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33 - O coma de cada um.

- Como que essa criatura conseguiu sair do hospital? - Perguntou Isaac ainda chocado, o irmão presava pela segurança dos funcionários e pacientes, seria muito difícil burlar a segurança do hospital.

- O Caetano. - Distraído devaneou Rafael.

- Você acredita mesmo nisso? - Perguntou cético.

- Só um médico conseguiria tirar um paciente do hospital, e lembre-se de que o Caetano está no hospital a mando do Evil e tem o apoio da maioria do Conselho.

- Misericórdia! Havia me esquecido desse detalhe. A questão agora é, por que tirar do hospital um cara que está se fingindo de morto? - Os dois entreolharam-se.

- Por que se fingir de morto? – Perguntou Rafael intrigado.

- Há algo de podre aqui. - Disseram juntos voltando à atenção para a entrada do bar

Evil saiu com o homem que entrara, acompanhados de Cachorro Louco e Lobisomem, e mais um que também não conheciam.

- Parece que o bando aumentou. - Disse Isaac distraído.

- Parece.

Rafael estava pensando em segui-los, mas não queria arriscar a vida do filho do seu chefe principalmente depois da manhã agitada que o jornalista tivera com Luan seguindo outras pessoas, graças a Deus que tudo ficara bem e eles ainda salvaram um dos homens envolvidos, mas com certeza o delegado Abraão teria uma síncope se o filho participasse de outra aventura como aquela, ainda mais no mesmo dia.

- Precisamos segui-los. - Disse Isaac assustando-o, sacudiu a cabeça tentando ser prático e racional.

- Estava pensando nisso, mas nesse horário não é uma boa ideia, o trânsito praticamente está parado eles vão perceber que estão sendo seguidos, é muito arriscado. - Respondeu Rafael frustrado.

- Deixe-me dirigir. Conheço melhor as ruas, posso despista-los.

- Nem pensar! Seu pai quase enfartou com sua aventura de mais cedo, ele arranca nosso couro se eu te deixar embarcar nessa. – Respondeu dividido entre o desejo de seguir o carro e o de ser responsável com o filho do seu chefe.

- Rafael eles já estão saindo, rápido! - Disse saltando do carro.

Contrariado mais sabendo que no momento era o melhor a se fazer jogou-se para o banco do passageiro, sorridente Isaac saiu delicadamente encarando-o, Rafael revirou os olhos estavam em uma perseguição não em um passeio.

- Quero só ver quem vai me salvar do seu pai. – Resmungou sorrindo.

- Você consegue se virar muito bem com o delegado sem a ajuda de ninguém. – Respondeu sorrindo.

Quando um carro ou outro os ultrapassavam ele acelerava um pouco, sempre mantendo uma distância segura, Rafael sorriu o delegado Abraão subestimava os filhos todos eles eram incríveis e espertos, mas talvez fosse apenas coisa de pai amoroso e preocupado sempre pensando que os filhos ainda eram seus bebês e precisavam de proteção, como nunca tivera esse tipo de atenção achava estranho e desnecessário, talvez um dia quando tivesse seus próprios filhos fosse assim como o delegado, exagerado no cuidado, se lembrando de que já era assim com Beatriz, concentrou-se no amigo ao ouvi-lo fungar.

- Mais para onde essas criaturas estão indo? - Perguntou Isaac franzindo a testa. Rafael olhou ao redor estavam saindo da cidade.

- Será que estão fugindo? - Rafael perguntou duvidando que fosse isso.

- Não. Se eles estivessem fugindo teriam pegado a Via Expressa, aqui no máximo eles vão se esconder em alguma fazenda ou hotel fazenda, se for esse o caso só existe um, já que o outro não sei por que foi fechado há anos e está totalmente abandonado.

- Como a casa mal-assombrada? - Perguntou arqueando a sobrancelha.

- Será? – Perguntou o encarando, então arregalou os olhos. - Estranhamente segundo a história da cidade, este hotel fazenda foi fechado na mesma época em que a casa do Héctor Demetriou pegou fogo.

- Será que tem alguma ligação? - Perguntou intrigado.

