59 - Senhor dá-me um coração puro.
Nos dias seguintes, Claudia ficara como em um sonho, estava namorando um rapaz encantador, falava com o pai biológico e os irmãos sempre que possível, estava encantada com os ensinamentos bíblicos que estava tendo com Luciana; sua mãe finalmente estava aceitando sua aproximação com o Sérgio, seu pai, e pela primeira vez na vida sentia-se feliz; estava se entendendo verdadeiramente com a família, só faltava as irmãs que chegariam no dia seguinte, tinha amigos maravilhosos, estava apaixonada pela primeira vez, e o mais importante de tudo, tinha uma vida de propósito com Deus.
No sábado conforme combinado, ela e Carla foram para a igreja com Luciana, Michael a convidara para ir com ele, e quando respondera que iria com a amiga, ele apenas lhe dera aquele sorriso maravilhoso que ela tanto amava, e combinaram de se encontrarem após o culto no karaokê; e ela surpreendeu a todos dizendo que naquela noite ela tomara a melhor decisão da sua vida, aceitara a Jesus Cristo como o Único e Suficiente Salvador da sua vida, e todos comemoraram pois a felicidade transbordava em todos os corações.
No domingo passaram boa parte do dia na casa dos pais, Claudia percebera que desde que mudara foi a primeira vez que ficou em família na casa dos pais, sem discussões, sem precisar se defender a todo instante, estava imensamente feliz por essa oportunidade, era muito bom ser ela mesma, demonstrar que ama sua família sem parecer uma carente desequilibrada.
Michael, Patrick e Katherine almoçaram com eles, mas tinham um compromisso com a família de Victória à tarde, então despediram da família de Claudia, com a promessa de que se veriam depois do culto, pois Claudia iria com Luciana à igreja novamente, de todas as novidades, ir à igreja era a que mais a estava deixando encantada.
- Você não vai acreditar, eu fui à igreja com a Luciana, e quando o pastor perguntou se alguém queria entregar a sua vida a Jesus, e aceita-lo como Único e Suficiente Salvador, minhas pernas criaram vida própria, quando eu me dei conta, estava lá na frente com o pastor, um homem que eu estava vendo pela primeira vez, sorrindo para mim como se fôssemos amigos de uma vida inteira. - Dissera naquela noite para o Marcelo quando saiu do culto.
- Claro que eu acredito! Eu creio no que Deus me promete, e Ele me prometeu que cuidaria sempre de você, até o momento em que você estivesse pronta para aceita-Lo e recebe-Lo em sua vida.
- Obrigada! Por nunca desistir de mim. Só espero em Deus, que eu não O decepcione.
- Apenas seja sincera com Ele, e deixe Ele te moldar segundo a Vontade dEle, e você será minha companheira de evangelismo quando estivermos juntos.
- Misericórdia! As pessoas irão me achar uma chata como eu te achava? - Perguntou sorrindo, no entanto a resposta dele foi séria.
- Se eu te conheço bem, você será um pouquinho mais chata que eu; e eu estou contando com isso, você tem um grande potencial garota! - E então riu. - Daqui a alguns anos voltaremos a falar sobre esse assunto.
Ela franziu o cenho confusa, mas ele mudara de assunto, e chegaram ao karaokê, ela despediu-se do primo e foi à celebração pela sua decisão.
Na segunda-feira ficara extremamente constrangida na escola, sem saber como agir com seu namoro com Michael, ela não soube como, mas todos já estavam sabendo de seu namoro e ela passara toda a manhã enfurnada em sua sala, não sabia como agir com os colegas e menos ainda com o namorado.
Naquela tarde, ela e Raquel tinham um compromisso na Secretaria Estadual de Educação, e quando retornaram foram direto para suas casas, Claudia acreditava que não veria Michael naquela noite, pois ele estaria arrumando as coisas para viajar no dia seguinte para a casa da avó, no entanto enquanto ela e a irmã conversavam sobre o dia seu Antônio interfonou, era Michael.
