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50 - O amigo ama em todos os momentos.

Michael havia combinado com Carla que pegaria Katherine na casa de Claudia, jamais imaginara que fosse atrasar tanto! Havia prometido voltar ao hospital. Passou as mãos na cabeça, enquanto esperava no semáforo, decidindo ir ao hospital primeiro. Escreveu uma mensagem enquanto entrava no hospital.

Carla, perdoe-me pelo atraso. Estou entrando no hospital para falar com a sua irmã, eu havia dito que voltaria aqui. Não demorarei e irei buscar a Katie. Obrigada, e mais uma vez perdoe-me. - Enviou a mensagem.

Bateu na porta do quarto e entrou. Dona Marta ainda estava lá, ele respirou fundo, se preparando para as provocações da mãe de Claudia.

- Até que enfim! Ela se recusou a tomar a medicação, esperando por você. - Resmungou. - Você tem cinco minutos, ela precisa descansar. - Saiu ainda resmungando, os dois entreolharam-se sorrindo.

- Eu sinto muito pelo atraso. Você deveria ter aceitado a medicação. - Disse preocupado.

- Que nada! A enfermeira disse que não teria problema nenhum eu esperar. Depois do susto pela manhã, eu estou admiravelmente bem. Não se preocupe!  - Disse tranquila. - E aí como foi na igreja? - Perguntou sentando.

- A sua ideia do abraço foi fantástica! - Disse sorrindo. - O Everaldo também amou a ideia, ele me ajudou a por em prática. - Disse sorrindo, sentando na cama perto dela.

- E qual foi a reação das pessoas? - Perguntou curiosa.

- Primeiro surpresas, mais depois alegres. E elas também começaram a se abraçar, e conversarem umas com as outras. A gente se acostuma tanto a conversar sempre com as mesmas pessoas, que têm irmãos que há tempos que eu não falava com eles. Foi muito bom, obrigado! - Disse sorrindo para ela.

- Você gostaria de um abraço senhor? - Perguntou tímida, o coração dele acelerou.

- Eu gostaria muito senhorita. - Respondeu sorrindo.

Ele tirou o cabelo dela do rosto, e ainda sorrindo aproximou-se passando os braços por seu pescoço, apertando-a de leve, tendo cuidado com o ferimento. Ela passou os braços por sua cintura, encostando a cabeça no seu pescoço e inalando o seu perfume.

- "Perfume gostoso". - Pensou ela fechando os olhos.

- "Senhor, prepare-nos para nos completarmos". - Pensou ele fechando os olhos acariciando os seus cabelos.

- Claudia quero falar um assunto contigo, mas você promete não me expulsar daqui? - Perguntou ainda abraçado nela.

- Acho que sim. Você não me parece do tipo psicopata, mas também eu não conheço muitos psicopatas para eu ter uma boa ideia. - Respondeu rindo no pescoço dele, ele sorriu ao sentir o gesto.

- Meus cinco minutos estão passando, então serei breve. Você já percebeu que eu sou cristão, certo? - Perguntou delicadamente.

Ela suspirou e fechou os olhos apertando-os. Assim como o primo ele merecia uma mulher inteira para amar. Ela piscou várias vezes tentando conter as lágrimas, mas alguma coisa a denunciou pois ele a afastou.

- Você está bem? Está sentindo alguma dor? - Perguntou alarmado ao senti-la tremer em seus braços; ela negou não confiando na própria voz.

Ele se afastou do abraço, mesmo desejando continuar abraçado nela. Olho-a nos olhos e achou-os tristes respirou fundo.

- Bem, eu não sei como é o seu relacionamento com Deus, mas você gostaria de ir à igreja comigo? E você me permitiria orar a Deus para que você sinta por mim o mesmo que eu sinto por você? Não precisa entrar em pânico, se não for da Vontade dEle, ou se você não quiser nada comigo, não se preocupe que Deus não viola ninguém.

