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32 - Os encontros de cada um.

Atrasado Rafael saiu do quarto correndo, Beatriz pulou em seus braços.

- Tio o senhor sabe que a minha mãe chega a amanhã? - Perguntou o beijando.

- Sim minha princesa eu sei. - Respondeu enchendo seu rosto de beijos a criança gargalhava feliz.

- Bia vai para o seu quarto preciso falar com o seu tio. - Pediu dona Eugênia carrancuda.

- Vovó, é coisa de adulto? - Perguntou a criança séria, a avó assentiu. – Eita! Tio o senhor vai ficar de castigo no banco da disciplina. - Concluiu sacudindo as mãozinhas, ele abraçou a pequena sorrindo.

- O tio vai ficar bem, você cuida de mim. - Disse carinhosamente.

- Eu cuido sim. - Disse ela piscando para ele e saiu cantarolando.

- O que foi mãe? A criança precisa jantar. - Resmungou chateado com a conduta da mãe.

- É por causa daquela técnica que você não está ficando em casa? - Ele mordeu o lábio.

- Por que esse tom? A senhora também é enfermeira. - Comentou envergonhado.

- Sério isso meu filho? Eu sou enfermeira, ela é uma técnica em enfermagem, por favor, não em envergonhe desse jeito.

- A senhora que está me envergonhando falando nesse tom. Por que essa implicância toda com a Samara? A senhora se esforçou para se dar bem com a Sofia. Por que não pode se esforçar com a Samara?

- A Sofia não tirou nada de mim como essa enfermeira quer fazer! - Resmungou sarcástica.

- A Sofia não te tirou nada, porque o seu marido já tinha tirado. - Disse irritado.

- Você está sendo cruel igual a sua irmã. Qual o seu problema? Você nunca falou assim comigo. - Disse chorosa.

- A senhora que começou. - Disse sentando tentando se controlar.

- Você sabe que quando o Thiago me apresentou a Sofia eu queria que ele voltasse para casa eu pensei que aquela menina pudesse me ajudar, e a pedi isso, ela disse que iria tentar, mas eu sabia que seria impossível. - Disse abaixando a cabeça.

- Até porque ele jamais voltaria para casa enquanto o seu marido estivesse lá.

- Ele era o pai de vocês. - Retrucou baixo entredentes.

- Detalhe que eu gostaria de esquecer. - Ouviu a gargalhada do pai ao lado dela, engoliu seco. - A senhora deseja mais alguma coisa?

- Eu não quero você fazendo intrigas entre mim e minha nora.

- Eu jamais faria isso sei o quanto a Sofia te ama. - Disse levantando-se.

- Você sabe que quando ela veio morar com a gente eu estava muito fragilizada e por mais estranha e constrangedora que fosse aquela situação havia a Bia, aquela era a única chance que eu tinha de ter o seu irmão de volta se ele estivesse vivo. - Disse abaixando a cabeça. - Você não pode me acusar de querer minha família reunida.

- Que bom que a senhora consegue dormir tão tranquilamente com todas as escolhas que já fez na vida. – Disse sarcástico.

- Rafael se você perguntar à Sofia se algum dia eu fui desagradável com ela ou fiz qualquer coisa que pudesse magoa-la, a reposta dela será 'nunca'!

- Eu sei disso, a senhora só é transparente com os seus filhos. - Disse virando-lhe as costas.

- Rafael espere! - Gritou irritada. - O que significa isso, com quem você pensa que está falando? - Perguntou agressivamente.

- Desculpe-me mãe. A senhora quer falar alguma coisa a mais comigo?

- Quero que você me respeite e principalmente que você não pense que qualquer rabo de saia se preocupará ou te amará como a sua mãe, lembre-se do mandamento com promessa.

- Jamais tive a intenção de desrespeita-la, perdoe-me se passei essa impressão. – Respondeu exasperado, realmente não costumava enfrentar a mãe dessa forma, aliás, nunca enfrentava ninguém dessa maneira.

