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07 - Os estilhaços de cada um.

Samara sentiu algo queimar em seu braço exatamente no momento em que um braço a enlaçou rodando-a no ar, caiu em cima do corpo dele o barulho dos tiros e vidros estilhaçando, os gritos das pessoas eram ensurdecedores, mesmo com os olhos fechados ela sentia as lágrimas, em seu coração ela sentia que era a responsável pelo que estava acontecendo.

Institivamente Rafael jogou a mesa na direção da estufa que ficava na parede de vidro e sem pensar a puxou dando a volta de modo que se jogasse no chão com ela por cima, virou-se lentamente para não machuca-la protegendo-a com seu próprio corpo.

Apurou os ouvidos para além da gritaria percebendo que o tiroteio havia cessado, apenas os gritos humanos permaneciam, levantou-se sentindo os cacos em suas costas, sacudiu-se sentindo arder o braço, um tiro passara de raspão, estendeu a mão a ela, mas ela continuava de olhos fechados chorando.

- Samara! - Chamou carinhosamente abaixando-se e erguendo sua cabeça. - Você está bem? - Ela negou com a cabeça. Ele olhou em volta.

- Tem alguém ferido? - Perguntou alto o suficiente para que as pessoas pudessem ouvir no tumulto que se fez após perceberem que os tiros haviam cessado. Ele a puxou para perto e sentiu o liquido quente em sua mão.

- "Não meu Deus, por favor, não". - Pensou exasperado olhando em volta. Isaac e Natalia estavam ao celular, Eric e Isabella tentavam acalmar as pessoas, procurou por Sabrina e aliviado a viu ao lado de Rodrigo ajudando as pessoas. - Eric a Samara! - Gritou.

- Eu estou bem. - Balbuciou ela, mas Eric já a puxava dos braços dele.

- A ambulância e a polícia já estão chegando. - Disse assumindo a pose de médico. - Há pessoas feridas pelos vidros e pelos tiros, você pode ajudar a acalma-los, por favor! - Aturdido ele tentou compreender o que o médico dizia, mas a única coisa que pensava era que gostaria de puxar Samara de volta para seus braços.

Ele se esforçou para ajudar os que precisavam de ajuda, os feridos foram enviados para o hospital e os outros em pânicos cobravam atitude da polícia, desconfiados exigiam explicações de Samara e Rafael, afinal, eles haviam pedido que todos abaixassem no momento do tiroteio. Nervoso Abraão tentava manter a ordem mais estava difícil.

- Ele disse que era da polícia, como ele sabia que haveria o tiroteio? - Disse um senhor revoltado.

- E a moça que estava com ele, cadê ela? - Gritou outra pessoa.

- Todo mundo em silêncio, caso contrario ao invés de leva-los para depor vou levar todos presos! Ordem nesse negocio aqui, agora só falam quem eu dirigir a palavra. - Retrucou o delegado irritado, nunca era fácil explicar as coisas que aconteciam quando seus filhos estavam envolvidos, ele já nem tentava mais.

- Mais delegado... - Começou alguém.

- O senhor quer ser o primeiro a ser preso? - Perguntou Abraão ainda mais irritado, o senhor sentou-se. - Foi o que eu pensei. - Resmungou. - Pessoal, eles não tem nenhum envolvimento com o tiroteio, por favor, apenas pensem um pouco por que eles pediriam para vocês se protegerem se tivessem algo haver com isso?

Rafael observava a atitude do delegado, mas seus pensamentos estavam na moça que havia ido para o hospital, talvez devesse ter ido com ela, mas já que ele não estava gravemente ferido o delegado pediu para ficar e ajuda-lo, se aproximou do chefe que estava com os filhos e as companheiras.

- Por que será que não estou surpreso em ver os quatro juntos depois de Isaac ter dito à mãe que não poderia jantar com ela por que o irmão precisava de um favor dele! - Enfatizou cruzando os braços.

- Não temos nada haver com esse tiroteio. - Disseram os quatro e todos abaixaram a cabeça, Rafael sorriu.

Desde que conhecera o delegado o admirava muito, mas o que mais admirava nele era a relação com os filhos. Ele suspirou olhando ao redor o olhar parando nele, Rafael engoliu seco, não sabia como explicar ao delegado que fora na onda de Samara por causa de um formigamento na espinha ou o popular 'mau pressentimento', depois de convertido aprendera que não há 'mau pressentimento', o que acontece é o alerta do Espírito Santo, sabia que o delegado era cristão, mas não tinha intimidade o bastante para saber mais sobre sua fé.

