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14. Cuidados

멈출 수 없는 이 떨림은
On and on and on
내 전부를 너란 세상에
다 던지고 싶어

🎶Blackpink, Playing With Fire.*

PRESENTE.

DESTINY ESTAVA DEITADA na sua cama macia, em seu luxuoso aposento, segurando uma bolsa de gelo contra sua cabeça e afagando o pelo macio de Prima Donna em um ritmo terapêutico, tanto para si quanto para gata, que dormia confortavelmente em seu colo.

O acidente tinha causado um alvoroço naquele seu fim de dia corrido. Quando o carro veio em sua direção, muitas coisas passaram pela mente da joia rara, principalmente a consciência de que, talvez, aquele fosse o momento de ela finalmente pagar pelos seus erros do passado.

Mas não foi bem isso que aconteceu.

Aquele foi apenas um aviso.

Um recado que ela compreendeu muito bem, de uma pessoa que ela conhecia muito bem.

Por isso que o carro preto parou instantes antes de atingi-la com força total, fazendo com que o estrago maior fosse o susto causado e a queda brusca que a jovem cantora sofreu em um reflexo de defesa. A calçada fria daquele restaurante não fora tão gentil consigo, deixando várias escoriações nas regiões de impacto.

A parte anterior da sua cabeça bateu contra a porta de vidro, bem como a lateral por ricochete, causando o estrago maior com o sangramento já estancado e uma protuberância que estava se formando na área atingida. Seus cotovelos e coxas estavam ralados superficialmente, e seu pé estava enfaixado devido a uma torção no tornozelo quando seus saltos perderam firmeza.

Àquela altura dos acontecimentos, Hazel Stuart já havia sumido, deixando mais perguntas do que respostas. Embora restasse a certeza de que nada sobre o passado de Destiny seria revelado, pelo menos não por enquanto.

Destiny fora levada ao hospital às pressas, poucos segundos após o motorista sumir de vista. Não queria ir, pois, não queria chamar atenção. Mas aquilo não foi uma escolha quando as pessoas que presenciaram a cena viram seu estado e imediatamente a conduziram ao local.

Haviam pessoas gentis tentando ajudá-la, na medida em que também haviam repórteres a espreita, prontos para escreverem as matérias pelo resto da semana — estas que Destiny estava, deliberadamente, as ignorando desde que recebeu alta. Afinal, o local onde a jovem cantora estava naquela hora era de conhecimento público, uma vez que o evento de Helena Springs teve cobertura regional da mídia.

Ficar um dia internada e sob observação foi uma penitência. Destiny fez alguns exames e recebeu muitas flores e cartões pomposos desejando sua rápida recuperação.

Namjoon a visitou uma vez, mas não ficou por muito tempo, e sua maior companhia foi a senhorinha que fazia crochê no corredor daquela ala do hospital, enquanto aguardava notícias sobre a recuperação de sua filha que também estava internada. Destiny até mesmo ganhou um cachecol verde de presente ao receber alta, um que já estava sendo finalizado pela senhora de idade quando esta foi obrigada a permanecer no hospital por pelo menos vinte e quatro horas.

A peça, por incrível que pareça, parecia ter sido feita especialmente para a cantora. Caiu como uma luva e era uma adição bem-vinda ao guarda-roupa dela.

Agora, em casa e com uma agenda de compromissos suspensa pelos próximos dias, o que restava a cantora era o silêncio do seu quarto escuro e extravagante, algumas caixas de remédio para dor sobre sua mesa de cabeceira e a companhia da sua gata — que parecia sentir a necessidade de atenção da sua dona no momento, visto que foi a primeira a recebê-la quando abriu a porta do quarto de hotel e se confinou em sua solidão reflexiva.

Namjoon havia viajado a negócios e ela não tinha mais ninguém... Pelo menos era o que pensava, até ouvir batidas na porta do seu quarto.

Destiny grunhiu baixinho, mas não se mexeu, não queria afugentar Prima Donna dali a troco de nada, por isso que estava imóvel em sua cama. Então, com uma resposta categórica, disse:

— Pode entrar.

Embora não fosse aconselhado para sua própria segurança, ela havia deixado a porta destrancada propositalmente, confiando nos seguranças que estavam de prontidão no corredor daquele andar.

Namjoon não havia feito muitas perguntas após ela praticamente exigir que ele reforçasse o número de guardas na sua cola e na dele — algo que ele já vinha aconselhando, mas que somente agora a cantora cedeu por um bem maior: sua vida.