- Eu estou preocupada, você não tomou café da manhã, não almoçou e agora não vai jantar! Como você pensa que eu me sinto com meu filho me tratando como se eu fosse uma estranha!

- A senhora jamais será uma estranha. - Disse a abraçando. - Eu realmente preciso ir, eu sinto muito estou em uma investigação...

- Eu sei a investigação sobre a origem da enfermeira... – Ela a interrompeu

- Mãe! - Ele a interrompeu também. - Por favor! Não quero discutir com a senhora. Tchau.

- Rafael! - Ele acenou saindo porta a fora.

Infelizmente chegara atrasado, todos já esperavam por ele detestava chegar atrasado aos lugares, todos os olhares eram dirigidos aos atrasados. Timidamente sentou ao lado do Isaac que exibia um sorriso de orelha a orelha.

- Qual é mesmo o motivo de tanta alegria cara pálida! - Provocou Rafael, o amigo cruzou os braços continuando a sorrir.

Samara que conversava com Isabella e Natália sobre Virgínia a mulher que conhecera naquela manhã, assustou-se com a porta abrindo e Rafael adentrando.

Eric lhe dissera que estavam esperando por uma pessoa que estava atrasada, mas não imaginou que fosse ele, afinal o que ele estava fazendo ali? Perguntou-se olhando na direção dele, sorriu boba diante das provocações entre ele e o Isaac.

Seus olhares se encontraram, timidamente ela abaixou a cabeça, Eric pigarreou.

- Obrigado por todos estarem aqui. Isaac a palavra é sua.

- Samara, nós estamos todos aqui para compartilharmos algumas informações que descobrimos na nossa viagem a São Paulo. - Disse Isaac levantando-se. - Infelizmente as notícias não são boas.

Ele distribuiu o material que fizera a todos os presentes, Samara sentia uma variedade de sentimentos que não conseguia explicar, conforme lia o que Isaac lhe dera, de todos os sentimentos alguns se sobressaiam como a triste e angústia.

Descobrir que tinha um irmão a deixara feliz, apesar da tristeza de imaginar que a madrasta o havia abandonado, agora de cara com a verdade desejou que a madrasta fosse uma pessoa ruim, talvez assim seu pai ainda tivesse uma chance de redenção, sentia uma dor profunda pelo irmão, afinal ao menos ela tinha o consolo de ter tido uma mãe gentil e bondosa e ter sido criada por uma se não gentil ao menos bondosa.

- Tudo isso aqui é de fato verdade? - Perguntou Samara com os olhos cheios d'água.

- Infelizmente sim. - Respondeu Isaac.

- Há uma rede de corrupção na cidade... - Rafael começou timidamente - Infelizmente não posso entrar em detalhes, mas seu pai está envolvido com essa rede, os homens que foram internados comigo e o Ben trabalham para ele, estão aqui para te matar e trabalhavam para o Olavo.

- Pode ser apenas um mal-entendido? - Perguntou soluçando.

- Eu sinto muito, mas não é apenas um mal-entendido. Depois o próprio Ben te contará tudo pelo que ele passou. - Disse Rafael.

- Neste momento temos alguns problemas urgentes. - Disse Isaac tenso. - O Albert está vindo para Granville.

- O quê? - Perguntaram Rafael e Eric.

- Exatamente! Meu amigo que trabalha na companhia aérea disse que ele comprou uma passagem para amanhã.

- E a Valentina e Celeste? - Perguntou Rafael.

- Pedi ao meu pai para buscá-las, ele está cuidando disso. - Respondeu Isaac.

- Alicia, nome lindo! Sempre que eu perguntava a Rosalina o nome da minha mãe ela dizia para eu não pensar nisso, esquecer o passado e focar apenas no futuro. - Disse triste. - Como é possível haver um homem tão monstruoso? Como pode um homem destruir e querer matar os próprios filhos?

