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21 - Vinde a mim todos os cansados.

Michael almoçou com Artur, e ele só falava do jantar que teria com Claudia naquela noite, e ele sentiu que seu coração era perfurado cada vez que ele falava. Tentou fazer o que Eduardo havia aconselhado e dizer o que sentia por ela, mas não conseguiu e desamparado deixou Artur falar à vontade.

A noite arrumou-se para ir à igreja, e estava tão arrasado, que arrependeu-se de ter deixado Katherine viajar com a família de Edna, aquele casarão era grande demais para uma pessoa só, dona Neuza não ficava lá nos fins de semana, e ele parecia um zumbi, zanzando pela casa. Decidiu sair logo de casa, era cedo ainda, mas sempre tinha gente na igreja.

🥀🥀🥀

Nervosa Claudia viu Artur levantar-se quando o garçom a guiou até ele, nunca saíra para jantar com ninguém que não fosse da família, e não fazia ideia de como agir, do que falar.

- "O que eu estou fazendo aqui? Isso não é pra mim. Normalmente eu já não sou uma boa companhia, imagine hoje! Com todas essas emoções me sufocando, do jeito que eu sou, vou sair daqui correndo chorando, igual a uma lunática." - Pensou exasperada.

- Boa noite! - Cumprimentou ele, beijando suas bochechas. - Você está linda! - Sussurrou no ouvido dela, e ela sentiu o rosto em brasa.

- Boa noite Artur! E obrigada, eu acho! - Disse baixo, enquanto ele afastava a cadeira para ela sentar-se.

O garçom chegou logo com o cardápio, e enquanto escolhia seu prato ela foi relaxando, e quando fez o pedido estava mais tranquila; prometera ao primo que iria esqueçar as desventuras da sua vida e iria fazer o possível para se divertir, e deixar o passado no lugar dele, lá fundo do baú bem guardado.

- Vinho? - Perguntou Artur.

- Desculpa, mas não bebo nada que contenha álcool. - Respondeu constrangida, ele apenas meneou a cabeça.

- Tudo bem! - Disse sorrindo. - Mais uma que não bebe, desse jeito daqui a pouco sou eu que vou parar de beber! - Disse em tom de brincadeira, ela arqueou a sobrancelha confusa. - Vick e Mike, também não bebem. - Esclareceu.

- Ah! - Exclamou tensa ao ouvir falar no colega, bebeu um gole d'agua. - Vocês se conhecem a muito há muito tempo? - Perguntou curiosa.

- Sim! - Respondeu com um sorriso de orelha a orelha. - Há seis anos, nós três e o cunhado da Vick estivemos envolvidos em um acidente, em que resultou os quatro na delegacia, e nós três xingando um dos donos da escola onde os três deveriam ter se apresentado para trabalhar naquela manhã. - Disse bem-humorado.

- Que tipo de acidente? - Perguntou interessada.

- Acidente de carro. O Everaldo bateu no carro da Vick, que derrapou e bateu no meu carro, e eu bati no Mike que estava atrás de mim, e graças a Deus, Mike conseguiu segurar o carro sem bater em mais ninguém, claro que eu e o Everaldo que não éramos tão evoluído quanto os outros dois, já saímos do carro brigando, e apesar de Mike e Vick, realmente serem bem evoluídos acho que eles não suportaram nosso mal humor, e sei que em meios a muitas ofensas e insultos, fomos os quatro para a delegacia.

- E como terminaram ofendendo, um dos donos de onde deveriam ter se apresentado para trabalhar? - Perguntou intrigada. O jantar chegou, e ela olhou curiosa para ele.

- A família do Everaldo são os donos da escola em que trabalhamos. E claro que a culpa do acidente foi dele, e nós não iríamos deixar aquele filhinho de papai, levar a melhor em cima de nós. - Ela sorria imaginando a cena.

Enquanto eles jantavam Artur contou, como foi descobrir depois que o insuportável seria patrão deles, e que só não foram demitidos antes mesmo de começar a trabalhar por que Eduardo os defendeu. E assim se tornaram grandes amigos, incluindo o Everaldo que depois que caiu nas graças da Sarah virou gente.

- E por que o Eduardo ficaria contra o irmão e a favor de três estranhos? E quem é Sarah? - Perguntou empolgada, achava sua vida tão monótona, que ficava extasiada quando ouvia histórias reais interessantes.

- "Agora você tem uma história bem interessante, ou já esqueceu?" - Pensou, mas ignorou tal pensamento. Não queria pensar sobre isso ainda.

