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34 - As más memórias de cada um.

Samara tentava fazer a mulher comer, ela simplesmente não conseguia deixar para lá, apesar dos avisos do irmão para não se envolver, fazer o quê? Simpatizou-se com a mulher e gostaria de poder ajuda-la de alguma maneira, a preocupação de Eric era com sua vida constantemente em risco, mas aquela mulher não lhe denotava nenhum perigo, ela precisava de proteção e cuidados.

- Virgínia se você não comer ficará pior. Você não quer ficar bem? Para defender o seu amigo? - Perguntou séria.

Prometera a Eric que não diria à mulher que Héctor estava internado no mesmo hospital que ela, mas sentia em seu coração que essa informação a ajudaria, suspirou, compreendia a situação, os segredos e mistérios envolvendo Héctor Demetriou seriam mais maléficos que benéficos para alguém com a saúde emocional tão frágil como aquela mulher, mas vira o olhar dela ao menciona-lo, ele era alguém importante para ela.

Ainda não conhecera o pai de Açucena, estranhamente sentia por ela o mesmo carinho que sentia por Virgínia, algo no olhar das duas lhe fazia ter vontade de conforta-las, o que era muito estranho afinal as duas não tinham nada haver uma com a outra, exceto o olhar de quem perdera mais do que ganhara, talvez sentisse tanta empatia pelas duas por sentir-se assim algumas vezes.

- Samara eu queria te perguntar uma coisa mais tenho medo, eu acho que sonhei e gostaria de pensar que fosse verdade. - Disse timidamente mexendo a comida.

- Tem medo de me perguntar e descobrir que realmente fora apenas um sonho?

- Exatamente! - Encarou-a com os olhos cheios d'água.

- Ainda que seja apenas um sonho, a realidade é melhor, porque ela nos prepara para vivermos de verdade, a mentira ou a dúvida nos deixam fragilizados diante das perspectivas, pois não sabemos qual direção tomar realmente.

- Eu nunca vivi de verdade ou fiz algo por mim simplesmente. Minha vida inteira fora uma mentira, abri mão do único e grande amor da minha vida por uma mentira, pela maior mentira de todas.

Samara não saberia dizer se Virgínia se deu conta que chorava, mas a mulher largou o prato e chorou copiosamente como uma criança encolhida na cama, gentilmente ela sentou ao seu lado e a abraçou. Quando ela chegara ao orfanato durante algumas noites chorava e Rosa a abraçava e nesses momentos sentia paz.

- Você não precisa falar se não quiser, mas se desejar falar sobre qualquer coisa é só me chamar. - Disse afastando-se um pouco. - Coma um pouco. - Pediu simpática. – Você precisa se fortalecer.

- Obrigada. Faz muito tempo que ninguém é tão gentil comigo. – Disse emocionada, Samara sorriu.

Antes que pudesse responder ambas olharam na direção da porta que se abriu abruptamente e de cara fechada dona Eugênia olhava para elas, constrangida Samara levantou-se como se tivesse sido pega fazendo algo errado.

- O que você ainda está fazendo aqui? Estamos precisando de ajuda e você aqui batendo papo! - Resmungou agressivamente.

- O Eric sabe que eu estou aqui e que ficarei o tempo que for preciso, mas se a senhora estiver precisando de alguma coisa com urgência. - Respondeu gentilmente a encarando, mas por dentro estava queimando de vergonha e raiva.

- O quarto trezentos e doze precisa trocar o lençol de cama. - Disse saindo fechando a porta.

- Por que ela falou assim com você? - Virgínia perguntou timidamente.

- Eu não sei. - Respondeu triste. - Quando a conheci ela parecia tão gentil e simpática, mas de alguns dias para cá ela mudou, o estranho é que apenas comigo que ela está assim, o que é péssimo para mim, pois fico com os piores pacientes. - Disse divertida.

- Como eu? - Perguntou envergonhada.

- Claro que não! – Respondeu gentilmente tirando o cabelo da mulher do rosto. - Eu só estou cuidando de ti por que o Eric é meu irmão e deu ordens para que eu ficasse responsável por você, além disso, quando eu digo os piores pacientes, eu quero dizer que eles geralmente são mal-humorados, mas sinceramente não me importo no final Deus os conquista para mim e acabamos nos dando bem. - Disse sorrindo.

- Obrigada por cuidar de mim. Se eu acreditasse que Deus se importa comigo iria pensar que foi Ele que te colocou no meu caminho.

- Eu acredito nisso. Por que você não acredita? – Perguntou surpresa.

- A minha mãe acreditava em Deus, e definhou até a morte acreditando em uma mentira, se Ele é tão poderoso porque não a ajudou a descobrir a verdade? Por que permitiu que ela definhasse daquela maneira?

- A escolha de acreditar na mentira fora dela. Quem te garante que Deus não tenha dado a ela a oportunidade de investigar e descobrir a verdade? Ele sempre nos dá uma escolha, nós que na maioria das vezes escolhemos mal.