- Samara querida, você já sabia que ele queria te matar, não fique assim. - Pediu Natália tão triste quanto ela.

- Verdade. Mais tudo é muito mais louco do que imaginávamos, a pessoa é louca psicopata sei lá, além de matar a esposa e tentar matar a filha, ainda é amante da própria sogra, teve um filho com ela e destruiu a vida deste filho e da esposa, misericórdia, não há justificativa, eu tinha esperança de que ele me desse uma explicação e por mais complicado e fora da lógica que fosse eu iria compreender e tudo se ajeitaria.

As lágrimas molhavam o rosto dela, Rafael franziu o cenho cruzando os braços, imaginava que o único pai que odiaria fosse o seu próprio, mas ele não poderia estar mais equivocado. Frustrado saiu de lá sem olhar para trás.

Ela o viu sair e sem que percebesse o choro silencioso compulsivamente, seu corpo tremia enquanto Isabella e Natália tentavam acalma-la, gesto que só a deixa ainda mais chorosa.

- Com licença meninas. - Pediu Rebeca puxando-a e a abraçando. - Samara querida vem comigo, eu acho que por hoje essa reunião está encerrada. – Disse olhando para todos os presentes. – Parece-me que as informações foram demais para ela.

A porta sendo aberta despertou o interesse de todos, exceto de Samara que estava com a cabeça no peito de Rebeca. Extremamente nervoso Rafael entrou sem olhar para ninguém ficando ao lado de Rebeca.

- Desculpe-me. – Samara levantou a cabeça ao ouvir a voz dele.

Ele estava lá parado ao lado da esposa do pastor, constrangida ela endireitou-se passando a mão pelo rosto, gentilmente ele entregou-lhe um guardanapo de papel que agradecida ela recebeu.

- Eu posso falar um instante contigo? - Perguntou nervoso com as mãos nos bolsos olhando-a nos olhos.

- Sim. – Respondeu tímida olhando ao redor. Rebeca levantou-se abraçando o esposo.

Ele gostaria de pedir a todos que saíssem e os deixassem sozinhos por alguns segundos, mas não tinha coragem para tanto e constrangido respirou profundamente.

- Se importa de sair um pouco? – Perguntou temeroso pela resposta dela, mas ela apenas o encarou com os olhos ainda brilhando pelas lágrimas e assentiu.

Timidamente Samara saiu de cabeça baixa, imaginava a cara de todos para eles, imaginava que ele desejasse lhe falar algo em particular e que logo voltaria. Ainda com as mãos nos bolsos ele a seguiu para fora do escritório, pegando no cotovelo dela guiou-a para fora da Confeitaria.

- Podemos andar um pouco? – Perguntou. Surpresa ela parou o encarando.

- E a reunião? – Perguntou confusa.

- Já foi dito tudo o que havia de importante, além disso, só vamos tomar um pouco de ar para você se acalmar e digerir tudo o que ouviu, eles esperarão por nós.

- Como você tem tanta certeza? – Perguntou desconfiada. – "Meu Deus, não sei se foi Rosalina que fez de mim um ser desconfiado demais, ou se a descoberta de um pai psicopata". – Pensou por estar desconfiando dele. Constrangida o encarou, ficou tonta com o sorriso em seu rosto.

- Eu entendo a sua desconfiança, afinal você nem me conhece. – Disse tornando a pegar em seu cotovelo, e como na primeira vez ela sentiu um arrepio por sua pele.

- "Será que ele percebe que me deixa arrepiada com seu toque?" – Pensou envergonhada enquanto o seguiu pela alameda iluminada.

- Eu sinto de verdade pela dor que tudo isso lhe causou, se eu pudesse levaria tudo isso para bem longe de você, mas infelizmente isso não é possível, infelizmente há dores que ninguém pode tirar de nós. - Disse entristecido. Ela ficou emocionada.