- No que vocês estão metidos agora? Obviamente que vocês não têm nada haver com esse tiroteio, o que eu quero saber é o que vocês sabem sobre isso. E, por favor, se é para eu arriscar meu pescoço de novo ou o da mãe de vocês não me escondam nada. - Sussurrou olhando ao redor, as pessoas cochichavam entre si. - Está tarde, prepare o que vocês dirão na delegacia e, amanhã no horário do almoço eu quero ouvir toda a verdade. - Decretou decidido.

- Sim senhor. - Disseram os filhos.

- Todos estão convidados para almoçar na minha casa, inclusive você Rafael, eu te avisei que meus filhos e minhas noras têm um faro para encrenca que só Deus para ter misericórdia deles, ainda assim você não me deu ouvidos. - Pigarreou e falou mais alto. - Você está responsável por levar meus filhos e noras em segurança à delegacia. - Disse sério saindo e deixando-os sozinhos.

- Almoço na casa do nosso pai, você já sabe, - disse Isaac encarando Eric, - sermão da mamãe e reclamação do Mesaque.

O delegado e os policiais acomodavam as pessoas para leva-las à delegacia, um senhor que já reclamara antes, chamou a atenção de todos.

- Nós vamos à delegacia e aqueles ali, tem privilégios? - Perguntou apontando para eles, Rafael sentiu o rosto arder, Isaac deu um passo à frente, Natália o puxou pelo braço.

- Não senhor Josafa, meus filhos, minhas noras e meu policial não têm nenhum privilégio, não sei se o senhor sabe mais esse estabelecimento é da minha nora e, caso não tenha percebido está destruído, se o senhor quiser ficar aqui para ajuda-los, eu não vejo nenhum problema. - O senhor Josafa saiu pisando duro.

- Gente, eu disse hoje que tenho orgulho do meu velho? - Perguntou Eric sorridente.

- Você eu não sei, mas tenho certeza que eu já. - Replicou Isaac.

- Mais são babões! - Disseram as companheiras sorrindo.

Constrangido Rafael se afastou sentindo as costas arder devidos os destroços de vidro, jamais poderia brincar assim, louvava a Deus pelo esposo da irmã que era um pai maravilhoso e pelo irmão que ele tinha certeza seria um pai admirável, enquanto andava pelos escombros lembrou-se de algo pouco antes de Samara gritar.

- "Senhor Eric aquele casal deixou isso aqui junto com o dinheiro". - Dissera a garçonete.

Puxou pela memória o que Eric fizera, mas não prestara a devida atenção, pois estava focado no desespero de Samara. Respirou profundamente colocando as emoções em ordem.

- Eric. - Chamou aproximando-se, e todos se viraram para ele. - "Isso que é uma família sincronizada". - Pensou. - O que você fez com o papel que a garçonete te deu?

- Verdade! - Exclamou pegando-o do bolso. - É para a Samara. - Disse mostrando a todos.

- O que faremos? Esperaremos por ela ou vamos vê do que se trata? - Perguntou Isaac franzindo a testa. - Aliás, vocês ainda não me disseram o que queriam de mim e porque não era para eu tocar no assunto na mesa. Esse papel e o tiroteio têm algo haver com o que me trouxe aqui? - Perguntou encarando o irmão e a cunhada.

Neste momento o doutor Alan, o pastor Tiago e a esposa, Rosa, Micaela e Rui, Sofia e dona Eugênia, Eliana e Mesaque adentraram em meio aos escombros.

Rafael afastou-se um pouco, todos verificavam se seus entes queridos estavam bem.

- Mãe, pai eu estou bem. - Ouviu Sabrina enquanto era apertada entre os dois em um abraço e, a avó passava a mão em sua cabeça. - Oi vovó.

- E você como está? - Perguntou Sofia ao seu lado. - Graças a Deus que a Beatriz já estava dormindo.

- Quem ficou com ela? - Perguntou alarmado, mesmo sabendo que a aparição do pai era fruto da sua imaginação, ainda assim não gostava que a sobrinha ficasse sozinha em casa.

- Sabe aquela vizinha que não perde a oportunidade de dar em cima de você? - Perguntou só para provoca-lo, ele fechou a cara e ela riu. - Pois é pedi para ela ficar de olho nela. - Concluiu batendo em suas costas.