- O Edu é uma das pessoas mais sensatas que eu já conheci, e ele compreendeu que o irmão era o responsável pelo acidente, e além do mais apenas eu e o Mike éramos estranhos, a Vick era alguém especial. - Concluiu distraído, com o pensamento longe. - E Sarah é uma amiga da Vick. As duas dividiam o aluguel, quando se mudaram pra cá. Ela é a contadora da escola, com certeza você a conhecerá, ela é uma ótima pessoa. - Os olhos de Artur brilhavam enquanto falava nos amigos.

- Você os ama muito, não é? - Perguntou suavemente.

- Amo sim! Aquele acidente mudou fantasticamente a minha vida. Ainda estou naquele emprego por causa do Mike, claro que eu amo o meu trabalho, e aprendi que posso fazê-lo bem, e que as pessoas me respeitarão se eu respeita-las também. Mas não foi sempre assim, você me conheceu na faculdade, foi difícil deixar de ser aquela pessoa detestável, e ainda hoje vez ou outra eu tenho uma recaída, como aquela noite na pizzaria. - Lembrou cabisbaixo.

- Aquela noite foi um caso isolado, e você me pediu desculpas, e no final das contas, não é isso que importa? - Disse solidária, surpreendendo-se.

- O Mike é quem me mantém na linha, quando eu estou fora dos trilhos, ele me puxa de volta, ele me faz querer ser melhor. - Admitiu sacudindo a cabeça.

- Um bom amigo! - Comentou orgulhosa, sem entender porque estava orgulhosa de uma pessoa, que apesar de gentil, definitivamente não gostava dela.

- Mais que um bom amigo, ele é um irmão muito especial! - O garçom veio recolher os pratos; de sobremesa Claudia escolheu mousse de  maracujá com chocolate, e Artur uma torta de abacaxi.

- Claudia, posso te fazer uma pergunta íntima? - Perguntou tímido, e ela parou a colher a caminho da boca, sentindo o coração acelerar, mas se controlou e continuou com sua sobremesa.

- Sim, pode perguntar! - Disse corajosa.

- Quando a gente era mais jovem, você era muito reservada, e me parece que continua assim... - Ele se enrolou, e deixou a sobremesa pra lá.

- Pode perguntar o que você quer saber,  eu só não garanto responder. - Disse tranquila com um meio sorriso, mais uma vez se surpreendendo.

- Por que você é tão fechada? Por que você não deixa ninguém se aproximar?

- Estou deixando você se aproximar agora. - Respondeu simplesmente.

- Mas eu acho que essa aproximação tem reservas, estou certo? - Perguntou em lamento.

Ela olhou para a mesa, sem saber o que fazer ou falar, lembrou de Marcelo dizendo para ela ser sincera, mas a verdade era que estava gostando desse Artur bem-humorado e gentil, não queria magoa-lo, mas Marcelo tinha razão não poderia engana-lo, menos ainda se a pessoa que fazia seu coração acelerar era o melhor amigo dele, este Artur que estava neste momento na sua frente merecia todo o carinho, a verdade e a gentileza que ela pudesse ter com ele.

- Não sou boa nisso, então não sei o que você quer de mim, mas o que eu posso te oferecer no momento, é a minha amizade, e gostaria muito se possível de ter a sua também. - Disse temerosa.

Ele encarou-a, e sorriu. Mas seu olhar estava triste, e ela sentiu-se mal, por estar magoando-o. Ela se mexeu inquieta.

- Eu também gostaria que fôssemos amigos. E será que poderemos sair outras vezes? Como amigos! - Acrescentou sorrindo.

- Acho que por mim está tudo bem! Acho que seremos bons amigos! - Disse também sorrindo.

- Eu também acho! - Disse pegando sua sobremesa de volta. - O que você costuma fazer em um sábado a noite? - Perguntou e ela ficou rubra de tão envergonhada.

- Na verdade, nada! Geralmente fico em casa. - Respondeu abaixando a cabeça para a sobremesa.

- Hum! Está tudo bem! Sabe, combina com você, ser caseira! - Disse pegando no queixo dela e levantando seu rosto. - Você curte música gospel? - Perguntou olhando-a nos olhos, e ela sorriu.

- "É claro que até o que aparentemente não é crente quer me levar pra ouvir música de crente? Tudo bem Deus, vamos lá!" - Pensou intrigada. - O que você tem em mente? - Perguntou sorrindo.

- Conheço um karaokê gospel, é interessante! Gostaria de ir lá comigo?

- Agora? - Perguntou ela sem graça.

