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10 - As agressões de cada um.

Rafael mal abriu a porta do apartamento Beatriz veio correndo pular nos braços do tio.

- Meu titio favorito! – Disse ela sorrindo.

- Claro! Eu sou seu único tio. – Disse beijando-a e fazendo cócegas.

- Ainda que eu tivesse um milhão de tio, você ainda era o meu favorito. – Respondeu rindo das cócegas.

- Oi meu filho. – Disse a mãe o abraçando. – E aí como estão todos?

- Graças a Deus está todo mundo bem, foi mesmo só um susto. – Sofia encostada na parede observava a família, sorriu quando o cunhado levantou o olhar e a encarou.

- Todos estão bem? – Perguntou ela.

- Graças a Deus sim.

- E a enfermeira, como ela está? – Perguntou a mãe. – A Micaela é encantada com essa moça, eu particularmente acho que ela seja um pouco lenta.

- Minha sogra não fale assim, ela me ajudou muito com o Thiago. – Lembrou Sofia. – Tem certeza que ela era o alvo? Ela me parece tão tranquila e na dela.

- Ela está nervosa e talvez com um pouco de medo, infelizmente era ela sim o alvo. – Respondeu com um aperto no coração depois do almoço quando saíra da cozinha com o delegado ela já havia ido embora com o Eric e a Isabella. – Vocês vão sair? – Perguntou olhando a beca das moças.

- Sim. Vamos levar Beatriz para distrair um pouco, aproveitar que eu consegui uma tarde de folga e Sofia está em casa. – Respondeu Eugênia.

- A Bia está agitada hoje, disse que sonhou com o pai e no sonho ela podia vê-lo e quando ela acordou, ele ainda não havia chegado. – Disse Sofia passando a mão na cabeça da filha.

- Eu só vejo meu pai nos sonhos, isso não é justo. – Reclamou Beatriz.

- Tem razão meu amor, não é justo. Mais veja o lado bom, quando ele voltar dessa viagem, ele não vai mais viajar sem você e sua mãe. – Disse Rafael apertando-a em um abraço.

- Tio, dessa vez meu pai está viajando de verdade? - Ele a encarou pesarosamente, haviam feito o possível para que ela não percebesse que havia algo de errado com o pai, mas ela era esperta demais.

- Sim minha princesa, ele está viajando para poder cuidar melhor de você e sua mãe.

- Princesa vem na mamãe, deixa o titio descansar. – A menina estendeu os braços para a mãe, voltando-se para o tio novamente.

- Tio, você tem dinheiro para eu comprar um presentinho para a tia Rebeca?

- Ah, entendi agora por que eu sou o favorito! – Disse entregando-a a cunhada. – O que você quer comprar para a tia Rebeca?

- Uma caixa de bombom.

- Certo! – Disse sorrindo dando o dinheiro a ela.

- Não precisa Rafael. – Disse Sofia.

- Se eu não puder socorrer minha sobrinha nestes momentos de crise, como manterei meu titulo de tio favorito! – Disse piscando para ela, ela gargalhou nos braços da mãe.

A solidão o atacou de cheio quando elas saíram, ouviu a risada do pai e o coração acelerou.

- "Quando que esse fantasma vai parar de me atormentar?" – Pensou desolado encarando sua miragem.

- Acredita mesmo que seja um herói? Veja só você com a família, todo cuidadoso e protetor, queria ver se eu ainda fosse vivo se você teria toda essa coragem. – Disse gargalhando. – Só a Micaela que não compra essa posse de bom filho, irmão e tio.

Rafael o ignorou e entrou no quarto, tomou banho e jogou-se na cama, enquanto isso a miragem do pai o atormentava, começou a ter alucinação com o pai logo depois da morte do pai, na primeira vez que o viu, ele ficou apavorado de medo, antes só acontecia à noite e ainda que tenha percebido que a imagem do pai era fruto da sua imaginação, demorou muito para ele agir naturalmente com aquela alucinação o perseguindo para todo canto, tentou consultar um psicólogo, mas não deu muito certo.

