20. Retorno
가려진 오랜 시간이
우리를 다시 불러와
어느 곳에 있어도
그 끝은 항상 너인걸
🎶10m, spring snow.*
PRESENTE.
KIM TAEHYUNG SEGUROU DESTINY firmemente por trás dos seus joelhos durante o trajeto de volta, sentindo sua respiração acelerada contra suas costas arqueadas e seus braços atados ao redor do seu pescoço. Talvez toda aquela pose de recuperada tenha sido uma farsa, ou, talvez, a cantora estivesse usando o seu tornozelo machucado como justificativa para ser carregada em seus braços após o fim do festival. Embora fosse um percurso curto, o qual jamais seria suficiente para ele reclamar do seu peso, Taehyung fazia questão de desacelerar os passos e contemplar o momento enquanto os comerciantes ao redor desfaziam suas tendas e guardavam seus pertences.
O tumulto cessara, mas o clima ainda era agitado e radiante. Tinha sido um bom festival. Amador, certamente, mas divertido.
Vincent sentia seus lábios formigarem, como se a presença do toque adocicado e levemente embriagado de Pearl ainda residisse ali, pela primeira vez em tantos anos. Ele lutava contra o nervosismo daquela proximidade e as batidas aceleradas do seu coração, que pareciam harmonizar com as lufadas de ar que Destiny soltava contra o lóbulo da sua orelha esquerda.
Honestamente, Taehyung imaginou diversos cenários em sua mente quando tomou o impulso de beijá-la, porém, em nenhum destes, chegou a cogitar que Destiny retribuiria seu afeto. Não depois do que aconteceu três anos atrás. Não depois de ele tentar, com todas as forças, manter distância da sua vida. Por mais que não seja dado a modéstia, pensou que Namjoon e ela, de fato, tinham uma relação consolidada. Por isso, foi uma surpresa quando Destiny envolveu seus braços ao redor da cintura de Vincent e entreabriu os lábios suavemente, em resposta, enquanto os fogos de artifício explodiam no céu noturno daquela parte da cidade e ele se entregava a paixão que queimava em seu peito como brasa.
Taehyung acariciou seus lábios com firmeza e determinação, explorando cada centímetro da sua boca e desejando que aquele acontecimento fosse eternizado em suas mentes. Sabia bem que não devia cultivar aqueles sentimentos persistentes outra vez, não quando se esforçou tanto para que eles sumissem do seu coração, mas não conseguia evitar. Estava sendo egoísta, porém, Destiny era a única capaz de por fim a sua agonia.
E ela estava ali.
Tão perto.
Tão hipnotizada pelo momento.
Tão brilhante.
Ele não pode conter-se.
Não queria suprimir o que gritava dentro de si.
E, no fundo, queria que ela deixasse transparecer que sentia o mesmo, pelo menos uma fração, uma faísca do que ela prometeu que enterraria no passado, três anos atrás.
Ela o beijou sem qualquer relutância, querendo aquele contato tanto quanto Vincent, e se pudesse descrever a sensação, diria que se sentia nas nuvens. Queria fazer aquele instante durar para sempre, podia fazer dos seus braços a sua nova moradia, se sentia protegida de todo o caos e iminente desastre que cercava a sua vida. Talvez tenha sido uma estúpida manifestação do seu desespero, mas podia jurar que o beijo durou por horas ou que o tempo tinha congelado naquele acontecimento que era simplesmente perfeito.
A mágica findou-se quando alguém esbarrou nos dois e a cantora desequilibrou-se. Taehyung, evidentemente, a apanhou em seus braços e firmou-a no chão, mas, ao encarar sua face de novo, sentiu-se constrangida e tímida. Um adjetivo que não mais usava para descrevê-la. Mas era verdade. Estava com vergonha e seu rosto esquentava e borbulhava em uma escala impressionante. Precisava desviar o olhar daqueles olhos escuros que esquadrinhavam seu rosto e proclamavam declarações que não chegariam a ser transmitidas por seus lábios. Não agora.
Fez o que uma covarde faria. Evitou o oceano noturno em seu olhar, fingiu sentir dores no seu tornozelo e, um instante depois, Taehyung ordenava que ela subisse em suas costas — o que o fez sem pestanejar. Agora, com os braços envolta do seu pescoço, não conseguia deixar de observar a nuca dele, ou os fios rebeldes do seu cabelo castanho-escuro, ou a curvatura fofa das suas orelhas.