- Não se preocupe, infelizmente não há nada que você ou qualquer outra possa fazer por mim. - Disse abaixando a cabeça. - Aliás, como alguém poderia ajudar uma pessoa que é filha de um mostro? – Perguntou sentindo um nó na garganta.

- O seu pai é um monstro, não você. - Disse parando de repente, confusa ela parou também, delicadamente ele tirou o cabelo que estava em seu rosto e mais uma vez ela sentiu o arrepio.

- "Eu estou com frio, é isso!" - Pensou suspirando. – "Não tem nada haver com o toque suave dele" – Envergonhada pelos pensamentos que insistiam em invadir sua mente abaixou a cabeça. Voltando as mãos para os bolsos ele voltou a andar, ela enrolou-se no cardigã o acompanhando.

- Se recorda de hoje pela manhã na frente do seu prédio? - Ela assentiu confusa. - O seu comportamento com aquela mulher só comprova o que todos nós já sabemos, que independente de quem seja seus pais biológicos, você é uma pessoa excepcional.

Constrangida ela engoliu seco, envermelhando até a raiz dos cabelos pelo elogio inesperado, sentiu uma emoção estranha, um calor interno a esquentou fazendo-a sentir um leve calor, soltou o cardigã e continuou olhando para frente.

- Obrigada. - Sussurrou.

- Não sei se a Mica já lhe contou sobre o nosso pai. – Disse calmamente, mas por dentro estava um turbilhão.

- Sim. – Respondeu olhando para ele que olhava firme para frente.

- Eu compreendo a sua situação, a gente sempre pensa que somos reflexos dos nossos pais, mas Louvado seja Deus que é o nosso Pai Supremo para que sejamos reflexo dEle.

- Isso é verdade! – Respondeu sorrindo. – Sempre que eu perguntava a Rosalina sobre meus pais ela me dizia que o que realmente importava era eu saber que Deus era meu Pai e me amava mais que qualquer ser humano seria capaz de amar, agora eu compreendo o que ela queria dizer com isso.

Não imaginava que sentiria saudades da mãe adotiva, mas a verdade era que gostaria que ainda estivesse viva a proibindo de buscar por um passado que só lhe causaria sofrimento.

- Você superou tudo o que seu pai fez? – Perguntou jogando as emoções para o fundo.

- Não. – Respondeu se recordando da ilusão do pai que o atormentava.

- Eu penso que a Mica também não, o que a gente pode fazer para superar nossos pais? – Perguntou se virando para ele, que também a encarava. – "Os olhos dele são lindos!" – Pensou mordendo a bochecha. - "Tenha foco Samara"

- Que tal descobrirmos juntos como supera-los? – Perguntou sorrindo. Como sempre ela ficou boba com aquele sorriso.

- Eu acho ótimo, por que não faço nem ideia por onde começar. – Respondeu também sorrindo.

- "Será que ela faz ideia do que esse sorriso me provoca?" – Pensou sorrindo como um bobo. – "O Isaac tem razão, eu perco a noção quando ela está por perto" - Que tal mudarmos de assunto? - Perguntou esforçando-se para não pegar na mão dela que naquele momento tocava de leve na dele enquanto andavam.

- Sobre o que quer falar? - Perguntou tímida. Sufocando o desejo de tocar sua mão que tocava a sua, engoliu seco quando ele voltou a por as mãos nos bolsos, suspirou profundamente.

- A mulher de mais cedo, você descobriu mais alguma coisa sobre ela?

- Não. Apenas que esposo dela é o médico que o hospital do Eric contratou, mas estranhamente meu irmão não confia nele, e o mais estranho ainda ela não sabe que o esposo trabalha lá.

- Como assim? – Perguntou intrigado parando de andar.

- Segundo ela o marido trabalha somente no Hospital Central. - Samara respondeu tentando decifrar a testa enrugada dele. Sentiu aquela estranha sensação de quando estava em risco, e o olhar dele lhe dizia que ele sabia de algo que ela não sabia.