- Ai! - Disse franzindo o cenho.

- Você está ferido? - Perguntou preocupada.

- Não, apenas alguns escombros do vidro.

- Deixe-me vê! - Exigiu tentando vira-lo.

- Eu estou bem Sofia. - Disse se afastando. - Não se preocupe comigo, você não deveria ter deixado a Bia sozinha.

- Affs! Já disse que não a deixei só, me deixe ver suas costas. - Disse séria.

- Em casa, pode ser? Precisamos ajudar o Eric e a Isabella, além disso, estou mesmo bem, sério!

- Tem certeza, e esse sangue na sua perna, e na sua camisa? - Perguntou cruzando os braços.

- Na perna foi um tiro que passou de raspão. - Respondeu envergonhado. - E da camisa deve ser da Samara ela foi ferida.

- Tem certeza que o tiro passou de raspão? Você sabe que não precisa me esconder nada, você é meu irmão mais velho e assim como cuidas de mim quero cuidar de ti.

- Eu sei, quando a gente voltar para casa eu prometo, que vou deixar você cuidar de mim. - Disse bagunçando o cabelo dela.

Os dois começaram a levantando as cadeiras.

- Isso aqui vai dar um trabalhão para arrumar. - Disse Sofia. - Coitada da Bela.

- Verdade! - Confirmou olhando para a mãe e a irmã que ainda abraçavam Sabrina.

- Tudo bem cunhado? - Perguntou Rui.

- Graças a Deus sim. - Respondeu tímido como sempre ficava na frente do cunhado.

- Mas você foi ferido. - Disse Sofia puxando a cadeira de sua mão.

- Rafael! - Exclamou Rui preocupado.

- Não foi nada, só uma bala que passou de raspão, na minha perna e alguns vidros nas costas, eu estou realmente bem.

- Graças a Deus! - Disseram Rui e Sofia sorrindo.

- Rafael, como você está meu filho, esse sangue é seu? - Perguntou Eugênia apalpando o filho.

- Estou bem mãe, e não esse sangue não é meu.

- Graças a Deus! - Respondeu sem perguntar de quem era, Sofia e Rafael entreolharam-se tensos.

O dia estava amanhecendo quando eles terminaram de limpar tudo, e interditar as entradas até ser arrumadas novamente, Sofia precisou ir embora mais cedo por causa da filha e dona Eugênia a acompanhou, mais ainda assim elas ajudaram bastante.

Cansado Rafael despediu-se dos dois casais de amigos, Eric fora ao hospital apenas para liberar que todos fossem atendidos lá e voltara para ajudar a família e amigos, mordeu os lábios, agora que a adrenalina estava passando suas costas estavam ardendo e doendo, abria a porta do carro quando viu o delegado chegar, já havia feito tudo o que podia então, apenas entrou em seu carro, encostou a cabeça no volante, pensando se iria até ele para saber noticias de Samara, levantou a cabeça tornando a olhar na direção do delegado, naquele momento Samara o acompanhava para dentro, com o coração acelerado ficou ali olhando de longe, agradecendo a Deus por ela estar bem.

- Mais é mesmo muito covarde. - Disse o pai sentado ao seu lado.

- Eu estou cansado e sinceramente não estou com paciência para o senhor.

- Sem paciência para mim, ou para sua consciência?

- Não me importa. - Disse o vendo desaparecer. - Eu acho que eu preciso de ajuda profissional. - Disse a si mesmo.

Franziu o cenho ao abrir a porta do apartamento e encontrar Sofia sentada no sofá.

- Deveria estar dormindo. - Resmungou ele.

- E você também. - Disse a mãe adentrando com duas xícaras de chá. - Você pensou mesmo que não iriamos cuidar desses ferimentos, não é por que não seja grave que deixa de ser ferimento.

- Dê a ele minha xícara de chá eu vou pegar a caixa de primeiros socorros. - Disse Sofia se levantando.

Revirando os olhos ele sentou, recebendo da mãe a xícara de chá.

- Você deveria ter vindo para casa mais cedo. - Recriminou a mãe.

- Eu não queria deixa-los sozinhos com aquela bagunça.

- O Eric foi gentil ao liberar sua irmã para ver a filha. - Disse ela o ajudando a tirar a camisa.

- Verdade. - Respondeu fechando os olhos pela dor. Imaginou que suas costas estivessem piores do que gostaria de admitir.

