do carro.

- O Edu me contou da discussão com o pastor, quem ele pensa que é? - Ela estava furiosa.

- O Edu não deveria ter dito nada!

- Essa era a intenção dele, mas no estado emocional em que ele se encontrava, era impossível me esconder uma coisa dessa.

- Vick, acalme-se! Vai ficar tudo bem, eu só preciso por a minha cabeça em ordem.

- Eu deveria ter esperado por vocês.

- Graças a Deus, que você e a Sarah não estavam lá, o estado de vocês requer cuidados.

- Estamos grávidas, não incapacitadas! - Ele sorriu da feracidade da amiga.

- Eu sei! Mas não quero vocês discutindo com o pastor de vocês e dando mal exemplo para os meus sobrinhos. - Ela gargalhou.

- Certo! Também não quero dar mal exemplo para o meu filho e o meu sobrinho. Mike, você está bem? Pega a Katie e vem pra cá, não fique sozinho remoendo essa história.

- Eu deixei a Claudia aqui, pedi para ela me esperar... - Interrompeu-se ao ouvir a gargalhada da amiga, sacudiu a cabeça.

- Pois traga ela!

- Eu vou ver se ela ainda está aqui, eu te ligo.

- Ok! Até mais tarde. - Despediu-se.

- Eu te ligo Vick, até logo! - Respondeu distraído. Seus pensamentos estavam longe naquele momento e não a viu esbarrando nela. - Ei! Aconteceu alguma coisa? - Perguntou segurando-a pela cintura.

Ela levantou a cabeça, seus olhos brilhavam e as lágrimas molhavam seu rosto, ele a abraçou exasperado, pensando por um momento que alguém havia dito a ela alguma coisa sobre a discussão da igreja, mas pensando bem não era possível, apenas Eduardo e Everaldo estavam lá no momento.

- Diga-me, o que aconteceu? - Perguntou mais tranquilo.

-  A minha mãe! Aconteceu a minha mãe. - Ele ergueu a sobrancelha, a sogra era um enigma para ele; em um instante ela era a delicadeza em pessoa, no seguinte ela já se tornava em uma megera. - Ela não agiu muito bem com o fato de eu ter dormido aqui.

- Ela deve estar pensando que eu te faltei com o respeito. - Ponderou inclinando a cabeça.

- Não é este o problema, minhas irmãs dormem na casa dos namorados, eles dormem lá em casa, não é este o problema. - Respondeu constrangida, tentando conter as lágrimas.

- Então qual é o problema? Você explicou a ela que não dormimos juntos? - Perguntou secando suas lágrimas delicadamente. - Sua mãe é mais protetora em relação a você do que às outras, sabemos que quando o assunto é você ela é um pouco insegura.

- Eu sei! E estou tentando ser compreensiva com ela, e acho que no íntimo ela que não houve nada mais íntimo entre nós, o que eu não entendo é por que ela faz tanta questão de me magoar, quando eu penso que finalmente estamos nos entendendo ela faz alguma coisa para me ferir ou me humilhar.

- O que ela te disse? - Ela encarou-o vermelha. - Por favor, querida o que a sua mãe disse para que você ficasse assim?

- Ela disse que não entende como eu esqueci tão rápido que fui estuprada. - Sussurrou em um fio de voz, ele engoliu seco, apertando-a nos braços.

- Quase dez anos ela acha rápido? - Perguntou irritado.

- Talvez ela tenha razão, o meu comportamento no carro... - Ele a afastou beijando-a delicadamente.

- O nosso comportamento no carro. - Ele frisou encarando-a. - Nos amamos e nos desejamos, por isso temos que ser tão cautelosos, - Brincou piscando. -  Deus está te curando, e quando Ele faz é para valer.

- Eu vi depoimento de mulheres que não conseguem se entregar, algumas não sentem nada quando o namorado ou marido as tocam, outras sentem medo ou dor, acredite-me eu sinto muita coisa quando você me toca e não tem nada haver com medo ou dor! - Disse corada.

