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09 - Os tijolos soltos de cada um.

Na escala daquela semana Samara trabalharia naquela noite, mas devido à noite conturbada e acordada, o hospital a liberara e só voltaria no dia seguinte à noite, aproveitara aquela tarde para descansar e tentar dormir, fora o que pensara depois que Eric e Isabella a deixaram em casa, mas não conseguiu sempre que fechava os olhos ouvia o som dos tiros, sentou-se na poltrona que havia debaixo da janela da sala e ficou olhando o movimento lá fora, não sabe em que momento adormeceu.

Acordou assustada com a campainha tocando freneticamente, por algum tempo ficou pensando se abria a porta ou não, mas fosse quem fosse não tinha nada a esconder apertando a campainha daquele jeito os vizinhos já deveriam ter aparecido para ver o que estava acontecendo, levantou-se desanimada.

- Mãe! – Surpreendeu-se ao encontrar Rosa na porta, a senhora passou por ela adentrando com algumas sacolas.

- Eu trouxe o seu jantar, tenho certeza que você não preparou nada. – Disse entrando na cozinha. - Deveria ter ido com o Eric para casa, depois do que houve não é bom você ficar sozinha.

- Obrigada! – Disse seguindo-a. Rosa tirava vários potes de comida das sacolas. – Mãe para que toda essa comida? Não sei se percebeu mais eu sou uma mulher sozinha.

- Por isso mesmo, se houvesse mais uma pessoa nesse apartamento você não ficaria com preguiça de cozinhar, além disso, você está muito magrinha precisa se alimentar melhor! – Respondeu puxando em seu braço para se sentar.

- Eu não imaginava que já fosse tão tarde, eu combinei com o Eric de encontra-los na confeitaria Ana a noite.

- Coma, e depois se você quiser pode ir encontra-los, não adianta nada falar para vocês deixarem esse negocio de investigação para lá.

Rosa colocou um prato colorido em sua frente, o cheiro da comida fez sua barriga roncar, saboreou com antecedência, sentira falta daquele cuidado e, sentiu saudade de quando era menina e a bondosa mulher a fazia comer sempre que ficava triste e deprimida. Emocionada começou a comer, como imaginara estava deliciosa.

- Está uma delicia, a sua comida ainda tem o mesmo gosto. – Disse sorrindo, Rosa sentou de frente para ela. – Não foi só a comida que te trouxe aqui. – Disse sentindo um gosto amargo na boca e, sabia que não tinha nada haver com a comida.

- Por que quando nos reencontramos você fingiu que não sabia sobre o meu envolvimento com a sua partida e, que eu sabia o motivo de você não poder voltar? - Perguntou encarando-a, algo em seu olhar deixou Samara inquieta e nervosa.

- Não sei exatamente, eu apenas pensei que a senhora tinha seus motivos para esconder isso. – Respondeu perdendo o apetite que adquirira com o cheiro da comida. - As cartas deixa bem claro que todos tinham motivos para mentir para mim.

- Por que não me procurou logo que chegou? A verdade. Não me venha com essa conversa de 'tudo estava muito tumultuado'. - Samara afastou o prato.

- Por que eu não tinha nenhuma intenção de ir atrás de nada disso, eu havia descoberto que a senhora não sabia onde eu estava, mas sabia com quem eu fui e em que circunstâncias me levaram, não sabia o que lhe dizer. Com o passar do tempo percebi que eu sentia mais saudades que ressentimento, além do mais não sei o que a senhora poderia ter feito de diferente além do que fez que fora salvar minha vida.

- Então por que mostrou aquela carta ao Eric? Por que não me procurou antes de procura-lo? Todos vocês sempre tiveram ciúmes do meu cuidado para com ele.

- Perdoe-me eu não pensei nisso. – Disse quase chorando, essa cidade trazia sentimentos que ela queria esquecer. - A senhora não está insinuando que eu quero coloca-lo contra a senhora, está? - Perguntou horrorizada.

Eric sempre fora o preferido de Rosa, todas as crianças sabiam disso e verdade que muitas delas se sentiam enciumadas, mas não era seu caso, ele também era o seu preferido, ela sonhava que em um mundo ideal eles eram uma família, onde a Rosa era a mãe e eles dois irmãos.

- Você não pensou mesmo ou fez de proposito? – Perguntou Rosa mais calma, quando o assunto era o Eric ela sempre perdia a noção das coisas.

- Eu jamais faria qualquer coisa que pudesse prejudicar seu relacionamento com o Eric.

- Eu fiquei tão envergonhada que me deixou um pouco irritada. Eu não conheço você não sei o tipo de moça que você se tornou. - Lamentou.

- Eu entendo. Eu deveria ter selecionado as cartas antes de leva-las ao Eric.

- Perdoe-me se fui grossa contigo. Eu também deveria ter te procurado e conversado sobre o que houve, mas a Rosalina havia me prometido que você jamais ficaria sabendo a verdade.

- E jamais saberia se não fossem as cartas.

- Não entendo por que ela te entregou as cartas.

- Na verdade ela não me entregou. - Disse se mexendo na cadeira. - Eu aa peguei depois que ela morreu.

- Como assim? - Perguntou Rosa interessada.

- A doença a maltratou muito e, o tratamento ainda mais, - disse com o olhar distante, - eu vou te contar como eu soube sobre as cartas.

🍎🍎🍎

Naquele dia ela estava pior que os outros, já havíamos feito várias sessões de quimioterapia, mas nenhuma havia deixado ela naquele estado lastimável, ela não falava coisa com coisa, preocupada eu passei todo o dia ao seu lado.

