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35 - Cada um cuide, não somente dos seus interesses.

No intervalo para o recreio Michael foi procurar por Claudia, pegou o celular e distraído ficou olhando as mensagens, e parou de repente ao ler a mensagem de Victória. O que o surpreendera, não foi a amiga manda-lo uma mensagem foi o conteúdo da mensagem.

Você ainda anda com o desenho da rosa que sua irmã fez pra você? Se ainda estiver na sua carteira eu posso vê-la? Te espero na minha sala no recreio.

Ela própria pedira inúmeras vezes para que ele jogasse aquele desenho fora, claro que ele não havia jogado, agora ela queria vê-lo! Isso estava muito estranho, aliás ela estava estranha desde o dia anterior, mas infelizmente se era um problema com um paciente, ele não poderia ajuda-la.

Pegou a carteira e tirou um papel dobrado no meio, encostou na parede e desdobrou o papel, a marca da dobra danificara o desenho, mas ainda estava nítida a rosa vermelha desenhada pela irmã, ele disse cada detalhe do que se lembrava a ela, até ele vê exatamente a tatuagem do punho de uma mulher que provavelmente nunca mais a veria, ou saberia dela; mesmo dez anos depois, ele fechava os olhos, e conseguia lembrar de cada detalhe daquela fatídica noite, sacudiu a cabeça dobrou o papel e foi para a sala de Victória.

Bateu na porta nervoso, esse assunto o deixava apreensivo.

- Oi! - Disse da porta com um meio sorriso.

- Oi! - Disse saindo de trás da mesa. - E então? Ainda tem o desenho. - Afirmou sorrindo.

- Pensei seriamente em dizer que joguei fora, como você queria. - Disse pegando o papel da carteira e estendendo a ela.

- Você jamais mentiria pra mim, e eu pedi isso para o seu bem, você estava obcecado. - Lembrou pegando o papel, abriu-o lentamente, e ficou olhando-o como fizera na primeira vez em que vira aquele desenho.

- Por que você queria tanto vê esse desenho depois de tanto tempo? - Perguntou sério. Ela dobrou o papel e devolveu pra ele, ignorando a pergunta; ele detestava quando ela fazia isso, pois indicava claramente que ela estava lhe escondendo alguma coisa.

- Mike lembra quando você teve aquela crise, pensando desesperadamente nela logo que começou as aulas?

- Lembro por quê? - Perguntou intrigado.

- Eu tenho pensado nela, aliás eu tenho sonhado com ela. - Sussurrou.

- Sonhado com ela, como? Com a tatuagem? - Perguntou preocupado, não queria que a amiga tivesse problemas por causa dos desequilíbrios emocionais dele.

- Esquece isso, não se preocupe. Está tudo bem. - Disse puxando-o para se sentar. - O que eu quero saber é se você se lembra do que aconteceu para que você voltasse a pensar tanto naquela noite.

- Do famoso gatilho? Eu não sei exatamente. Foi na primeira vez que eu vi a Claudia, eu o Artur estávamos no Fernando, e o Artur fez um comentário infeliz, que só alguém com marcas horrorosas pelo corpo poderia usar roupas que a cobriam toda, nesse calor de quarenta graus, e eu lembrei da garota largada na calçada ensanguentada, eu nunca vou compreender como puderam deixá-la na rua daquele jeito, já não bastavam o que fizeram com ela? - Disse com os olhos marejados.

- Desculpe-me, por fazer você lembrar disso, mas eu tenho mais uma perguntinha, é por isso que você trata a Claudia com tanta frieza? Por que ela te fez lembrar daquela garota?

- Não! Não é por isso. - Ele olhou o relógio. - Aliás, eu marquei com ela, depois conversamos sobre isso, pode ser? Ela já me acha um Neandertal, imagina se eu a deixo plantada me esperando! - Disse sem humor.

- Hoje a noite, trate ela bem! Seja simpático com ela, deixe ela vê o príncipe que você é, se permita ser feliz, e fazer uma boa mulher feliz! - Pediu beijando o rosto dele.

Ele olhou intrigado pra ela, mas estava realmente atrasado, beijou o rosto dela e saiu. Encontrou Artur na porta da sala de Claudia.

- Nos encontraremos as dezenove e trinta no karaokê; e pode entrar ela está te esperando. Estou orgulhoso de você! - Concluiu sorrindo, batendo no ombro de Michael.

- Obrigado, pelo conselho. - Disse grato.

- Tem algo de muito errado, eu te dando conselho! Acho melhor ficar em casa esperando pelo armagedon. - Disse rindo.

- Tão engraçadinho! - Disse empurrando-o de leve.

- Foi um prazer, ser o maduro dessa relação pelo menos uma vez. - E saiu rindo, antes que Michael falasse qualquer coisa. Ele bateu na porta e suspirando entrou.