- Oi! - Cumprimentou beijando-a de leve no canto de sua boca, ela fechou os olhos ao sentir o corpo arrepiar-se, era sempre assim, ele aproximava-se e ela ficava toda elétrica.
- Oi! - Respondeu tímida, dando espaço para ele entrar.
- Gostaria de dar uma volta comigo? - Perguntou entrando.
- Eu gostaria muito, mas não queria deixar a Carla sozinha...
- Não por isso! Eu sou uma ótima companhia, ficarei bem comigo mesma. - Disse atrás da irmã, assustando-a. - Não se prenda por mim, aproveite a companhia do seu namorado, lembre-se que ele viaja amanhã, e você ficará seis longos dias sem vê-lo. - Sorrindo, piscou para os dois deixando-os sozinhos.
- E então? - Perguntou ele sorrindo.
- Ok! Onde iremos?
- Infelizmente sua irmã tem razão, viajarei amanhã e ainda tenho algumas coisas para fazer, mas tinha pensado em tomarmos um sorvete, ou um açai, sei lá! - Respondeu tímido.
- Sei! Vou buscar a minha bolsa. - Saiu e voltou logo depois. - Quer dizer que você gosta de açaí? - Perguntou estendendo o braço à ele.
- Sim. Por que a surpresa? - Perguntou dando passagem para ela passar pela porta.
- Açaí é tão brasileiro!
- Eu nunca te disse? - Perguntou surpreso. - Eu sou praticamente um brasileiro do quanto que eu amo o que tem origem brasileira.
Sorrindo os dois entraram no elevador, havia um casal e uma criança cumprimentaram-os e diante do olhar da mulher, ela tentou se esconder atrás dele, mas ele a segurou firme em seus braços, e permaneceram em silêncio até o saguão.
- Eu preciso te levar para conhecer a minha avó urgentemente. - Comentou sério, ao vê-la cruzar os braços.
- E por quê? - Perguntou preocupada, tentando focar nele.
- Para você aprender a lidar com vizinhos sem educação, minha avó é uma lady e ninguém põe um vizinho em seu lugar como ela. - Ele passou as mãos por seus braços, e pegou em sua mão saindo na noite quente.
- Eu deveria ter vestido uma blusa de manga.
- Não mesmo! - Respondeu rápido frustrado. - É muito fácil para as pessoas olharem com desdém para outra sem conhecer sua história. - Puxou-a para a rua abraçando-a. - Esquece aquela senhora, vamos falar de coisas boas, como a chegada de suas irmãs. - Sorrindo beijou-a na testa, ela sorriu também.
- Ou sobre a audiência entre o senhor Giuseppe e a Márcia. - Comentou sorrindo verdadeiramente, esquecendo por completo o episódio do elevador.
- Poxa, é mesmo! E como foi? O Patrick ainda não havia chegado em casa quando eu saí.
- Meu pai a convenceu a aceitar a casa em que eles moravam, e o negócio que ele estava organizando para ela...
- Que negócio? - Ele a interrompeu.
- Um negócio de prestação de serviços domésticos, desde arrumadores e cozinheiros à limpadores de piscinas têm de tudo.
- Que interessante? - Disse com um sorriso triste. - Só mesmo Deus para conhecer e entender o ser humano, onde poderíamos imaginar que uma pessoa tão perversa teria atitudes como essa para com a esposa?
- Ele é completamente louco! Meu pai descobriu que ele deixou todas as ex-mulheres dele ricas. - Disse confusa. - Eu admito que não o entendo, quando eu fui falar com ele, eu estava apavorada, mas quando cheguei lá, ele me pareceu apenas um homem esperando pelo pior que poderia lhe acontecer.
- Precisamos orar por ele e por todas as crianças que ele molestou, para que nenhuma delas se torne na criatura que ele é.
