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Capítulo 03 - Conversa - Não Revisado.

Estava sentada na minha cama estudando para a prova de história... Sim eu estudo e consigo as melhores notas da classe, não sou tão irresponsável como pensam. Enquanto ouvia algumas músicas, me peguei pensando no Miguel... Garoto teimoso e curioso demais da conta, porque me incomoda tanto? Se o primeiro dia foi assim, imagina amanhã? Não quero nem pensar porque senão ele vai ser motivo para eu matar aula... Miguel não me conhece, não sabe sobre a minha vida, não sabe o que passei, o motivo de eu estar assim hoje... E prefiro que ele continue não sabendo.

A noite já se mostrava presente com as incontáveis estrelas do céu com uma lua cheia muito bonita, estava cansada dessa vida... Queria um motivo pra viver, eu preciso de um motivo pra viver.

- Ei... – Ouvi uma voz chamar fora da minha janela. Tirei os fones de ouvido para ver quem era e caminhei até a pequena janela quadrada que dava vista para o outro quarto da casa ao lado.

Abri a janela e quase tive um treco ao ver o Miguel do outro lado.

- Parece que nossos quartos são um de frente pro outro. – Comentou com seu sorriso cativante, não respondi, apenas o encarei seriamente e fechei a janela na sua cara. – Sei que está ai...

- O que você quer? – Abri novamente a janela ralhando com ele, já estava perdendo a paciência.

- Conversar talvez... Só conheço você por enquanto aqui no bairro. – Ele falava meio sem jeito e só depois perceber que minha barriga estava à mostra e ele desviando o olhar sem-graça.

- Tarado! – Exclamei e novamente fechei a janela, me sentando na cama e voltando a estudar.

- "Sei que posso estar bem perto... De ti Deus verdadeiro eterno... Alcançado quero ser, por tua Glória teu Poder. – Ele cantarolou talvez pra me irritar e abri a janela o observando.

- Para de cantar! – Esfreguei a cara tentando me manter paciente e o bocó sorriu vitorioso.

- Quantos anos tem? – Questionou.

- 17 anos. – Respondi o fitando.

- Onde estão seus pais? – Perguntou observando a garagem vazia.

- Estão fora para minha alegria... Vem cá? É sobre isso que quer conversar, porque eu tenho que estudar! – O questionei... Essa conversa era entediante. Miguel fez cara de espanto, talvez pra me zoar. – Se fizer essa cara de novo, eu quebro seus dentes! – Ralhei com ele... O ameaçando.

- Desculpa... Quer estudar comigo? – Sugeriu e cruzei os braços, erguendo a sobrancelha e pensando no assunto.

- Só se você me prometer que não vai contar a ninguém. – Pedi semicerrando os olhos o intimidando.

- Prometo! – Ele levantou a mão gesticulando prometer e coloquei minha mochila nas costas e me preparei para subir na árvore de frente para os nossos quartos. – Oque vai fazer? – Ele perguntou já percebendo minha intenção.

Subi na árvore e caminhei até o quarto dele, o único problema foi que escorreguei e cair em cima do Miguel, nos entreolhamos e só percebemos a situação após a mãe dele começar a subir a escada querendo ver o porque do barulho que fizemos. Levantei rapidamente e me escondi debaixo da cama, ele foi abrir a porta tentando impedir de sua mãe entrar.

- Oi mãe! – Falou um pouco afoito e ofegante.

- Que barulho foi esse? – Ela o questionou desconfiada.

- Foi o nosso gato... – Ele tentou pensar em alguma coisa.

- Nós não temos um gato Miguel! – Ela cruzou os braços o deixando mais sem jeito ainda.

- A verdade mãe é que...

Eu apareci debaixo da cama.

- Oi! – Acenei pra ela com um sorriso sem-graça no rosto e pensei que ela ia me enxotar dali, mas apenas ergueu a sobrancelha e me cumprimentou.

- O que a senhorita faz no quarto do meu filho? – Questionou me deixando embaraçada.

- Ele me convidou para estudarmos e ao invés de usar a porta, eu decidi ser radical e atravessei pela janela, caminhando na árvore até aqui. – Confessei e ela olhou pro Miguel esperando ele confirmar a historia.

- Da próxima não minta Miguel... Daqui a pouco trago leite e biscoitos pra você. – Ela sorriu gentilmente pra nós e Miguel esfregou a cara com vergonha.

- Mãe não somos crianças... – A respondeu cabisbaixo.

- Não fale assim comigo mocinho, até Ester! – Ela esfregou o cabelo dele e saiu do quarto.

Eu comecei a gargalhar com os mimos do Miguel... hehe.

- Isso não tem graça. – Ele me repreendeu e mostrei a língua pra ele.

- Pra mim tem. – Sorri vitoriosa. – Vem cá? Sua mãe deixa você ficar sozinho no quarto comigo? – Cruzei os braços, erguendo a sobrancelha pra ele.

- O Espírito Santo deve ter dito a ela que você não me faria mal, ela sempre sabe o que acontece comigo através dele. – Contou me deixando um pouco receosa. Não queria saber disso.

- Vamos estudar? Se meus pais souberem que sai, vão me expulsar de casa. – Sugeri antes que a conversa fosse gerada por "Jesus" e era algo que eu preferia distância.

Algum tempo depois a mãe de Miguel nos trouxe leite e biscoitos, mesmo ele se sentindo embaraçado com isso, eu contive meu riso para não envergonha-lo mais ainda.

- Pronto... Tchau pra você. – Peguei meu material saindo apressada pela janela, mas fui interrompida por Miguel atrás de mim.

- Podemos ser amigos? – Questionou me deixando pensativa.

- Olha Miguel, hoje foi a primeira vez que conversamos de verdade e você parece ser um cara legal... Mas a minha vida não tem nada a ver com a sua, melhor ficarmos um afastado do outro, para que não se envolva nas minhas brigas. – Esclareci e ele abriu um meio sorriso, com os olhos cabisbaixo me fazendo se sentir culpada em alguma coisa. – Pelo menos na escola... – Sugeri e ele abriu um sorriso tímido.

- Nos vemos amanhã Ester.

- Até! – Respondi me ajeitando na árvore e caminhei aos poucos até a minha janela, dali eu acenei pro Miguel e fechei a janela indo descansar.

Pela primeira vez consegui conversar com alguém de verdade... Mas prefiro distância um pouco... Meus segredos são muito obscuros pra ele.

"Espero que o Senhor não vá querer contar meus segredos a ele... Eu espero...!" – Pensei desejando fielmente que o Senhor Espírito Santo não abrisse a boca pra ninguém.

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