Ela ficou estática olhando-o, as lágrimas desciam suavemente por seu rosto, mas ela não se importava só pensava no que ele havia dito, será que ela ouvira mal, e estava compreendendo tudo errado?

- Eu disse alguma coisa errada? - Perguntou passando delicadamente o indicador em seu rosto tentando secar as lágrimas. - Se você não quiser nada comigo, tudo bem eu vou entender, só não chore.

- Eu não querer nada com você? Você só pode estar de brincadeira. - Disse sorrindo, mas ficando séria logo em seguida. - Eu não entendo muita coisa, sobre Deus e as pessoas de fé, mais eu sei que vocês se esforçam para fazer a Vontade dEle. E eu ouço o meu primo falar há tempo demais para o meu gosto, que Deus só tem o melhor para os que O amam, claramente você O ama, e claramente eu não sou o melhor para ninguém.

Por alguns segundos ele ficou paralisado tentando entender o que ela estava dizendo, e conforme percebia que ela falava exatamente o que ele estava compreendendo, seu coração se quebrava.

- Você é o melhor para mim! - Começou passando as mãos na cabeça. - Veja bem, ambos somos pessoas imperfeitas, conforme nos conhecermos melhor vamos descobrir que temos defeitos terríveis, mas é para superarmos esses obstáculos e vários outros que virão, que quero esperar a confirmação de Deus, porque é Ele quem nos ajudará quando as dificuldades chegarem.

- E se essa confirmação não vier? - Perguntou triste.

- Se essa confirmação não vier, os meus sentimentos por você se tornarão fraternais, e seremos bons amigos. Deus cuida de tudo perfeitamente! - Respondeu ele sereno.

- Mas Ele não é comigo como é com você, como fica os meus sentimentos por você? - Sussurrou abaixando a cabeça.

- Então você tem mesmo sentimentos por mim? - Perguntou rindo, ela o empurrou de leve, sorrindo entre as lágrimas que voltaram. - Desculpe-me. Vamos por partes, Deus é com você exatamente como Ele é comigo, Ele me ama tanto quanto ama a você, e se Deus tiver outros planos para nós dois, os seus sentimentos por mim também serão fraternos, pois não é da Vontade de Deus que nenhum de nós dois soframos.

- Então por que eu sinto essa confusão de sentimentos? Eu nunca senti nada disso. - Disse tímida.

- Eu também nunca senti nada parecido com o que eu sinto por você, e é por isso que eu estou te pedindo permissão para pôr na presença de Deus os nossos sentimentos; e para te apresentar o Michael que vive em Cristo.

- E você não toma nenhuma decisão sem antes apresentar a Deus. - Afirmou carinhosamente, e ele acenou positivamente. - Sabe que eu já debochei do meu primo, com essa coisa de pôr tudo na presença de Deus?

- E agora? - Perguntou sério.

- E agora? Estou pensando e vendo muita coisa diferente. Durante muito tempo eu O odiei, e me perguntei por que eu precisei passar por aquela noite, se Deus era mesmo tão bom, por que Ele me deixou sozinha, por que Ele não me ajudou, e agora finalmente eu estou compreendo que Ele não me deixou sozinha, se Ele tivesse me virado as costas eu não teria saido viva daquela situação, eu estou começando a pensar na possibilidade de que talvez Ele me ame, mas não acho por exemplo que Ele me ame da mesma maneira que Ele ama o meu primo ou a você.

- Paulo escreveu aos Coríntios, "e Ele morreu por todos, para que aqueles que vivem já não vivam mais para si mesmos, mas para Aquele que por eles morreu e ressuscitou". Essa sensação de que os crentes são mais felizes, mais alegres, de que nada de grave acontece na vida deles, e etc e tal, isso acontece porque a nossa alegria, a nossa felicidade, não é apenas no que temos ou fazemos aqui, este momento por exemplo, estou felicíssimo por estar aqui com você, mas eu sei que este momento só é possível porque Deus assim o permitiu, a minha vida está toda firmada em Deus, a minha alegria vem dEle, e por isso eu sou feliz aqui, porque eu escolhi ama-Lo e segui-Lo, e os sofrimentos, as dores que virão não me destruirão, não me deixarão cabisbaixo por um longo tempo, porque Ele está no controle da minha vida, e Ele me prometeu que eu comeria o melhor desta terra, e eu creio nisso.

