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22 - O irmão de cada um.

Ele não disse nada apenas a abraçou fechando os olhos sentindo o perfume de seus cabelos, enquanto carinhosamente passava a mão por eles, eram tão macios e perfumados, por ele passaria horas assim, abraçado nela sentindo seu perfume e maciez.

- Perdoe-me. - Disse ela envergonhada se afastando assustando-o de seu devaneio, constrangido suspirou se afastando.

- "Queria tanto ser como meu irmão descontraído e extrovertido, ele saberia o que dizer e fazer para que ela não se sentisse assim, constrangida e envergonhada". - Pensou triste, então se recordou da primeira vez que falara com ela, e uma luz se acendeu em sua mente. - Tudo bem, não precisa se desculpar. - Respondeu gentilmente tirando o cabelo do rosto dela com um meio sorriso. - Apesar de voláteis nós homens também somos capazes de ser prestativos. - Disse risonho, ela ficou corada.

- Meu Deus! Sério que você se lembra disso? - Perguntou corada, apesar do sorriso tímido que aflorou em seus lábios.

- Com certeza! - Respondeu sorrindo, ela ficava ainda mais linda corada. - Eu me lembro de todos os acontecimentos daquela noite, inclusive de uma enfermeira solidária que me fez lembrar da minha própria insignificância e da Magnificência de Deus, do quanto Ele é Soberano em nossas vidas.

Samara sentiu o coração aquecer e contrariando sua vontade, seu rosto assumiu uma tonalidade escarlate sentindo-o arder ela abaixou a cabeça extremamente constrangida, aquela noite havia sido peculiar em muitos aspectos.

- Eu não sei o que deu em mim naquela noite, você deve ter pensado que eu era louca. - Disse tímida. Ele levantou seu queixo olhando em seus olhos negros e brilhantes.

- Jamais me passou algo nem parecido pela cabeça! - Disse sorrindo fazendo com que o coração dela derretesse e acelerasse. - Você estava certa eu vi o Agir de Deus naquela clínica e estava duvidando de que Ele tinha o melhor guardado para mim e minha família, obrigada.

Respirando profundamente ela concentrou-se no que a levara a se jogar nos braços dele daquela maneira tão absurda, mais uma vez agindo totalmente ao contrário de sua personalidade retraída e tímida, por algum motivo alheio à sua vontade ela não agia normalmente quando ele estava por perto.

No ambiente de trabalho ela era audaciosa e confiante, não dava espaço para as pessoas pisarem nela, amava o que fazia e dava o seu melhor, mas na vida pessoal, ainda era aquela menina assustada deixada sozinha na floresta, mas a maneira como ele a olhava dava-lhe uma segurança que ela não compreendia.

- Você tem alguns minutos para conversar comigo? - Perguntou deixando os devaneios para quando estivesse sozinha em casa. - Imagino que deva estar ocupado, mas eu gostaria de compartilhar algo contigo. - Disse o encarando. - Imagino que talvez você não pense que eu seja louca, mas um tanto desequilibrada com certeza. - Concluiu tímida olhando para os lados. - As pessoas estão nos encarando. - Retrucou encabulada.

Ele engoliu seco, não por que as pessoas os estavam observando, mas porque imaginava o que ela queria falar com ele e não gostaria de mentir-lhe e também não queria lhe dizer a verdade ainda.

Sentiu-se encurralado sem saber o que fazer. Iria dizer o que a ela? Fingir que não sabia do que ela estava falando? Aliviado ouviu a porta abrir-se e Eric e Isabella saírem.

- Oi Rafa. - Cumprimentou Eric alegremente.

- Oi. - Respondeu dividido entre o desejo de continuar tão perto dela e o de que Eric a levasse para longe.

- Vamos Samara! - Chamou Isabella.

- Bem, eu... - Confusa ela passou a mão pela cabeça olhando-os sentindo-se desolada.

- Podemos conversar outra hora? - Perguntou Rafael mais uma vez dividido, agora entre o desejo de voltar a abraça-la e conforta-la e o de se manter firme em seu propósito de mantê-la longe para sua própria segurança.

- Tudo bem, falamos depois. - Concordou ressentida.

