XXVIII
Meu corpo ardia em chamas a cada roçar do seu toque,
Ainda hoje, embora o calor tenha cessado, resta o amargo brotar em estoque.
Como é, então, ser um gelo seco que me inflama a cada gesto?
Antes, era o calor da paixão que incendiava cada fibra,
Agora, é a frieza da tua indiferença que gela e fere, vibra.
Como é, então, ser um gelo seco que me abrasa em cada ato?
Antes, meus suspiros eram de prazer, de deleite,
Agora, são de dor e desalento, de uma ferida que não se ajeite.
Como é, então, ser um gelo seco que me corrói em cada contato?
O que era uma fonte de calor, de vida, tornou-se um fardo,
E agora, o que resta são as cinzas de um amor que se tornou ardo.
Como é, então, ser um gelo seco que me devora em cada impacto?
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