45 - Em tudo dai graças.
A vantagem de ter estado algumas vezes em um hospital, é que você não precisa ver o quarto branco e impessoal para saber que está em um, os sons e o aroma denunciam quando você mais uma vez desperta em um quarto de hospital.
- "O que será que eu fiz dessa vez"? - Perguntou-se ainda de olhos fechados. - "Se eu continuar de olhos fechados, a mamãe não vai começar com as agressões de sempre". - Pensou frustrada, tentando lembrar o que acontecera para ela está de novo no hospital.
Pior que os sons e o aroma dos hospitais, era a confusão inicial ao despertar, a confusão de imagens do que acontecera, e pior que tudo isso, era sua mãe culpando-a pelo que acontecera.
Não poderia continuar de olhos fechados fingindo que dormia, precisava enfrentar logo a mãe e saber o que acontecera, tentou subir um pouco e forçou as mãos na cama para impulsiona-la para cima, a dor no peito bem no lado do coração foi excruciante, e ela gemeu abrindo os olhos, a mãe estava ao seu lado.
- Está sentindo dor? - Perguntou a mãe carinhosamente, ela fitou-a surpresa.
- Sim. - Respondeu colocando a mão no local, e claro, havia um curativo. - Eu fiz alguma bobagem de novo? - Perguntou tímida, sentiu um formigamento no nariz, e passou a mão no local, parecia no mínimo inchado.
- "Jesus! Quebraram meu nariz"! - Pensou encarando a mãe.
- E quando você não faz bobagem? Sabe eu acho que eu deveria amarrar você no pé da minha cama. - Disse brincando, acariciando o cabelo da filha, fosse lá o que aconteceu, era muito mais grave do que ela imaginara, sua mãe fazendo piada?
- E a senhora acha que isso adiantaria de alguma coisa? - Perguntou franzindo a testa, sentindo o nariz incomodar.
- Provavelmente não, você seria capaz de aprontar alguma com cama e tudo. - Claudia riu, o que provocou uma dor ainda pior, fazendo-a ficar pálida de dor.
A mãe saiu gritando a enfermeira, ela fechou os olhos, e um par de olhos negros invadiu a sua mente, junto com algo rasgando a sua pele, então ouviu o som do tiro, o que rasgara a sua pele foi uma bala, abriu os olhos assustada, a enfermeira já estava administrando o medicamento no soro.
- Não! Mamãe? - Chamou, a mãe ficou ao lado da enfermeira pegando em sua mão. - Eu lembrei o que eu fiz, eu não... Não foi... - As ideias começaram a ficar embaralhadas, queria falar para a mãe que ela só queria ajudar o garoto, mas foi tomada novamente pelo silêncio e pela escuridão.
Quando voltou a acordar, sua mente estava lúcida, lembrava-se do que acontecera e de onde estava. Abriu os olhos, observando ao seu redor. A irmã estava sentada em uma cadeira de fibra lendo, apurou as vistas para ter certeza de que estava vendo mesmo a bíblia!
- Carla! - Chamou.
- Oi! - Respondeu sorrindo, indo até a irmã, se jogou em cima dela.
- Ai! - Gemeu.
- Desculpa. Eu tive tanto medo! - Disse com os olhos cheio d'água. - Eu não deveria ter deixado você fazer isso, aonde eu estava com a minha cabeça? - Disse chorando.
- A sua cabeça estava no lugar certo, pois graças a você deu tudo certo. Carla, e o menino Gui? - Perguntou preocupada.
- Ele está bem. Você sabe que é uma heroína, agora só dá Claudia. - Disse sorrindo entre as lágrimas, e a irmã ficou encabulada.
- "Obrigada meu Deus! Tudo terminou bem, muito obrigada". - Pensou.
- E o Giuseppe? - Perguntou temerosa.
- Preso. O que você conseguiu fazê-lo falar é o suficiente para ele estar bem encrencado! Fiquei apavorada com medo de perdê-la, mas estou muito orgulhosa de você.
- Sei, uma heroína com o nariz quebrado e uma bala no peito. - Disse sem graça.