Os três saíram, ela olhando para trás e ele parado olhando-a sair, sentindo o ar queimar e não oxigenar seu coração, por dentro gritava para ela voltar, para que ele pudesse dizer a ela que a compreendia e estaria ali para ajuda-la em qualquer situação, que ele sabia exatamente como era a dor que ela estava sentindo.

- O que aconteceu? Vai ficar aí parado como quem viu um fantasma? - Perguntou Isaac sorrindo, interrompendo seu momento sonhador.

- Engraçadinho! - Disse Rafael fazendo careta. - Parece-me que ela ficou mal com as novidades. - Afirmou entrando no escritório de Isabella.

- Ela não se importou muito com a confirmação de que o Rei das Pedras Preciosas seja mesmo o pai dela, mas saber que tem um irmão e que ele foi feito de cobaia, isso sim a afetou profundamente. - Disse sentando ao lado da noiva.

- E se estivermos sendo precipitados? Se ele não for filho do Albert ou talvez ela não seja. - Resmungou inquieto.

- Rafael, eu sei que você quer protegê-la, mas as evidências são demais. - Assegurou Isaac.

- Meu filho, por que você não deixa essa bobagem de esconder dela que está infiltrado e diz que também está investigando o caso dela? - Perguntou o pastor. - Seria mais fácil para você protegê-la.

- Sinceramente eu não sei. - Respondeu confuso.

- Eu acho que você quer que ela goste de você por você, e não por ter ajudado a ela, ou por tê-la salvo. - Disse Natalia tranquilamente.

- Como minha noiva é brilhante! - Orgulhou-se Isaac a beijando, Rafael revirou os olhos.

- Podemos falar sobre coisas realmente importantes? - Perguntou sério.

- Coisas importantes de que tipo? Do tipo que a Samara quer conhecer o irmão? - Perguntou Isaac sério.

- O quê? - Perguntou encarando os dois casais presentes. - Espero sinceramente que vocês tenham tirado isso da cabeça dela. - Disse exasperado.

- Na verdade eu gostei da ideia... - Começou Rebeca.

- Justamente a senhora dona Rebeca? E eu pensando que a senhora era a única sensata nessa equipe! - Resmungou de olhos arregalados, a esposa do pastor apenas sorriu o encarando, timidamente ele abaixou a cabeça.

- Rafael acalme-se, - iniciou Isaac - a semelhança entre eles é óbvia podemos falar naturalmente sobre isso e por que não falaríamos? Para todos os efeitos não sabemos que há algo de suspeito nessa semelhança, por que saberíamos? Até onde nós sabemos é apenas uma coincidência, entendeu?

Nervoso passou a mão na cabeça, já pensara sobre isso se caso ficassem muito perto do rapaz em alguma situação, suspeito seria se nunca comentassem sobre tal semelhança, mas jamais levar Samara até ele, não antes de conhecer a verdadeira história por trás do garoto.

- Ok, essa parte eu entendo. Mais não a parte de leva-la até ele, ela não vai por os pés naquele bar. - Disse decidido.

- Não, claro que não! Jamais a levaremos lá, encontraremos outra situação em que os dois possam se encontrar acidentalmente. - Disse o pastor rapidamente.

- Até o senhor pastor! Essa ideia é péssima! - Resmungou em pânico.

- Tão péssimo quanto à ideia de você enfurnado na toca do lobo, vocês dois alias! - Retrucou Rebeca apontando também Isaac. - Vamos fazer assim, nós vamos a São Paulo, então você assume essa parte, para que o assunto da semelhança venha à tona vocês terão que encontra-lo de modo que possam analisar as feições dele sem que levante suspeita de que vocês o espionaram.

- Querida onde você aprendeu essas técnicas investigativas? - Perguntou o pastor orgulhoso.

- Lendo Sherlock Holmes. - Respondeu sorrindo. - Enquanto vocês saiam para investigações da vida real, eu mergulhava nas investigações do faz de conta.

- Amor, era para você responder que aprendeu com o seu varão valoroso investigador. - Disse ele fazendo bico.

- Oh, meu amor! Mais como eu posso aprender alguma coisa com vocês? Vocês estão sempre se colocando em roubadas! - Disse beijando sua bochecha. - Nem sei o que seria de mim ou de vocês se não fosse Deus a livra-los. - Concluiu sorrindo.