- Tudo o que eu tenho ouvido e sentido nos últimos tempos, me leva sempre ao mesmo ponto, que eu preciso perdoar quem me fez mal, para me recuperar, Deus tem colocado pessoas à minha volta para que eu compreenda isso, mas e essas crianças? Será que tem alguém para ensinar a elas sobre o Amor e o Perdão de Deus? Será que tem alguém trabalhando com elas, para que elas não alimente esse rancor, essa dor, esse ressentimento?
- Esperamos em Deus que sim, e vamos orar neste propósito, pois alimentar o ódio que os outros semeiam em seu coração, faz com que você se torne naquilo que você tanto odeia.
- Graças a Deus o Gui tem você.
- Graças a Deus o Gui tem todos nós. - Ele apertou o abraço, ela suspirou.
- Voltando à dona Márcia, Além da casa e do pequeno negócio, tem uma conta recheada que ele abriu para ela quando eles casaram, como ele lhe dava de tudo, ela não precisou mexer na conta e nunca se interessou em saber quanto tinha lá, o meu pai disse que ela quase enfartou quando viu a quantia.
- Aposto que ela queria devolver para ele.
- E queria mesmo! Mas meu pai é hábil com as palavras, e ela vai vender a casa, desde que ele foi preso ela voltou para a quitinete onde morava com o filho, ela não quer nem voltar naquela casa, meu pai vai cuidar da venda da casa, o dinheiro da venda da casa ela vai doar para ONG's que cuidam de crianças que sofreram abuso, e com o dinheiro da conta ela vai comprar uma casa menor que combine mais com ela e o filho, e o restante ela vai investir no negócio de prestação de serviços domésticos a Carla vai ajuda-la. - Concluiu orgulhosa da irmã que iria dar todo o respaldo à outra sem cobrar nada.
- Mas mesmo com o apoio da Carla será que ela conseguirá tocar esse negócio? Teria como ajudarmos? - Perguntou preocupado.
Ela sorriu e olhou para ele cheia de amor, seu coração transbordava quando o via tão preocupado com outras pessoas, ele era um homem bom, de coração puro, e Deus o reservara para ela, com certeza era uma mulher bem-aventurada, e tinha muito o que agradecer.
A antiga rodoviária havia se tornado um local com quiosques de vendas, e lá se encontrava de tudo, inclusive um ótimo açai, e foi para onde ela o levou, desde que mudara ela e os outros já haviam ido tanto ali, que o atendente já a conhecia.
- Boa noite Claudia. - Cumprimentou sorrindo.
- Boa noite Gilson, este é o meu namorado Michael.
- Boa noite Michael, é um prazer te conhecer. - Disse estendendo-lhe a mão, Michael apertou-a de volta.
- Boa noite, também é um prazer. - Respondeu no mesmo tom amigável, Gilson pegou o cardápio, Claudia recusou.
- Eu quero o de sempre.
- O meu com morango e kiwi. - Respondeu Michael ainda olhando o cardápio.
- Ok! - e saiu deixando os dois sozinhos.
- Não quer sentar? - Perguntou Michael.
- Não, prefiro sentar nos bancos lá fora, aqui é cheio demais. Em silêncio apenas curtindo a presença um do outro eles esperaram Gilson voltar, que voltou mais rápido do que Michael esperava.
- Aqui está seu açaí com morango e kiwi, bom rapaz, e o seu com ovomaltine e banana meiga senhorita. - Disse galante, os dois pegaram suas tigelas sorrindo.
- Obrigada cavalheiro, vamos para fora tudo bem! - Disse Claudia.
- Sem problemas, como sempre! - Em silêncio ele a seguiu até um banco no calçadão em frente
- Você vem muito aqui? - Perguntou sentando ao lado dela.
- O Marcelo ama açaí, e no primeiro dia dele aqui ele descobriu esse lugar, e acho que viemos aqui quase todos os dias enquanto ele esteve aqui, e depois continuamos vindo, não com a mesma frequência, mas ainda assim com uma certa frequência. - Disse rindo.