- Louvado seja a Deus por isso! - Disse rindo beijando sua testa. - Antes de se entregar a mim, você se entregou a Cristo, que pode te curar de todo o trauma e dor, pode transformar o seu interior; eu posso fazer com que seus olhos brilhem quando olha para mim com amor, mas eu não posso fazer com que você se ilumine e seja luz por onde passar, Deus é o seu Bem maior, é o seu Amor supremo, eu sou apenas um presente que Ele cuidou e guardou para você, para te amar, te proteger e cuidar bem de você, estar ao seu lado te apoiando, e me alegrando com seu crescimento emocional e espiritual.

- Você é muito especial e me faz sentir especial. - Respondeu suspirando. - Desculpe-me. - Pediu escondendo o rosto no peito dele.

- Desculpa-la por estar em meus braços? Lamento, mais isso não é possível! - Disse passando o rosto por seu pescoço.

- Eu vou ficar vermelha, e dona Neuza vai ficar pensando coisas. - Disse se encolhendo em seus braços.

Ele amava o modo como ela se entregava a ele, como ela o olhava com confiança, como ela sabia que ele não avançaria o sinal, que ela era o presente de Deus para ele. Não iria permitir que a mãe a atormentasse para que ela entrasse em pânico, e ficasse amedrontada e pensando que as pessoas iriam ficar pensando mal dela o tempo todo; beijou o alto da sua e olhou a pele do seu pescoço, estava mesmo vermelho, ela tinha a pele sensível ao toque de sua barba.

- Eu sinto muito por deixa-la vermelha, e quanto a dona Neuza, não se preocupe ela não vai pensar nada e se ela achar que eu estou tentando avançar o sinal com você ela vai me fazer um sermão.

- Eu gosto da sensação da sua barba no meu pescoço, - Sussurrou corada.

- Você está vermelha, e eu não estou fazendo nada. - Disse se afastando erguendo as mãos.

- Engraçadinho! - Disse fazendo bico, ficando ainda mais corada.

- "Minha tímida adorável"! - Pensou com o coração transbordando amor, passou o braço pelo pescoço dela. - É melhor entrarmos antes que eu te beijo.

- E se eu quiser ser beijada? - Perguntou desafiadora, sorrindo ele aproximou a boca da dela.

- Tem certeza? - Ele perguntou engolindo seco, ela assentiu passando a mão no peito dele.  - É perigoso brincar com fogo! E nós estamos brincando com fogo senhorita. - Disse beijando-a, conteve-se para manter as mãos em seus braços, e sua língua o mais quieta possível, mas ela começou a brincar com a língua dele, a aperta-lo. Ele se afastou delicadamente. - Preciso de um minuto. - Disse ofegante, encostando a testa na dela.

- Papai! - Chamou Katherine.

- "Agora não filha, por favor, agora não"! - Pensou exasperado. - Oi filha! - Respondeu virando Claudia na sua frente. Entre com a tia Claudia que agorinha o papai entra, está bem?  - Empurrou-a confusa na direção da filha, e virou-se para o carro. Claudia constrangida e nervosa, se aproximou da menina.

- Oi querida!

- A senhora estava indo embora? - Perguntou a menina triste, Claudia abaixou-se ao seu lado.

- Não querida! Eu fiquei um pouco triste com a ligação que eu recebi, e vim tomar um pouco de ar, e encontrei o seu pai e ficamos conversando. - A menina a abraçou.

- Está tudo bem com vocês, não está? - Perguntou aflita, Claudia a apertou em seus braços.

- Sim meu amor, está tudo bem. - Respondeu sentindo seu rosto ainda quente. - Vamos! - Pegou na mão dela e entraram.

- O que deu no meu pai? - Perguntou olhando para trás.

- Não sei querida! - Respondeu preocupada, olhando também para trás, mas nem sinal dele, ela franziu a testa. Assustou-se com o celular vibrando no bolso, pensou em ignorar poderia ser a mãe, mas não era do tipo que fugia das situações, suspirou aliviada, era Victória.

- Oi! - Atendeu.

- Oi Claudia, não sei se o Mike já te disse, nós gostaríamos que vocês viessem passar o dia conosco o que você acha? -

- O Michael não me disse nada, eu não sei...

- Estou esperando por vocês. - Ele apareceu em seu campo de visão. - Só um minuto Vick. - Ela se dirigiu ele. - Ela quer saber se vamos para lá. - Ele estendeu a mão pedindo o celular, Katherine fazia festa dizendo sim.