- Se não fosse Deus à nossa frente você acha mesmo que eu estaria nessa ou deixaria nossa filha embarcar nessa viagem investigativa? - Perguntou sorrindo. - Deus está no controle Rafael, se esqueceu daquela noite na clínica?

- Não senhor. - Respondeu corado, ao se recordar exatamente da mão de Samara em seu ombro naquela noite. - "E se ela for para mim também uma bênção de Deus daquela noite". - Pensou tímido.

- E então, você consegue lidar com os irmãos 'Snow'? - Perguntou Isaac.

- Ok, se acontecer essa oportunidade, veremos se seja viável ela conhecer o irmão, sem que ela conte a verdade. – Respondeu desanimado.

- Ela sabe que não poderá contar a verdade a ele. - Disse Rebeca feliz.

- Ok! E quem vai à clínica conversar com meu irmão?

- O Eric, ele vai logo que o dia amanhecer. - Respondeu Isaac. - É o que menos levantará suspeita.

- Sinceramente, eu não sei se o Thiago ficar sabendo que tem um infiltrado na clínica é uma boa ideia. - Disse Natalia preocupada. - Afinal ele está fazendo tratamento e ainda está muito vulnerável.

- Não, - começou Rafael sacudindo a cabeça - é melhor ele saber. Meu irmão é esperto ele saberá usar essa informação a seu favor.

- Eu só não entendo uma coisa, afinal de contas atrás do que exatamente essa gente está? O Alan e a Luna garantem que já disseram tudo o que sabem à polícia, o Thiago com certeza não se recorda de praticamente nada, o que eles querem? - Perguntou Rebeca preocupada, Rafael e Isaac trocaram olhares cúmplices.

- Vocês dois estão nos escondendo alguma coisa. - Disse o pastor convicto olhando de um para o outro.

- Eu não estou escondendo nada, mas eu acredito que existe muito mais do que um médico louco querendo fazer experiências com jovens frágeis, indefesos e vulneráveis. - Disse Isaac sério.

- O meu pai pediu para você ficar longe disso. - Lembrou Natália apertando sua mão.

- Eu sei meu amor e vou ficar longe, o que só me faz desconfiar ainda mais de tudo isso, no entanto se alguma coisa cair sobre o meu colo eu não posso simplesmente ignorar. - Disse carinhosamente.

- Você acredita que o dono da barraquinha de cachorros-quentes sabe quem estava por trás do Olavo. - Comentou o pastor naturalmente olhando nos olhos de Isaac, o jornalista apenas sorriu.

- Pessoal, o foco no momento é o assassino que está atrás da Samara. - Lembrou Rafael.

Ele prometera ao delegado que faria o possível para ninguém chegar ao 'Chefe'; não que ele acreditasse que isso fosse de fato dar certo, pelo que ele conhecera dos filhos do delegado e do casal de pastores, eles eram muito mais espertos do que o delegado gostaria de admitir.

- Você tem razão. - Começou Isaac. - Nós vamos focar na nossa viagem para São Paulo por enquanto, quem sabe nós descobrimos mais coisas nessa viagem do que estejamos esperando! - Concluiu eufórico.

- Estou ansiosa para essa viagem. - Disse Rebeca empolgada.

Minutos depois se despediram. Rafael foi o primeiro a sair na noite fria. Encostou a cabeça no volante recordando-se da sensação de tê-la em seus braços, um calafrio agradável percorreu seu corpo.

Assustou-se com uma batida na porta do carona, arregalou os olhos reconhecendo Bernardo. Suspirou profundamente, sem saber o que fazer. Pegou a arma e abriu o vidro.

- Rápido me deixa entrar. - Disse freneticamente.

- Quem é você? O que você quer? - Perguntou fingindo-se desentendimento, afinal era a primeira vez que de fato via o garoto.

- Logo eles perceberão que eu saí, abri a porta, por favor! - Pediu exasperado, suspirando ele abriu a porta.

- Dirige para qualquer lugar que não seja o bar do Evil nem a sua casa. - Pediu abaixando se escondendo.

- Ok! Se você prefere assim. - Disse dirigindo. - Eu sou...