- Oi! - Disse tímido.

- Oi! Obrigada por assinar a autorização.

- Não por isso! - Disse puxando a cadeira e sentando.

- Você conversou com a Katie sobre o que aconteceu? - Perguntou cautelosa.

- Sim. E obrigado por evitar que aquela pessoa ferisse a minha filha. - Respondeu irado. Ela o olhou assustada. - Desculpe-me, mas o João ultrapassou o limite do bom senso.

- Você o conhece bem? - Perguntou interessada.

- Sim! Ele foi o pediatra da Katie até o ano passado, e as meninas estudam juntas desde o jardim de infância. Mas nunca chegamos a ser amigos.

- E por que ele deixou de ser o pediatra dela? Tem pediatras que atendem a criança até os dezessete anos.

- Sim, inclusive ele é um desses especialistas, por isso eu comecei a consultar com ele. - Claudia franziu a testa confusa. - Então no ano passado ele me chamou para uma conversa, e me disse que a minha família era muito promíscua, e que ele não queria a filha dele perto da minha. Então eu disse a ele, que não queria mais que ele cuidasse da minha filha.

- Ah! Então o problema não começou necessariamente com as crianças?

- Não exatamente! Eu conversei com a Katie e expliquei a situação pra ela, porque que eu iria trocar de pediatra, e porque ela não poderia mais chamar a Cristina para ir lá em casa. - Ele fechou os olhos.

Naquela noite precisara dormir no quarto da filha, porque ela passara boa parte da noite chorando por causa da amiguinha. Claudia percebeu que ele ficara distante e deduziu que não era fácil, falar sobre algo que magoava a filha.

- Só que com o afastamento da Katie, a Cristina também ficou triste, e eu não sei qual história os pais contaram a ela, só sei que ela começou a maltratar a minha filha, e eu já falei várias vezes com os pais, mas não adiantou.

- E, é por isso que você quer troca-la de sala?

- Sim. Mas também não acho que isso resolveria o problema.

- Também acho que não. - Respondeu distraída.

- Acho que a solução é troca-la de escola. - Disse pensativo.

- Oi? - Falou alto assustando-o. - Desculpe, mas não será necessário trocar sua filha de escola. Nós vamos encontrar uma solução. O sinal tocou e Michael levantou-se.

- Eu espero que sim. - Disse estendendo a mão pra ela, todo seu corpo reagiu ao toque de sua mão.

- "Sinceramente cara você está parecendo um adolescente, com os hormônios descontrolados". - Pensou frustrado.

Ela assentiu soltando a mão dele. Ele deu um sorriso que fez o coração dela acelerar, e seu corpo todo arrepiar. Ela ficou ali parada olhando a porta por onde ele tinha acabado de sair, por um tempo que para ela pareceu uma eternidade, sacudindo a cabeça voltou ao trabalho.

🌹🌹🌹

Ao chegar em casa ela foi direto para a cozinha, imaginando que as duas poderiam estar lá e estavam mesmo, mas não exatamente como ela imaginara.

- É claro que a sua irmã te perdoou! - Dizia Luciana.

- Eu acho que não. Eu mesma não consigo me olhar no espelho, ela nunca vai me perdoar, você viu a reação dela no almoço? Você já tinha visto ela daquele jeito? - Perguntou Carla chorando.

- Na verdade, eu acho que já vi sua irmã pior que no almoço.

- Não sei como consertar as coisas entre mim e ela.

- Mas as coisas já estão se ajeitando, você precisa ter paciência. - Disse Luciana calma.

- Quando ela fez a tatuagem da rosa vermelha, eu fui a primeira pessoa a ver, e agora eu descubro que ela fez outra e eu não fazia nem ideia.

Claudia saí por onde entrou, quando chega na garagem liga para a mãe.

- Mãe preciso ver a senhora agora. - Diz quando a mãe fala 'oi'.

- Então venha até aqui. - Respondeu rispidamente.

- Não posso, tenho um compromisso as dezenove horas, me encontra na praça do bosque.

- Eu não vou ser comida de mosquito...

- Mãe ou a senhora, me encontra lá, ou vou ligar para a Edith e vou dar a ela o maior furo de reportagem que a revista dela já recebeu nos últimos sei lá quantos anos. - Disse furiosa interrompendo-a.

- Era só o que me faltava, quando não é uma filha me chantageando, é porque são duas. - Resmungou mal-humorada.

- Agora mãe! Eu já saí de casa. - E desligou o telefone dirigindo.

Chegou à praça do bosque a mãe ainda não havia chegado; foi ao quiosque e pediu uma água de coco, sua mãe chegou antes da água de coco, rubra de raiva.