O vento noturno já não estava mais tão quente, foi uma das coisas que Michael mais teve dificuldades de adaptação nesta terra, o tempo é completamente bipolar, apesar do natural ser quente e seco, do nada inicia um vento frio.
- Michael não precisa se preocupar com a Márcia, o Zigger já a adotou, ele disse que vai ensina-la "como fazer seu negócio crescer em um País de terceiro mundo". - Disse fazendo o sinal das aspas com a mão, os dois riram.
- Fico feliz por isso, graças a Deus, mãe e filho ficarão bem. - Disse aliviado, e tomaram o açaí em silêncio olhando o movimento.
- Eu posso te fazer uma pergunta pessoal? - Perguntou intantes depois insegura.
- Claro que sim. Você pode me perguntar o que quiser, quando quiser.
- O que você estava fazendo no Brasil dez anos atrás? - Perguntou rápido.
- Nada em especial. - Respondeu desviando o olhar. - Quando a Lauren pediu o divórcio, eu fiz o possível para ela mudar de ideia, eu não compreendia porque ela queria tanto se separar; até ela me confessar que estava apaixonada pelo meu pai. - Ele suspirou. - Eu fiquei possesso, pensei que ele me odiava tanto que estivesse usando a minha esposa para me atingir; fui atrás dele, e ele me disse que a amava e lamentava por me fazer sofrer, eu nunca o odiei tanto quanto naquele momento, eu o agredi com um soco, e a coisa não foi pior, porque quando eu saí de casa ela ligou para a minha, e ela me impediu de espancar meu pai. - Concluiu envergonhado.
- Você estava fora de si. E o seu pai, o que ele fez?
- Nada! Ele não permitiu que os homens dele tocassem em mim, e nem ele me machucou, ele apenas tentava se defender, claro que enlouquecido como eu estava, demorei um tempo para me dar conta disso. Meu pai nunca se deu bem comigo, mas jamais tocou um dedo em mim, e tempos depois na única vez que ele permitiu que falássemos sobre esse ocorrido, ele me fez prometer que eu jamais iria voltar a falar sobre aquilo, que ele compreendia a minha fúria, ele jamais deveria ter se envolvido com a minha esposa, mas lamentavelmente depois da minha mãe, ela havia sido a única mulher que ele havia amado, e eu sei que é verdade.
- Um assunto desses é difícil não se falar sobre ele, como vocês conseguem que não façam comentários maldosos? - Disse confusa.
- Além de nós dois, apenas a Michelle, a Lauren, minha avó, e o pastor que me batizou que sabem e agora você.
- Obrigada pela confiança, mas você não precisava falar sobre isso comigo. - Disse solidária, imaginava o quanto era difícil falar sobre aquilo.
- Eu vou me casar com você não posso esconder nada de ti, quando você me disser sim será sabendo de todos os meus horrores. - Disse olhando-a com tamanha dor, que seu coração disparou.
- Só espero em Deus, poder te ajudar sempre que você precisar, como você tem me ajudado. - Respondeu acariciando o rosto dele, ele deu um sorriso triste.
- Tenho certeza que você é a ajudadora perfeita que Deus fez para mim.
Ela sorriu verdadeiramente feliz, por saber do que ele estava falando, Luciana havia lhe explicado que Deus fizera a mulher da costela de Adão para que ela fosse sua ajudadora idônea.
- Bem! A minha irmã me levou para a casa da minha avó, mas eu estava tão mal naquela época que nem ela deu conta de mim. Apesar de minha avó jamais ter concordado com a vida que meu pai levava, e menos ainda com o modo como ele me tratava, ela sempre o admirou pela maneira como ele amara a minha mãe. E vê-la defendendo ele me deu nos nervos.
- Mas como assim, ela o defendeu por ter um caso com a sua esposa? - Ele riu.
- Não, claro que não! Ela apenas não achava que tudo o que acontecia de ruim na minha vida era culpa dele, e que não seria possível ele ter um caso com a minha esposa sozinho. - Disse rindo. Claudia riu também.