- Sei lá! Mais quando eu estava pesquisando sobre o Héctor para o Luan, tive esse estalo, o meu TCC fora sobre locais velhos e abandonados, justamente por causa daquela casa, eu nunca compreendi como alguém constrói um lugar daquele e simplesmente o abandona, e com esse hotel aconteceu exatamente a mesma. Isso é muito estranho.

- Você conseguiu descobrir quem eram os proprietários? - Perguntou interessado.

- Não. Misteriosamente houve um incêndio no cartório anos antes e vários arquivos foram perdidos e muito providencialmente os documentos sobre o casarão e o hotel fazenda não só se perderam no incêndio como nunca foram recuperados, e ninguém nunca os reivindicou.

- Obviamente que um imóvel está ligado ao outro, quem tem uma mansão como aquela ou um hotel fazenda e não vai atrás? - Rafael sacudiu a cabeça. - Você contou ao Luan? Ele precisa saber que não está embarcando apenas em uma relação conturbada de filha e pai.

- Meu amigo, infelizmente eu acho que ele já sabe. – Disse sério, Rafael franziu o cenho, não era natural de Isaac ficar tão sério. - Eu não disse ao meu pai, mas sabe quem estava no casarão quando chegamos lá? A mãe adotiva do Luanzito. - Disse olhando para Rafael que assoviou.

- O que será que ela fazia lá?

- Não fazemos ideia, mas ela aparentemente ela sabia o que acontecia naquele lugar, ela discutia com o motorista.

- Coitado do Luan! É um garoto tão bom e gentil. Será que ele vai dizer à polícia?

- Neste momento acho que não, quando a ressentimento passar ele vai falar com ela, vai lhe dar o benefício da dúvida, mas conforme as investigações forem fluindo e o que ele descobrir sobre ela, ele vai sim, ele não é do tipo que esconde algo dessa natureza, por mais que seja doloroso para ele se precisar entrega-la, ele fará. – Lamentou. - Nós estamos falando do nosso pastor auxiliar. – Concluiu com meio sorriso.

- Verdade. Ele será um excelente pastor presidente, o pastor Tiago o instruiu bem. - Isaac assentiu. - Você soube que o patrão dele pediu falência?

- Soube. O que me deixou bastante intrigado. - Disse fazendo uma curva fechada, Rafael segurou-se, se recordando da acusação do Jerônimo.

- Por que você ficou intrigado?

- Porque o contador dele é meu informante, - Rafael o encarou boquiaberto - como você acha que eu fico sabendo dos escândalos financeiros dessa cidade? - Perguntou sorrindo. - Enfim, ele me disse que o Senhor Pietro Galacias tem tudo nessa vida menos problemas financeiros.

- Então como ele conseguiu pedir falência, e o mais importante, por quê?

- Não sei. Estou esperando o Rhuan chegar de viagem para me explicar isso melhor, não é um assunto para se discutir por telefone.

- Rhuan é o contador? – Perguntou sorrindo o encarando, Isaac assentiu, mordendo o lábio e franzindo a testa.

Rafael olhou para frente, carro da frente entrou no local aparentemente abandonado, mas havia várias lâmpadas acessas e inúmeros carros estacionados, entreolharam-se e caíram na gargalhada.

- Definitivamente esse povo tem fetiche por locais abandonados. - Disse Isaac se acabando de rir.

- Nenhum lugar nessa cidade de fato, 'está' abandonado. – Lembrou Rafael sorrindo, observando o local. - Por que será que o Olavo não fez menção a esse lugar?

- Na verdade, ele fez sim. – Respondeu Isaac passando a mão nos cabelos. - Nós que não prestamos atenção, esse lugar está marcado em um dos mapas, desculpe acho que a culpa disso ter passado despercebido foi minha e do Eric, ficamos tão excitados pela memória afetiva em comum que focamos apenas no casarão.

- Sem problema, o próprio Olavo tinha um apego com aquele lugar. - Respondeu simplesmente.

- Verdade, até parece que ele queria que quem encontrasse aqueles documentos fossem atrás daquele lugar, fico me perguntando se ele sabia que Héctor Demetriou estava preso lá!