Tudo em Kim Taehyung era adorável.
— Obrigada por hoje — balbuciou, cessando o silêncio entre os dois. — Teria sido muito triste ficar trancada no quarto do hotel o dia inteiro no meu aniversário.
Vincent suspirou, esforçando-se para compreender o que a cantora falava tão baixo.
— Não acho que precisa parar a sua vida depois do que aconteceu. Na verdade, acho que essa sua pausa já durou tempo demais.
Custou-lhe admitir, mas Destiny precisava concordar.
— Você tem razão. Se eu usar um vestido longo, mal irão notar caso eu suba no palco descalça — brincou.
— No fim, pouco importa. Eles adoram a sua voz.
— Espero que Namjoon retorne logo para retomarmos.
Ele pigarreou. Estaria mentindo se dissesse que não sentiu uma pontada de ciúmes.
— Ele falou quando voltaria?
Balançou a cabeça.
— Em breve. É a única coisa que sei.
— Deve estar morrendo de saudades — não conseguiu evitar o comentário carregado de ironia.
— Não tanto quanto imaginei — falou com sinceridade. — Mas, sim, gostaria de tê-lo de volta o mais rápido possível. Ele está muito ocupado esses dias com a possibilidade de expandir o hotel e abrir uma nova unidade.
— E você não está nem um pouco contente com isso — ele concluiu, de pronto.
Destiny fez um bico involuntário de insatisfação.
— Dá última vez... — recordou-se e fez uma pausa. — Bom, sabemos o que aconteceu dá última vez.
Inconscientemente, ela se aconchegou mais contra seu corpo, apertando os braços contra seu torço.
O coração de Kim Taehyung acelerou.
Agora que Namjoon havia sido mencionado na conversa, Destiny pensava na sua relação indefinida com ele e como as coisas ficariam complicadas a partir de então. Quer dizer, o que ela e Vincent eram? Um beijo poderia significar muitas coisas, inclusive nada. E, sinceramente, Destiny não queria enfrentar a situação enquanto Namjoon não estivesse de volta trazendo notícias sobre sua nova empreitada. Aquilo parecia ser mais importante do que sentimentos que imergiam a superfície após três anos adormecidos. Enquanto Vincent não a confrontasse sobre o que eles eram, as coisas permaneceriam inertes até ela se resolver.
— Acha que ele vai aparecer de repente com uma nova atração para o Moonchild? Uma atração melhor que você, talvez — arriscou, deixando as palavras fluírem para fora de sua boca sem qualquer crivo.
Destiny, por sua vez, estava muito adepta a honestidade para se importar com as alfinetadas de Vincent.
— Não seria interessante se pudessem replicar tantas Destinys por aí, certo?
Ele sorriu suavemente.
— Não, não seria. E, sinceramente, não acho que há chances disso acontecer.
Eles chegaram na base das escadas e, ao avistar o carro estacionado mais a frente, Destiny fez sinal para que Vincent se abaixasse e ela pudesse descer de suas costas. Ela ajeitou seu vestido amarrotado e passou a mão pelos cabelos, tentando arrumar algo que definitivamente não estava fora do lugar. Pelo canto dos olhos, ela percebeu que Taehyung a encarava solenemente, não como se estivesse prestes a fazer alguma pergunta importante ou, pior, perguntar o que eles eram depois do beijo.
Ainda assim, Taehyung era direto demais para evitar tal situação. Fato que até mesmo o incomodava, pois, ele enfiou as mãos nos bolsos da calça — a fim de controlar o nervosismo — e riu de forma descrente, o que atraiu a atenção de Pearl a ele. Então, sem nem mesmo pestanejar, ele disse:
— Eu só queria deixar claro que ainda gosto de você. Talvez nunca tenha deixado de gostar. E por isso saiba que estou disponível quando e se você me quiser.
»🎙️«
Destiny abriu a porta da sua suíte sob o olhar meticuloso de Vincent queimando a sua nuca. Havia seguranças para todos os lados, ainda assim, lá estava ele certificando-se que ela estaria em segurança mais uma noite. As suas palavras ressoavam como eco na mente da cantora. Se impulsividade fosse um dos seus traços de personalidade, Destiny certamente pularia em seus braços e o cobriria de beijos no momento em que ouviu aquelas palavras saírem da boca de Vincent. Mas sua vida estava um completo caos.
E, bom, havia o Namjoon.