- Oi Vick! - Disse rindo.

- Oi Mike. - Respondeu no mesmo tom.

- Eu ainda não falei com ela, por que eu não tive oportunidade. - Os dois se encararam, e ela abaixou a cabeça envergonhada.

- Vocês virão?

- Pela empolgação da Katie, eu imagino que sim, mas não sei o que a Claudia pensa sobre isso.

- Passa o telefone para ela. - Ele entregou o telefone à ela e abraçou a filha.

- Oi!

- Não aceito não como resposta.

- Quem vai estar aí?

- Eu e o Edu, a Lisa e o Fernando.

- Ok! Combinado, até mais tarde.

- Ok! - Concordou animada.

Claudia desligou o telefone desanimada. Queria ir para casa, precisava ficar sozinha pôr suas emoções em ordem, a culpa foi dela por Michael não estar em condições de dar atenção à filha, e se por causa dela ele não resistisse e a odiasse depois? Sentiu o rosto arder e colocou as mãos no rosto constrangida.

- "Esse negócio de relacionamento é mais difícil do que eu imaginei". - Pensou frustrada.

- Amor! - Ela engoliu seco, levantou a cabeça devagar. Ele sorriu sentando ao seu lado.

- Você ainda está vermelha. - Disse sorrindo, empurrando-a de leve com o ombro.

- Que bom que eu te divirto! - Disse séria.

- Você está assim, pelo que aconteceu lá fora? - Perguntou ficando sério.

- Por minha causa você não pôde dar a atenção que você queria para a sua filha, e se por minha causa você não resistir? Eu já consigo perceber o quanto é difícil para você. - Ele deduziu o quanto estava sendo difícil para ela expressar tudo aquilo, o sangue estava quase saindo pelos poros do rosto dela.

- Amor da minha vida, espero sinceramente em Deus que esperemos o casamento, por nós dois, mas se isso viesse a acontecer não seria culpa sua, seria porque nós dois não resistimos, lamento, mas quando um não quer dois não fazem amor. Por favor, não fique assim! Eu vou me comportar, pelo menos vou tentar mais, e quanto ao que houve lá fora, você também não tem culpa da reação que você causa em mim, não se preocupe com a Katie, estou aqui agora, pronto para dar a atenção que todas vocês merecem, vamos tomar café, não acredito que vocês ainda não tomaram café! - Disse puxando-a.

- Não está tão tarde assim. - Respondeu distante acompanhando-o, ele a olhou intrigado, mas não teve como perguntar nada.

- E aí? Vamos para a casa da tia Vick? - Perguntou Katherine assim que os viu, os dois se olharam.

- Se seu pai não for estar ocupado, sim iremos. - Respondeu sentando de frente para a menina.

- Papai!

- Se é para bem geral das minhas princesas, ok! Iremos!

- Que maravilha! - Disse empolgada, pulando da cadeira.

Preocupado com a expressão de Claudia, ele pegou na mão dela puxando de leve para chamar-lhe atenção, ela olhou para ele e sorriu, ele beijou a mão dela sorrindo.

- Michael, eu vou retirar a queixa. - sussurrou. - eu ia te falar ontem, mas não achei um momento adequado. - Ele acariciava a mão dela gentilmente.

- Você tem certeza disso? - Perguntou carinhosamente.

- Tenho! O que você acha?

- Por que você quer retirar a queixa?

- Eu gostaria que eles se arrependessem verdadeiramente, que sentissem a paz que agora eu sinto. Talvez se eles perceberem que se eu consegui perdoar e seguir em frente, e buscar uma alternativa melhor, eles também creiam que eles tenham uma chance real de superar tudo isso e viver em paz.

- Você sabe que a paz a qual você se refere só Deus pode dar!

- Sim eu sei, por isso que eu quero perdoa-los e orar para que o Espírito Santo os despertem, antes que seja tarde. - Ele inclinou-se beijando o canto de sua boca.

- Então oraremos por eles, e que a bênção de Deus os alcance. - Disse orgulhoso. - Eu te amo. - Sussurrou no ouvido dela, fazendo com que ambos fiquem arrepiados. - E eu estou orgulhoso de você.