No entanto, de todas as razões possíveis para alguém ir vê-la naquele momento, tão tarde da noite, ela jamais imaginaria que Vincent seria a pessoa a irromper as portas do seu quarto como um furacão e marchar em sua direção com sangue nos olhos e uma veia saltada na lateral do pescoço.

Ele esquadrinhou o rosto dela minuciosamente, sem dizer uma palavra. Pearl notou que Taehyung segurava um jornal com força, ao ponto de torcer e amassar o papel entre seus dedos, provavelmente com uma matéria de capa sobre o acidente.

Sua respiração estava estranhamente calma e controlada, embora "calma" fosse a última palavra que Destiny escolheria para descrever o que se passava naqueles olhos enuviados, turvos como águas densas do oceano noturno.

Ela conhecia bem aquele olhar.

Diante do seu silêncio, Destiny suspirou e vestiu sua capa de ironia:

— Parece que foi o último a saber da grande notícia.

Taehyung trincou o maxilar, seu olhar escuro endureceu.

— E eu pensando que a próxima vez que meu nome estivesse na capa dos jornais, seria por conta do meu aniversário — bufou, fingindo decepção. — Como posso usar os saltos que ganhei do Namjoon mês passado com esse pé enfaixado? — Ela encarou o pé que repousava em cima de uma almofada, mas Taehyung não acompanhou o seu olhar.

A expressão de Destiny fechou quando voltou a observá-lo. Ela esticou o corpo o máximo que conseguiu sem incomodar Prima Donna, e, com o rosto a poucos centímetros do dele, balbuciou:

— Eu estou bem, Taehyung.

Ela sabia que aquela era a principal razão de ele estar ali. De ele estar como estava.

— Me diga quem foi — ordenou, ignorando sua tentativa falha de tranquilizá-lo. — Me diga quem fez isso com você.

Destiny continuava afagando os pelos da gata, com uma luta interna sendo travada dentro de si. Não queria toda essa proximidade vinda dele, essa reaproximação que ela bem sabia que só serviria para machucá-la ainda mais.

— Isso não é da sua conta, Vincent. Eu vou cuidar de tudo sozinha, como sempre fiz desde que você se foi.

Ele não lhe deu ouvidos.

Pearl, me diga quem foi.

Eles travaram aquela luta interna e silenciosa por alguns segundos, talvez minutos, até que ela cedeu a sua determinação. Não tinha forças para ser hostil agora.

— Eu não sei, está bem? Eu... O veículo surgiu do nada e... — Destiny suspirou, sabendo que Taehyung queria apenas uma confirmação para as suspeitas dele. Não adiantaria mentir. — Você sabe muito bem quem foi.

Não havia porque fazer arrodeios.

Foi ela — praguejou apenas para si, trincando o maxilar e pondo as mãos no quadril. Ele olhou ao redor do quarto, descrente e preso em seus próprios pensamentos vingativos.

— Sim, foi — ela confirmou mesmo assim. — Mas eu não acho que ela tenha a intenção de divulgar nada... por enquanto. E não estou machucada, vou sobreviver.

O rosto dele continuava sério.

— Aqui diz que você estava desmaiada e com as roupas ensanguentadas quando foi encontrada.

Taehyung observou o curativo próximo da têmpora direita de Destiny.

— Eu estava lúcida. Muito lúcida, por sinal. Apenas fui ao hospital porque me arrastaram contra a minha vontade, mas eu conseguia distinguir tudo que estava acontecendo ao meu redor. — Ela fez uma pausa. — Aliás, por que estou te contando tudo isso? Nada disso lhe diz respeito.

Taehyung continuava encarando o seu curativo, avaliando o estado das suas feridas como se fosse algum profissional e ignorando as tentativas da cantora de afastá-lo.

— Por que não me avisou logo? — questionou, enfim, descendo o olhar até os olhos dela. Sua voz era firme e profunda. — Eu jamais permitiria que esses sanguessugas tivessem acesso às informações sobre o seu estado ou publicassem fotos suas desse jeito.

Vincent balançou o jornal amassado na sua frente.

As notícias que Destiny estava evitando pareciam tomar proporções maiores cada vez que alguém a lembrava delas. Talvez, sumir por alguns dias não fosse a pior das ideias nessa situação. Ela poderia descansar e repensar nos seus próximos shows. Voltaria mais forte do que nunca.