- Eu estou começando a entender isso, quando eu estava no cativeiro com o Gui, eu não fiquei com medo, sei que é estranho, mais eu me senti protegida, eu senti realmente que tudo iria terminar bem. - Ela abaixou a cabeça constrangida.

- Jamais fique constrangida por confiar em Deus. E agora analisando todos os acontecimentos, você ainda acredita que Ele estava cuidando de vocês dois? - Perguntou cauteloso.

- Acredito. - Repondeu rápido.

- Mais você levou um tiro! - Disse erguendo a sobrancelha.

- Sim. Mas o Gui está ileso, eu vou ficar bem, pois os médicos não entendem como a bala não foi direto para o meu coração, muito frustrados eles me disseram que 'parece' que a bala fez uma curva, então eu acredito que Ele desviou a bala do meu coração, e o Gui está livre do padrasto, e todos os garotos que ainda pudessem vir a cruzar o caminho daquele senhor.

As lágrimas desciam livre pelo rosto de Michael, ela talvez ainda não tivesse consciência disso, mas ela era tão cristã quanto ele, ela acabou de dizer que havia confiado a vida dela a Deus.

- Eu disse algo errado? - Perguntou constrangida.

- Não! Além do fato de você ser perfeita? Não! - Ele a puxou em um abraço.

- "Obrigado meu Pai, por tê-la preparado para mim". - Pensou apertando-a cuidando para não machuca-la.

Ela se deixou abraçar, sentindo-se protegida e aquecida.

- Você não sabe olhar a hora, mas sabe agarrar a minha filha que está convalescendo! - Disse dona Marta da porta.

Eles se afastaram, Michael virou constrangido, desse jeito iria ser bem difícil conquistar essa sogra.

- Desculpe-me dona Marta, já estou saindo. - Depois continuamos com essa conversa, tudo bem? - Ela assentiu, ele beijou o rosto dela.

- Michael, eu ainda não sou muito boa nesse negócio de oração, mas você me permitiria orar, para que Deus nos oriente para o que Ele tem de melhor para nós dois, e que se for da Vontade dEle nossos sentimentos um pelo outro seja sincero e real? - Ele tornou a abraça-la. - Você tem a minha permissão para orar por nós.

- E você com certeza pode orar por nós. - Disse colando a testa na dela.

- E sim eu irei à igreja com você. - Disse sorrindo e Michael sorriu verdadeiramente feliz.

- Michael ela precisa tomar a medicação. - Disse a mãe leve, os dois se olharam confuso. Ele beijou a testa dela e ela beijou a dele.

- Até mais dona Marta. - Disse se aproximando dela e beijando-a na bochecha. Ele saiu cantarolando.

- Está tudo bem mamãe? - Perguntou ao vê-la olhando sorrindo para a porta que se fechara.

- Sim está tudo bem, que negócio é esse de oração? - Claudia sorriu.

- É uma longa história, pode ficar para depois? Acho que a senhora tem razão preciso do medicamento.

- Está sentindo alguma dor? - Perguntou preocupada.

- Só um pouquinho. - Disse sorrindo.

- Vou chamar a enfermeira. - Disse indo para a porta, mas a enfermeira já estava entrando.

- Menina aquele seu namorado além de lindo é muito simpático. - Disse a enfermeira se aproximando da cama, ela apenas sorriu, e a mãe revirou os olhos.

🌹🌹🌹

Michael chegara ao apartamento de Claudia e a filha já estava dormindo, e Carla o convencera a deixá-la, e busca-la com as coisas da escola pela manhã; assim sendo lá estava ele às seis da manhã na porta de Claudia.

- Bom dia! - Cumprimentou Luciana sorrindo.