- Nisso ela tem razão!
- Sim. Só que eu estava tão transtornado, que em uma bela manhã, enquanto minha avó estava para a igreja, eu peguei minhas coisas, e fui para o aeroporto, disposto a embarcar no próximo voo que me fosse possível comprar uma passagem, e este voo foi para São Paulo. Claro que eu já estava arrependido antes de levantar voo, e mandei uma mensagem para a minha irmã.
- Sua avó já havia sentido sua falta?
- Sim. E já havia ligado para a Michelle, que estava uma fera comigo, diga-se de passagem. - Disse com um olhar distante.
- Eu sinto muito por tudo, por você ter sido preso, por todos os pesadelos que aquela noite te provocou.
- Não sinta! - Disse passando a mão pelo cabelo dela. - Aquela noite mudou a minha vida em muitos aspectos, eu só lamento pela dor que você sofreu, quanto a prisão, seu pai fez com que minha ficha ficasse limpa, então para todos os efeitos jamais fui preso; e quanto aos pesadelos, não se preocupe eu os tenho desde sempre, desde a primeira infância, pelo que eu sei. Depois que eu me converti melhorou bastante, mas ainda assim se eu fico sismado com alguma coisa, ainda tenho pesadelos. - Disse olhando a movimentação que aumentara.
- Fico feliz que você e o Stivie tenham se entendido. Lembro-me de Lauren sofrendo por ter piorado as coisas entre o esposo e o filho, e do Stivie lamentar por ter se apaixonado pela mulher do filho.
- Meu pai ama você de uma maneira que eu vi ele amar apenas a filha e a neta. - Comentou sorrindo, estava realmente feliz pelo pai ama-la da maneira como amava.
- E a você! Ele pode ter tentado de todas as formas possíveis te odiar, mas nunca conseguiu de fato.
- A minha avó sempre me disse isso. - Sussurrou. - Talvez vocês tenham razão.
Ela o puxou para um abraço, não queria que ele ficasse triste pelo qual motivo fosse. Apertou o abraço, fechando os olhos.
- "Senhor meu Deus, o Senhor conhece os corações, o Senhor sabe aquilo que o homem quer esconder a qualquer custo, eu sei que o Senhor tem grandes planos para o Stivie e o Michael, não foi por acaso que o Senhor deixou um esposo sem a esposa amada, e um filho recém-nascido sem a mãe, só o Senhor sabe o propósito real para tudo isto, e se for da Sua Vontade, mostre a eles o que o Senhor quer deles, e se ainda não for chegada a hora, acalme os corações e que o amor que um sente pelo outro seja real em suas vidas. Em nome de Jesus Cristo Senhor eu Te peço, cuide dos dois, e que eles possam se vê como o Senhor me ensinou a vê-los, em nome de Jesus, amém". - Orou.
A paz que invadiu seu coração quando ela o abraçou, fez ele suspirar de alegria. Fechou os olhos, e apertou-a em seus braços.
- "Obrigado Senhor! Por tê-la preparado para mim; obrigado por colocar minha vida em ordem, obrigado pelo carinho do meu pai, e obrigado, pela minha família, e pela família que o Senhor está guardando para mim, que eu não Te decepcione, e que a cada nova manhã eu seja um novo homem segundo a Tua Vontade, e que tudo o que venhamos a fazer seja para te Honrar, em nome de Jesus, eu Te dou Graças por tudo que o Senhor tem feito por mim, obrigado senhor". - Agradeceu. Respirou fundo afastando-se dela.
- Vamos pagar a conta? - Perguntou ela levantando-se.
- Sim. Está ficando tarde. - Respondeu pesaroso.
De mãos dadas, eles seguiram para pagar a conta e voltaram para o apartamento, ele a acompanhou até a porta, beijou-a de leve nos lábios e despediu-se com tristeza, ficaria seis dias sem vê-la, com certeza sentiria falta dela, esperou que ela entrasse, e só então voltou para o elevador.
Continua...
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