- Eu sei quem você é Rafael. - Sussurrou. Rafael sorriu.

- Pode se levantar, não tem ninguém nos seguindo.

- Tem certeza?

- Sim.

O garoto levantou assustado olhando para os lados e para trás.

- Por que você está com tanto medo? - Perguntou interessado. O garoto o encarou por alguns instantes, então sacudiu a cabeça olhando os lados novamente.

- Para onde estamos indo? - Perguntou assustado.

- Você disse para eu não ir para a minha casa, confie em mim, você está seguro.

- Eu sou o Bernardo. - Disse olhando para fora. - Conheci o seu irmão, ele dizia que tinha um irmão gêmeo e eu não acreditei nele, acho estranho ter alguém por aí com a sua cara.

Rafael sorriu, se ele achava estranho ter alguém que tinha a sua cara sendo gêmeo imagina o que ele pensaria de alguém tão parecido com ele sem ser gêmeo, olhou para ele e grandes olhos azuis o encaravam, a grande diferença entre ele e Samara, mas o formato dos olhos e até o olhar eram iguais, sentiu estranhamente uma afeição gratuita pelo garoto ao seu lado e uma necessidade de protegê-lo, franziu o cenho intrigado.

- Como você conheceu meu irmão? - Perguntou parando o carro.

- Que lugar é esse? - Perguntou olhando a mansão à frente.

- A casa do delegado. - O garoto arregalou os olhos. - Não se preocupe que ninguém ouvirá a nossa conversa ou saberá que estivemos aqui.

- O Evil tem alguns policiais na folha de pagamento dele, você e o delegado é um desses policiais? - Perguntou o encarando.

- Você tem medo do Evil? – Perguntou intrigado.

- Não. Mas ele tem medo do eu posso falar, e isso sim é perigoso, o Evil é um homem perigoso quando se vê encurralado. E então vocês estão na folha de pagamento do Evil? – Tornou a perguntar sério.

Rafael suspirou, não fazia ideia se poderia ou não confiar naquele garoto, infelizmente tarde demais percebera que caíra em uma armadilha, poderia continuar fingindo que acreditava na inocência de Evil, mas levantaria suspeita se o garoto comentasse com ele sobre essa conversa.

- Vamos! - Disse abrindo a porta.

- Você não respondeu a minha pergunta.

- O que você acha? - Perguntou encarando-o.

- Não. Eu imagino que vocês não estejam na folha do Evil ou do Stranger, o que só me deixa mais curioso sobre o que você esteja tentando fazer.

- Vem comigo, não seremos incomodados. – Respondeu ignorando o comentário do garoto.

Ambos saíram do carro, o garoto jogou o capuz da jaqueta na cabeça, colocou as mãos nos bolsos aguardou em silêncio enquanto Rafael falava pelo interfone, o clique do portão sendo aberto o fez se esconder atrás de Rafael.

- Delegado! Boa noite. Desculpe-me pelo incômodo, mas ele queria falar comigo em um lugar seguro.

- Você é? - Perguntou o delegado desconfiado.

- Sou Bernardo. Preciso de ajuda. - Respondeu encarando o delegado firme.

- Pode usar meu escritório, qualquer coisa me chama estarei na sala. - Disse encarando os dois, Rafael assentiu.

- E então? O que exatamente você quer comigo? - Perguntou fechando a porta, e se virando para ele.

- Eu imagino que você esteja enganando o Evil. - Disse olhando-o nos olhos.

- Se você pensa assim, por que está aqui? - Perguntou defensivo.

- Por que quero saber se estou certo ou se estou apenas imaginando coisas.

- O que te faz pensar que o estou enganando?

- O homem de quem o Thiago tanto falava jamais se aliaria a alguém como o Evil. - Disse sóbrio em nada lembrando o garoto inseguro que entrara em seu carro, Rafael franziu o cenho.

- Ok, Bernardo! Pode falar, estou te ouvindo. - Ele sorriu e o coração de Rafael acelerou, era o mesmo sorriso de Samara, qualquer esperança de que pudesse priva-la de sofrer pelo que o irmão sofrera nas mãos do pai de ambos dissipou-se naquele momento.

Continua...

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