- Desculpe-me querida! Eu te acordei? - Perguntou constrangido.

- Que nada! Vem vou te levar até a Katie. - Constrangido ele a seguiu. - Você ou Katie gosta de alguma coisa em especial para o café da manhã?

- Não. O que você preparar estará ótimo, obrigado! E desculpe-me pelo transtorno.

- Eu que vou começar a ficar constrangida, se você continuar a pedir desculpas. - Disse Luciana sorrindo parando em frente a uma porta. - Estarei na cozinha se precisar de alguma coisa.

- Obrigado! - Agradeceu abrindo a porta.

Ele entrou no quarto e seu coração acelerou, com certeza aquele era o quarto de Claudia, havia fotos dela e da família por toda parte, surpreso se aproximou de uma foto, era Claudia com a Lauren, elas sorriam abertamente uma para a outra.

- Papai! - Assustou-se com a filha o chamando.

- Oi querida. Perdoe-me por me atrasar, e não te buscar. - Pediu sentando ao lado da filha e puxando-a para um abraço.

- Tudo bem papai, eu me diverti à beça com a Carla e a Luciana. - O pai se afastou do abraço franzindo a testa. - Não me olhe assim, elas disseram que eu posso chama-las assim. - Ele sorriu. - Então, eu não vou para a escola hoje? - Perguntou sorrindo.

- Nem pensar mocinha. - Disse mostrando a bolsa. - Aqui estão suas coisas, passe para o banheiro que eu vou ajudar a Luciana.

- Papai, o senhor viu a foto da mamãe com a tia Claudia? - Perguntou curiosa.

- Vi. Elas estão lindas, não estão? - Perguntou sorrindo.

- Estão mesmo lindas. - Disse Katherine se levantando, ele beijou a testa da filha e saiu do quarto.

Naquela manhã depois de deixar a filha na sala de aula, e ver os colegas na sala dos professores que não falavam de outra coisa que não fosse Claudia; mas misteriosamente ao encontrar com Victória ela apenas o abraçara e dissera que estava feliz por ele estar bem.

As aulas foram maravilhosas, as crianças não deram trabalho e Artur para sua surpresa não deu uma palavra sobre o assunto 'Claudia', assim sendo no intervalo ele se dirigiu para a lanchonete da escola tranquilo pensando no quanto os amigos estavam sendo fofos com ele, por isso quando viu todos eles sentados em uma mesa afastada compreendeu porque os dois não o encheram de perguntas, sorrindo e acenando seguiu até eles, com o coração acelerado.

- "Lá vem bombas"! - Pensou sorrindo.

- O que está acontecendo aqui? - Perguntou puxando uma cadeira. - Aconteceu alguma coisa?

- Aconteceu. Você está apaixonado depois de sei lá quantos anos, e nós queremos comemorar contigo. - Disse Artur.

- Eu só queria saber quem foi o língua grande que soltou que eu estou apaixonado. - Disse sorrindo.

- Na verdade ninguém disse nada. - Disse Eduardo empurrando um pedaço de torta de abacaxi para ele.

- Obrigado! - Agradeceu fazendo uma reverência.

- Você sabe por que pedimos torta de abacaxi para você? - Perguntou Sarah.

- Porque é a minha favorita? - Perguntou franzindo o cenho.

- Sim. E porque conhecemos você muito bem! - Respondeu Everaldo. - Você achou mesmo, que nos enganou naquela noite que a encontramos com o Artur no Gospel Music? - Perguntou rindo.

- Só a mim que você enganou naquela noite. - Disse Artur sorrindo. - Ainda não me conformo em ter sido tão tolo!

- Na verdade você não foi tolo, você não queria vê o que estava bem na sua frente, é diferente. - Disse Victória que sentada ao seu lado empurrou-o.

- Acho que sim. Quando Rachel me falou eu fiquei surpreso, mas pensando bem, não fiquei tão surpreso como eu fiquei quando eu soube que o Cristiano era interessado na Andréia, por exemplo. - Retrucou Artur pensativo.