- A bala não está mais no seu peito, e o Gui disse que o Giuseppe só te acertou um murro no nariz, porque ele te pegou desprevenida, nunca vi um rapazinho tão orgulhoso de sua coordenadora pedagógica. - Disse orgulhosa.
- A Luciana? - Perguntou preocupada.
- Ela está bem, não sei o que eu teria feito sem ela. Ela é uma rocha, ela foi para a igreja, mas vai pra casa, a mãe dela achou melhor ela ficar comigo, nesse momento.
- Ela não foi à aula hoje? - Perguntou preocupada.
- Não, hoje é sábado...
- Oi? Eu dormi ontem o dia todo? - Perguntou alarmada.
- E hoje também, caso não tenha percebido já é noite.
- Meu Deus! O que aconteceu?
- O que você lembra?
- Ele ia atirar no Gui, e eu entrei na frente, e senti a bala perfurando minha pele. - Divagou um pouco lembrando da voz de Michael gritando seu nome.
- Doeu muito? - Perguntou triste.
- Não. Só senti ardendo! - Remexou-se inquieta. - Eu iria à igreja com ela hoje. - Lamentou.
- Ela me disse. Mas ela disse também que vocês terão outras oportunidades.
- E a mamãe cadê ela? - Perguntou mudando de assunto.
- Ela foi pra casa, não arredou o pé daqui o dia todo, com muita luta eu e o pai a convencemos a ir pra casa.
- Ela está muito zangada comigo? - Perguntou tensa.
- Com você? Não. Ela está zangada conosco! Somos duas irresponsáveis, que não nos preocupamos com o coração frágil dela. - Disse séria, mas as duas se encararam e começaram a rir, Claudia põs a mão no ferimento.
- Ai! Eu não posso rir! Eu quase morri, caso tenha esquecido. - Disse sorrindo.
- Tudo que eu quero é esquecer isso. Pensa no sufoco que foi! Não gosto nem de lembrar. - Disse fechando os olhos.
- Vamos ter muita história para contar aos nossos filhos. - Ela olhou de cara feia para a irmã. - Ah, tá! Então quer dizer que você não vai contar para os seus filhos os atos heroicos da tia deles?
- Você já está ótima! Não está? Cheia das graças. - Disse zombeteira.
- Carla! - Começou sem graça. - Quem veio me visitar? - Perguntou ignorando o olhar malicioso da irmã.
- Não sei maninha! - Exclamou. - Em quem você está pensando? - Perguntou inocentemente.
- Não estou pensando em ninguém, só queria saber se alguém do trabalho veio me visitar, a Vick, o Artur. Afinal não fui trabalhar ontem, e eles devem ter ficado sabendo do que houve comigo e com o menino Gui. - Respondeu agoniada, franzindo a testa ao lembrar do olhar negro do Michael.
- O que foi? Está sentindo alguma dor? - Perguntou preocupada.
- Não. É que aconteceu uma coisa, quando eu fui atingida, você promete não rir de mim, e nem dizer que eu estou ficando louca? - Perguntou constrangida.
- Palavra que não farei nem uma coisa nem outra. - Respondeu solenemente.
- Eu acho que não sofri nenhuma dor, porque fiquei deliberando, eu ouvi o Mike me gritando e o vi correndo na minha direção, e não vi mais nada.
- Na verdade você não teve uma alucinação, ele estava lá, gritou por você quando ouviu o tiro, e correu até você, não foi um delírio seu. Era para ele ficar no carro comigo e Zigger, mas ele saiu correndo feito um desvairado.
- Vocês estavam lá? O Zigger ficou louco? Como ele permitiu isso? - Perguntou angustiada.
- Era ruim de ele conseguir nos manter afastados! - Disse sorrindo. - Ele esteve aqui ontem e hoje, e liga sempre querendo saber de você.
- Ele quem? O Zigger? - Perguntou inocentemente.
- O Zigger? Ele também veio aqui, mas não liga acho que depois que ele for embora provavelmente vai ficar me ligando querendo saber de você. - Disse sorrindo, a irmã fez cara feia pra ela. - Todos vieram te visitar, mas você estava sempre dormindo. - Concluiu séria.
- Por que eu dormi tanto?