- Se é que ele estivesse preso, - começou desconfiado - e se ele estivesse lá para se esconder?

- Não. Você vai compreender quando o vê, ele estava sofrendo maus-tratos. A criatura estava definhando, acredite em mim há muito mais podre nessa história do que a 'morena' do Luan imagina.

- Ela já virou a 'morena' do Luan? Você não se cansa de bancar o casamenteiro? - Perguntou sorrindo.

- Você não viu o jeito que ele fica quando fala nela, exatamente como um policial que eu conheço fica quando fala em certa enfermeira. - Concluiu rindo.

- Não sei do que você está falando. - Disse também rindo. - Mais voltando ao que realmente interessa. Você só vai sossegar quando descobrir a verdade por trás de Héctor Demetriou, não é mesmo?

- Vai me dizer que você não está curioso? A filha dizendo que o cara matou a mãe dela, e uma mulher estranha dizendo que ele é inocente, no mínimo, vai ser interessante desvendar esse mistério. - Disse excitado, Rafael gargalhou.

- Bem que seu pai disse que você não iria parar naquela perseguição.

- Sabe o que é mais incrível? Que cada investigação é mais instigante que a outra. - Disse rindo ficando logo sério. - Mais o que é aquilo? - Perguntou assustado.

Rafael colocou a mão na arma. Evil e outros homens carregavam algo enrolado em um tapete.

- Meu Deus! Eu vivi para presenciar uma clássica cena de filme! - Exclamou Isaac empolgado.

- Isaac! - Tenso Rafael o censurou. - Você sabe o que isso significa?

- Sim. Alguém aí dentro matou uma pessoa e esses homens estão indo desovar o corpo. - Rafael riu nervoso. - Eu daria a unha do meu dedo mindinho para saber quem está lá dentro e quem está enrolado no tapete.

- Você não tem jeito. - Disse sorrindo, apesar do nervoso. - Quanto a quem está lá dentro só se ficarmos aqui vigiando o que seria arriscado e perigoso e quanto ao ser no tapete podemos segui-los e descobrir onde será a desova.

- Vamos segui-los. Oh Senhor! Por que não mandastes quem está lá dentro verificar se o trabalho aqui fora está sendo bem feito? - Disse ligando o carro.

- Pena que a claridade lá fora não nos permitiu ver nenhuma placa. - Disse Rafael para quebrar o silêncio.

- Verdade. Mas se você tivesse pensado nisso antes poderíamos ter verificado.

- Só por cima do meu cadáver você teria saído desse carro. - Disse seriamente.

- Ok! Eu estava brincando, não precisa ficar tão irritado. - Disse brincalhão. - O que eles estão aprontando? – Perguntou ao perceber que o carro da frente estava indo para a cidade. – O lógico não seria desovar o corpo no meio do nada ou algo assim?

- Isaac, é um ser humano. – Recriminou sentindo um calafrio. – Independente de quem seja é uma pessoa.

- Você tem razão, desculpa. Mas que está esquisito está. Oferta de Caim! - Exclamou acelerando.

Eles entraram na cidade, a distância era grande para que eles vissem qual rua eles entrariam, iria perdê-los, Isaac batia insistentemente no volante.

- Oferta de Caim? - Perguntou Rafael sorrindo, tentando descontrair.

- Para não dizer miserável, merda, porcaria coisas assim! - Respondeu sorrindo. - Assim vou perdê-los de vista. - Retrucou acelerando mais.

- Acalme-se. – Disse gentilmente tocando sua mão. - Diminua a velocidade, não tem problema perdê-los, amanhã saberemos quem é a pessoa, afinal se estão levando para a cidade, é por que querem que seja achado logo o corpo. - Confuso Isaac o encarou diminuindo a velocidade. - Eles entraram na cidade, isso significa que eles não vão desovar o corpo como pensávamos... - Isaac sorriu compreendendo.

- Eles vão simular um assalto ou algo semelhante. - Disse empolgado.

- Exatamente. Vamos para casa, já nos arriscamos demais por hoje. - Disse apaziguador.

