Capítulo 25 - É O Fim?
~***~ Dia do Casamento ~***~
Por incrível que pareça, nós estávamos presas no engarrafamento da cidade, só porque era dia de feriado e o pessoal estava indo viajar e como é que pode ter engarrafamento nos Estados Unidos?!
- Estou com dor de barriga! – Sara alisava a barriga.
- Também, depois de ter comido uns 50 KitKat, queria o que? – Li a advertiu.
- Onde estamos? – Megan acordou meio desnorteada.
- Quer KitKat? – Sara ofereceu e Megan deu à louca, quase se jogando do carro com medo da menina lambuzada de chocolate, ela quase voou em cima de mim.
- Me tira daqui... Essa menina é louca! – Dizia Megan afoita tentando se proteger.
- Sara... – Falei já a fazendo entender o recado...
- Ahhh! – Sara puxou Megan e deu um leve golpe kung fu a fazendo dormir.
- Obrigada... – Agradeci sorrindo e Li olhou pra mim. – Ela é escandalosa... Melhor dormir a viagem toda.
- Okay.
Uma música muito conhecida começou a tocar na rádio e...
- Quando a noite fria cair sobre mim... – Sara começou.
- nanana... – Li prosseguiu.
- E num deserto eu me encontrar... Me ver cercado por egípcios e por faraó
- Ohohoh... – Eu fiz e ela me encararam. – Posso? – As duas se entreolharam enquanto a música continuava...
Viramos nossos rostos pra frente e numa cena bem cômica, remexemos a cabeça cantando todas juntas:
- ENTÃO EU DIREI, ENTÃO EU DIREI, OUOUH, ABRA-SE O MAR E EU PASSAREI PULANDO E DANÇANDO EM SUA PRESENÇA, ENTÃO EU DIREI, ENTÃO EU DIREI, OUOUH, ABRA-SE O MAR E EU PASSAREI PULANDO E DANÇANDO EM SUA PRESENÇA... – Cantávamos gritando em uníssono.
~***~ Na Casa do Miguel ~***~
~***~ P.O.V Miguel ~***~
Estava me preparando para o casamento, por sorte estava sozinho e ninguém veio me incomodar até agora, peguei minha bíblia e comecei há refletir um pouco pensativo, pensando mesmo se isso poderia ainda ser acabado, mas minhas esperanças se foram e não sei mais o que fazer, amanhã cedo acordarei casado com a única mulher que eu não queria e não poderei mais ficar ao lado da minha Ester... Minha marrenta Ester...
~***~ P.O.V Alicia ~***~
- Vai contar agora? – Questionei Rafael que estava apreensivo com o documento na mão, ele ainda não me disse se deu negativo ou positivo e eu estava mais aflita ainda. – O que deu ai? – Olhei pro documento.
- Não vai querer saber... – Ele respondeu me deixando preocupada.
- Como assim? – Ergui a sobrancelha com medo da resposta. – Miguel nunca faria isso... O que deu aí? – O chacoalhei ao ver suas lágrimas escorrerem. – Não pode ser... Não... – Olhei de soslaio pra porta onde Miguel estava do outro lado. – Sinto muito Ester... Eu tentei.
~***~ P.O.V Ester ~***~
Rapidamente paramos o carro na esquina e Li desatou minhas mãos, tirando o pano da minha boca, fiquei apreensiva que Sara até colocou o braço pra eu apertar, já que era a única que aguentaria a minha força.
- Estamos aqui amiga... Vai! – Ela repetiu várias vezes me dando força e respirei fundo. Saí do carro e pior que estava usando vestido no momento, andei por trás das casas até a árvore da minha, ali eu entrei na minha antiga residência, me recordando de algumas coisas e subi as escadas do meu quarto, me aproximei da porta e olhei pelo buraco que tinha para o outro lado, a janela dele... Estava aberta e de longe vi que estava se arrumando... Lágrimas escorreram dos meus olhos e as sequei, esperei para ver se ninguém poderia entrar e abri a janela aos poucos, ele estava concentrado em colocar a gravata, enquanto isso eu andava por cima da árvore, estava me sentindo leve como se flutuasse, aos poucos fui chegando a sua janela e fiquei parada sendo iluminada pela luz do sol, ele me avistou pelo espelho pendurado na porta e paralisou.
- Anjo... – Virou seu rosto para me encarar e pisei no chão ficando frente a frente com ele, estávamos atônitos, sem reação e senti um empurrão por trás me fazendo cair em seus braços, àqueles lindos braços que me aconchegavam e nunca haviam me deixado, nunca...
- Mi... Mi... Miguel... – Disse em meio às lágrimas e a única coisa que ele fez foi me puxar pela cintura e me beijar apaixonadamente e permiti até ficarmos sem folego.
- Meu amor... Meu amor... Que saudades... Eu te amo... Meu amor... – A cada palavra, era um beijo que ele dava no pescoço, na testa, na boca, estava desesperado, surpreso, afoito.
- Me perdoe Miguel... Me perdoe. – Lágrimas escorreram e encostei minha cabeça em seu peito, estávamos caídos no chão e ele me aconchegou em seus braços... Como estava sentindo saudade daquilo!
- Pensei que nunca mais a teria em meus braços novamente... – Ele disse em meio às lágrimas, me encarava com um sorriso feliz no rosto e não tirava os olhos de mim. Levantamo-nos do chão e ele puxou minha mão. – Vamos, precisamos falar com meus pais... – Eu parei o fazendo me encarar. – O que estamos esperando? Vamos! – Questionou um pouco exaltado.
- Não... Posso... – Respondi cabisbaixa e ele se aproximou aos poucos me questionando.
- Por quê? Encontrou alguém melhor? Não pode ficar ao meu lado porque sou bobo? Já se casou e eu idiota aqui nem sabia? FALA ESTER! POR QUÊ? – Nossos olhos se encontraram. – Você... Não... Me ama mais? É isso? – Ficamos nos encarando.
- Eu... Apenas... Não posso. – Respondi tentando ser firme. – Seu filho vai nascer e você está prestes a se casar... Ele se avançou, colocando as mãos no meu rosto.
- Eu prefiro morrer ao me casar com outra pessoa além de você... – Ele olhava profundamente nos meus olhos, me soltei dele, em seguida me afastei lhe dando as costas... Apenas senti seus braços me envolvendo por trás e seu hálito quente no meu pescoço me deixando arrepiada. – Seja... Minha... – Pedi com a voz baixa e antes que pudéssemos fazer algo a mais, eu me virei para fitar seus olhos e nossas testas se encostaram... – Você é tudo pra mim... – Ele murmurou após fecharmos os olhos.
- Seu filho é seu tudo... E não posso atrapalha-lo... Adeus Miguel e agora é pra sempre... – Me soltei dos seus braços aos poucos enquanto ele me encarava atônito e me virei pra janela pronta pra partir, antes me virei para fita-lo. – Seja feliz... Miguel...
- Você também... Ester... – Respondeu sem olhar nos meus olhos e me deu as costas. Passei pela janela e partir pro outro lado, em seguida ouvi a janela dele sendo fechada e quanto entrei no meu quarto... Desabei em lágrimas.
Desci as escadas da minha casa e sai pela porta da frente, relembrando meus momentos de criança naquela rua, passei na frente da casa dele, ele estava no portão com muitas pessoas ao seu lado e nem sequer nos olhamos, foi muito doloroso...
- Eu sempre te amarei... – Escutei perfeitamente a sua boca dizer.
- Eu sempre te amarei... – Respondi e segui pro meu carro e ele pra igreja.
Acho que minha história acaba aqui... Ou será que tem mais?
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