Fechou os olhos apenas o ouvindo, apesar de se irritar profundamente por não conseguir se livrar daquele encosto, já não se incomodava tanto quanto antes, levou os pensamentos para longe.

🍎🍎🍎

Eu fiquei feliz com a morte do meu pai, que Deus me perdoe, mais eu fiquei imensamente feliz. No velório precisei me concentrar para não sorrir olhando para a cara dele morta dentro do caixão, inocentemente eu acreditava que meus irmãos iriam voltar para casa e tudo ficaria bem, mas nada disso aconteceu pelo menos não como eu pensei que seria.

Estranhamente minha mãe sentia falta do meu pai, não sei explicar foram tantos anos vivendo aquela vida miserável que acredito que ela não sabia como viver diferente, eu ainda era um ser invisível dentro de casa.

- Deus, quando que meus irmãos voltarão para casa? Meu pai já morreu, ele não vai mais maltrata-los. – Eu conversava certa noite com Deus antes de dormir.

Eu sabia que era complicado, não sabíamos do paradeiro de Micaela, Thiago tinha a Sofia, mas para Deus nada é impossível, acreditava verdadeiramente que um dia teria minha família de volta, meu pai era o único responsável por todos os nossos problemas e graças a Deus estava morto, eu olhava para o teto e pensava sobre isso, sinceramente só faltavam meus irmãos para eu ser feliz, minha mãe não se importava comigo, mas eu também não me importava com isso.

- Tem certeza disso? – Ouvi a voz do meu pai e olhei rápido na direção da voz e, lá estava ele me olhando vivinho da silva, eu gritei alto e minha mãe veio correndo.

- O que foi menino? Viu fantasma? – Ela perguntou com aquela voz de quem na verdade não se importa muito, sem conseguir falar mostrei para a poltrona onde ele ria para mim, ela olhou naquela direção e se virou irritada. – Qual o seu problema Rafael, você acha que os meus problemas já são poucos para que você fique aqui criando mais problemas, diga logo o que aconteceu? Eu preciso dormir amanhã eu acordo cedo.

- O pai. – Gritei apontando para a poltrona, não era possível que ela não estivesse vendo ou ouvindo sua gargalhada monstruosa, deitei-me cobrindo a cabeça.

Ela saiu pisando duro falando coisas que eu não compreendia se de medo ou por causa do cobertor na cabeça eu não sei.

- Você acredita mesmo que sou o responsável pelos seus dissabores? Por ter ficado sozinho aqui com a louca da sua mãe? – Perguntava o meu pai.

- Não chame a minha mãe de louca. - Sussurrei apavorado, ele gargalhou.

- Mais é você que acha que ela seja louca, não sou eu! – Disse com desdém.

- Some daqui, você está morto, você está morto! – Gritei a plenos pulmões, minha mãe voltou ainda mais irritada.

- Pelo amor de Deus Rafael, olha o seu tamanho, para de agir como criança chamando atenção! Como você quer ser levado a sério se fica agindo feito uma criança mimada e cheia de vontades? – Perguntou minha mãe me puxando para fora da cama, mas ela conseguiu apenas puxar meu braço. – E pare de se comportar dessa maneira desprezível, seu irmão não volta para casa de vergonha por ser gêmeo de um garoto que se comporta como se tivesse cinco anos! – Ela saiu batendo a porta.

- A sua mãe sempre foi uma grande mulher, eu queria muito saber de quem você roubou essa covardia toda, seus irmãos me enfrentariam de igual para igual.

- Os meus irmãos não são iguais ao senhor. Some daqui o senhor está morto. O senhor está morto. – Eu repetia enquanto ele gargalhava.

- Não na sua cabeça. Quer saber o que é pior? Eu preferiria está na cabeça dos meus filhos, eles sim, são meus filhos, se você não fosse tão parecido com o Thiago eu ia dizer que você foi roubado na maternidade e colocado junto com meu filho dizendo que são gêmeos. - Disse entredentes.

