Capitulo único
Grécia, Atenas...
Alderan Albuquerque
Acabei de me despertar, um tanto assustado devido ao sonho que tive — sonho este em que eu estava beijando e fazendo amor com o Mu, o meu amigo de muito tempo. Quero dizer... Para mim, ele é bem mais que isso, pois há alguns meses atrás eu descobri que, o que sinto por ele é bem mais do que sentimentos de amizade...
Faz mais ou menos uns seis meses que eu ando em conflito com meu coração. Após a partida dele para Londres, Inglaterra, eu me sinto um tanto triste. Ainda mais pelo fato do doce e amável rapaz ter ido para lá estudar psicologia.
Mu e eu, às vezes, quando temos tempo, conversamos por mensagens, através das redes sociais Facebook e também pelo WhatsApp. Só que faz uns quinze dias que eu e ele perdemos contato — penso que ele anda muito mais ocupado do que de costume. Me preocupo com meu amigo, pois ele é uma pessoa calma, pacifica e muito gentil.
Tenho medo de algo ruim acontecer a ele — por sorte, Shaka o acompanhou até seu atual destino, já que o indiano também fora estudar em Londres, na mesma universidade que o meu grande amor.
O amor que tenho por Mu está guardado a sete chaves. Esse amor, por diversas vezes, fez meu pobre coração vir a sofrer, pois mesmo eu sendo um homem forte fisicamente e bem seguro de mim, em questão ao doce e angelical Mu, eu me sinto como um adolescente que se apaixonou perdidamente pela primeira vez.
Confesso ter um certo medo de Mu e Shaka estarem juntos, ainda mais que o loiro é bissexual igual a mim — já a opção sexual de Mu, eu realmente não sei, qual seja! E mesmo se fosse o caso dele vir aceitar a um relacionamento com alguém do mesmo sexo, com certeza ele iria se envolver com o Shaka já que o loiro é muito mais bonito que eu...
Só de pensar nos dois juntos, lá em Londres, meu pobre coração vem a sofrer cada dia mais e mais.
Inglaterra, Londres, Universidade de Londres...
Mu Tenzai Gyatso
Estou sentado numa das últimas carteiras da imensa sala da turma do curso de psicologia, enquanto o professor ficou a explanar sobre coisas um tanto complexas dessa profissão, a qual eu desejo seguir.
Eu estava olhando, pela janela de um vidro transparente, a qual se nota quase todos os detalhes do lado de fora, um dos jardins do campus. De repente algo... Quero dizer... Alguém veio chamar a minha atenção — atenção esta que me distraiu diante de um tempo, até o momento que sou chamado pelo professor Edgar Poul...
— Senhor Mu Tenzai Gyatso, o que tanto lhe chama a atenção lá fora? — o professor veio me chamando pelo meu nome completo. — Por favor, se for de vosso interesse, pode vir compartilhar conosco... — acabei ficando um tanto sem graça, voltando as atenções para a sua aula, que já estava quase no fim. Eu pedi desculpas tanto ao professor quanto aos colegas de classe. — Está tudo bem, senhor Tenzai. Sem problemas! — ele falava com o tom mais calmo. — Aqui está seu trabalho já corrigido; como sempre o senhor teve a maior média da turma. Meus parabéns!
Logo depois do professor me entregar o trabalho, coloquei dentro de uma pasta fina de cor transparente e guardei dentro da mochila — que é grande, espaçosa, de cor preta com detalhes em vermelho. —, junto de alguns livros, cadernos e outros materiais.
E após o sinal tocar, pouco a pouco os alunos foram saindo da sala e, indo direto em direção as escadas, para assim chegarmos ao andar de baixo do vasto campus.
Aos poucos e, com calma, fui descendo as escadas até o momento que sinto meu braço ser puxando com uma força moderada, me impedindo de prosseguir.
— Mu, por que você não me esperou? — escutei uma grave voz, bem conhecida e familiar por mim, me chamando assim que eu já iria me virar para trás.
— Primeiro, Shaka, você sempre me espera... — vim a dizer após me virar. — Só que hoje eu não lhe vi lá na porta da minha sala. E, em segundo, ao lhe avistar mais a frente, notei que você estava um tanto ocupado e, eu não desejava lhe atrapalhar...!
Logo depois vim a me soltar do loiro que ainda segurava o meu braço.
Após me soltar de Shaka, continuei a descer as escadas, com ele vindo às pressas atrás de mim, no intuito desesperado em me alcançar, até que o mesmo assim o faz.
Shaka
Fui o seguindo a toda velocidade, contendo uma certa pressa para poder alcançá-lo, pois tenho certeza que ele havia flagrado algo de mim e, eu preciso fazê-lo perder essa marra toda.
Já sei o que farei! Eu vou me desculpar com Mu de uma maneira que ele não irá resistir, pois o meu lindo amigo é homossexual, só que ele é super discreto em relação a isso. Eu tenho pra mim que o lindinho do meu amigo gosta de mim...
Ficou nítido o seu ciúmes em relação a mim, com a Leslie que é chefe de torcida e que é uma tremenda de uma gostosa.
Ufa! Finalmente consegui alcançar o teimoso, que faz jus ao seu signo, pois pessoas do signo de Áries são um tanto bravas. Ao alcançar o meu amigo lindo, logo de cara vim novamente puxá-lo pelo braço, usando de força moderada para puxá-lo para um lugar tranquilo — é uma parte do campus que eu conheço e quase não vem ninguém.