Atrapalhou-se com as chaves, nervosa com sua proximidade e atenção que depositava nela.
Vincent adiantou-se, pondo uma mão em seu ombro, e falou:
— Vou apenas checar se não tem ninguém no seu quarto.
Destiny ficou parada no batente da porta, observando com um meio sorriso bobo a forma como ele vasculhava seu quarto atentamente. Taehyung olhava até mesmo atrás das cortinas transparentes da sua varanda e debaixo das cobertas minúsculas em cima da cama, pertencentes a Prima Donna. Estaria mentindo se dissesse que não estava emocionada com sua dedicação.
— Eu... vou falar com o Namjoon assim que ele retornar — ela torceu para que ele não adentrasse no assunto. Limpou a garganta, envergonhada, e acrescentou: — Acho que... temos muito o que conversar. Eu e ele, no caso. Me refiro a mim e o Niklaus.
Enrubesceu e coçou a nuca, encabulada.
Taehyung, por outro lado, apesar de ter ouvido bem, concentrou-se em sua tarefa de revistar o quarto de Destiny, embora soubesse que aquelas palavras tirariam completamente o seu sono nas próximas noites. Quando estivesse sozinho, em seu quarto, encarando o teto do cômodo, iria contar os segundos para o retorno do seu maior empecilho, só assim, talvez, ele tivesse uma chance...
Isso era tão inquietante quanto estar perto dela sem poder tocá-la.
Taehyung demorou-se nos detalhes, então, quando se deu por satisfeito, comunicou:
— Ao que tudo indica, não há nada fora do lugar.
Esfregou as mãos como se tivesse as sujado e ergueu o tronco. Destiny ainda o encarava do batente da porta, com os braços cruzados e o corpo inclinado. Seus cabelos louros e espessos terminavam adoravelmente na curva da sua cintura e seus saltos já haviam sido abandonados na entrada do quarto.
— Você está facilitando muito o trabalho dos meus seguranças, não acha?
Vincent deu de ombros e, um instante depois, pigarreou:
— Já vou indo — gesticulou para a porta que conectava o seu quarto ao dele. — Qualquer coisa, sabe onde me encontrar.
— Gostaria de passar a noite? — A pergunta escapou pelos lábios da cantora tão rápido quanto seu raciocínio, porém, embora Taehyung tenha entreaberto os lábios e fosse óbvio o que responderia, restou sem uma resposta.
Acontece que, contra todas as expectativas, Namjoon havia retornado.
Ele chegou exatamente antes do relógio marcar meia-noite e surpreendeu tanto a cantora quanto a Taehyung, quando chamou por seu nome do final do corredor daquele andar.
Em um sobressalto, Destiny recuou um passo e desviou o olhar para a figura alta e elegante que a chamava. Namjoon estava com um semblante cansado, seus cabelos estavam mais curtos e da sua mão pendia um buquê de rosas-vermelhas com cinco flores, para ser mais específico. Ele avançou pelo corredor com seus passos largos e a puxou para um abraço apertado quando alcançou a cantora.
Destiny lançou um rápido olhar para dentro do seu quarto, mas Vincent já havia sumido pela porta que conectava os quartos, sem deixar qualquer rastro da sua presença para trás.
Ao se separarem, Niklaus apertou os seus ombros e esquadrinhou o seu rosto com cautela e zelo. Havia uma pergunta implícita naquele olhar, ansiando por saber onde e com quem ela estava, mas aquilo não parecia ser uma de suas prioridades no momento.
— Você estava indo dormir?— Ele olhou para dentro do quarto da cantora, por cima da sua cabeça. Parecia agitado e empolgado, o que Pearl só podia interpretar de uma forma: ele tinha conseguido. Estava feliz. Então, recordou-se do buquê que segurava e estendeu na sua direção: — Ah, são para você. Feliz aniversário, minha joia rara.
Ela pegou o buquê e sentiu o cheiro das flores, porém, o cheiro bom deu lugar a uma sensação amarga quando ele prosseguiu:
— Eu consegui, Pearl. Em breve teremos uma nova você chegando no hotel.
»🎙️«
*Tradução:
"Há muito tempo, isso está escondido
Nos traz de volta juntos novamente
Não importa onde você esteja
O que eu penso no final é você."
Oi meus amores!
Espero que tenham gostado do capítulo! Não se esqueçam de votar e comentar, por favor!
Beijos da Blue e até o próximo capítulo »💙«
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