Destrinchando#13 - Meu Coração e Outros Buracos Negros
OLÁ...!😊
É muito bom tê-lo aqui de novo.
Sem mais enrolação, o livro da vez é Meu Coração e Outros Buracos Negros da autora Jasmine Warga.
( À esquerda, capa estrangeira. À direita, a edição brasileira)
Eu li ele em um dia, o tempo recorde dos livros que destrinchei até agora. Antes do outro dia chegar, esse capítulo já estava pronto. Bem, vamos as lições.
* Não houve algum ponto negativo a citar e aposto que já sabe o que vou dizer, não é?
Pontos positivos
Premissa: No auge de Os Treze Porquês, talvez muitos torçam o nariz para mais histórias envolvendo o suicídio, temendo que o terror da era vampiresca se repita aqui.
Lembro que na época de Crepúsculo, muitos outros títulos pegaram carona no sucesso. Vampire Diaries e True Blood foram apenas alguns exemplos, que repetiram a receita de Stephanie Mayer e causaram uma forte sensação de dejá vu e desgosto por parte de alguns.
Isso tem acontecido também entre as distopias. Quem nunca comparou Jogos Vorazes, Divergente e Maze Runner que atire a primeira pedra.
Eu já li os Treze Porquês e devo dizer que a abordagem do assunto é bem diferente. A narrativa de Jasmine Warga é bem mais simples e apesar de tratar do mesmo tema, ele serve apenas de pano de fundo para uma obra sobre relacionamentos humanos. O suicídio e a depressão são os reais antagonistas. Não existem culpados, apenas vítimas.
Vou tentar não spoilear.
Não há realmente um fim. Fica implícito um longo caminho até a recuperação, deixando apenas um feixe de esperança.
O livro tem o crédito de ser muito singelo, apesar de discorrer sobre um tema extremamente doloroso.
Pense agora em Game of Thrones que provou que os protagonistas não são invulneravéis e afastou o preconceito com conteúdos de fantasia.
Não censuro você por estar escrevendo ou planejando escrever sobre vampiros, mas pense na sua obra, planeje saídas diferentes e pegue no pulo os leitores que pensaram que era só mais uma história.
A contagem regressiva: Se eu perguntar, com certeza você vai lembrar de algum filme em que o visor de uma bomba aparece na tela, enquanto alguém tenta salvar todo mundo ou de um esportista, lutando contra o cronômetro que marca o fim do jogo.
Claro, existem vários outros exemplos seja no cinema ou na literatura.
Mas o livro Meu Coração e Outros Buracos Negros é uma contagem regressiva.
Os protagonistas marcam um dia para que eles cometam um suicídio duplo e chamam casualmente, um ao outro de Parceiro de Suicídio. Os capítulos vão passando e a autora deixa claro no início de cada um: Faltam x dias.
Você conhece as personagens e se apaixonam por elas ao passo que o tempo vai avançando. Jasmine Warga ainda nos leva para sala de aula e nos faz ver um professor falar sobre teoria da relatividade, destacando o quanto o tempo pode passar mais rápido ou devagar.
É exatamente isso que acontece durante a leitura. Você termina um capítulo muito rápido, outros mais devagar e vai ficar impressionado quando faltar apenas uma semana para o fatídico dia. Foi assim para mim.
Jonh Green utiliza um recurso parecido em Quem é você, Alasca?. No livro dele rola um plot twist por não sabermos o que vai acontecer no fim da contagem e apesar de em Meu Coração e Outros Buracos Negros já termos consciência do que pode ocorrer ficamos desesperados quanto mais o dia se aproxima.
Eu já falei sobre clichês no Destrinchando de O Ladrão de Raios, mas esse livro vem para provar que dá para usar o que já foi repetido várias vezes em algo muito bom. Não vou dizer que podemos ser livres de clichês, mas aprenda a não depender deles na sua obra ou inová-los de alguma forma.
SOBRE O LIVRO:
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* Se você gostou desse Destrinchando, deixe seu voto. Comente também sobre o que achou do capítulo. Se já leu, ou pretende ler essa obra e encontrou outras lições de escrita pode deixar aqui também. Até o próximo capítulo.😊😊😊
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