- Você não ficou surpreso quando eu disse que o esposo dela era o médico novato do hospital e nem que o Eric não confia nele, mas ficou assustado com o fato de ela não saber que ele trabalha lá, por quê? – Perguntou o encarando e cruzando os braços.

- Por que eu já sabia que o Eric não confia no novato, e não foi difícil descobrir que ele era o esposo dela, mas como você mesma disse é estranho ela não saber onde o marido trabalha.

Ela o encarou, pensando se insistia nesse assunto ou apenas deixava para lá, ela já tinha problemas demais para se preocupar com os problemas dos outros, mas seu coração pesava ao pensar na mulher internada, e estranhamente a imagem do homem que Luan e Isaac salvaram invadiu sua mente deixando seu coração ainda mais agoniado, sacudiu a cabeça, nenhum deles era problema dela.

- O Eric disse por que não gosta dele? – Perguntou dirigindo-se para a praça e sentando, ela sentou ao seu lado.

- Não exatamente. Ele disse que gosta do jeito dele, que há algo de suspeito no olhar, e as algumas das atitudes não são apropriadas para um médico, pelo menos não para um médico do Hospital doutor Eric Martinelli, palavras dele. – Concluiu mais calma, ele também sorriu.

- Entendo, foi o que ele me disse também. – Respondeu aliviado, por um momento imaginou que Eric houvesse descoberto que o homem estava lá para mata-la.

Ele e Isaac optaram por não contar a Eric todos os detalhes da conversa com Bernardo, exatamente por que ele já estava desconfiado do médico e temiam que ele mandasse o cara embora e então o Albert mandasse alguém que eles não saberiam quem era, e seria mais difícil protege-la enquanto ela estivesse no hospital.

- E o que você disse à mulher sobre o marido dela? - Perguntou mudando de assunto.

- Eu não disse nada, o estado dela não é dos melhores, e eu não quis deixa-la ainda pior, ela parece ter muito medo dele, quando perguntei se queria que o chamasse ela ficou em pânico e agradeceu por ele não trabalhar ali. Só não sei até quando ela ficará lá sem que ele saiba. – Ela abaixou a cabeça olhando as mãos no colo. – Você se recorda que ela falou em homem por nome Héctor? – Ele assentiu, imaginando onde ela queria chegar. – Ele é o mesmo que o Isaac e o Luan salvaram, e ela disse que ele corre perigo de vida.

Ele ainda não tivera a oportunidade de falar com Isaac ou Luan sobre o tal homem misterioso, e não sabia o que eles haviam descoberto, pensando bem talvez estivesse na hora de voltar com ela, precisava mesmo falar com Isaac sobre Héctor Demetriou.

- Podemos voltar e falar com o Isaac sobre ele? Eu ainda não falei sobre isso com ele. – Disse contrariado. Gostaria de ficar ali mais tempo com ela. Ela assentiu se levantando.

Frustrados andaram em silêncio de volta à Confeitaria Ana.

- Ora, ora! Pensei que os veria na reunião de amanhã. – Provocou Isaac.

- Como é engraçadinho! – Disse Rafael batendo na cabeça do amigo. – Sua mãe não te vende não?

- Ela pode até vender, mas minha noiva não. – Respondeu sorrindo, Natália revirou os olhos. Samara bateu na própria testa. Às vezes se esquecia do humor cáustico desse grupo. Ela sentou-se ao lado de Isabella.

- Você está bem? – Perguntou Isabella carinhosamente.

- Estou. – Sussurrou olhando para Rafael que olhava para Isaac.

- Isaac o que você descobriu sobre Héctor Demetriou? – Perguntou ele encostando-se a parede.

- Não muito, apenas o que eu já havia passado para o Luan.

- A esposa do doutor Caetano o conhece. – Disse displicentemente.

- O quê? – Perguntou Eric sendo atropelado pelas perguntas de Isaac, Rafael sorriu.