- A bala passou perto demais do seu coração, você teve uma hemorragia, e teve uma infecção no ferimento, e seu nariz está horroroso. - Disse piscando. - Os médicos disseram que era melhor você descansar, para que a dor não te afetasse tanto.
- A primeira vez que eu acordei, foi quando? - Perguntou aflita.
- Ontem! E eles deram alguma coisa para você dormir, e fez efeito porque pra mim você parece ótima! - Disse beijando a testa da irmã. - Que tal você me contar tudo desde o início, como eles conseguiram pegar você?
- Eu conto, e você me conta como você e o Mike foram parar naquele lugar, tudo bem?
- Fechado! - Disse puxando a cadeira e sentando, guardou a bíblia na bolsa e pegou o celular e escreveu uma mensagem e enviou, guardou-o e sorriu para a irmã. - Pode começar.
- Desde quando você carrega uma bíblia na bolsa? - Perguntou encantada.
- Desde quando a Luciana me deu essa. Não muda de assunto, comece a falar.
- Primeiro, eu gostaria de ver o meu nariz, eu vou precisar de outra rinoplastia? - Perguntou sorrindo. Carla pegou um estojo na bolsa e entregou para a irmã.
- Não sou especialista, mas acho que não será preciso, me parece que não houve nenhuma fratura.
Claudia olhou-se no espelho. Estava com o nariz inchado, analisou bem e pra ela parecia sim quebrado, precisava esperar o médico para tirar as dúvidas com ele. Devolveu o espelho para a irmã.
- Você tem razão meu nariz está horrível. - Concordou sorrindo. - Vamos à minha narrativa heroica, de como terminar o dia com o nariz quase do tamanho do nariz do 'dois', dos 'sete monstrinhos'! - As duas riram, Claudia fazendo careta devido a dor no ferimento.
- Você não ficou com medo? O menino Gui disse que você cuidou dele e que você foi muito corajosa. Eu fiquei tão orgulhosa! Mas também apavorada. Sei que fazia parte do plano deixa-lo te pegar, mas eu desejei que você não tivesse permitido isso; acabou tudo bem eu sei, mais e se alguma coisa tivesse dado errado? - Perguntou apavorada.
- Eu senti medo sim, mas eu senti uma força que aquecia meu coração, e era como se alguém estivesse me dizendo que tudo iria ficar bem. E graças a Deus, tudo ficou bem. - Disse serena. - E eu não deixei que me pegassem, realmente me pegaram de surpresa. - Disse com um meio sorriso.
- Você está diferente. - Disse Carla sorrindo.
- Graças a Deus por isso! - Disse sorrindo abertamente. - Agora eu vou te contar a minha primeira aventura, para você contar para os meus sobrinhos. - Carla revirou os olhos.
🌹🌹🌹
Michael não foi ao culto, não estava com disposição, e ele acreditava que se você não estava bem para ouvir a Palavra de Deus, era melhor ficar em casa; ele não estava revoltado com o mundo, zangado com as pessoas, nada disso, só estava se sentindo desnorteado, não sabia se deveria ou não falar com a Claudia sobre o que descobrira, o pai pedira para que ele esperasse o Pablo conversar com ela.
Por mais que estava ansioso para falar com ela, não sabia também como fazê-lo, o pai tinha razão, ele precisava ter paciência, precisava esperar para ver a reação dela. Uma notificação de mensagem, era da Carla quase caiu da rede em que estava deitado.
Oi. Ela acordou, ainda sente algumas dores, mas está bem. Está até bem humorada! Kkkk.
- "Obrigado Senhor, por continuar cuidando dela, obrigado pelo Amor que o Senhor sente por ela; e pela guerreira em que o Senhor a tem transformado. Em nome de Jesus eu te agradeço Senhor". - Pensou sorrindo.
Ainda estava radiante com a mensagem de Carla quando recebeu outra mensagem, dessa vez de Victória.
Precisamos falar com você. Ou você nos encontra, ou iremos todos para a sua casa.
Suspirou olhando para o teto, fugia dos amigos desde quinta-feira a noite, não poderia continuar com isso. Escreveu uma mensagem.
Ok! Eu encontro vocês na pizzaria. Quando terminar o culto me manda uma mensagem. - Enviou a mensagem.
Ok. - Respondeu ela simplesmente.
