1.0
TRÊS ANOS DEPOIS
Minha cabeça estava explodindo, e isso era culpa de Yuzuha, Chifuyu, Kazutora e Hakkai por serem um bando de bêbados do caralho. Sabia que não daria nada certo sair com eles, ainda mais quando ficaram me enfiando bebida atrás de bebida, e como a ótima amiga que eu sou, não recusei nenhuma, óbvio. E agora, me encontrava incapaz de sair da cama, apenas tinha forças o suficiente para gemer de dor a cada segundo que era atingida por uma nova onda. Onde eu estava com a cabeça quando pensei que seria uma ótima ideia sair com esses quatro sem noção?
Soltei outro gemido de dor, o que arrancou uma risada de Takashi. Abri apenas um olho para olhar ele, resmungando. Ele estava deitado do meu lado, mas diferente de mim, estava muito mais vivo, e estava desenhando alguma coisa nova que eu não conseguia ver.
-Eu te avisei que isso ia acontecer.- ele cantarolou sem nem mesmo virar a cabeça para me olhar. -Mas você nunca me escuta.
-Para de ser chato, Takashi.- eu disse num sussurro, enfiando o rosto contra o travesseiro. -Tá muito claro. - eu choraminguei. Senti minha pele ser beliscada de leve e chiei, massageando o local e olhando feio para Takashi. Ele deu um sorriso para mim.
-Ainda bem que minha mãe e minhas irmãs desmarcaram o jantar. Imagina você com essa cara de acabada.- ele falou e eu dei um gritinho indignado, o que foi uma péssima ideia, porque minha cabeça explodiu de dor e eu gemi de novo.
-Pelo menos agora vou ficar o dia inteiro enfiada aqui na cama. - eu disse e ele arqueou a sobrancelha, um sorriso nos lábios.
-Quem disse?- ele falou e eu fiz uma careta, abrindo a boca para protestar, mas Takashi não me deixou falar. -Eu não desfiz a reserva e nem vou, então significa que vamos jantar fora.
-Ah, não. - eu disse torcendo o nariz.
-Não reclama, sua chata. - ele falou beijando minha bochecha e eu sorri, passando os braços ao redor da cintura dele e o apertando contra mim.
Fazia praticamente um ano que Takashi e eu começamos a morar juntos, mesmo que não tivéssemos oficializado as coisas entre nós. Ao mesmo tempo que eu dizia que não tinha problema, eu ficava me perguntando se um dia nós acabariamos ou não casando. Não sei porque eu andava pensando tanto nisso, sinceramente. Não é como se eu não soubesse que Takashi me amava e nem como se eu não acreditasse que o amor dele seria para sempre. Ainda assim...
Batidas frenéticas na porta me fizeram torcer o nariz, porque eu sabia exatamente quem estava batendo na porta parecendo uma maluca do cacete. E Takashi também sabia muito bem, porque me olhou e deu um sorrisinho.
Soltei outro gemido, me levantando e beijando ele de leve antes de me arrastar até a porta da entrada. Apenas para encontrar Yuzuha ali, parecendo uma surtada, os cabelos completamente bagunçados.
-Aí meu Deus, Yuzuha, que cara é essa?- falei torcendo o nariz. -O que aconteceu com você?
-Eu beijei o Chifuyu ontem?!- ela praticamente gritou assim que entrou dentro do apartamento, olhos arregalados. Eu caí na gargalhada.
-Não só ele, beijou o Kazutora também. - falei dando de ombros e ela deu um gritinho perplexo. Aquilo só me fez rir mais ainda.
-E você não me ajudou? Não me parou? Ai meu Deus!- ela disse indignada. Eu ri, passando os braços ao redor dela e a apertando de leve.
-Relaxa, Yuzu! Você parecia bem interessada em beijar os dois ontem.- falei com malícia, apenas para receber uma cotovelada forte nas costelas que me fez perder até o fôlego. Fiz uma careta. -Cacete, Yuzuha!
-Você é a pior amiga do mundo!- ela choramingou. Eu ri.
-Ah, até parece. Vai dizer que não gostou de ter dado uns beijos neles?- falei arqueando a sobrancelha. Ela passou a mão de forma nervosa pelo cabelo. Não é possível que Yuzuha esteja surtando por causa de uns beijinhos, pelo amor!
-Pode até ser! Mas eu não esperava acordar na cama com eles, né. - ela disse e eu engasguei com minha saliva, começando a tossir tanto que Yuzuha me deu um tapa forte nas costas.
-Ai meu Deus!- eu disse indiganda. Ela franziu o cenho e depois arregalou os olhos.
-Não desse jeito, sua otária!
-Mas foi você que disse que acordou na cama com eles! - eu gritei de volta.
-Mas não assim! Ai meu Deus, eu quis dizer que eu passei mal e eles me levaram para casa e depois que acordei tive que aguentar as zoações. Deus me livre ficar com esses dois imbecis da porra!
Apenas arqueei uma sobrancelha para ela e cruzei os braços. Não estava comprando muito esse papo de Yuzuha, mas vou fingir que sim.
No fim das contas, Yuzuha passou algumas horas comigo me dizendo que nunca mais ia sair comigo, sendo que quem deveria estar dizendo isso era eu! Quando ela finalmente foi embora, Takashi já estava se arrumando pra sair.