- Para mim é muito difícil compreender que há um Ser Onisciente Onipresente e Onipotente preocupado com pessoas comum como nós. - Disse sem emoção.

- Ele tanto se preocupa que Si fez Homem por Amor a nós, e não só isso, morreu para que vivêssemos.

- Gostaria muito de acreditar nisso, quem sabe assim eu teria ainda uma chance de um dia ser feliz. - Sussurrou.

- "Senhor meu Deus, o Senhor conhece todos os corações todas as histórias vividas e as que ainda acontecerão. O Senhor conhece a vida e os segredos que a Virgínia guarda no coração, rogo-te Senhor aquebrante o seu coração para que ela tenha o privilégio de te conhecer verdadeiramente, em Nome de Jesus seja o Senhor com ela, livre-a de toda e qualquer cilada do inimigo ou maledicência humana". – Pediu intimamente.

- Mais acho que as pessoas estão certas em ser comigo como são, eu não mereço nada além do que já estou recebendo. - a depreciação de si mesma era assustadora.

- Virgínia... - começou olhando a porta, não queria que dona Eugênia viesse atrás dela novamente. - Aquela sua amiga que veio aqui ontem, você gosta dela, ela é de confiança? - Virgínia sorriu.

- Eu já não sei se alguém do meu convívio seja ou não de confiança, mais eu gosto da Cíntia. Ela é a única que ainda me visita. A Alice não tem paciência para as minhas fantasias. - Sussurrou abaixando a cabeça.

- Como assim fantasias? - Perguntou sentando novamente e colocando uma colherada de comida em sua boca.

- Eu não sei mais o que é real e o que é fantasia, eu confundo as coisas, como a morte da minha irmã, por exemplo. - Disse a encarando os olhos outra vez cheios d'água. - Ela foi assassinada, eu não tenho certeza se de fato a vi sendo assassinada ou não, assim como não tenho certeza se fui eu ou o Héctor quem a matou.

Samara engoliu seco, isso levava as suspeitas da nova amiga a outro nível, assim como poderia ter sido um dos dois a mata-la, poderia ter sido outra pessoa a mata-la, e Virgínia pode ter visto e sido levada a acreditar com um dos dois a matou, estranhamente triste ela sacudiu a cabeça, fosse qual fosse a verdade, havia muito mais por trás de tudo aquilo do que a nova amiga imaginava.

- A senhora viu sua irmã morrendo ou a viu depois de morta? - Perguntou delicadamente.

- Essa a questão. – Respondeu a encarando com os grandes olhos azuis assustados. – Eu não sei. - Sussurrou apertando as têmporas. - Lembro-me de vê o corpo dela sem vida e todos acusarem um ao outro e alguém dizer que havia sido o Héctor.

- E como você começou a pensar que foi você quem a matou? - Perguntou intrigada.

- Meu marido me disse, eu acho, já não tenho certeza disso também, minha cabeça está uma bagunça. - Confusa respondeu tremendo. - Mais tem vezes que eu recordo de tê-la enforcado e outras vezes me lembro do Héctor a enforcando. - Sussurrou tão baixo que Samara quase não a ouviu.

- Não pense sobre isso, o que quer que tenha acontecido naquela noite, um dia todos vocês saberão a verdade, e você finalmente terá paz.

- Se eu tiver matado minha irmã, jamais terei paz, por mais que ela tenha me decepcionado e feito da minha vida uma grande porcaria, eu jamais poderia ter feito uma coisa assim com ela, por mais que ela tenha merecido.

- O que você queria me perguntar? - Perguntou acarinhando suas mãos, mudando de assunto. - Acalme-se. Aqui ninguém pode te fazer mal. - Disse sorrindo. - "Exceto o manipulador do seu marido que trabalha bem aqui". - Pensou angustiada. - E então o que queria me perguntar? Nada de ficar na dúvida.

- Eu ouvi aquela enfermeira que veio te chamar conversando com outra, - começou com os olhos brilhando - elas diziam que Héctor Demetriou está internado aqui.

- "Abri mão do único e grande amor da minha vida por uma mentira". - Dissera minutos antes.

Samara sorriu triste conhecia aquele olhar, por várias vezes o vira no rosto da mãe adotiva, sempre que ela se recordava do seu amor perdido se perdia naquele olhar triste e vazio.

- Sim. Ele está internado aqui. - Respondeu séria, prometera ao irmão não dizer a ela sobre o homem, mas ele não dissera nada sobre negar se ela descobrisse por outros meios.

- Ele está bem? - Perguntou visivelmente aliviada.

- Se recuperando. Ele é forte, não é mesmo? - Perguntou sorrindo.

- Sim. Ele é forte. - Respondeu também sorrindo. - Desculpa, mas eu realmente não quero mais comer.

- Tudo bem. Eu quero também te perguntar outra coisa, - Confusa Virgínia a encarou - qual a medicação que você toma? Aquele senhor o farmacêutico Jerônimo disse que você precisava tomar seus remédios, mas seu sangue está limpo, livre de qualquer tipo de toxina.