Mas só de pensar na sua ausência dos palcos, fazia um calafrio percorrer a sua espinha.

Namjoon poderia substituí-la nesse meio tempo.

— O Niklaus irá cuidar de tudo — foi a única garantia que pode dar, afugentando seus pensamentos negativos. Ele vinha cuidando dela nos últimos anos, com certeza cuidaria desse pequeno incidente também.

— Claro, o Niklaus — ele soprou com desdém, em meio a uma risada sarcástica, e revirou os olhos. — Onde ele está agora? Ele deveria estar aqui, com você. Cuidando de você.

— Eu não preciso de uma babá — fez uma careta e se remexeu na cama, o que fez Prima Donna pular do seu colo no mesmo instante. Não haviam forças no mundo que fizessem a gata retornar agora.

Destiny grunhiu de raiva para Vincent, que apenas deu de ombros, completamente indiferente.

Antes que um dos dois pudessem quebrar o silêncio, batidas fracas na porta chamaram a atenção deles.

Um empregado pôs a cabeça para dentro após autorização da cantora, mas este não estava procurando por Destiny, e sim pelo Vincent. Ao avistá-lo, disse:

— Senhor, as malas já foram movidas para o quarto ao lado. Deseja mais alguma coisa?

Destiny franziu o cenho, atenta à conversa.

— Não, obrigado — Taehyung respondeu, puxando a carteira do bolso da calça e entregando uma gorjeta farta ao funcionário do Moonchild. — E quanto ao Tan?

— Está bem acomodado nos aposentos do senhor, com água e comida a disposição. O serviço de quarto também preparou o que pediu, senhor. Aqui está.

Uma bandeja foi entregue ao Taehyung na entrada mesmo, já que, depois do incidente, o Niklaus proibiu qualquer pessoa de entrar nos aposentos da cantora.

— Ótimo. Pode ir embora agora.

Ele acenou em direção a porta e o homem não se demorou mais ali. Ao fechar a porta novamente, Destiny esticou o corpo para alcançar a figura de Taehyung, caminhando até ela com uma bandeja enorme em mãos, espalhando um cheiro bom que fez seu estômago roncar.

— O que ele quis dizer?

— Sobre que parte?

— Sobre suas malas ou algo assim...

Ele deu a volta e se sentou na beira da cama, do outro lado, com a bandeja apoiada no colchão.

— Ah, isso... Eu estou me mudando para esse andar. Você não pode ficar sozinha nessa situação.

Choque e descrença atravessaram as expressões da cantora.

— Como assim? — Ralhou, pouco receptiva. — Todos os quartos nesse andar estão fechados por ordens minha e do Niklaus.

Ele lia o conteúdo dos sachês de tempero quando soprou uma risada irônica ao ouvir a afirmação da jovem cantora. Destiny o encarava firmemente, com uma expressão fechada, mas não deixou de reparar como Vincent estava bonito com aquele sorriso marcado no rosto.

O pensamento fugiu da sua mente após ele voltar a falar:

— Eu sou um homem bem persuasivo, jagiya.

Ela revirou os olhos.

Ele continuou, enquanto vasculhava o punhado de sachês:

— Melhor se acostumar com a ideia de que somos vizinhos agora. Ah não ser que... — olhou ao redor — haja um espaço para mim aqui.

— Você não é bem-vindo no meu sofá — respondeu imediatamente.

— E na sua cama?

Ele tornou a encará-la, com o sorrisinho charmoso no seu rosto bonito.

Destiny abriu um sorriso tão irônico quanto, embora seu rosto estivesse quente como o inferno. As bochechas queimavam.

— As possibilidades são ainda menores, já que a fila para entrar na minha cama é muito, muito grande.

Ele estalou a língua e balançou a cabeça, parecia ter recuperado um pouco do seu humor ao vê-la bem e intacta, apesar dos machucados.

Ao achar o que tanto procurava, Vincent despejou o conteúdo do sachê numa sopa aromática e se aproximou ainda mais de Destiny.

— Quando foi a última vez que fez uma refeição? — Indagou sem encará-la, sabendo que toda a atenção da cantora estava nele. Ele mexia na sopa fumegante com uma colher e se preparava para pegar a primeira colherada. — Não pode ficar sozinha trancafiada nesse quarto.

Destiny abriu a boca para responder, mas ele se adiantou:

— Não adianta mentir.

— Não estou com fome.