- Verdade. Meu pai vai me dar outro sermão. - Disse rindo.

- Pior que eu também vou ouvir em contrapartida. - Disse também sorrindo.

- Vamos passar no hospital! - Sugeriu Isaac, Rafael assentiu.

Eles foram direto ao quarto de Evil, como o esperado estava vazio.

- E agora? - Perguntou Isaac. – Chamamos o Eric?

- Não. Precisamos ser cautelosos. - Disse pensativo. - Venha comigo. - Disse arrastando o outro pelos corredores. - Mica você pode fazer uma coisa para nós? - Perguntou assustando-a.

- Seus pais não te ensinaram a cumprimentar as pessoas? - Perguntou batendo nele com o esfregão.

- Você pode ou não? - Perguntou ignorando a irritação dela.

- Gentil igual a uma porta! Sim eu posso o que vocês querem?

- O Evil não está no quarto dele, você pode tentar descobrir o que aconteceu?

- Como assim? Não está no quarto? Aguardem aqui só um instante.

- Mica! - Ela virou-se para ele. - Ninguém pode saber que nós queremos essa informação. – Ela suspirou encarando-o.

- Entendo! Nesse caso saiam daqui. – Disse os empurrando. - Eu me encontro com vocês lá fora. - Assentindo os dois saíram.

- Sua irmã é muito esperta. - Disse Isaac tocando-lhe o ombro, ele apenas sorriu orgulhoso.

Encostados no carro aguardaram pacientemente, suspiraram aliviados quando a viram correr até eles.

- O doutor Caetano o tirou para uns exames na Clínica Granville.

- À uma hora dessas? Com a autorização de quem? - Perguntou Isaac.

- Doutor Luiz Henrique Brandão, neurologista e membro do conselho.

- Mana amada linda! Muito obrigado. – Disse a beijando. - Alguém te viu observando o prontuário dele? - Perguntou Rafael preocupado.

- Não irmão. Não se preocupe sua irmã sabe se cuidar.

- Se cuida mesmo mana. - Disse a abraçando. - Está acontecendo alguma coisa nessa cidade e é maior do que podemos imaginar, por favor, fique atenta.

- Tudo bem. - Emocionada respondeu abraçando-o.

Despediram-se de Micaela e dirigiram-se para a confeitaria onde Rafael havia deixado seu carro.

- Vamos passar pela tal barraquinha de cachorro-quente? - Perguntou Isaac sorrindo.

- Menino você não se cansa não? - Perguntou batendo de leve em sua cabeça. Cantarolando Isaac ligou o carro.

- Pare, pare! - Rafael gritou em dado momento, Isaac freou de uma vez jogando os dois para frente. - Volta devagar. - Pediu ansiosamente. Isaac deu a ré. - Olhe ali.

Isaac olhou na direção que Rafael indicou arregalando os olhos, lá estava o carro que haviam seguido. Isaac dirigiu até um poste sem iluminação.

- O que eles estão fazendo na Farmácia Matrix? - Perguntou Isaac tentando abrir a porta sendo impedido por Rafael.

- Nem ouse, como eu disse você só saí desse carro por cima do meu cadáver. - Frustrado Isaac assentiu. - Não sabemos onde eles estão exatamente. Vamos esperar um pouco.

Aguardaram. Sem nenhuma surpresa uma ambulância parou na frente da farmácia e Evil saiu correndo entrando nela. Os outros quatro homens também saíram correndo entrando no carro e saindo rapidamente.

- Eu não acredito que aquele cara de pau vai voltar ao hospital. - Resmungou Isaac.

- Com certeza! - Disse pensativo. – Vamos para casa descansar que logo mais teremos um dia interessante.

- Como se a visita do Albert já não fosse um acontecimento por si só. – Disse Isaac ligando o carro.

Rafael não conseguiu dormir, seu corpo estava dando sinais do cansaço, sentia-se esgotado. Levantou-se e preparou o café da manhã, não gostava de discutir com a mãe, nas raras vezes que isso acontecia ficava muito mal.