- Ela o conhece? O que ela disse sobre ele? - Perguntou Isaac curioso. – Onde eu posso encontra-la?

- Acalme-se jornalista! – Disse Rafael sorrindo. – Samara! – Ela assustou-se com a profundidade com ele a chamou, encarou-o e ele assentiu. – Diga ao Isaac sobre a mulher que você conheceu hoje.

Ela narrou o que acontecera naquela manhã em frente ao prédio onde morava desde o momento em que deixara o delegado com Açucena até a chegada deles ao hospital.

- Só pode mesmo ser ele. – Comentou Isaac andando de um lado para o outro. – Não há muitos Demetriou's por aí. Eric você confirmou a identidade do homem que encontramos? – Perguntou pensativo.

- Sim. Uma amiga da família o reconheceu e a identidade dele ainda consta no sistema, então sim, é ele mesmo.

- 'Quem' ela não matou? - Perguntou Isaac olhando diretamente para Rafael e Samara, Rafael apenas deu de ombro.

- Não faço a menor ideia. Mais depois que a identidade dele foi confirmada fui até ela e disse que um Héctor Demetriou havia dado entrada no hospital. Ela chorou compulsivamente e pediu pelo amor de Deus para não deixá-lo sozinho e que ele era inocente que não fora ele quem a matou.

- Você perguntou do que ele era acusado? - Perguntou Rafael.

- Não tive tempo para isso. Uma senhora muito chique e elegante chegou dizendo que era amiga e que cuidaria dela.

- E essa mulher? - Perguntou Rafael desconfiado. – Você sabe quem era?

- Não sei quem é, mas nome dela é Cintia e a Virgínia confia nela, então saí e deixei as duas sozinhas como a outra pediu.

- Você acha que ela falou a verdade? - Perguntou Rafael, mas estranhamente não olhou para Samara e sim para o Isaac.

Os dois trocaram um olhar que deixou Samara intrigada, o que eles estavam escondendo, ela prometera à mãe que não se meteria nos problemas alheios e dissera a si própria que não queria se meter na história da Virgínia ou do Héctor, fossem eles quem fossem, mas se a mulher estava correndo algum risco queria saber, e se os dois estivessem correndo risco?

Rafael voltou o olhar para ela, dos presentes apenas ele e Isaac sabiam da história que de Açucena e se perguntava se deveria contar ou não, mudando de ideia, todos eles já tinham problemas demais principalmente a Samara.

- Ela está correndo algum risco? – Perguntou mais preocupada do que pretendia.

- Não que a gente saiba. – Respondeu confuso, pois até aquele momento não pensara mais na mulher, estava mais interessado no envolvimento dela com o Jerônimo.

- Samara você acha que ela falou a verdade quando disse que ele era inocente e que ele corria risco? – Perguntou Isaac interessado.

- Sinceramente eu não sei, mas estava lúcida quando falei com ela, infelizmente quando voltei para me despedir antes de sair ela estava dormindo.

- Por falar em dormindo, - o pastor Tiago mudou de assunto - o Tal Evil não vai acordar mais não?

- Eu acho que ele está fingindo. - Disse Eric suavemente.

- Seria possível fingir um coma? - Perguntou Isabella.

- Imagino que não. - Respondeu Eric. - Mais precisamos pensar que estamos falando de um cara psicologicamente quebrado.

- É a maneira delicada de ele dizer que o cara é um psicopata. - Disse Isaac arqueando a sobrancelha, Eric revirou os olhos.

- Fisicamente ele está saudável já fizemos todos os exames nele não há nenhuma razão para ele ainda está inconsciente. - Disse Eric frustrado.

- É possível que alguém o esteja mantendo dormindo de propósito? – Perguntou Rafael, pensando no doutor Caetano, Isaac e Eric entreolharam-se olhando para Rafael.

- Sim, isso é possível! – Respondeu Eric sorrindo.