- O que deu na sua cabeça para me chantagear? Qual é o seu problema? - Gritou furiosa.

- Boa tarde pra senhora também mamãe! - Respondeu irónica.

- Não enrola criatura, o que você quer comigo? - Perguntou a mãe ainda furiosa, mas sem gritar.

- Desculpe-me pela chantagem, mas a senhora e o papai precisam falar com a Carla. - Pediu delicadamente.

- A Carla saiu da minha casa e foi para a sua, você que encheu a cabeça dela com essa história, então se vira com ela; e já que você quer que eu e o seu pai falemos com ela, porque você não está enchendo ele com essa história?

- Porque estou preocupada, ele não me pareceu bem ontem a noite, aconteceu alguma coisa? - Perguntou preocupa, o garçom trouxe sua água de coco, e a mãe pediu uma água.

- Claro que aconteceu! Você espalhou essa história, havíamos combinado nunca contarmos para ninguém o que aconteceu. - Claudia ficou corada com a acusação da mãe.

- Eu não espalhei história nenhuma, e eu nunca concordei com esse mistério todo sobre aquela noite. - Sussurrou.

- Ah, que maravilha! Então você está pronta para contar essa história para todo o mundo? Você está pronta para as pessoas te apontando o dedo na rua? Preparada para as pessoas dizendo que você provocou essa situação? Cadê a minha água? - Gritou para o garçom, que veio correndo com água.

- Eu não chamei a senhora aqui para falarmos sobre isso. Eu falei para a minha irmã porque eu achei necessário, e eu quero que vocês conversem com ela, porque ela está se sentindo culpada.

- É óbvio que ela iria se sentir culpada, o que você queria? Se você tivesse ficado dentro de casa nada daquilo teria acontecido. - Disse zangada.

- E se vocês tivessem dito a verdade sobre a minha adoção, ela não teria motivos para ficar falando que meus pais não me queriam.

- Está dizendo que a culpa é nossa? - Perguntou indignada.

- Estou. A senhora não gosta de culpar todo mundo? Que tal culpar a si mesma um pouco, só pra variar um pouco?

- Você não passa de uma garota mimada e mal agradecida, e amei você desde o dia em que nasceu, te dei o meu melhor... - Disse chorando.

- Mãe... - Claudia começou pegando na mão da mão.

- Você não passa de uma mal agradecida. - Interrompeu-a puxando a mão. Claudia engoliu seco.

- A senhora vai ou não falar com a Carla? Vai deixar sua filha, se remoer em culpa? Ela está sofrendo!

- Se ela está sofrendo, a culpa é sua! Por que você não ficou calada? Por que você tinha que abrir essa sua boca grande?

- Eu sinto muito por tudo o que fiz vocês passarem, mas não me arrependo de ter dito a ela o que aconteceu. Se a senhora não vai falar com ela eu vou falar com o meu pai então. - Disse levantando. Marta puxou a filha pelo braço.

- O que você acha que nós podemos fazer para que ela não se sinta culpada? - Perguntou sarcástica.

- Faça ela entender, que ela era só uma criança e que estava magoada, e disse o que achava que era verdade; e que o comportamento delas comigo depois daquela noite, foi porque vocês decidiram não contar a verdade a elas.

- Ou seja que tudo que deu de errado na sua vida a culpa é nossa? - Perguntou friamente.

- Não, mamãe. Só quero que vocês se entendam com suas filhas, não quero que elas se afastem de vocês como se afastaram de mim. - Disse triste. Seu telefone vibrou, tremendo procurou-o na bolsa. Mensagem de Carla.

Cadê você? Aconteceu alguma coisa? Quer me matar do coração?

Esquecera que com o seu atraso a irmã deve ter pensado mil e uma tragédia.

- "Só espero que ela não tenha ligado de novo para o Zigger". - Pensou aflita.

Estou com a mamãe. Desculpe-me, esqueci de te avisar.

Graças a Deus! Nós te encontramos lá? Ou você está vindo pra cá?

Nos encontramos lá. Sabe onde é?

A Luciana me explicou.

Ok!

- Você sabia que é muita falta de educação ficar no celular, quando você está à mesa com alguém? - Perguntou a mãe sarcástica.

- Sim. Eu sei. - Respondeu guardando o celular. - Desculpe-me, mas era importante. - Respondeu respirando fundo. - Eu nunca me importei, se minhas irmãs soubessem da verdade ou não, porque eu acreditava que elas não estavam nem aí pra mim, mas eu acho que elas me amam, elas ficaram confusas, e tanto a Mariana quanto a Jéssica, só seguiram a Carla, assim como esta me seguia antes de pensar que não passava de uma impostora. Mas entendo que vocês tiveram os motivos de vocês para esconderem as coisas delas e não contarem a verdade por trás da minha adoção, mas mamãe, não há mais motivos para esconder a verdade delas, ou ficar contando meias verdades.