- Bom dia meu filho. Madrugou ou não dormiu? - Perguntou dona Eugênia gentilmente.

- Tenho muita coisa para fazer hoje. - Respondeu calmamente.

- E quando você não tem? - Perguntou frustrada. - Imaginei que aqui você trabalharia menos do que no Rio de janeiro, mas eu estava enganada.

- Mãe, por favor! Não quero discutir. - Pegou o celular vibrando sobre a mesa. - Oi delegado. – Atendeu e a mãe revirou os olhos.

- Estou passando na sua casa para você ir ao hospital comigo falar com Héctor Demetriou, está pronto?

- Sim senhor! - Respondeu desligando.

- Não vai tomar café com a gente de novo? A Bia já está estranhando.

- Eu vou falar com ela depois. - Disse beijando o rosto da mãe. Uma notificação de mensagem, Isaac.

Alguma novidade? Não posso perguntar ao meu pai sem que ele me encha de perguntas.

Ainda não. Estou indo com o ele ao hospital falar com o senhor Héctor Demetriou. - Respondeu saindo de casa.

Rafael não tirava os olhos do homem deitado na maca hospitalar, sua intenção era tentar lê-lo, mas ele era indecifrável. Pelas respostas dele e reações era impossível saber se ele estava falando a verdade ou mentindo, mas se fosse para arriscar um palpite, diria que ele estava sendo sincero.

- O senhor poderia nos dizer o seu nome? - Perguntou o delegado.

- Héctor Demetriou.

- Casado?

- O senhor já sabe que sou viúvo caso contrário não estaria aqui me perguntando isso.

- Por qual razão o senhor fora mantido prisioneiro naquele casarão abandonado?

- Se o senhor que é o delegado não sabe, não sou eu que vou dizer. - Irritado o delegado fungou.

- O senhor conhece esse carro? - Perguntou mostrando a foto encontrada na casa de Olavo.

- Deveria? - Perguntou em resposta.

- Provavelmente, está no seu nome.

- No meu nome? - Perguntou sem nenhuma emoção.

- Sim. - Respondeu o delegado assentindo. - O senhor consegue reconhecer o local desta foto?

- Sim. O local onde eu estava preso.

- E como o senhor explica um carro no seu nome parado na frente da casa onde o senhor supostamente estava preso? - Perguntou Rafael sarcástico. Confuso o delegado o encarou.

- Vocês são os policiais, estive preso por todos esses anos, não faço ideia do que estava acontecendo aqui fora. Para ser sincero com vocês eu nem sei que carro é esse. – Os policiais entreolharam-se.

- É um BMW X7, é um carro imponente mesmo nos dias atuais. – Respondeu o delegado.

- Quer dizer que essa foto é antiga? – Perguntou o encarando.

- Não sabemos quando a foto foi tirada. – Respondeu o delegado.

- Mas existe uma estimativa?

- Sim, existe uma estimativa, mas diga-me senhor Héctor a troco do que alguém colocaria um carro no seu nome? Se ao que consta o senhor estava morto? – Perguntou Rafael.

- Sinceramente? Eu não faço a menor ideia. Mas imagino que seja o papel de vocês descobrirem, ou não?

- Sim, e nós descobriremos. – Respondeu o delegado. – Mais o senhor tem que convir conosco que isso é muito estranho.

- Muito estranho mesmo, que lugar é este onde uma pessoa compra no nome de outra? – Perguntou sarcástico.

- Outra coisa estranha nesse lugar é a sua prisão, se o senhor estava preso por que não estava no presídio? E por qual motivo o senhor foi preso? Por que nada disso consta na delegacia? - Perguntou Rafael no mesmo tom.

- Sinceramente? Outra coisa da qual eu não faço ideia. Por que vocês não investigam? – Rafael sorriu.

- O senhor não faz ideia do motivo pelo qual foi preso? – Perguntou Rafael arqueando a sobrancelha.

- O motivo pelo qual me mantiveram naquela casa, obviamente que eu sei, eu só as razões verdadeiras por trás disso, nem por que me mantiveram lá e não me mandaram para o presídio.