- Eu ainda não entendi quem é esse Evil. Perguntei ao Bernardo quem era e por que ele fez aquilo, ele me disse para eu ter paciência que em outro momento me diria. – Disse Samara olhando do Eric para Rafael.

- Então em outro momento ele te diz, por enquanto basta você saber que o Rafael estava infiltrado no bar dele tentando descobrir qual a relação dele com o seu pai. - Boquiaberta ela o encarou. Rafael fungou, preferiria que ela continuasse sem saber dessa parte da história.

- Pensei que você concordasse com o delegado e não quisesse fazer parte disso. - Comentou entre envergonhada e empolgada.

- Eu só não queria você preocupada sem necessidade. - Disse abaixando a cabeça. - "E menos ainda que você me visse apenas como o cara que merece sua simpatia porque se arriscou por você". - Pensou tenso.

- Você estava se arriscando por mim, justo que eu soubesse para te colocar em minhas orações. - Disse envergonhada.

- Por falar em orações, - disse o pastor Tiago se colocando em pé - vamos orar para irmos para nossas casas em paz, está tarde e todos nós precisamos descansar. Meu amor! - Rebeca pulou em um salto compreendendo o pedido no olhar do esposo.

- Senhor meu Deus, misericordioso e bondoso. Seja o Senhor conosco na volta para nossos lares, obrigada senhor por mais um dia e por nos livrar das ciladas do inimigo; obrigada por nos dar sabedoria e discernimento. Senhor, nesta noite eu quero te pedir em Nome de Jesus uma benção especial para as pessoas novas que estão entrando em nossas vidas, somos gratos, pois o Senhor sempre coloca pessoa que possam aprender conosco e que possamos aprender com elas. Seja o Senhor com a Açucena e com todas as outras pessoas que virão com ela, obrigada meu Deus. Em Nome de Jesus te agradecemos por todas as maravilhas que o Senhor tem nos dado. Guarde a minha família de sangue e a família que nos destes para cuidar e amar. No Nome de Jesus eu te oro em agradecimento pela dádiva de ser mordomo na Sua Obra. Amém!

Um a um todos saíram ficando Rafael e Isaac, a confeitaria deserta lhe dava uma sensação desagradável, passando as mãos pelos braços seguiu para o carro do jornalista.

- Você deveria ter se oferecido para leva-la a casa do Eric. - Disse Isaac o seguindo.

- E você deveria ter levado sua noiva para casa. - Alfinetou Rafael.

- A minha noiva sabe que vamos vigiar o bar do Evil, você poderia ter falo isso para ela também.

- Desnecessário. Como você mesmo colocou, ela está indo para a casa do Eric, ele e a Isabella já estão fazendo companhia a ela.

- Pode ser que ela esteja cansada de segurar vela para eles. - Disse sorrindo chegando ao carro.

Naquela noite contra a vontade de Isaac, Rafael quem dirigiu. Ele parou afastado, estavam no carro do Isaac por que ainda não era conhecido por aquelas bandas como o do Rafael e eles não queriam que soubessem que eles estavam rondando o lugar. Romano havia aberto o bar e as coisas pareciam normais por ali, se não fosse sua inquietação de que algo estava errado com o coma de Evil não havia motivo para aquela vigilância, graças a Deus Isaac era tão desconfiado quanto ele.

- Deveríamos dar uma de João sem braço e entrar. - Disse Isaac.

- Você ouviu seu pai, estamos proibidos de entrar aí dentro, nosso disfarce foi comprometido.

- Eu sei mais... - começou interrompendo-se olhando para frente de boca aberta - Rafael olhe aquilo!

Lentamente Rafael virou-se. Evil acabava de sair de um carro sorrindo para o motorista, não o reconhecera.

- Sabe quem o motorista?

- Não. Corrija-me se eu estiver errado, mas o Eric e a Samara não acabaram de dizer que o Evil ainda está inconsciente? - Rafael assentiu o encarando.

Continua...

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