- Você deveria ter ido ao hospital. - Disse Sofia voltando e sentando ao seu lado.

- Realmente não era necessário. - Respondeu mordendo o lábio enquanto a mão tirava os estilhaços de suas costas.

- Deveria sim, e eu deveria ter observado isso antes. - Censurou dona Eugênia.

🍎🍎🍎

Samara saiu dos braços de Eric direto para a ambulância, queria acalmar a todos dizendo que estava bem, mas o nó em sua garganta a impedia de falar.

Pessoas feridas correndo de um lado para o outro, pessoas desesperadas chamando por seus familiares e amigos só fazia sua agonia aumentar, ela nunca deveria ter voltado para Granville.

- "É minha culpa, eu sou responsável por tantas pessoas feridas". - Pensava angustiada. - "Eu não deveria jamais ter voltado para cá, e se alguém tiver morrido". - Pensava no caminho para o hospital.

Infelizmente havia pessoas que estavam em estado grave, algumas corriam risco de morte e, ela ficou aguardando, afinal seu estado não era tão grave e para não atrapalhar o atendimento das outras pessoas ela não mencionou que sofria de hemofilia, ainda que fosse um quadro de hemofilia leve e ela soubesse que deveria dizer, ainda assim não disse e o resultado foi que precisou ficar de observação por causa do quanto de sangue que perdera.

O dia amanhecia quando a liberaram, sozinha ela olhou para os lados e sentiu-se desamparada e abandonada, por um instante parecia que era outra vez aquela garotinha assustada e sem rumo naquela floresta. Um carro parou ao seu lado e assustada ela gritou.

- Enfermeira Samara sou eu o delegado. - Disse Abraão ao seu lado, tremendo ela abriu os olhos.

- Desculpe-me. - Disse envergonhada.

- Quer que eu te leve a algum lugar?

- O senhor pode me levar à pizzaria a Bela e Fera?

- Eu estou indo exatamente para lá. - Disse sorrindo indicando-lhe o carro.

O delegado parou o carro na frente da confeitaria Ana, a única coisa normal naquela manhã era o letreiro indicando que durante o dia era a confeitaria, sentiu um nó na garganta ao ver a fachada destruída.

- Você está bem? - Perguntou gentilmente o delegado, sem confiar na própria voz ela apenas assentiu.

Ele desceu do carro, suspirando ela também saiu olhando para o lado, e ali estava ele encostado a cabeça no volante, encheu o coração de tristeza por vê-lo ali, deveria ter passado a noite ajudando os outros, ela não era uma boa companhia, destruía tudo por onde passava, o delegado estendeu a mão a ela que insegura a segurou.

Isabella e Natalia serviam alguns docinhos para seus companheiros apenas o casal pastoral estava lá dentro com eles, apesar do que acontecera estava tudo limpo e organizado.

- Quem vai me dizer a verdade por traz de toda essa confusão? - Perguntava o pastor Tiago.

- Eu. - Disse Samara, todos se viraram para ela, Eric apenas sorriu incentivando-a.

- Mais antes de você começar temos algo para você. - Disse ele entregando-lhe o papel que a garçonete lhe entregara antes do tiroteio começar, ela pegou nervosa.

PARA SAMARA. - Tremendo ela abriu, mas não conseguiu ler e devolveu ao Eric.

SE VOCÊ VOLTOU SIGNIFICA QUE A VELHA ROSALINA ESTÁ MORTA. VOCÊ DEVERIA TER FEITO O QUE ELA QUERIA E FICADO LONGE DAQUI. TEM PESSOAS TENTANDO TE PROTEGER, MAS VAMOS TE DAR UMA PROVA DE QUE NINGUÉM PODE TE PROTEGER DE NÓS. A NÃO SER NÓS MESMOS. VOCÊ FICA VIVA ATÉ O DIA QUE NÓS QUISERMOS. VOCÊ SÓ COLOCARÁ PESSOAS INOCENTES EM PERIGO. VOCÊ NÃO PODE SE ESCONDER DE NÓS. VOCÊ É UMA PRAGA QUE NÃO DEVERIA TER NASCIDO.

- Não precisa ficar com medo, - começou Eric segurando suas mãos, isso é o que eles pensam por que seja lá quem for esses 'nós', não conhece o nosso Deus. - Concluiu Eric entregando o bilhete a seu pai.

Continua...

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