- Eu não entendi. - Falei soluçando saindo debaixo do cobertor.

- Além de covarde é sonso. Estou dizendo que a Micaela e o Thiago não levam desaforo para casa, enquanto que você não faz nada para defender a si mesmo ou a qualquer outra pessoa. Seus irmãos são como eu, já você é um fraco que qualquer coisinha corre e se esconde debaixo do travesseiro.

Não dormi naquela noite, levantei-me assustado, pálido e cansado. Algumas crianças tinham amigos imaginários eu tenho um inimigo imaginário que me acompanha para onde vou, o último psicólogo que consultei me disse que a miragem do meu pai nada mais era que minha consciência. E depois disso decidi viver com ele e deixar os psicólogos de lado. Algumas vezes eu o ignorava, em outras brigava como se de fato ele estivesse vivo ou apenas o ouvia. Aprendi a não discutir com ele em público ou ficar encarando-o.

🍎🍎🍎

Assustou-se com a campainha, olhou pelo quarto nem sinal de Samuel. A pessoa estava com pressa pela insistência que tocava a campainha.

- Não sou surdo! - Exclamou abrindo a porta.

- Mais parece pelo tempo que estou tocando essa abençoada campainha. - Resmungou a mulher à sua frente.

- Mica! - Disse nervoso.

- Oi Rafa. Vai me deixar entrar ou não? - Perguntou erguendo os braços, ele afastou dando-lhe passagem.

- A mamãe e a Sofia saíram. – Disse grogue.

- Eu sei. Foi ideia minha e da Sofia elas saírem um pouco, não queria conversar contigo com a mamãe por perto, depois que assumiu o modo operante MÃE, ela está muito protetora, não quero ela defendendo a mim ou a você.

- Você veio aqui falar comigo? - Perguntou empolgado.

- Você é mesmo lento assim ou se faz? - Era para ser uma afronta mais soou como uma piada e, os dois sorriram. - Sim. Podemos conversar?

- Por favor! - Ele indicou o sofá. Ela mostrou-lhe a sacola que carregava, ele a encarou confuso.

- A Sofia imaginou que você fosse dormir e não teria preparado o jantar, elas vão jantar fora. - Comeu alguma coisa depois do almoço? - Ele negou. - Foi o que pensei, onde fica a cozinha? - Ele indicou o caminho e a seguiu.

- Eu não imaginei que fosse tão tarde! – Disse passando as mãos nos cabelos revoltos.

- Olha o que eu trouxe para você tomar café amanhã? – Perguntou mostrando uma das embalagens com pão de queijo.

Ele mordeu a língua de vontade de perguntar se havia sido ela a fazer, ele se recordava das poucas vezes em que o pai estava sumido e ela e a mãe faziam pão de queijo para eles, ele amava aqueles momentos. Emocionado pegou a embalagem de sua mão.

- Você ainda gosta de pão de queijo, não gosta? - Perguntou insegura.

- Sim. - Respondeu sorrindo. - Foi você que fez?

- Ainda bem. - Sussurrou aliviada. - Sim fui que fiz. - Disse sorrindo.

- É a primeira vez que minha irmã vem me visitar, obrigado por me trazer o jantar, mas eu quero servi-la. - Ele tirou a comida das embalagens e serviu aos dois, ela sorriu.

- Obrigada. – Agradeceu e Rafael a encarou feliz.

- "A felicidade é um negócio estranho, em um momento você está prostrado em sua cama deprimido pensando que sua vida é só lamentação e, no momento seguinte você está feliz da vida comendo uma refeição caseira com sua irmã amada". - Pensou sorrindo.

- O que é tão engraçado? – Perguntou franzindo a testa.

- Antes de você chegar eu estava cheio de pena de mim mesmo, agora estou aqui ansioso pelo que você tem para me falar e, apesar de saber que você pode me escorraçar e nunca me perdoar, estou feliz por que lembrastes de que eu gosto de pão de queijo e trouxe para mim. - Disse humildemente.