- Sim, agora! - Respondeu decidido.

- Tudo bem! Vamos lá! - Aceitou. Ainda estava cedo, e se fosse pra casa iria ficar pensando em seus pais biológicos, pelo menos Artur era uma companhia agradável, e com ele, ela não ficava pensando no que poderia ter sido a sua vida.

🌹🌹🌹

Michael não estava em nada melhor do que quando saiu de casa, talvez teria sido melhor ficar em casa. Mal o culto terminou ele levantou rápido e já foi na direção da saída, não queria falar com ninguém; mas antes que alcançasse a porta Eduardo o chamou, e ele não poderia simplesmente fingir que não o ouvira. Lentamente virou-se para o amigo.

- Ei espera! Que pressa é essa pra ficar naquele casarão sozinho? - Perguntou intrigado.

- Nada! Só quero ir pra casa! - Victória e outro casal os alcançou. - Oi Vick! Sarah! Everaldo! - Cumprimentou cortez.

- Meu Deus! Você está péssimo! E quando ela começar a namorar, o que você vai fazer? - Perguntou Everaldo gargalhando.

- Engraçadinho! - Debochou Michael.

- Vocês dois parecem crianças, e então vamos ou não ao karaokê? Eu estou com fome! - Disse Sarah.

- Eu também! - Concordou Victória. - Vamos Mike! Qualquer coisa é melhor que ficar sozinho!

- Não sei! Hoje não estou com humor para segurar vela! - Disse exasperado.

- E desde quando você se importa com isso? Pensei que a solidão fosse sua eterna companheira. - Disse Sarah.

- Não! A eterna companhia de Mike e o Artur! - Disse Everaldo, se afastando do murro que Michael foi para lhe dar no braço, mas caindo direto no murro do irmão, que lhe alcançou o outro braço. - Mas vocês são sem graça, a gente nem pode brincar!

- Imagine, né amor! - Disse Sarah beijando os lábios do esposo. - Vamos Mike, você não está bem, e não vamos te deixar sozinho, pelo menos por enquanto. - E ela empurrou ele para fora. - Um de vocês dois liga para o Artur, vê se ele quer nos encontrar lá! - Disse se dirigindo ao esposo e ao cunhado, Michael olhou por cima do ombro para Eduardo.

- Ele tem um compromisso hoje! - Respondeu Eduardo e a cunhada olhou surpresa para ele, mas não falou nada.

Os três carros saíram um atrás do outro, Michael estava atrás do Everaldo e na frente do Eduardo, pensara seriamente em não ir, não estava com humor para nada, mas por outro lado, também não queria ficar sozinho em casa.

O karaokê em questão era da Eduarda irmã do Eduardo e Everaldo, era um lugar agradável e tranquilo, e desde que inaugurara a três anos, se tornou o point de todos eles, a filha amava aquele lugar, e sentiu um aperto no coração ao pensar na filha, estava com muitas saudades dela. O Everaldo tinha razão ele precisava aceitar que a filha estava crescendo, é claro que ainda iria demorar para a filha namorar, sorriu em pensar sobre isso.

Esperou Eduardo estacionar, para entrar com eles, e parou estático ao ver Artur apresentando Claudia para o casal de amigos, ele virou para voltar, e Eduardo, o virou de volta.

- Eles já nos viram! - Disse empurrando o amigo delicadamente, mais firme. - E por favor, você não quer que ela pense que você não quer vê-la, quer? Porque ela está olhando para você. - Ele fungou e acompanhou os amigos.

Claudia ficou sem ação, diante do casal. Estranha coincidência, Artur acabara de falar com ela sobre eles. Mas chocada mesmo ela ficou quando eles disseram que Michael estava chegando com Victória e o esposo.

Ela levantou a cabeça bem no momento em que Eduardo empurrava Michael para dentro, sentiu uma vontade enorme de chorar e piscou inúmeras vezes para não dar esse gostinho a ele.

- "São todos amigos, então eu sou o único motivo para ele querer ir embora, sem se divertir com os amigos". - Pensou pesarosa, e percebeu que isso a machucava, muito mais do que ela gostaria de admitir.

E ela estava se divertindo com Artur. Mas isso fazia com que ele se distanciasse do amigo, pois Michael não queria vê-la, além do era obrigado na escola. E mais cedo ou mais tarde, Artur perceberia isso e se afastaria dela.

- Boa noite! - Cumprimentou Eduardo e Michael juntos, o último visivelmente chateado. Victória cumprimentou Claudia com beijos no rosto, e Artur beijou a testa da amiga. E fez aquele comprimento de mãos com Eduardo e Michael.

