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29 - Deixai a mentira e falai a verdade ao seu próximo.

Claudia chegou ao restaurante nervosa, Carla ainda não havia chegado, falou com o maître e ele levou-a até uma mesa que a irmã havia reservado, ela nem havia pensado nisso. Pediu um copo d'agua e esperou pela irmã que logo chegou.

- Ainda bem que você já está aqui! Você me deixou preocupada, o que aconteceu? - Perguntou ansiosa.

- Pensei que você não se preocupasse comigo! - Comentou confusa, e sem jeito.

- Eu não me preocupo com você, porque você não me parece precisar de cuidados. - Respondeu inquieta.

- É sério, que eu passo essa impressão? - Perguntou ainda mais confusa.

- O que você quer Claudia, elogios? - Perguntou carrancuda.

- Desculpa! Foi só quê... - Ela sacudiu a cabeça. - Deixa pra lá. Vamos pedir primeiro, pode ser que quando eu falar o que eu tenho para falar você perca o apetite. - Disse baixo.

- Você sabe que eu não perco o apetite assim tão facilmente. - Disse sorrindo chamando o garçom, fizeram os pedidos.

- Desde quando você pede em um restaurante arroz, feijão, bife e salada? - Perguntou Claudia desconfiada.

- Porque é o mais rápido para ser servido, e eu estou curiosa para saber o que você tem para me contar. - Respondeu empolgada, e Claudia revirou os olhos.

- Aquele bilionário excêntrico, que vive falando em teoria da conspiração ainda é seu cliente? - Perguntou calmamente bebendo sua água, mas por dento estava em erupção.

- O Zigger? Sim, por quê? - Perguntou em alerta.

- Seria possível você conseguir alguns daqueles brinquedinhos de espionagem com ele? - Perguntou arqueando a sobrancelha.

- Por um bom motivo, creio sim! - Respondeu cautelosa, todos os sentidos de raposa dos negócios da irma ligados. - Temos um bom motivo para pedirmos isso a ele? - Perguntou ainda cautelosa.

- Sim. Temos um bom motivo. - Disse suspirando. O pedido delas chegou.

Comeram em silêncio, na verdade Carla devorou o almoço. Se alguém quisesse matar a irmã era só atiçar a curiosidade dela.

- Se o gentleman do seu marido te visse agora, ele iria ficar horrorizado. - Disse rindo.

- A culpa é sua, que disse que só vai soltar a língua depois que comermos. - Disse de boca cheia.

- Mas não precisa engolir a comida, pode mastigar. - Disse entretida.

- Por que você precisa dos apetrechos do Zigger? Pode ir adiantando?

- Melhor você terminar de comer. Eu pensei que você fosse ficar mais alguns dias com os nossos pais. - Disse mudando de assunto.

- Quero ver a Mariana e a Jéssica, tem mais de ano que eu vi as duas, estou com saudades.

- Entendo! - Disse mexendo na comida, sentiu um calafrio ao pensar que a irmã não sentia saudades dela, se elas não tivessem se visto na casa dos pais provavelmente ela nem ficaria sabendo da visita da irmã.

- E você vai ficar só brincando com a comida? - Perguntou tensa.

- Não! - Respondeu com um meio sorriso, e forçou uma colherada goela a baixo.

A grande verdade era que estava com medo, e o medo a deixava sem fome. Mas para que a irmã não ficasse mais tensa ela comeu quase toda a comida, Carla também não comeu tudo.

- E então, por que você precisa da ajuda do Zigger? - Perguntou bebendo seu suco.

- O padrasto de um dos alunos da escola onde eu trabalho, abusa dele. - A irmã parou com o copo perto da boca, e lentamente pausou-o sobre a mesa.

- Abuso! Que tipo de abuso? - Perguntou nervosa.

- Acreditamos que todo tipo de abuso. - Lamentou. - E por algum motivo que eu não faço ideia porque, ele está fascinado comigo.

E conforme Carla iria compreendendo o que a irmã pretendia, seu rosto iria perdendo a cor.

- Nossos pais me matariam se eu ajudasse você a se por em perigo, nem pensar! Por que você não chama a polícia? - Perguntou exasperada.

- A polícia já está no caso, foi assim que eu soube que ele está me seguindo. - A irmã olhou para os lados desesperada.

- Um pedófilo desgraçado está te seguindo, e você me fala com essa calma toda! - Disse em pânico. - Temos que falar com o papai.

- Não Carla, por favor! Não podemos falar com o papai, você sabe o quanto foi difícil pra eu conseguir sair de casa, arrumar um emprego, por favor, eu não posso perder tudo. - Pediu exasperada.

- E talvez você devesse mesmo ficar em casa! - Disse furiosa passando a mão na cabeça. - Claudia deixa a polícia fazer o trabalho deles, e fique bem longe desse cara.

