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Capítulo 02 - Garoto Incômodo

Após fuzila-lo pelos olhos, caminhei até a porta por onde entrei e encostei-me a parede, tirando do bolso um cigarro pra logo em seguida, coloca-lo na boca como se fosse à coisa mais normal do mundo.

Observei a cara de curiosidade do Miguel. Ele desviou o olhar do meu, parecendo se sentir desorientado em meio aquela situação. Logo após apenas me lançou um olhar inofensivo e caminhou em minha direção.

- Você por acaso tem idade pra fumar? – Foi à primeira coisa que ele disse, após alguns minutos. Olhava pra mim como se aquilo fosse à coisa mais errada do mundo.

Dei de ombros. Ele continuou a me encarar. Fechei a expressão perdendo a paciência e joguei o cigarro na cara dele.

- Se estivesse aceso... Você teria ganhado uma boa queimadura, então vê se não me enche... Carrapato! – Enfiei as duas mãos no bolso da minha jaqueta, ergui a cabeça e caminhei para dentro do corredor. O deixando sozinho por alguns segundos, absorvendo a situação.

Em poucos segundos, senti que alguém andava apressadamente atrás de mim, contive-me para não virar o rosto e ver quem é, já que a pessoa colocou-se ao meu lado, antes mesmo da minha cabeça raciocinar.

- Meu nome é Miguel e não carrapato... Se quiser saber. – Pude muito bem sentir um tom sarcástico naquela resposta.

- Estou pouco me lixando...

Caminhamos em silêncio, sem muito contato visual e não me senti ameaçada com ele vendo onde ficava o meu armário, se ele tentasse alguma gracinha... Já mostraria qual era minha!

Abri a porta do armário, colocando a senha um pouco apressada e Miguel ficava ao meu lado, observando as muitas pessoas insignificantes caminharem com o sorriso mais falso do mundo. Enfiei a mão bem no fundo, pegando meus fones e os colocando no ouvido. Só que antes mesmo da música começar... A coordenadora mais rabugenta do universo! Os confiscou, esboçando seu sorriso lunático.

- Sem ouvir música no corredor... Mocinha! – Ela puxou com brutalidade o meu fone – velho – dos meus ouvidos e sua voz grossa ecoou por toda escola.

- Mocinha? Está mesmo a fim de comprar essa briga? Velha coroca... – Arqueei a sobrancelha, confiante das minhas palavras. Pude perceber que Miguel ficou paralisado com elas.

- Menina... Você já foi expulsa por quase todas as escolas dessa cidade, quer mesmo colocar mais uma na sua lista? – Ela ameaçou, me relembrando das outras escolas que estudei. Tive que prometer aos meus pais que isso não iria mais acontecer.

Se Segura Ester... Se segura!

Cerrei os punhos, engolindo em seco as palavras e por fim, cruzei os braços a frente do peito e desviei o olhar do dela.

- Muito bem... – Disse num tom zombeteiro.

Sua velha coroca!

- Com licença... – Disse ajeitando o paletó. – Miguel?

- Sim? – Disse ele num fiapo de voz, já que estava meio desligado do mundo.

- Não ande com pessoas dessa laia... Seus pais não iriam gostar. – Ela olhou de soslaio para mim. Tive que fingir não ter percebido a indireta. – E você mocinha. – Apontou o indicador pra mim. – Tome cuidado com suas palavras, podem ser as últimas nessa escola.

Em seguida ela deu meia volta e saiu caminhando pelo corredor. Eu dei língua pelas suas costas.

- O que você está olhando? – Encarei Miguel com seriedade, ele ficou quietinho.

Desencostei-me do armário e segui o caminha até a sala de aula, antes de prosseguir, virei para estreitar os olhos a Miguel que continuava parado feito uma estátua.

‑ Não ande comigo. – Mandei, ele olhou para um ponto fixo no chão e depois voltou-se pra mim. – Não sou um bom exemplo pra você, minha vida é uma encrenca e creio que "Jesus Cristo" não irá gostar nada disso.

‑ Não zombe de Jesus... Ester! – Pela primeira vez, ele exaltou-se com as palavras, apesar de sua expressão ser calma.