Ao juntar as mesas, Claudia ficou entre Artur e Michael, mas ele se afastou o máximo possível dela. Everaldo chamou a garçonete, e pediu caldo de frango, e de carne, torradas e suco de laranja, maracujá e limão tudo duplo, e antes da garçonete sair ele virou para Claudia.

- Vocês já pediram? Ou você quer alguma coisa em especial? - Perguntou solícito.

- Não obrigada! Está tudo bem! - Respondeu constrangida.

- Artur? - Perguntou Everaldo ao amigo.

- Nós jantamos antes de vir pra cá! Só viemos pelo karaokê! Não se preocupe com a gente. - Respondeu animado.

Michael franziu a testa ao perceber que Everaldo olhava estranho para ele e para Artur, respirou fundo e encostou na cadeira.

- "Se ele perceber alguma coisa, vou me arrepender de não ter dito nada ao Artur. Senhor que o Everaldo não esteja prestando atenção, por favor!" - Pensou exasperado.

- Pelo amor de Deus Mike, melhora essa cara! Amanhã a Katie está de volta. - Pediu Everaldo frustrado.

- Já pedi pra você deixar o Mike em paz, larga de ser chato mano! - Exigiu Eduardo pegando o cardápio musical. - Explicou para a Claudia como funciona o cardápio musical Artur? - Perguntou olhando para Claudia.

- Não! Acabamos de chegar não deu tempo. - Disse pegando um cardápio.

- Pois explique pra ela. - Pediu Eduardo. Victória e Sarah, estavam entretidas olhando o tal cardápio, Claudia estava curiosa. Artur se aproximou mais dela.

- Você escolhe qual a música que você quer cantar, depois de escolhida você vai até o caixa e pega a sua senha, se você vai cantar três músicas por exemplo, você pega três senhas.

E só então Claudia percebeu que havia um monitor acima do palco, parecendo um daqueles monitores de banco mostrando números aleatórios de senhas.

- É sério isso? Tem um sistema de senha pra cantar? - Perguntou estranhando.

Certo que era a primeira vez que ela estava indo a um karaokê, mas os filmes que já vira nenhum era tão 'moderno'.

- Quando os donos inauguraram o lugar, quem chegava primeiro no palco cantava, mas as pessoas estavam ficando mais tempo na fila do que nas mesas, e aí eles criaram esse sistema de senha, assim as pessoas podem se alimentar, divertir e conversar com os amigos enquanto esperam. - Explicou Eduardo.

- Interessante! - Comentou Claudia fascinada. - "Marcelo e Luciana vão amar esse lugar!" - Pensou distraída.

- Já escolheu a música de vocês? Nós vamos pegar as senhas. - Disse Victória.

Artur disse duas, Everaldo duas, Eduardo três, e as duas mulheres ficaram olhando para Claudia e Michael.

- Hoje eu só vou assistir vocês cantarem. - Disse Michael.

- Sem chance! - Disse Everaldo. - Pega duas senhas, depois escolhemos com quem ele canta. - Michael olhou de cara feia pra ele, mas não disse nada.

- E você Claudia? - Perguntou Victória.

- Desculpem-me. Mas eu não sei cantar. Não conheço nenhuma dessas músicas! - Admitiu constrangida.

- Tudo bem! Depois vamos ensaiar umas músicas contigo. - Disse Victória puxando Sarah.

O lugar era agradável, e algumas pessoas cantavam muito bem, claro que tinha umas que estavam lá mesmo só para se divertir, ou divertir os outros pois cantavam mal pra caramba, mas como a letra das músicas apareciam em um telão, as outras pessoas ajudavam cantando e tudo ficava bem, e Claudia percebeu que mesmo os que cantavam mal eram aplaudidos.

- "Acho que no final o que importa não é se você sabe cantar ou não, é apenas uma demonstração de felicidade". - Pensou.

Quando as duas mulheres voltaram com as senhas, os caldos já haviam chegado, elas deram os papeizinhos para cada um deles, Michael recebeu os dele sem falar nada, todos colocaram as senhas à sua frente, assim todos viram a senha de todos, Michael de braços cruzados encostou na cadeira.

Claudia estava inquieta, queria chamar Artur para ir embora, mas estava sem jeito, a atitude de Michael a deixava constrangida, claro que não tinha nada haver com ela, provavelmente Everaldo estava certo e ele estava daquele jeito por causa da mulher 'Katie', fosse ela quem fosse na vida dele.