- Carla, ele está me seguindo, ele sabe onde moro, onde trabalho, acha mesmo que eu estou segura? - Perguntou fingindo uma calma que estava longe de sentir.

- Lá em casa você estará bem mais segura que naquele apartamento! - Resmungou.

- Não sei porque você está falando do meu apartamento, você nem o conhece. - A irmã olhou-a corada, ela mudou de assunto. - Na verdade eu não sei se eu estaria tão segura lá, mas a questão é o Guilherme, a polícia está esperando sei lá o que para prendê-lo, e enquanto isso, a criança fica sofrendo horrores nas mãos daquele monstro. - Uma lágrima caiu, e Carla pegou na mão da irmã.

- Querida eu imagino que deva ser terrível para o garoto, mas não podemos arriscar a sua vida. - Disse carinhosamente, e as lágrimas romperram pelo rosto de Claudia, ela já nem lembrava mais da última vez em que a irmã foi carinhosa com ela.

- Você pode apenas imaginar Carla, mas eu sei exatamente o que ele sente cada vez que aquele monstro viola o corpo dele. - Disse olhando nos olhos da irmã, e mais uma vez a cor sumiu do rosto dela.

- O que exatamente... Você está tentando... Me dizer? - Perguntou gaguejando. Chamou o garçom e pediu água.

- Lembra daquela fatídica noite, em que eu sai do seu quarto e não voltei? - Perguntou cautelosa.

- Sim, eu lembro. Apesar, que só eu sei o quanto eu gostaria de esquecer aquela maldita noite. - Sussurrou de cabeça baixa.

- Não mais do que eu! Pois bem, eu sai do quarto furiosa com você, e sei que foi muito idiota da minha parte sair daquele jeito batendo a porta comprovando que você tinha razão, e eu lamento por isso, aliás, eu lamento muito mais do que consigo colocar em palavras; mas enfim, eu saí de lá e fiquei resmungando pelo jardim, andando de um lado para o outro, então ouvi um barulho no portão e fui até lá, estava aberto, pensei que tivéssemos deixado destrancado, e como estava ventando muito, pensei que o vento tivesse aberto o portão, pensei em tranca-lo e voltar pra dentro, na verdade estava um frio terrível lá fora. Só que quando eu fui fecha-lo percebi que a fechadura havia sido arrombada, eu entrei em pânico, fiquei com medo e também preocupada com vocês, então eu me virei para voltar para a casa... - Ela engoliu seco. - Mas alguém me acertou a cabeça e eu não vi mais nada. - Respirou fundo, vendo o medo nos olhos da irmã. Abaixou a cabeça em silêncio.

- Por favor! Continue eu quero saber de tudo. - Sussurrou com os olhos marejados.

- Quando acordei tentei me levantar, minha cabeça doía e eu sentia muito frio, eu perguntei por vocês, ouvi alguém dizer que vocês estavam bem, e que só dependia de mim para vocês continuarem bem. Eu percebi que estava nua e que... Bem eu soube que iria morrer, eu disse que faria o que eles quisessem apenas que não machucassem vocês, eu temi tanto pela segurança de vocês.

As lágrimas molhavam o rosto dela ao lembrar do pavor que sentira ao imaginar as irmãs tão amadas naquela situação.

- Eu faria qualquer coisa por vocês. - Continuou - Eu pedi pra ver vocês, e eles só ficavam rindo.

- Eles? Eram mais de um? - Perguntou engasgada.

- Não sei quantos eram, mas eram muitos, se bem que não tem como eu ter certeza, durante algum tempo eu senti o que eles faziam comigo, mas depois de algum tempo, eu não sentia mais a diferença, não conseguia distinguir o que era um murro, uma mordida ou um corte... - Ela fraquejou e ficou olhando as próprias mãos trêmulas, lembrando de coisas que se esforçara tanto para esquecer, mas que não conseguia.

Carla pegou as mãos da irmã, e só então ela percebeu que a irmã também chorava, e se deu conta de que não havia necessidade, de tantos detalhes, não precisava ferir sua irmã desse jeito.

- Desculpa! Você não precisa conhecer todos os detalhes, foi mal! - Disse arrependida.

- Preciso sim, se eu não fosse uma menina mimada e egoísta nada disso teria acontecido. - Disse entre as lágrimas, Claudia apertou suas mãos.

- Nada disso é culpa sua, e não sabemos o que teria acontecido se quem me pegou no jardim tivesse entrado na casa e encontrado vocês também. Vocês ficaram bem, e é isso que importa. Já passou, e eu estou me recuperando.

- Eu fui horrível naquela noite. - Lamentou. - O que aconteceu depois? - Perguntou apertando a mão da irmã.

- Houve um momento em que eu desmaiei e não acordei mais, e quando voltei a acordar, estava no hospital com os nossos pais.

Lembrou do sonho que tivera, que parecera uma lembrança, mas não sabia como ter certeza se era mesmo uma lembrança ou apenas um sonho desagradável.

