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Capítulo 13 - Doença

Os hinos tocados foram:

Vitória no Deserto – Aline Barros

Desenvolvendo Amor – Morada

Deus Está Aqui – Eli Soares

Hinos lindos e maravilhosos, o fogo do Espírito desceu naquele lugar e muitos falavam em línguas, pulavam, dançavam e muito mais! Aleluia Senhor!

A palavra pregada estava em Romanos 12:2 ("Não vivam como vivem as pessoas deste mundo, mas deixem que Deus os transforme por meio de uma completa mudança da mente de vocês. Assim vocês conhecerão a vontade de Deus, isto é, aquilo que é bom, perfeito e agradável a Ele.").

Eu tenho a Bíblia da Garota de Fé – NTLH... Amo essa bíblia, a outra uso somente em casa, não tive coragem de abri-la e tira-la do saquinho, então deixei lá, só espero que meus pais não venham reclamando, quem me deu foi o Miguel depois da nossa amizade crescer, ele insistiu em me dar e acabei aceitando, só agora que a abri e comecei a ler mesmo por causa da igreja... Miguel é bobão... Mas é muito fofo!

Após o culto terminar, quase a maioria da igreja veio me cumprimentar e elogiar a minha voz, respondi com um "Obrigada, toda Glória é do Senhor, eu sou apenas uma serva dEle e não mereço elogios." Sorria verdadeiramente e Megan estava do meu lado conversando com os meninos... Oh menina que adora paquerar.

- Só Deus na sua vida Megan! – Sussurrei pra provocar ela e a mesma piscou pra mim, revirei os olhos e procurei por Miguel que conversava com o pai, ele parecia um pouco preocupado e achei melhor não incomodar por enquanto.

Alguém me cutucou pelas costas e virei para ver quem era, precisei segurar minha raiva pra não esfregar a cara mais falsa do mundo no asfalto!

- Paz do Senhor Alicia. – A cumprimentei, não me rebaixaria ao nível dela nunca.

- Vai aproveitando Ester... – Fez cara de zombaria ao dizer meu nome. – Porque quando Beatriz chegar, você nunca mais vai ficar com o Miguel. NUNCA! – Deu ênfase na palavra e eu cruzei os braços não dando importância as suas palavras.

- Sabe Alicia... – Me aproximei dela. – Você vem pra igreja com a maior cara deslava adorando o nome do Pai enquanto fica ai tentando desgraçar a vida dos outros, mas vou te contar uma coisa... Você pode até não acreditar, mas lá em cima, bem lá em cima no céu, existe sim um Deus de Israel e ele não tolera que ninguém toque num ungido seu... Sim eu me considero ungida de Deus e te aviso... Não se meta comigo porque o poder de Deus vai além da sua compreensão e nenhum mal poderá me derrubar porque sou guardada pelo sangue do cordeiro. – Falei com firmeza, convicção e confiança, Alicia ficou tão pasmada com minhas palavras que estava atônita diante de mim. – E tome cuidado com essa sua imagem de boazinha porque você não é e esta cometendo o pecado de mentir... Pode até enganar os outros, mas a Deus você não engana, então abra os olhos e crie vergonha na cara, porque um dia você pagará as contas com Ele! – Avisei e sai logo em seguida a deixando sozinha e indo atrás do Miguel.

- O que você disse a minha prima? – Ele questionou vendo Alicia meio perdida no meio da multidão.

- A verdade apenas... – Ele ergueu a sobrancelha e balançou a cabeça negativamente.

- Nunca vou entender as mulheres... – Brincou e eu peguei em sua mão o fazendo olhar pra mim.

- Mas eu você entende e muito bem... – Sorri e quanto estávamos prestes a dar apenas um selinho, Megan tinha justo que atrapalhar.

- Já que os pombinhos já terminaram com o love ai, podemos ir comer alguma coisa? Estou morrendo de fome! – Ela esticou a palavra "morrendo" para soar mais dramático.

Eu e Miguel nos entreolhamos e rimos da sua cara.

- Virei palhaça agora... – Ela não se conteve e riu também.

- Vamos glutona. – Respondi a conduzindo até o carro do Miguel e ele foi avisar os pais.

Ali nos aguardamos o Miguel do lado do carro e liguei meu celular para ver se havia alguma mensagem... E havia... Desesperadoras... Eram da minha mãe, ela mandou umas 50 mensagens dizendo sobre meu pai ter caído da escada e batido a cabeça com força, parece que sofreu hemorragia interna e agora está em coma no hospital, só sei que meus olhos começaram a chorar tanto que nem sabia de onde vinha aquelas lágrimas, eu quase cai no chão e foi bem na hora que Miguel chegou e me segurou nos braços.

- O QUE FOI ESTER!? – Questionou muito assustado comigo.

- Me-me-me-meu pa-pa-i-pai es-es-esta em co-co-ma-ma... – Gaguejei em meio aos soluços e depois me desabei em lágrimas nos braços dele.

- O Senhor, ajude-nos, por favor! – Miguel tentou me reconfortar junto de Megan que estava abraçada em mim e os pais de Miguel foram conosco logo em seguida ao hospital.

Entramos no hospital e eu nem passei pela recepção, corri afoita atrás dos meus pais e Megan com Miguel correram desesperados atrás de mim, passei por muitos quartos e ouvi uma voz... "422" e rapidamente perguntei onde ficava o quarto 422, a pessoa me explicou, peguei elevador e corri pelos corredores levando até sermão e finalmente encontrei minha mãe sentada na cadeira e a cena mais infeliz da minha vida, meu pai todo furado, com a cabeça raspada e com fachas a cobrindo, cheio de agulhas e máquinas que o ajudavam a respirar... Eu me aproximei devagarinho dele e quando fiquei ao seu lado, eu cai ajoelhada no chão e deixei as lágrimas caírem.

- PAI... Pai... MEU PAI NÃO! Por quê? Por quê? – Estava muito triste naquele momento, mamãe me abraçou e chorava também. Miguel e Megan estavam na porta do quarto tristes também... Depois de alguns minutos e eu minha mãe nos acalmamos e nos ofereceram um copo de água.

P.O.V Miguel

Ver a minha Ester daquele jeito foi como um tiro no peito, eu queria abraça-la, mas sua mãe já estava o fazendo e tive que ver minha Ester chorando sem estar nos confortos dos meus braços, claro que ser confortada pela mãe é muito melhor, mas eu quero conforta-la, abraça-la e mostrar que estarei ao lado dela até o fim... Meus pais apareceram preocupados no corredor e se aproximaram aos poucos de nós.

- Cadê a Ester? – Mamãe questionou e apontei com os olhos um pouco triste para a Ester que agora estava sentada na beirada da cama, observando atentamente o pai. – Seja forte filho, mostre que está do lado dela. – Mamãe tocou no meu ombro, me olhando com seus lindos olhos gentis e beijei sua testa agradecido, me aproximei aos poucos da Ester e coloquei minha mão em seu ombro, rapidamente ela se virou e me abraçou tão rápido que não tive nem tempo de reagir.

Apenas fiquei afagando seus cabelos a confortando e beijei sua cabeça.

- Vai ficar tudo bem... Tudo bem. – Foram as únicas palavras que encontrei no momento para conforta-la e orei mentalmente para que o Espírito Santo a consolasse... Ela precisava.

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