Michael se perguntava o que estava fazendo ali, estava sendo um péssimo amigo, rabugento e mal-humorado, fechou os olhos tentando se concentrar em ser uma boa companhia, mas a loura ali do seu lado insistia em aparecer na frente dele até quando ele fechava os olhos.

- Mike sua senha! - Gritou Sarah pulando da cadeira assustando-o quase o derrubando da cadeira.

- O quê? - Perguntou confuso, olhando o monitor. - Eu nem escolhi a música, vai qualquer um de vocês. - Disse angustiado.

Victória e Eduardo se olharam com aquele tipo de olhar cheio de intimidade, que dispensa palavras. Ela levantou e puxou Michael pela mão.

- Venha! Eu sei qual a música que vamos cantar. - Ele não se fez de difícil, levantou e foi com ela.

Victória tinha uma voz maravilhosa, aquele tipo de voz que acalma a alma e a voz de Michael como segunda voz, deixava a música ainda mais harmoniosa. E a música era muito bonita, e Claudia estava mesmo prestando atenção na letra da música, até que ele começou a cantar em primeira voz, e ela esqueceu que estava concentrada na letra no telão, focou sua atenção toda nele, sentiu o coração acelerar quando ele olhou pra ela, e ela estava encarando-o, abaixou a cabeça constrangida.

- "Uau! Que voz! Pena que ele está tão triste!" - Pensou.

Mesmo não entendendo muito de música, percebia-se que ele estava triste, e de repente ela ficou triste também, porque ela percebeu que mesmo que nunca mais o visse fora do ambiente de trabalho, que nunca se tornassem amigos, ela não gostaria de saber que ele estava triste, e ficou chateada com está mulher que o havia deixado sozinho no fim de semana. E com grande esforço voltou sua atenção para a letra da música no telão.

Quero ser como a criança
Te amar pelo que És
Voltar à inocência
E acreditar em Ti

Mas às vezes sou levado
Pela vontade de crescer
Torno-me independente
E deixo de simplesmente crer

Não posso viver longe do Teu amor, Senhor
Não posso viver longe do Teu afago, Senhor
Não posso viver longe do Teu abraço, Senhor

Não posso viver longe do Teu amor, Senhor
Não posso viver longe do Teu afago, Senhor
Não posso viver longe do Teu abraço, Senhor

Abraça-me, abraça-me, abraça-me
Com Teus braços de amor
Abraça-me, abraça-me, abraça-me
Com Teus braços de amor
Abraça-me, abraça-me, abraça-me
Com Teus braços de amor...

Michael e Victória voltaram à mesa em meio a aplausos, ele já não parecia tão mal-humorado, claro que isso até ele olhar pra ela. Ela sentiu um frio na espinha dorsal diante do olhar gelado dele na direção dela.

- Artur você pode vir comigo um segundo? - Sussurrou no ouvido dele. - Com licença! - Disse para todos ouvir levantando, confuso Artur levantou com ela.

- Algum problema? - Perguntou preocupado, quando estavam afastados dos outros.

- Nenhum problema! Mas eu gostaria de ir pra casa, me desculpa! - Sentia-se mal, por estar sendo ingrata.

- Tudo bem! Eu te acompanho. - Disse se virando para a mesa.

- Espera! Você não precisa acabar com a sua noite. - Ele a olhou surpreso. - Por favor! Fique. Eu vou ficar péssima se você deixar de se divertir por minha causa. Eu só preciso de um tempinho para me acostumar com as pessoas, você precisa ter paciência comigo! - Disse em tom de brincadeira.

- Mas eu não posso te deixar sozinha, você veio comigo!

- No meu próprio carro! Então você não é obrigado a me levar a lugar nenhum. Além disso, somos amigos; e amigos não estraga a noite do outro, por que uma dessas partes é antissocial.

Ele passou as mãos pela cabeça. Obviamente dividido entre o desejo de ficar com os amigos, e a necessidade de ser um cavalheiro. Ela beijou o rosto dele.

- Volte para os seus amigos, e diga a eles, que precisei ir pra casa. Quem sabe nos encontramos novamente! Boa noite Artur, e muito obrigada, pelo noite.

- Claudia? - Chamou pegando sua mão.

- Eu te mando uma mensagem quando eu chegar em casa. - Disse ela sorrindo. - E aproveite a noite, eu vou perguntar à Vick depois. Não se preocupe, eu vou ficar bem! - Ele olhava alternadamente dela para a mesa. Sorrindo ela se afastou dele, sem olhar na direção da mesa.

Continua...

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