Sua barriga roncou alto.

Ele riu e balançou a cabeça, fazendo com que seus cabelos caíssem pela testa, quase cobrindo os olhos.

Ela grunhiu e acrescentou:

— Eu posso me alimentar sozinha.

— Ora, não seja precipitada — ele fez um biquinho, com a colher cheia de sopa na altura dos olhos. — Eu não ia dar comida na sua boca.

Destiny ignorou como suas bochechas coraram violentamente, constrangida por falar demais e dar a ele a oportunidade perfeita para brincar consigo.

Taehyung achou graça, mas poupou Pearl dos seus comentários sarcásticos. Com agilidade, ele posicionou a bandeja no colo de Destiny, para que a cantora pudesse comer de forma confortável; ajeitou os travesseiros nas suas costas, para que ela tivesse o apoio necessário; e deitou-se ao seu lado, com as pernas esticadas e as costas contra um travesseiro, segurando a bolsa de gelo que ela antes segurava contra sua testa.

— Assim está bom?

Ele virou o rosto e encarou-a com uma expressão serena.

Destiny assentiu lentamente, com a respiração presa na garganta.

Seu coração estava acelerado, podia apostar que Vincent o ouvia martelar contra sua caixa torácica naqueles instantes em que ela constatava o quanto sentia a sua falta.

Em silêncio, ela virou o rosto e começou a comer. Não sabia o que fazer com aqueles sentimentos e sensações ardendo dentro dela, sua mente estava confusa e fragilizada por causa dos últimos acontecimentos, então, o silêncio foi sua escolha segura. Vincent também não pareceu se incomodar com isso, nem com o fato de que seu braço logo começaria a doer de tanto segurar aquela compressa na posição em que estava. Não parecia nada confortável.

— Já pensou em falar com sua mãe? Ela pode saber algo que possa ajudar... — Enfim, quebrou o silêncio.

Destiny parou a colher a meio caminho da sua boca, apenas para dar uma resposta rápida:

— Katherine está morta, Vincent. E eu duvido que ela tenha alguma informação relevante estando naquele buraco.

— Você sabe que ela ainda pode te surpreender — comentou cautelosamente. — Há quanto tempo você não faz uma visita? Ela deve estar furiosa.

— Não descumpri o nosso acordo. Ainda sou uma ótima filha.

— Então por que não a deixa ser uma ótima mãe também? Ela pode nos ajudar.

Ela não respondeu, embora aquela conversa tenha deixado-a pensativa a respeito da possibilidade. Não visitava a mãe a meses, e certamente não queria fazer isso sem Namjoon ali ou, pior, tão perto do seu aniversário. Recorrer a Katherine deveria ser o seu último recurso, já que não confiava na mãe.

Quando terminou de comer, Taehyung deixou que ela segurasse a bolsa de gelo enquanto ele colocava a bandeja vazia na mesa mais próxima. Já era tarde da noite e ambos estavam dando sinais de cansaço.

Observando Vincent colocar comida e água para Prima Donna, Destiny indagou:

— O que será que ela quer?

Ela aguardou sua resposta, pois sabia que Taehyung tinha lhe ouvido, assim como sabia que ele tinha entendido a sua pergunta.

Ele acariciou a gata, se levantou e limpou as mãos nas laterais da calça com uma calma surpreendente. Então, respondeu:

— Aquilo que não pode ter três anos atrás.

A jovem cantora encolheu o corpo no colchão, presa naquele ar pesado que carregava as suas memórias, mas não deixou transparecer a forma como seu corpo estremeceu. Ainda assim, ele percebeu.

— Você está segura aqui — olhou-a por cima do ombro. — Eu volto amanhã para ver como você está. E, qualquer coisa, estou no quarto ao lado.

— Já disse que não preciso de uma babá.

Ele riu e balançou a cabeça.

— Descanse agora, jagiya. Eu vou cuidar de tudo.

»🎙️«

*Tradução:

"Eu não posso parar esses tremores 

Que continuam, continuam e continuam

Eu quero me jogar totalmente no seu mundo."

Primeira atualização do ano ihuuu! Demorou, mas o capítulo finalmente saiu :,). Queria aproveitar pra agradecer pelas 10 mil visualizações na história. Vocês são demais, sério!

Enfim, espero que tenham gostado do capítulo! Não se esqueçam de votar e comentar, por favorzinho. »🥺«

Beijos da Blue e até o próximo capítulo! »💙«


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