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51 - Ele cura todas as doenças.

Claudia recebeu alta na terça-feira, mas só voltaria ao trabalho na semana seguinte. Depois de muito discutir com a mãe finalmente conseguiu convencê-la de que o melhor seria ir para sua própria casa, e de que só queria descansar para se recuperar o mais rápido possível.

Michael a visitara na segunda-feira rapidinho no horário do almoço e no final do dia com a filha, enquanto ela ouvia as novidades de Katie, eles se olhavam discretamente e sorriam.

Victória e Artur, ligaram dizendo que iriam visita-la em casa, e graças a Deus ela já estava em casa, claro que precisava de cuidados o ferimento estava bem, mas ainda não estava curado.

Contrariando a Luciana e Carla, ela estava na cozinha admirando a irmã enquanto esta ajudava Luciana, jamais imaginara sua irmã ali na sua cozinha tão à vontade, brincando e rindo.

- Ainda acho que você deveria estar deitada. - Resmungou Carla picando cebola.

- Eu passei quatro dias deitada, eu acho que vou dormir sentada, só para não ter que deitar, e além disso você acha mesmo que eu iria perder a chance de vê você trabalhando? Minha filha isso é imperdível! - Disse sorrindo e tirando fotos da irmã.

- Veja bem o que você vai fazer com essas fotos, não esqueça que eu tenho algumas fotos bem delicadas suas. - Ameaçou-a.

- Chantageando a sua irmã convalescente! Isso é desumano! - Exclamou dramática pousando a mão sobre o ferimento.

- Lu, você está notando algo estranho nessa pessoa? Eu acho que trocaram minha irmã por um clone na saída do hospital. - Disse com ar divertido, apontando a faca na direção da irmã.

- Veja o lado bom, ela é bem-humorada, então estamos no lucro. - Respondeu Luciana no mesmo tom.

Claudia tentou cruzar os braços, mas o curativo a impediu o que tirou um pouco da dramaticidade da cena, as duas cruzaram os braços encarando-a de sobrancelhas arqueadas. Ela aproveitou para tirar mais fotos.

- Vocês duas estão tão engraçadinhas! - Disse sentando.

- Acho melhor não abusarmos, já imaginou se resolvem nos devolver a original mal-humorada! - Brincou Carla voltando para a cebola.

- Não aceitaremos desfazer a troca. - Disse Luciana, o interfone tocou e Claudia foi atendê-lo fazendo careta para as duas que gargalharam.

- Oi seu Antônio! - Atendeu ainda sorrindo.

- Senhor Zigger, quer vê-la. - Respondeu o senhor simpático.

- Mande-o subir, por favor! - Carla a olhava preocupada. - Zigger está aí. - Disse saindo da cozinha.

Zigger a abraçou assim que ela abriu a porta. Constrangida ela bateu de leve nas costas dele. Estava surpresa com a visita dele, até onde sabia ele havia ido embora por isso ela não o vira nenhuma vez desde que acordara.

- Aconteceu alguma coisa? Carla me disse que você havia ido embora. - Comentou fechando a porta.

- Eu precisava resolver umas coisas. E voltei hoje para te ver, fiquei feliz em saber que você estava de alta. Você está bem? - Perguntou atencioso.

- Estou sim. Graças a Deus, foi só um susto. - Respondeu sorrindo.

- Olá Zigger! - Cumprimentou Carla. - Não vou te dar um abraço porque estou só a cebola.

- Deixa de frescura! - Exclamou puxando-a para um abraço.

Desvencilhou-se do abraço e ficou encarando-a deixando-a constrangida, ele gargalhou, fazendo-a ficar ainda mais corada, Claudia franziu a testa não era natural a irmã ficar corada, mas também não era natural ela rir tão facilmente como ela vinha fazendo nos últimos tempos, ela sorriu feliz, gostava desse novo temperamento da irmã.

- Você está diferente, está linda como sempre, mas está diferente! - Comentou sacudindo a cabeça.

- Eu me sinto diferente. - Disse beijando o rosto do amigo. - Almoça conosco? - Ele cheirou o cabelo dela.