- Claro que não! Naquela época você ainda era um idiota, e pensava que o Cristiano era gay. - Retrucou Sarah jogando o guardanapo nele.

- Até parece que eu era único que pensava assim. - Defendeu-se.

- Naquela época o Edu e o Everaldo também eram dois idiotas. - Disse Victória piscando para o esposo.

- How! O assunto aqui é o Mike e a Claudia, e não ficar relembrando o nosso tempo de idiotas. - Retrucou Eduardo.

- Concordo plenamente. - Disse Artur batendo na mão de Eduardo. Michael que comia sua torta de abacaxi apenas ouvia os amigos sorrindo.

- E então don juan, em que pé estão as coisas? - Perguntou Everaldo.

- Vocês são curiosos não! - Exclamou sorrindo.

- Engraçado isso, porque será que quando era você e o Artur que pegavam no meu pé, vocês não eram curiosos! - Comentou Victória rindo.

- Você não tinha ninguém para te defender, nós tínhamos que cuidar de você. - Lembrou Michael piscando para ela.

- Eu sou grato, por vocês terem cuidado tão bem da minha esposa. - Disse Eduardo todo bobo.

- Ai papai! Acabei de perceber que eu vou sobrar sozinho! - Dramatizou Artur pousando a mão na testa.

- Como é dramático! - Disseram todos sorrindo.

- É só você não fazer nenhuma besteira dessa vez, que quem sabe você percebe que a sua cara metade está mais perto do que você pensa! - Disse Victória dando de ombros.

- Podemos voltar ao que nos reuniu aqui, por favor! - Pediu Artur cruzando os braços.

- É verdade o Mike está fugindo do assunto, vamos desenrola que nosso tempo está acabando. - Exigiu Sarah.

- Ok. Eu a convidei para ir à igreja, e ela aceitou; e combinamos orar e colocar na Presença do Senhor os nossos sentimentos. - Os amigos bateram palmas alegres.

- Está convencido agora de que ela sente por você o mesmo que você sente por ela? - Perguntou Artur.

- Estou. E obrigado, pelo que você fez por mim. Obrigado mesmo meu irmão. - Agradeceu Michael emocionado.

- Eu não fiz nada que você não faria por mim. - Respondeu Artur também emocionado. Sarah pigarreou dispersando as emoções.

- Mike, você já pode nos contar porque você não nos queria com você depois que a Claudia foi resgatada? - Perguntou Sarah séria.

- Podemos sempre contar com a Sarah para mudar radicalmente de assunto! - Ironizou Artur. - Michael olhou sério para Victória.

Era verdade. Sarah era capaz de estar falando sobre o velório de alguém, e entre uma frase e outra ela começar a falar sobre nascimentos, sempre que estavam juntos e eram pegos em uma situação constrangedora, eles deixavam que ela improvisasse o próximo assunto.

- "E agora eu gostaria de ser bom no improviso ou em mudança de assuntos". - Pensou tenso.

- Ainda não. Eu sinto muito! - Respondeu constrangido, Sarah pousou sua mão sobre a dele.

- Está tudo bem. Você sabe que sempre estaremos aqui para você, assim como você sempre esteve para cada um de nós, não sabe? - Perguntou séria.

- Mike, aconteceu alguma coisa naquela noite que serviu de gatilho para você? - Perguntou Artur.

Todos olharam surpresos para Artur, exceto Michael e Victória que se encararam.

- Gatilho do que Artur? Aquela noite foi terrível! - Exasperou-se Sarah.

- Exatamente por isso. - Confirmou Everaldo.

Michael deduziu exatamente no que os dois estavam falando, por incrível que pudesse parecer os dois que já foram considerados os mais irresponsáveis e inconsequentes, mas também eram os mais perspicazes e que tinham as melhores memórias.

No aniversário de um ano de casamento dos amigos, todos foram acampar na fazenda de um amigo do Everaldo. Era apenas um fim de semana, e os pesadelos já não eram tão frequentes, então Michael não achou que haveria algum inconveniente aceitar o convite dos amigos, mas para seu desespero nas duas noites que dormiram lá ele teve pesadelos horríveis.