- Complicada essa situação, mas nós investigaremos e não se preocupe com as razões por trás de tudo isso, por que descobriremos. Preocupe-se apenas em saber que estamos de olho no senhor e seja qual for o segredo que o senhor estiver escondendo, nós vamos descobrir. - Concluiu Rafael olhando a porta que abria e um homem alto apesar de magro adentrava.

- Não diga mais nenhuma palavra Héctor. - Disse o homem desconhecido para Rafael.

- O. Que. Você. Faz. Aqui? - Perguntou pausadamente Héctor.

Rafael encarou o homem deitado, o timbre da voz apesar da pausa sinistra, estava tão frio quanto enquanto falava com eles, mas o olhar, este não era frio, muito pelo contrário, os olhos acinzentados do homem estavam ardendo em fúria, o estranho nem olhou na direção do homem na cama, sorrindo dirigiu-se ao delegado.

- Bom dia delegado. – Cumprimentou o estranho estendendo a mão.

- Bom dia Fernando, o que faz aqui? - Perguntou o delegado apertando-lhe a mão.

- A Cíntia sempre foi amiga do Héctor e quando ela soube que ele estava aqui, que estivera preso por todos esses anos, obviamente que ela entrou em pânico e me pediu para defendê-lo, ela sempre quis saber o que acontecera com o amigo. – Dirigiu um olhar condescendente para o outro que trincou os dentes.

- Não preciso da sua defesa. Cai fora daqui.

- Mais Héctor...

- Se você não quiser sair daqui preso dê o fora agora!

- Eu sei que você está nervoso, não posso nem imaginar seu sofrimento...

- Eu não estou brincando Fernando. - Retrucou esforçando-se para sentar.

- Vocês poderiam me deixar a sós com meu cliente, por favor! - Pediu gentilmente.

- Eu não sou seu cliente nem aqui nem no inferno suma da minha frente! - Disse controlado, mas a veia em seu pescoço denunciava o quanto estava sendo difícil se controlar.

- O senhor, - disse Rafael puxando-o pelo braço - por favor, saia.

- Você não está entendendo, eu preciso falar com ele, aliás, eu precisava falar com ele antes de ele falar com vocês foram muitos anos isolado e abandonado.

- Nós compreendemos a preocupação dos amigos, mas agora estamos trabalhando e o senhor está atrapalhando, além do mais, ele não te quer como advogado. – Disse puxando-o pelo braço até a porta. – Talvez nós façamos uma visita ao senhor. – O homem arregalou os olhos e saindo rapidamente, Rafael sorriu.

- O senhor quer acrescentar mais alguma coisa ao seu depoimento? - Perguntou o delegado. – Quer falar sobre a animosidade existente entre o senhor o advogado Fernando?

- Não senhor. - Respondeu no mesmo tom frio e sem emoção. – Não tenho nada a acrescentar ao meu depoimento e menos ainda quero falar sobre aquela pessoa.

Aparentemente o homem não tinha sentimento nenhum, mas como alguém que aprendera a esconder os próprios sentimentos, Rafael tinha certeza que ele estava a ponto de explodir, sem uma palavra os dois saíram.

- O que foi aquilo? - Perguntou o delegado. - Pensei que você acreditasse na inocência dele!

- E acredito. Mais por enquanto ele não precisa saber disso. - O delegado sorriu. - Delegado quem é esse Fernando.

- Um advogado de índole bastante duvidosa. - Respondeu sério. - Gostaria de saber qual a relação daqueles dois.

- Acho que uma relação perigosa, o senhor observou o olhar do Héctor? Ele odeia aquele homem.

- Segundo algumas pessoas com quem falei sobre o senhor Demetriou, ele odeia a todo mundo. - Disse atendendo o celular.

Em silêncio Rafael o acompanhou ainda pensando no comportamento do homem que até a chegada do outro parecia ser inacessível, sentiu a mão do delegado em seu ombro e distraído virou-se para ele, o semblante do homem não era dos melhores. Rafael ficou atento esperando pela notícia.

- Estou indo para lá com o Rafael. - Disse desligando. - Jerônimo Saldanha cometeu suicídio.

Continua...

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