- Me diz como é possível o seu cabelo está cheirando a cebola? - Perguntou sorrindo.

- Eu disse que estou cheirando a cebola, eu estava picando cebola, você tem ideia do que é cortar aquele negócio com aquele sumo todo respigando por todo lado? - Perguntou indignada. - Meus olhos estão ardendo, tem ideia do que é isso?

- Na verdade eu tenho sim, você esqueceu? - Perguntou triste.

- Esqueci mesmo meu amigo, desculpe-me. Eu sei o quanto você sente falta do restaurante da sua família. - Ele sacudiu a cabeça.

- Já passou! Vida que segue. Eu só não me recordo de conseguir sujar toda a cabeça de cebola. - Provocou sorrindo.

- Bobo! - Exclamou sorrindo, empurrando-o, ele beijou a testa da amiga e virou-se para Claudia.

- Claudia querida, eu vim aqui te trazer os seus presentes. - Disse pegando uma caixa que havia deixado no sofá.

Dentro da caixa estavam as caixinhas de joias que ela já conhecia, as mesmas das quais dias antes ele havia tirado os brincos, a pulseira e a presilha do cabelo, mas havia outra caixa. Ela o olhou arqueando a sobrancelha.

- Eu disse que iria tirar os dispositivos, e que as joias seriam suas. - Disse simplesmente olhando as próprias mãos.

- Aqui tem quatro caixas de joias e eram apenas três. - Disse sentando, ele apenas deu de ombros. - Aqui tem uma fortuna. - Disse conferindo as joias.

- Sim. A propósito aqui estão as notas fiscais delas. - Pegou alguns papéis em uma pasta que havia deixado também no sofá. - Eu sei que para você o meu carinho é muito mais importante que essas joias. E elas ficaram lindas em você.

- Zigger, essas joias 'são' lindas! - Exclamou Carla sacudindo a cabeça. - Fica aí bajulando a Claudia que eu vou voltar para o meu almoço. - Disse fazendo bico.

Claudia levantou o olhar imediatamente para a irmã, ficou preocupada, elas estavam se dando tão bem! Então viu o olhar dela, quando Zigger chamou-a de ciumenta exagerada, e respirou aliviada. A irmã estava feliz e apenas provocava o amigo, e só então percebeu que a irmã e Zigger ainda usavam a pulseira igual a que ela usara anteriormente.

- Que tal você nos ajudar com o almoço? Para compensar a minha frustração em perder meu melhor amigo para a minha irmã! - Disse piscando.

- Sabe quando você vai me perder? Nunquinha. - Respondeu abraçando-a e os dois seguiram para a cozinha.

Claudia continuou a verificar o conteúdo da caixa, como já esperava lá estavam os brincos, a pulseira que colocou logo no braço e a presilha. Delicadamente ela abriu a última caixa, e havia uma corrente no mesmo designer da pulseira, apenas mais fina e delicada, com um delicado pigente em coração esmeralda, com um pequenino diamente no centro.

As lágrimas desceram pelo rosto dela, não pela joia em si, mas pelo cuidado de ter sido feito especialmente para ela, por alguns segundo ficou olhando o pingente verde e passando o dedo pelo pequeno diamente no centro, levantou e foi até a cozinha.

- O nosso combinado eram as joias que você já havia me dado, não posso aceitar tudo isso. - Disse da porta.

- Não só pode como deve. É um presente, e é muito de mal gosto rejeitar um presente. - Disse Zigger ofendido.

- Não fique ofendido, mas você sabe que é um exagero. - Retrucou ela exasperada.

- Claro que não! - Ele se aproximou dela. - Claudia, a sua irmã foi a primeira pessoa que me amou como sou, ela me ajudou a me aceitar e principalmente a aceitar que sempre terá pessoas que se aproximarão de mim pelos meus milhões, mas também  têm pessoas que se aproximam porque realmente gostam da pessoa em que me tornei, mas infelizmente isso é muito raro, e eu sinto um carinho tão grande por você, e quero que você aceite esse presente, de que me adianta ter tanto dinheiro se não posso presentear quem eu amo? - Perguntou colocando as mãos na cintura.