- Estávamos tão furiosas com você! Você sumiu, nossa casa virou uma bagunça, polícia perguntando à todo mundo por você; acho que a vizinhança inteira acordou e foi lá pra casa. - Lembrou pesarosa. - E as férias nos Estados Unidos para aperfeiçoar o inglês?

- Pode crer, que eu aperfeiçoei mesmo o meu inglês! Passei meses em uma clínica em Nova York, para fazer as reparações necessárias para que não precisássemos falar sobre aquela noite.

- Reparos? - Perguntou interessada.

- Tem certeza que quer falar sobre isso?

- Tenho. Por favor!

- Precisei de uma rinoplastia, implantes de dentes, e algumas cirurgias para tirar as cicatrizes do rosto.

- Quebrou algum osso? - Perguntou tensa.

Claudia imaginou que a irmã estaria lembrando de uma briga entre as duas. Carla já estava noiva, e as duas começaram a brigar, porque Carla queria que apenas as duas irmãs de sangue fossem madrinhas dela, e as duas foram nos murros, e as duas eram as melhores da academia de artes marciais, então as irmãs mais novas saíram gritando os pais, e quando eles chegaram, Claudia se distraiu, e a irmã acertou um murro em sua costela, e ela gritou de dor, claro que na época Carla achou que ela estava fazendo charme para chamar a atenção dos pais, pois o pai a pegou nos braços e saiu correndo com ela para o hospital.

- Só alguns ossos, perna, braço, mas nada que não tenha remendado. - Disse em tom de brincadeira.

- Costela? - Perguntou alarmada.

- Sim. Costela é mais delicado para sarar.

- Me desculpa!

- Não esquenta! Não tinha como você saber. - Carla abaixou a cabeça.

- Como você foi parar no hospital, naquela noite?

- Não sei! O policial que falou comigo, disse que um rapaz estadunidense me encontrou e pediu ajuda, ele disse que ainda prenderam ele, como suspeito, mas foi provado que ele não tinha nada haver com o que havia acontecido comigo, ele ficou de descobrir mais sobre o rapaz e me falar, mas tiraram ele do caso, e o que ficou no lugar dele, dizia não saber de nada.

- Então você não sabe quem foi o príncipe que te salvou? - Perguntou piscando.

- Não faço ideia! - Disse desiludida, por muito tempo desejou saber quem era ele, mas agora perdera as esperanças de encontra-lo.

- E você ficou sozinha na clínica? Porque nossos pais estavam aqui no Brasil com a agente.

- A Lauren a esposa do Stivie ficou comigo. Carla, você conhece algum filho do Stivie? - Perguntou mudando de assunto.

- Não. - Respondeu intrigada pelo interesse da irmã. - Eu sei que ele tem um casal de filhos. E que a primeira esposa morreu no parto do filho.

- E como eu não sei de nada disso? - Perguntou curiosa.

- Porque você não presta atenção na conversa dos outros, se você fizesse isso saberia de uma coisa ou outra. - Disse sorrindo.

- Engraçadinha! - Exclamou sorrindo, antes de descobrirem que não eram irmãs consanguíneas e elas ainda se amavam, as irmãs brincavam que ela era tão distraída, que alguém poderia falar mal dela do lado dela que ela não perceberia. Suspirou saudosa. - Carla você entende por que eu preciso ajudar o garoto Guilherme? - Perguntou esperançosa mudando de assunto.

- A polícia não vai deixar ele por as mãos em você. - Disse em dúvida.

- Tem apenas três agentes me vigiando, e os superiores deles nem sabem!

- Como é? Tem um criminoso de olho em você e a polícia não sabe? - Perguntou furiosa.

- O chefe da operação iria querer me usar como isca.

- E me parece que você concorda, pois é exatamente o que você quer fazer.

- Não. Eu quero ser a mulher tola e ingênua, que ele pensa que pode fazer sei lá o que. - Disse irritada.

- Eu sei que você consegui nocautear um homem, mas ainda assim é perigoso, se você quer se arriscar então por que não falar com a polícia? - Perguntou aflita.

- Porque esse cara, tem fugido da polícia por vários países, acha mesmo que ele não está preparado para a polícia? - Perguntou frustrada. - E você não acha melhor eu estar preparada, para o caso de ele conseguir pôr as mãos em mim?

- Nisso você tem razão! - Concordou aflita. - Mas para o Zigger concordar com a gente, eu precisarei ser honesta com ele, mas não se preocupe ele é totalmente confiável, e aí posso falar pra ele sobre o Guilherme e o padrasto?

Claudia assentiu. Só esperava que estivesse fazendo a coisa certa.

- "Que o Senhor me ajude e dessa vez dê tudo certo, e ele seja preso e o garoto Guilherme seja libertado desse sofrimento." - Pensou confiante.

Continua...

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