-Tomou banho sem mim, acho isso uma puta falta de consideração, sabe?- eu zombei e ele riu enquanto eu me dirigia até o banheiro.
Quando terminei de me arrumar, usando um vestido que Takashi tinha feito para mim (um dos milhares, óbvio), nós saímos para o restaurante que era ali perto. Caminhamos de mãos dadas pela rua, enrolando um pouco para chegar porque Takashi me fez parar várias vezes para tirarmos fotos. Bom, pelo menos eu tinha arranjado o namorado certo!
O jantar foi maravilhoso, Takashi sabia exatamente que lugares me levar, o que era simplesmente impressionante. Mas acho que depois de quase quatro anos juntos, isso era normal, no fim das contas.
Depois de jantarmos, nenhum de nós queria voltar para casa ainda, motivo pelo qual fomos parar em um parque ali perto. Mesmo estando de noite, era muito, muito bonito.
Takashi abraçou minha cintura por trás, beijando de leve meu pescoço exposto e eu sorri. O amava tanto, tanto, que às vezes não sabia se tinha espaço o suficiente dentro de mim para amá-lo.
Me virei para ele, passando os braços ao redor de seu pescoço e o puxando para mais perto de mim, olhando aqueles olhos lavanda que eu amava tanto.
E pensar que um garoto desconhecido de uma foto aleatória que eu tirei viraria o amor da minha vida... Pensar nisso me fez rir, e Takashi franziu o cenho para mim, esperando que eu dissesse o motivo da graça.
-É engraçado, não?- falei brincando com uma mecha de cabelo dele e Takashi arqueou a sobrancelha para mim. Eu esclareci: -O como a gente acabou junto. Você era só um garoto qualquer que eu achei bonitinho e decidi tirar uma foto.
-Então você tirou uma foto minha só porque me achou bonitinho?- ele falou com um sorriso malicioso. Eu revirei os olhos e sorri, beliscando de leve o braço dele.
-Engraçadinho. Não foi só por isso, mas eu bati o olho em você, Mana e Luna e soube que ia ficar uma foto bonita. Foi por isso que tirei a foto. Achei que você nunca mais fosse aparecer na minha vida, quem dirá que fosse se tornar meu namorado e que eu fosse te amar tanto assim.- eu falei com um suspiro e Mitsuya sorria tanto que era capaz de iluminar a escuridão da noite. Isso me fez rir enquanto eu acariciava o cabelo dele. -Você é o amor da minha vida, Takashi Mitsuya.
-Fico feliz que eu seja. - ele disse me fazendo dar uma risada. Me inclinei na direção dele, deixando que meus lábios se pressionassem contra os de Mitsuya. Takashi me puxou pela cintura, abrindo mais a boca e aprofundando o beijo, sua língua envolvendo a minha de forma carinhosa enquanto suas mãos subiam pelas minhas costas, me fazendo suspirar.
Takashi se afastou de mim, segurando minhas mãos nas suas. Por um tempo, ele ficou silencioso, o que me fez franzir o cenho em confusão. Abri a boca para dizer alguma coisa, mas os olhos lavanda dele encontraram com os meus e ele sorriu.
-Eu te amo, Akira.- ele falou. Mitsuya dizia isso várias e várias vezes, mas... Dessa vez, era diferente. Tinha algo diferente, e meu coração estava batendo acelerado, dentro da garganta. -Te amo, e espero que saiba que o que eu sinto por você é pra sempre. É clichê, eu sei, mas não imagino mais minha vida sem você. Nem quero imaginar mais minha vida sem você, sabia? Você é a mulher da minha vida. E eu quero...
Ele soltou uma de minhas mãos, a levando ao bolso da calça. E, no segundo seguinte...
Mitsuya estendeu um anel para mim; um anel simples, com uma delicada pedra de ametista que brilhava mesmo com apenas a luz da lua. Senti meus olhos encherem de lágrimas antes mesmo que ele falasse algo.
-Quer casar com você, Akira Aikyo, e passar o resto da vida do seu lado se você quiser. E se você aceitar, te prometo que vou te fazer a mulher mais feliz do mundo. - ele disse, os olhos lavanda cravados no meu.
Eu dei uma risada em meio a um soluço, abraçando Takashi com força contra mim, um abraço que ele retribuiu da mesma forma.
-Mas você já faz.- eu disse num sussurro e ele riu.
-Vou levar isso como um sim, então. - ele disse, me fazendo dar outra risada.
-É claro que é um sim. Sim, sim, sim, eu quero casar com você, Takashi. Eu amo você. - falei, segurando o rosto dele em minhas mãos e fitando seus olhos lavanda antes de grudar meus lábios nos dele.
Nunca pensei que pudesse ser feliz desse jeito, mas isso foi antes de conhecer Takashi Mitsuya e me apaixonar por ele.
E pensar que tudo começou com apenas uma foto...
Fim
É isso meu povo, fanfic chega ao fim!
Espero que tenham gostado de ler tanto quando eu gostei de escrever <3
Amei escrever a história da Akira, os altos e baixos e tudo mais. (cof cof uma das minhas únicas fanfics sem desgraça total)
Espero que tenham gostado da história <3
Vejo vocês nas próximas fanfics de tokyo revengers, quem sabe?
~Ana
Data: 06/12/21
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