Ele olhou a hora, tinha uma hora até o término do culto. Voltou a deitar olhando o céu estrelado, relembrando os acontecimentos das últimas quase quarenta e oito horas.
Como dissera ao Zigger não dormira, quando o pai terminou de responder a todas as suas perguntas, o dia já estava amanhecendo, sua cabeça estava um turbilhão, as suas emoções um tsunami, seu pai ligara para Carla, ela ainda não tinha avisado ao pai, ela estava sem saber como fazer isso, ele pegara essa missão para ele, e ligou imediatamente para o Pablo. Deixara os dois se falando e foi ao quarto da filha que ainda dormia serena, beijou-a na testa, e foi para seu quarto.
Saia do banho quando Zigger ligara avisando que haviam removido a bala, mas estavam precisando de doadores pois ela perdera muito sangue, ele se prontificou a ir ao hospital, mas Zigger o alertara que ele não conseguiria doar sangue depois de uma noite sem dormir, motivo pelo qual ele próprio e a Carla também não poderam doar, ele poderia fazer isso depois. Vestiu-se e esperou o horário da filha.
Procurara a filha e explicara que não iria ao trabalho, mas iria deixa-la na escola, a filha achou estranho o pai jamais faltava ao trabalho, ele apenas sorrira e a abraçara. Encontrara o pai e Lauren à mesa, ela perguntou se poderia levar Katherine para a escola, e ele ficou grato, pela sugestão.
Quando as duas sairam o pai lhe jogara os jornais, todos falavam do empresário preso por pedofilia, e da filha do empresário que havia sido baleada no processo, lembrou-se que não havia dito aos amigos que Claudia havia sido resgatada baleada, procurou o celular, havia esquecido no quarto, pedira licença ao pai e correra para pegar o aparelho, todos já haviam ligado e mandado mensagem.
Respirando fundo, ele respondeu as mensagens se justificando pois não queria que eles também ficassem preocupados, mas eles estavam ressentidos, pois todos achavam que poderiam ter estado com ele naquele momento tão difícil, como ele sempre estivera com cada um deles. E ele super entendia a posição deles, mas como dizer a eles que finalmente havia encontrado a mulher que ele tanto ansiava por encontra-la, e que esta mulher era a mesma com quem ele andava sonhando nos últimos tempos? Pior ainda a única pessoa que sabia dessa história era Victória, mesmo com ela, ele não poderia falar enquanto não falasse com Claudia, o segredo não era dele, era dela. E se ela não quisesse que seus amigos soubessem o que acontecera com ela?
E assim ele fugira dos amigos desde então, agora não poderia mais fugir, mesmo porque ele não era o tipo de homem que foge de suas lutas, só esperava em Deus que conseguisse falar com os amigos, e que eles o compreendessem. Estivera no hospital, e os amigos também, mas não encontrara com nenhum deles.
- "Deus meu, mais uma vez eu Te suplico, seja o Senhor comigo, e perdoe-me as minhas transgressões que são tantas! Hoje o Artur iria para a igreja comigo, e eu me recusei a ir até a sua casa, perdoe-me. Menti aos meus amigos por omissão, e evitei que eles tivessem o cuidado que eles sempre tiveram comigo todas as vezes em que eu precisei, mas o segredo como bem o Senhor sabe não é meu, e eu preciso da Sua Ajuda, para esclarecer o que houve, sem magoar nenhum dos meus amigos mais do que eu já magoei, e nem trair a confiança da Claudia, mesmo ela ainda não sabendo que eu conheço o segredo dela. Em nome de Jesus Teu filho amado, eu Te peço me ajuda Senhor, guarde-me das tempestades que vêm com o propósito de me destruir. Guarde-me debaixo de Suas Mãos e mal nenhum me alcançará. Guarde-a de todas as dores, e mágoas, e seja o Senhor a cuidar dos ferimentos que ela ainda tenha, restaure-a para a Honra e Glória do Teu Nome. E mais uma vez obrigado Senhor por ter guardado o menino Guilherme, e ter livrado Claudia da morte, em nome de Jesus, amém Senhor"! - Orou.