Ela ficou parada olhando-o, e ele não parecia interessado em nada, além de vê-la feliz, olhou discretamente para as duas que assentiram sorrindo, ela sorriu também e se aproximou delicadamente.

- Você pode colocar? - Perguntou pegando a corrente emocionada.

- Com todo prazer, doce princesa! - Disse fazendo uma reverência.

- E então? Vai ficar aí batendo papo ou vai nos ajudar? - Disse Carla com as mãos na cintura.

- Então você sabe mesmo cozinhar? - Perguntou Claudia desconfiada.

- Claro que cozinho! Quem você acha que deu à sua irmã a dica daquele restaurante que vocês compraram?  - Perguntou sorrindo indo lavar as mãos, mas se voltou triste para ela. - Meus pais tinham um restaurante na Síria, e não tínhamos empregados, então éramos só nós, meus pais, eu e meus irmãos, nós éramos felizes.

Uma lágrima solitária desceu pelo rosto bonito, até aquele momento Claudia não havia visto Zigger triste, todas as vezes em que o vira com a irmã, ele estava alegre; a única coisa que ela sabia sobre ele era que se tornara melhor amigo da irmã, e que ele viera da Síria fugindo da guerra. Carla foi até o amigo e o abraçou.

- Você tem uma nova família aqui, e você pode ser feliz outra vez, você merece ser feliz. - Disse emocionada.

- Você e o Hércules são meus irmãos mais queridos, obrigado! Agora vamos cuidar desse almoço, ou ninguém almoça nessa casa, e temos uma moça convalescendo, precisamos cuidar dela.

- Eu posso ajudar em alguma coisa? - Perguntou Claudia.

- De jeito nenhum! - Disse Luciana. - Senta aí, e espera.

Ela sentou e ficou observando os três tão entrosados que pareciam amigos de longa data, a Luciana tinha uma leveza que fazia com que as pessoas se sentissem bem junto a ela, mesmo tendo uma vida difícil e complicada; a Carla estava com um brilho que ela não via há muitos anos, saber das dores e das dúvidas da irmã, mudara seu olhar para com ela; e o Zigger sorria verdadeiramente, sem nenhum resquício daquele garoto que sofrera os horrores da guerra.

Os traumas, as dores, eram para serem superados, não para serem alimentados diariamente. nos destruindo dia após dia. Sorrindo pegou o celular.

Oi mamãe. A proposta do jantar de comemoração ainda está de pé? Mas lembre-se que eu preciso de um mínimo de repouso, então terá que ser aqui em casa. - Enviou a mensagem.

Perfeito! Eu vou organizar tudo. Estou tão feliz minha filha!

Mamãe não esqueça, não quero ninguém que eu não conheço na minha casa.

Assim você quebra minhas pernas! Quem você conhece, além das pessoas com quem você trabalha?

Estou falando sério mamãe. Se a senhora encher minha casa de pessoas desconhecidas, eu ponho todos para fora.

Ok! Eu vou falar com a sua irmã, já que agora vocês são unha e carne. Beijos filha, eu te amo.

Eu também te amo mamãe. - Mal enviou a mensagem para a mãe o celular de Carla toca.

- Oi mãe! - Ela atendeu. - Oi! - Exclamou olhando interrogativamente para a irmã. Claudia assentiu, e Carla vibrou. - Pode deixar mãe, eu convido as pessoas. - Claudia pôs as mãos na cabeça.

- "Oh, Senhor! Só espero que eu não me arrependa, dessa ideia". - Pensou exasperada.

Apreensiva Claudia olhava para o teto, onde estava com a cabeça para concordar com um jantar oferecido por sua mãe? Cansada ela retirara para o quarto logo depois do almoço, mas não conseguira dormira e sua mãe chegara pouco mais das treze horas, o que só piorou sua concentração para dormir, não conseguia parar de pensar na bagunça em seu apartamento.

- Oi! - Disse a mãe da porta. - Pensei que estivesse dormindo.

- Por isso não bateu na porta? - Perguntou mais agressiva do que pretendia, a mãe franziu o cenho.