‑ Vou para o inferno por causa disso? – Respondi sarcasticamente. – Minha vida já é um inferno... Não se aproxime de mim novamente, entendeu? – Ele abriu a boca para responder, mas as palavras não saiam e antes que ousassem sair, me afastei o mais rápido possível e voltei pra sala.

Não se aproxime de mim garoto... você não conhece o meu passado.

Ao entrar na sala, me sentei novamente na cadeira, com os braços cruzados e olhando alheiamente ao meu redor. A lição era fácil pra mim, aproveitava para estudar em meu silêncio e garantir algum futuro digno, apesar de eu a qualquer momento querer dar um fim nisso. Miguel sentado ao meu lado, não ousou se quer me direcionar palavras ou olhadas, ele estava quieto e eu fiquei feliz por isso, o meu mundo obscuro era só meu, ele é apenas a luz que queima a minha escuridão e tenta me puxar para observar o sol nascente.

Ester... seja firme.

Algum tempo depois, o sinal tocou e nem o percebi sair da sala, meus colegas haviam me convidado para ir ao ferro-velho hoje, porém, eu neguei como sempre, não estava a fim de mais problemas na minha vida. Joshua estava me irritando com sua vontade de "prosseguir" com nosso relacionamento, chega a me dar enjoo com essa fornicação dele.

Não deixarei que ninguém desrespeite meu corpo, se ele continuar com essa atitude, sabe muito bem que o chefe da gangue não irá aceitar isso, pois como todos sabem, sou a predileta dele.

No caminho pra casa, me sinto distraída e nem percebo a pessoa a minha frente, significa que vou de encontro às costas dela.

‑ Me perdoe! – Exclamo de forma séria, arregalo os olhos ao ver o tal de Miguel.

‑ Oi. – Ele responde, eu bufo irritada e passo por ele, andando sem lhe dar mais atenção. – Mora por aqui? – Pergunta caminhando ao meu lado.

‑ O que você acha? O MCDonalds não fica pra esse lado...

‑ Também gosto disso, mas prefiro um lanche mais saudável. – Miguel responde sem perceber a ironia em minhas palavras.

Freio os pés e fico frente a frente com ele, o mesmo aperta as mãos nas alças da mochila e respira profundamente.

‑ Vem cá... você está me perseguindo? Porque uma pessoa com essa carinha de príncipe encantado estar perseguindo uma pessoa, realmente o mundo está perdido.

‑ Me acha um príncipe? – Ele sorri de canto, eu ranjo os dentes por causa da minha boca grande, trocamos olhares por alguns segundos e eu lhe dou as costas, continuando o trajeto. – Espere!

Miguel se coloca ao meu lado. Caminhamos em silêncio e eu entro no jardim da minha casa, mas sentia que alguém estava entrando na casa ao lado e Miguel sorri, ao perceber que somos vizinhos.

‑ Estou começando a ter a leve impressão de que você é um doido-perseguidor.

Ele deu uma risada bem lá no fundo da alma. Tive que me conter para não ser contagiada por essa... como podemos chamar mesmo? Malucos enlouquecidos com cara de Miss bebê mundial.

‑ Parece que para sua alegria, iremos nos ver todos os dias. – Ele brincou, acabei deixando escapar um sorriso leve.

‑ Pra minha ou sua?

‑ Acho que os dois. Prazer, sou Miguel. — Se apresentou novamente, nossos olhos cravados um no outro. – Seremos vizinhos então...

‑ Então você vai vir com o papo de igreja pra cima de mim? – Cortei o papinho doce e me tornei séria novamente.

‑ Eu... – Ele ficou perdido por causa da minha mudança repentina de humor.

‑ Deixe-me em paz. Vá arrumar algo pra fazer e seja feliz com sua trindade ai. Adeus! – Subir as escadas da varanda, abri a porta da sala e a bati com toda força atrás de mim, após eu entrar no cômodo.

Era melhor assim...

Miguel

Após perceber o quanto Ester era uma pessoa problemática, sabia no meu intimo que não podia desistir dela, ainda mais depois do que Deus me revelou, ela se tornou a pessoa mais importante na minha vida.

‑ Realmente é ela, Senhor? – O questionei, querendo ter a certeza absoluta de que Deus desejava realmente isso.

"Espere e verá...". Suas doces palavras me contagiaram e eu sorri, apesar daquele dia ter sido demasiado triste pra mim. Deus estava comigo nessa jornada, bastava ter Fé.

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