- Você quer me tirar as minhas filhas?

- Pelo amor de Deus mamãe! - Disse exasperada. - Eu quero justamente, que elas vejam a mulher maravilhosa que a senhora foi, pegando um bebê para criar quando ainda queria só aproveitar o marido; a irmã cuidadosa que a senhora foi, deixando seu esposo e indo ficar com a sua irmãzinha que estava se sentindo sozinha e abandonada; que quando a sua filha de coração precisou a senhora deixou suas três filhas amadas, aos cuidados dos outros até ter certeza de que ela ficaria bem sem a sua ajuda, eu não quero que a senhora e o papai fiquem mal diante das minhas irmãs ou de quem quer que seja, eu quero que as pessoas saibam e compreendam que tudo o que vocês fizeram por mim ou por minhas irmãs foi por amor.

- E se suas irmãs não pensarem assim? - Perguntou com os olhos marejados.

- Elas só não compreenderão, se vocês as ignorarem como estão fazendo agora com a Carla. Não deixa elas ficarem pensando que vocês não confiam nelas para dividir um segredo, ou que vocês estão mais envergonhados com o que aconteceu comigo, que do propriamente preocupados comigo.

Marta fixou o olhar na filha, e Claudia não soube dizer se havia conseguido se fazer entender. A mãe era sempre enigmática quando o assunto era os próprios sentimentos.

- Eu vou falar com o seu pai. E você acredita mesmo no que você disse? Que eu sou uma mulher maravilhosa? - Perguntou emocionada.

- Claro que eu acredito. A senhora esteve comigo o tempo todo, desde o meu nascimento, eu acho sim, que a senhora e o papai, bem que poderiam ter me deixado tomar um pouco mais de ar, vocês meio que me sufocaram um pouco, mas também acho que não tem manual para ser pais, e menos ainda para ser pais de uma adolescente que sofreu uma violência brutal, e ainda atentou contra a própria vida.

- Eu sempre fiquei assombrada, achando que se você saísse de perto de mim, aquilo aconteceria de novo! - Disse com a voz tremendo.

- E quero também que a senhora saiba, que do mesmo modo, como eu sei que nada do que aconteceu foi culpa da Carla, eu sei também que não foi culpa, nem sua e nem do papai. Desculpe-me pelo que eu disse, mas eu acho mamãe que a senhora tem que parar de ficar culpando as pessoas por tudo!

- O que está acontecendo com você? Você está diferente, o jeito como você falou, eu não sei explicar, você está... - Interrompeu-se olhando para a filha, que ficou em silêncio aguardando. - Você está mais madura, não está apavorada com tudo, e também não estou sentindo a irritação e a frustração que eu sempre sentia em você, quando falávamos sobre aquela noite. A maneira como você falou comigo no celular, eu vim pra cá pronta para brigar feio com você.

- E a senhora brigou. - Alertou Claudia, a mãe deu um meio sorriso envergonhado. - Depois do acidente, o Marcelo me fez ver, que eu não estava facilitando a vida de vocês.

- O Marcelo? - Perguntou interessada.

- Ele me perguntou, se eu já havia me colocado no lugar de vocês, eu tentei me pôr no lugar de vocês, foi quando eu decidi comprar o carro, eu ainda quero uma moto, claro, mas eu posso esperar. - Disse Claudia franzido a testa, e a mãe lhe sorriu, como a tempos não sorria.

- Essa nossa conversa está muito estranha! - Disse a mãe chamando o garçom, pagou a água de coco de Claudia e sua água. - Eu vou falar com seu pai, e vamos fazer o possível para que tudo fique bem. - Disse levantando.

- Obrigada mamãe! - Agradeceu sorrindo, acompanhando a mãe.

- Que compromisso é esse que você tem hoje? - Perguntou andando ao lado da filha em direção ao carro.

Quando Claudia abriu a boca para falar, alguém falou com a mãe.

- Desculpe-me senhora! - Ela sentiu o coração gelar ao reconhecer a voz de Michael, levantou a cabeça, ele estava ao lado da mãe segurando-a pelo braço.

- Stivie! / Marta! - Exclamaram juntos a mãe e o Stivie, ambos visivelmente frustrados.

Claudia respirou fundo lembrando que a mãe não gostava nada do amigo 'mafioso' do pai, e de que Stivie não morria de amores pela esposa 'fresca' do amigo olhou exasperada para Michael, mas ele olhava atentamente de um para o outro, parecia que nem havia visto ela. Frustrada ela fungou, e então ele olhou pra ela deixando-a constrangida e corando até a raiz do cabelo.

Continua...

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