- Ah! Eu não sei qual é o medicamento, é ele quem manipula.

- Entendo. – Disse distraída a encarando, percebendo o olhar confuso da outra sorriu. - Mais saiba que você está ótima.

- O psiquiatra me disse isso. - Respondeu tensa abaixando a cabeça. - Mais eu preciso mesmo do medicamento do Jerônimo, aqui eu estou bem, mas quando eu chegar em casa tudo vai ficar complicado.

- Complicado como? - Perguntou preocupada.

- Eu vejo coisas, esqueço onde coloco as coisas, confundo sal com açúcar, ouço vozes, enfim, eu não estou no meu estado normal, estou doente.

Extremamente chateada Samara pegou a bandeja e tentou sorrir para a mulher de olhos tristes. - Preciso ir, mas eu volto.

Saiu de lá direto para a sala do Eric orando para que o irmão estivesse desocupado bateu na porta entrando, ele estava na janela.

- Se não for algo realmente importante, por favor, deixe para depois.

- Algum problema? - Perguntou arqueando a sobrancelha, lentamente ele se virou parecia cansado e preocupado.

- Diga-me você! - Disse se sentando. - Pela sua cara eu arriscaria dizer que alguma coisa aconteceu ou estar por acontecer.

- A esposa do Caetano é tia da Açucena e ela sofre gaslighting.

- Você tem certeza? Sabemos que o doutor Caetano não é digno de confiança, mas dizer que ele é um manipulador!

- A esposa dele usa uma medicação manipulada indetectável, ela não sabe se quem matou a irmã foi ela ou o cunhado, ou se viu de fato quem fez isso e, para fechar com completar o pacote, ela ainda é apaixonada por Héctor Demetriou e o marido sabe.

- Ela te disse tudo isso? - Ele perguntou admirado.

- Não exatamente! - Ela sentou rindo. - Mas é a mais pura verdade.

- Tia da Açucena. – Disse distraído. - Você vai conta a ela?

- Não sei. Mas acho que não, pelo menos, não por enquanto. Falar significa dizer que acho que foi outra pessoa que matou a mãe dela, e não a tia ou o pai, e sinceramente? A Açucena não está pronta para ouvir que o pai não matou a mãe. - Disse abaixando a cabeça. - Eu daria uma unha para alguém me dizer que havia a chance do meu pai não ter matado minha mãe.

- Você sabe que provavelmente ele não a matou ele mandou alguém mata-la.

- O que dá na mesma.

- Snow por que você pensa que não foi nenhum dos dois que a matou?

- Minha intuição é de que ela viu quem a matou ou tem uma suspeita muito grande, e que ela foi manipulada e pensar que fora ela própria ou o grande amor de sua vida, assim, ela não pensaria muito no assunto afinal, qual seria o pior, ser um assassino ou amar um?

- Será que foi o marido ou ela desconfia dele? - Perguntou Eric tenso. - Eu queria uma razão forte o bastante para por ele para fora desse hospital. Vamos mudar de assunto? - Perguntou passando a mão na cabeça. - O que você vai fazer com o seu Albert, vulgo seu pai? Ele já deve ter chegado.

- Eu não deveria ter essa informação, então vou esperar para vê o que ele vai fazer. Agora neste momento eu estou mais interessada em conhecer o pai da minha amiga, você pode me colocar para cuidar dele? – Pediu suplicante.

- Pensei que você já estivesse cuidando dele, eu disse para a dona Eugênia que queria a melhor enfermeira cuidando pessoalmente do nosso paciente vip.

- Cuide disso pessoalmente, por favor!

- Claro.

- Você pode também procurar o seu Jerônimo e descobrir qual o medicamento que ele manipula para a Virgínia?

- Eita Snow! – Exclamou batendo a mão na testa. - Se o Caetano precisa desse medicamento para manipular a esposa ele está encrencado se não tiver uma receita. - Disse tranquilamente.

- O que aconteceu?

- Aparentemente o seu Jerônimo cometeu suicídio.

- Aparentemente? Alguma evidência de que não seja suicídio?

- Nenhuma. Mais aqui em Granville na maioria das vezes nada é o que parece ser. – Disse simplesmente tirando o jaleco. - Pronta para ir para casa?

- Vou trocar a cama do quarto trezentos e doze e, se a dona Eugênia não me arrumar mais alguma coisa para fazer estarei pronta para descansar.

- É impressão minha ou está rolando um clima entre vocês duas? - Perguntou inclinando a cabeça.

- Não sei o que está acontecendo ela agido de maneira estranha e, por favor, não se envolva se as coisas piorarem eu te procuro para me defender, mas por enquanto quero apenas livre acesso ao quarto de Héctor Demetriou. – Pediu travessa.

- Como você quiser senhorita, mas quanto à dona Eugênia, eu vou ficar de olho e se for necessário não vou esperar por sua autorização.

Ela contornou a mesa, beijou-lhe o rosto sorrindo.

- Eu te amo.

- Eu também te amo.

Continua...

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