- Minha filha vai cuidar das suas coisas, eu estou bem. - Dissera ela com a voz fraca.

- Não vou a lugar nenhum, já avisei no hospital.

- Mais minha filha! - Sussurrou fraco.

- Sem mais nem menos. - Retruquei decidida.

- Você precisa se cuidar, eu não vou viver muito. - Disse tossindo. - Samara você precisa encontrar alguém que te proteja.

- Não se preocupe com nada disso, eu não preciso de alguém cuidando de mim, a senhora ensinou muito bem a me cuidar. – Falei tentando passar uma tranquilidade que eu não sentia.

- Samara prometa-me que aconteça o que acontecer você jamais voltará para Granville. – Disse de repente puxando meu braço, os olhos esbugalhados.

- Rosalina! – Exclamei desesperada.

Definitivamente ela não estava bem. Não por ficar me pedindo para nunca voltar à Granville, mas por que ela nunca implorava por nada e, pela primeira vez eu a vi chorando. Ela me abraçou apertado e, aos poucos foi se acalmando.

- Se um dia você lesse aquelas cartas, você compreenderia e me daria razão. – Disse soluçando.

- Quais cartas? – Perguntei afastando-a, mas ela havia adormecido.

Deixei-a no sofá a cobri e adentrei em seu quarto, lugar proibido para mim, até ela adoecer e precisar dos meus cuidados mais do que ela gostaria.

Nunca entendi porque a entrada era proibida, não havia nada demais naquele quarto, pelo menos eu pensava até aquela manhã. Revirei tudo e não encontrei nada das cartas.

Rosalina dormiu o resto do dia, acordou melhor e sóbria para minha tristeza, não que quisesse que minha mãe adotiva ficasse naquele estado lamentável, mas se eu queria descobrir de que cartas ela falava, eu precisava da inconstância dela.

- A senhora está bem? – Perguntei por educação, ela estava visivelmente bem.

- Graças a Deus. Obrigada minha querida por ter ficado o dia comigo, apesar de eu ter dormido o dia todo. – Respondeu ajudando-a a por a mesa do jantar.

- Mãe... – Comecei de maneira errada.

- O que aconteceu? Você só me chama de mãe quando quer alguma coisa. – Resmungou desconfiada.

- "Obviamente que os sentidos dela estão ótimos" - Pensei desanimada. – E na verdade eu quero mesmo alguma coisa, quero que a senhora me deixe cuidar da senhora, - ela fungou – sejamos práticas a cada nova sessão a senhora está pior, ainda que eu seja uma ingrata e nunca tenha sido a filha que a senhora sonhou eu sou sua filha e quero estar aqui neste momento, por favor!

Finalmente eu percebi algo que até aquele momento eu nunca tinha me dado conta, ela de fato era minha única família, passei os últimos anos a torturando por ter me adotado e me tirado do orfanato, lugar que eu me sentia segura e protegida. Na minha cabeça oca Rosa deveria ser minha mãe e, os garotos meus irmãos.

- Mãe, perdoe-me por todas as asneiras que eu te disse e toda a dor que eu te causei nesses anos todos. – Falei sinceramente, ela me abraçou e me senti confortada e amada.

- Eu sei meu amor que as coisas não foram fáceis para você, se ao menos você tivesse a lembrança dos seus primeiros oito anos de vida, talvez fosse mais fácil.

Naquela noite eu não consegui dormir e no meio da madrugada levantei-me para ver como ela estava, entrei devagar no quarto e ela dormia com uma pasta no colo, uma caneta e um papel, cautelosamente peguei o papel, não seria possível pegar a pasta sem acorda-la.

Porto Velho – RO, 05 de outubro de 2022.

Querida Samara minha filha tão amada,

De varias maneira você é minha filha, se soubesse o quanto eu te amo e, quanto me faz feliz quando me chama de mãe, antes de morrer eu espero ter coragem de te falar o quanto eu te amo e o quanto é especial. Eu fiquei imensamente alegre por você ter ficado hoje o dia todo comigo, ainda que eu tenha dormido a maior parte do tempo, acordei em pânico pensando que talvez tivesse falado mais do que devia, mas graças a Deus isso não aconteceu.

Eu preciso parar de escrever essas cartas, mas elas se tornaram meu confessionário e, não creio que algum dia você as encontre, essa casa velha resistente do jeito que é não cairá para que você descubra a parede falsa, é por isso que preciso parar de escrever a cada dia escrevo mais do que deveria. Lembra quando lemos o diário de Anne Frank? Você chorou horrores e eu precisei parar com a leitura e, naquele momento eu tive a ideia de fazer uma parede falsa no sótão, na verdade é apenas um tijolo afinal eu só preciso de um buraco pequeno e, por que cargas d'agua eu continuo a escrever sobre isso? Devo estar mais cansada do que eu imaginei, ou mais vel___________

Eu li a carta incompleta, pelo risco de caneta tenho certeza de que ela dormira enquanto escrevia o que era uma pena, foi meu primeiro pensamento, mas depois analisei a situação e pensei melhor, se ela tivesse concluído aquela carta teria guardado e eu jamais saberia que no sótão havia um tijolo solto, eu só precisava de tempo para descobri-lo. Coloquei a carta do jeito que encontrei e saí de fininho, infelizmente encontrar um tijolo solto em um quarto cheio de tralhas é muito mais trabalhoso do que eu imaginara no princípio, só encontrei o tal depois da morte dela, gostaria de tê-lo encontrado antes de tê-la confrontado, se bem que não sei se teria de fato feito isso, a cada dia a doença a deixava mais frágil e debilitada.

Continua...

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