Continuou na mesma posição na varanda de casa olhando para o céu até o pai chegar com Lauren e Katherine, a filha correu e pulou na rede.
- Deitado no mesmo lugar papai? - Perguntou beijando a bochecha do pai.
- Estou esperando a tia Vick e os outros sairem da igreja, eu vou sair com eles. - Respondeu abraçando-a, e olhando para o pai e Lauren.
- Não esqueça que vamos doar sangue amanhã. Nada de ficar até de madrugada batendo papo. - Disse o pai entrando em casa.
- Eu também quero doar sangue. - Disse Katherine, os pais se olharam.
- Eu já... - Começaram os dois e sorriram.
- Eu vou deixar você com o seu pai. - Beijou o rosto da filha e foi ao encontro do marido.
- Eu já te expliquei que criança não pode doar sangue, mas quando minha filha for uma mocinha maior, poderá doar sem problemas.
- Eu entendi, mas não é justo. Eu já sou grandinha. - O pai fez cócegas nela.
- Você será sempre a minha princesinha. - Ela ria e tentava fazer cócegas no pai também. - E como foi na igreja da Luciana?
- Foi ótimo pai! O senhor precisa ir lá, igreja não é grande igual a nossa, mas é maravilhosa. E a Luciana é ótima, ela e a mamãe agora são amigas de infância, 'best friends'. - Concluiu fazendo aspas com os dedos, Michael riu.
Lauren conhecera Luciana no hospital, e as duas se deram bem logo de cara, e as duas combinaram irem à igreja que Luciana congregava, e como Michael resolvera não ir à própria igreja, Katherine foi com a mãe e o avô.
- O senhor precisa ir lá. - Continuava a filha empolgada, Michael recebeu uma notificação de mensagem. - A tia Vick? - Perguntou ficando séria, ele assentiu.
O culto terminou, estamos indo!
Estou saindo de casa. - Respondeu.
- Papai precisa ir. - Disse.
- Tá bom! - Respondeu descendo da rede, o pai a acompanhou até sala.
Ele abraçou a filha que subiu a escada correndo chamando a mãe; suspirando ele pegou a chave do carro indo para a garagem.
- Filho. - Chamou Stivie, ele virou-se para o pai interrogativamente que descia as escadas. - Você está bem? Se você precisar, eu fico mais um tempo aqui. - Ele voltou e abraçou o pai.
- Obrigado pai! Mas eu não posso arriscar que a polícia pense que o senhor não está respeitando o pacto de vocês, e sua situação se complique. Eu vou ficar bem, só preciso me acertar com os meus amigos, e compreender o que Deus quer de mim. - Disse se afastando do pai.
- Eu estarei aqui, assim que precisar! É só avisar. - Disse emocionado. - Filho, o amor não é algo tão fácil quanto as pessoas pensam, elas confudem atração com amor, tesão com amor, solidariedade e afinidade com amor, e amor é tudo isso, mais aquele amor que você quer ficar com a pessoa o resto da sua vida, conhecendo todos os defeitos dela, e mostrando a ela todos os seus defeitos é muito mais do que tudo isso e é mais difícil do que se imagina conquista-lo, porque amor assim é o amor que Deus põe em seu coração para que você viva um propósito com aquela pessoa, e não apenas uma vida passada ao lado de outra pessoa, não deixe meu filho que o fato de você não compreender o propósito de Deus para a sua vida, você perca aquela que Ele colocou em sua vida de maneira tão especial.
- Obrigado! Por ter estado comigo, mais uma vez Deus foi bondoso comigo, como Ele sempre foi. - Disse com lágrimas nos olhos voltando a abraçar o pai.
- Obrigado a você meu filho, por não desistir de mim, mesmo eu merecendo o que havia de pior, você e sua irmã continuaram a interceder por mim. - Respondeu tão emocionado quanto o filho. - Eu te amo meu filho.
- Eu também te amo pai. - Desvencilhou-se dos braços do pai. - Tenho que ir, tenho alguns amigos querendo me passar um sermão.
- Não preciso te falar que eles têm razão, não é mesmo? Mas não se preocupe, como seu pai eu estou do seu lado. - Disse rindo subindo a escada.
- Sei! - Gritou também rindo indo para a garagem.
Continua...
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