- Vocês lembram do nosso aniversário de um ano de casados? - Perguntou Everaldo triste.

- Gente esquece isso! - Pediu Victória inquieta.

- Nós sabemos Vick que você sabe a causa dos pesadelos do Mike, e por isso não tocamos mais nesse assunto, e todas as noites oramos para que Deus dê ao nosso amigo uma boa noite de sono, e principalmente que ele resolva seja lá o que for que o deixe tão mal. - Disse Everaldo.

- Só falei nisso agora, porque quando você explicou que não nos disse a verdade, porque queria ficar sozinho, em seu olhar havia a mesma dor daquelas noites no acampamento. Só queremos que você saiba, que não importa qual seja o problema, amamos você e você não precisa enfrentar nada sozinho. A Sarah tem razão estamos todos aqui, para o momento em que você precisar.

- Eu sei, e eu lamento por não ter dito antes, e ainda ter prendido a Vick com sigilo médico. E você tem razão Artur, dizer que houve gatilhos naquela noite, é uma maneira bem suave de dizer o que foi aquela noite pra mim. - Concluiu suspirando.

- Pra mim, não é um peso guardar o seu segredo, mas você sofrer todos esses anos, isso sim foi um peso, mas agora eu sei que tudo vai ficar bem. - Disse Victória com um meio sorriso. - Deus sabe mesmo o que faz, não é mesmo? - Michael assentiu.

- Eu amo vocês, e sou grato por Deus ter me dado o privilégio de conhecê-los. - Disse emocionado. - E eu não falei sobre a razão daqueles pesadelos, porque era muito difícil falar sobre aquilo, e eu me sentia inseguro para falar sobre aquele assunto em especial. - Disse emocionado.

- Todos nós aqui fomos quebrados de várias maneiras, e Deus foi misericordioso conosco e nos uniu, e juntos juntamos os cacos uns dos outros, não sei o que teria sido da minha vida se Deus não tivesse me enviado vocês. - Disse Eduardo emocionado.

- E a minha vida então? - Disseram Everaldo e Artur juntos, fazendo todos sorrirem.

- Só mesmo Deus para transformar um acidente em uma bênção. - Sussurrou Sarah. - E querem saber eu estou grávida, não posso ter emoções fortes.

Todos sorriram, secando discretamente algumas lágrimas que insistiam em descer pelo rosto deles.

- Eu odeio interromper mais... - Começou Raquel, interrompendo-se olhando para cada um. - Ai meu Deus! O que aconteceu agora? - Perguntou alarmada.

- Nada! - Respondeu Artur. - Só estamos comentando sobre a nossa amizade; mas aconteceu alguma coisa, o que foi?

- Sarah, a dona Benta está te chamando. - Disse Raquel ainda desconfiada.

- Ok. Até mais tarde pessoal, o dever me chama. - Despediu-se beijando o esposo.

Com a saida da Sarah, Artur acompanhou Raquel, Everaldo e Eduardo também despediram-se, tinham coisas para fazer.

- Você está bem? - Perguntou Victória.

- Estou bem. Mas estou com medo, e se eu estragar tudo? Se eu não souber lidar com ela? Eu só tive uma namorada, não faço ideia do que fazer. - Disse exasperado.

- Não se preocupe, Deus vai cuidar de vocês dois. Estou tão feliz por você tê-la encontrado. E acho tão romântico você ter salvo a vida dela e encontra-la anos depois e ama-la antes mesmo de saber quem era ela. - Disse emocionada. - Só deixa Deus guiar vocês e tudo vai dar certo.

- Obrigado Vick, por tudo o que fez por mim por todos esses anos, você me ajudou imensamente. - Agradeceu emocionado.

- Amigos são para todos os momentos! - Os dois sorriram, o sinal tocou e eles voltaram ao trabalho.

Continua...

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