Ela o encarou seriamente, contrariado temendo ter dito algo de errado, ele manteve o olhar firme nela, sacudindo a cabeça ela abaixou o olhar para seu prato.

- Eu pensei que nunca conseguiria perdoar a mamãe, no entanto depois de uma conversa sincera eu não só a perdoei como consigo compreendê-la. Ainda é difícil aceitar tudo o que nos aconteceu por ela ser submissa de uma maneira errada e, totalmente dependente do Samuel, mas eu compreendo que ela e eu somos mulheres diferentes, que pensamos e agimos de maneira única.

- E onde eu entro nisso? - Perguntou esperançoso.

- Eu quero ter uma conversa sincera contigo. - Respondeu o encarando. - Por que você sempre se escondia?

- Por medo e, também, por que eu não via nada de diferente com as atitudes de vocês, nada mudava de fato. - Sussurrou, ela rosnou e ele sorriu. - Você e o Thiago brigavam tanto quanto o Samuel. - Neste momento a miragem dele apareceu ao lado dela. - Eu sei que vocês defendiam um ao outro e algumas vezes defenderam a mamãe também, mas ele se alimentava da fúria de vocês dois e continuava a fazer as mesmas coisas, ele achava interessante a reação de vocês.

- As coisas não mudavam mesmo você era sempre poupado graças a nossa interferência. O filhinho de mamãe nunca apanhava ou sofria retaliações.

- É assim que você se lembra daqueles dias? - Perguntou tenso.

- Não é assim que eu me lembro, foi assim que aconteceu.

- O que você acha que acontecia comigo todas as vezes que vocês o enfrentavam e, saíam me deixando lá sozinho com ele? - Perguntou com lágrimas nos olhos. - "Não chore, você agora é um homem, adulto e dono de sua vida". - Pensou triste engolindo o choro.

- O que acontecia? O papai quebrava os brinquedinhos do filhinho que nunca dava trabalho? - Perguntou furiosa.

- Como eu disse, eu tinha muito medo dele e, talvez você tenha razão e de fato eu ficasse quieto para que não sofrer retaliações, mas descobri que as retaliações viriam de qualquer jeito.

- Rafael, do que você está falando? Eu nunca vi o Samuel te dar uma surra. - Ele olhou para o pai sorridente ao lado da irmã.

- Óbvio que não, você e o Thiago nunca estavam lá, como eu disse ele amava a maneira que vocês o enfrentavam, ele achava que vocês eram iguais a ele. – Uma lágrima solitária escorreu por seu rosto e, uma memória invadiu sua mente com força.

🍎🍎🍎

Eu estava escondido atrás da porta da cozinha, ele havia batido bastante em Micaela e a mãe estava no quarto cuidando dos ferimentos dela, Thiago não estava em casa. Gritei assustado quando ele puxou-me pelo braço tampando minha boca.

- Seus irmãos acham que são fortes ao me enfrentarem, mal sabe eles o quanto eu fico orgulhoso do comportamento deles, claro que na hora eles me tiram do sério e, o mais provável é que um dia desses, eu mato um deles ou um deles me mata. Agora você, - ele me olhou de cima a baixo enojado - você não passa de um verme covarde. - Bateu minha cabeça na parede com tanta força que tudo ficou escuro. Foi a primeira vez que ele me agrediu.

🍎🍎🍎

- Do que você está falando? – Perguntou confusa. – Ele sempre nos batia e você ficava ileso escondido em algum lugar.

- Vocês também sempre estavam escondidos em algum lugar quando eu precisava. Vocês sempre defenderam a mamãe, nenhum dos dois nunca me defendeu dele, nunca estavam por perto e, quando vocês sumiram de vez, as coisas só pioraram. Eu sinto muito por todas as vezes que vocês o enfrentaram, mas em uma coisa vocês estavam certos, eu era covarde demais para enfrenta-lo, principalmente por que eu realmente não acreditava que fosse melhorar as coisas.

Continua...

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