Ele corrigiu sua postura, puxando a cadeira para ela; como fizera no jantar Katherine monopolizou a mesa, dona Neuza veio se despedir, estava indo para o hospital.

- Se você quiser meu filho eu fico para fazer o almoço. - Disse, quando ela chegara e encontrara Claudia acordada, pedira inúmeras desculpas por não ter feito o jantar para ela, claro que Claudia deixara claro que estava tudo bem, e que o jantar preparado por pai e filha estava uma delícia, ela ficara visivelmente orgulhosa dos dois, mas ainda assim ficava ressentida, por não estar ao lado dele neste momento tão importante da vida dele, aprendera a ama-lo tanto quanto amava aos filhos.

- Imagine! Já disse que a gente se vira, e além disso hoje vamos almoçar na Vick.

- Faz muito bem! - Disse olhando de Michael para Claudia, ele sorriu ela abaixou a cabeça.

- Papai quando eu vou ver o bebê da Jaciara?

- Na segunda-feira depois da aula, na casa dela.

- Mas papai, todo mundo já vai ter visto o bebê, eu vou ser a última a vê-lo.

- Não seja dramática! - Pediu o pai beijando sua cabeça.

- Eu vou tirar várias fotos dele para você. - Disse dona Neuza despedindo-se.

Os três arrumaram a cozinha, e enquanto eles se preparavam para saírem Claudia ligou para o pai, para lembra-lo do culto. O pai estava lembrando, e perguntou a ela o que acontecara com a Marta que saira para tomar café com ela e voltara arrasada e se trancou no quarto, suspirando envergonhada, Claudia contara ao pai o que acontecera, ele gargalhou.

- Querida ela só está enciumada, não conhece sua mãe? Por anos você foi só nossa, suas irmãs saiam, viajavam, dormiam fora, você não, você sempre esteve aqui, isso agora mudou, você tem amigos, um emprego, um negócio! Quem diria? A minha menina agora é uma mulher de negócios! - Ela sorriu.

- O negócio quem gerencia é a Carla, eu só dou apoio moral.

- Sei! A Carla me falou o quanto você tem o instinto apurado para pessoas, por isso você é a responsável pelas contratações. - Foi a vez dela gargalhar.

- Quase infarto quando ela me deu essa incumbência.

- É disso que se trata minha filha, você está crescendo, você tem medo mais não se acovarda, você faz o que acredita, estou orgulhoso de você, e sua mãe também está, ela só precisa se acostumar que a filhinha dela cresceu e está alçando altos voos; infelizmente de todas as suas conquistas a mais difícil para ela aceitar é o seu namoro.

- Eu não entendo isso pai, ela deveria ficar feliz por isso, como é possível que ela prefira que eu fique traumatizada!

- Não é nada disso meu amor! Ela está feliz por você, mas ela teme que você se machuque, você sabe que ela não confia no Stivie, infelizmente ela transferiu ela desconfiança para o Mike, tenha paciência, o tempo vai mostra-la o quanto o Mike te ama e é confiável.

- Deus te ouça, e ela pare de ficar me magoando, isso machuca pai! - Disse sensível.

- Eu sei meu amor, eu vou falar com ela.

- Não papai, deixa isso pra lá, ela vai dizer que eu estou tentando coloca-lo contra ela, eu vou ser mais paciente. - Sorriu. - Eu vou almoçar na casa da Vick, com o Michael e a Katie, mas passo aí para te levar ao culto.

- Estarei te esperando, eu te amo filha e estou muito orgulhoso de você e feliz por você estar encontrando o seu caminho.

- Obrigada, papai! Isso é muito importante para mim, eu também te amo! - Respondeu emocionada.

- Até a noite minha princesa, e aproveita bem esse momento do namoro e das descobertas, é prazeroso e único. - Ela ficou corada pensando nas descobertas que ela já havia feito.

- Até a noite papai! - E desligou nervosa.

Aquele dia foi um ensaio do que seria a sua vida, com amigos atenciosos, um homem carinhoso, e uma garotinha cheia de vida que iluminava tudo ao seu redor, e Deus enchendo o seu coração de amor e esperança, não importava qual desafio viesse, ela estava pronta para ele, porque era Deus Quem a guiaria por todo o desafio até vence-lo.

Continua...

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