- Está tudo bem? - Perguntou confusa.

- Está sim mamãe, desculpe-me. - Desculpou-se constrangida, sentando.

- Preocupada com a bagunça na sua casa? - Perguntou sorrindo.

- Um pouco. - Respondeu no mesmo tom, a mãe sentou ao seu lado.

- Não se preocupe. Não vamos deixar bagunça, e sua irmã garantiu que você vai gostar dos convidados, divirta-se minha filha, aproveite as boas pessoas que cruzaram o seu caminho.

- Isso incluí o Michael também? - Perguntou tímida.

- Não sei quem são os convidados de sua irmã, mas admito que preferiria que ele não viesse. - Disse em um tom estranho.

- Mamãe qual é o problema com o Michael? Não é possível que toda essa implicância seja apenas porque ele é filho do Stivie.

- Claro que eu não implico com o rapaz! Eu só estou preocupada com você. - Disse alisando o lençol.

- Preocupada com o que exatamente mamãe? Espero que não seja de novo aquela conversa de ele já ter sido casado, ter uma filha e etc e tal.

- Minha filha, esse seu interesse pelo Mike, não seria apenas porque ele te salvou naquela noite? Você não está se sentindo em dívida com ele? - Perguntou cautelosamente.

- Eu tenho certeza que não. É claro que estou em dívida com ele, afinal ele salvou a minha vida, mas não tem nada haver, eu já estava interessada nele antes de saber de que era ele o homem que me encontrou naquela noite horrorosa! - Disse sentindo um calafrio.

- Só não quero que você se machuque. - Disse beijando-a na testa.

- Eu sei mamãe, obrigada! - Piscando a mãe levantou e dirigiu-se à porta. - Mamãe! - Ela se virou sorrindo. - Tem noticias da nana? - A mãe fechou a cara.

- Não. Mas ela estará de volta a semana que vem. - Respondeu de má vontade.

- Entendo! Então ela não sabe que eu fui ferida? - Perguntou tranquilamente.

- Não. Seu pai e eu achamos melhor não incomoda-la. Além disso nem sabemos onde ela está. Preciso organizar o seu jantar. - Disse saindo.

Claudia ficou um tempo olhando a porta fechada. Respirou fundo, pegou o celular e escreveu uma mensagem.

Querida nana, está tudo bem? Espero que sim. Saudades! Fique bem. Que Deus te proteja. E não esqueça, eu te amo nana. - Enviou e voltou a deitar.

- "Obrigada Senhor! Por me livrar da morte, e me guardar. Obrigada pelos meus pais, e dê-me sabedoria para compreender a minha mãe, e que o Senhor possa fazer com que ela me compreenda também. Senhor, guarde a nana onde ela estiver, e se for da Sua Vontade que eu conheça o meu pai, e que ele me perdoe por minha mãe ter perdido a vida ao me dar à luz, e que em meu coração não tenha lugar para o ressentimento, e que ambos ainda possamos, Senhor, nos amar e respeitar como pai e filha, que assim seja Senhor, segundo a Tua Vontade. A minha vida Senhor, está em Suas Mãos; e mais uma vez te agradeço por cada pessoa que o Senhor colocou em minha vida, em especial pela Luciana e pelo Michael, para que eu pudesse chegar até aqui, e Te conhecer e reconhecer tudo o que o Senhor tem feito por mim, em nome de Jesus, ah, e Senhor, cuide do Marcelo e trate do coração do Zigger, em nome do Teu Filho Amado, amém". - Orou.

Fechou os olhos, e um par de olhos negros iluminou a sua mente, sorrindo feito uma boba, ela se encolheu na cama, lembrando daquele olhar intenso, da primeira vez em que o vira na pizzaria, da ajuda no primeiro dia na escola, e das mudanças de atitudes no decorrer dos últimos dias, a tristeza em pensar que ele era casado, e da desilusão de saber que ele jamais a veria como ela o via, a dor daquela noite no karaokê. E conforme as lembranças iam invadindo a sua mente, seus olhos pesavam e ela pegou no sono.

Continua...

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