Enquanto fui o guiando para tal lugar, ele ficou resmungando até que chegamos ao mesmo. Eu acabei o empurrando contra a parede, aproximando meu corpo bem próximo ao dele; percebi nitidamente o espanto do mesmo que arregalou as orbes num tom verde esmeralda, após eu vir beijá-lo de forma súbita.
De imediato, meu lindo amigo tentou relutar, mas logo após, ele cedeu os beijos que ganhou mais intensidade e volúpia, nos fazendo cessar de forma brusca e, um tanto repentina ao ouvirmos certos passos até a nossa direção.
Mu se soltou de mim e, ao olhar com mais atenção para ele, o mesmo por ter a pele tão branca estava todo vermelho. E antes de sairmos daquele lugar a qual estávamos eu o pedi em namoro e, por sorte minha, ele aceitou.
Mu
Estou muito feliz pelo fato de estar namorando o Shaka, a quem sempre eu amei. Eu confio plenamente no meu loiro lindo e gostoso — estamos juntos há três meses, logo teremos nossas férias de fim de ano e, assim, poderemos visitar nossos amigos na Grécia.
Por falar nisso, hoje é nosso aniversário de quatro meses de namoro; já comprei o presente dele que é uma linda camisa polo da cor que ele mais gosta. Fui até seu quarto, que ele divide com outro rapaz, para assim entregá-lo o seu presente.
Conforme fui me aproximando, meu coração começou a bater de forma descompassada. Quando cheguei até o local e já ia batendo na porta, vim a escutar sons de gemidos.
Fiquei pensando em quem poderia estar ali, num momento um tanto íntimo, logo comecei a pensar na possibilidade de ser o Shaka, pois eu havia cruzado um tempo antes com seu colega de quarto, tendo quase certeza absoluta que não havia dado tempo do mesmo retornar ao quarto.
Acabei me lembrando de que o Shaka havia me dado a cópia da chave do quarto, então acabei entrando, tendo a pior decepção da minha vida — meu namorado estava transado com Leslie e, a vaca loira gemia igual a uma cadela no cio. Minha vontade era acabar com essa vadia.
Mais me contive, só atirando a sacola, com o presente do traidor, em cima dos dois, saindo correndo em seguida dali. Conforme fui correndo, eu sentia as lágrimas escorrer através de meus olhos. Em poucos minutos, o traidor do Shaka veio atrás de mim, vestindo só um roupão. Tentei bater a porta na cara de pau dele, mas o cachorro acabou conseguindo entrar.
O safado começou a me pedir desculpas e implorar pelo meu perdão...
— Shaka, por favor...! — eu comecei o expulsando de meu quarto, em lágrimas. — Saia daqui! Vai embora e se esqueça de mim para sempre! — a dor no meu peito estava muito forte. Essa traição estava me despedaçando. — Eu confiei e o amei e, veja só o que eu ganhei em troca...!
Logo depois, eu abri a porta o convidando a se retirar. O safado tentava a todo custo me fazer perdoá-lo pelo seu deslize, tentando me seduzir. Só que naquele momento consegui ter forças e terminar com ele de uma vez por toda — ele saiu do meu quarto chorando.
***
Finalmente as férias de final de ano chegaram e podemos viajar para aonde desejávamos. Eu resolvi ir até a Grécia, já Shaka foi para a Índia.
Ao chegar a Atenas, fui recebido pelo meu grande e fiel amigo, Aldebaran — que eu chamo carinhosamente de Debas. Ao ver o meu querido amigo, nos abraçamos bem apertado. Depois o Debas me ajudou com as malas, me levando e me hospedando em seu apartamento, a qual tem uma vista privilegiada para o mar.
Ele me disponibilizou um quarto simples e, com uma decoração um tanto exótica e diferente. Após entrar no quarto, que é todo branquinho, vim me deitar na cama, que estava bem arrumada com lençóis brancos e, por cima, uma colcha de cetim azul clara.
Ao deitar na cama, que possui um colchão super macio, sem querer, novamente pensei no Shaka; por causa da tristeza comecei a chorar.
Logo cessei as lágrimas, ouvindo Debas me chamando. Pedi para ele entrar e, já estando sentado sobre a cama, eu o pedi para se sentar ao meu lado.
— Até quando você vai ficar chorando e sofrendo por uma pessoa que não lhe merece, anjo? — ele me perguntou com um tom calmo e ao mesmo tempo sério.
Tentei disfarçar, só que novamente acabei chorando diante do Debas. Conforme me desabava em lágrimas, sentia o meu amigo me abraçando e me confortando.
Devido a nossa aproximação e, pelo fato de ter erguido a cabeça, nossas faces ficaram muito próximas; nossos olhares se fixaram um no outro e, aos poucos nossos lábios foram se aproximando, iniciando assim um beijo que começou calmo, mas logo se tornou intenso, ganhando volúpia.
Devido ao beijo, senti meu corpo fervendo de desejo, fato que percebi que estava ocorrendo com o Debas também. Os beijos se tornaram cada vez mais intenso, cessando só quando nos faltava o ar. Além dos beijos, as caricias já se faziam presentes entre nós dois; carícias ousadas, as quais só viam incendiar cada vez mais os nossos corpos, nos obrigando assim a nos livramos de nossas roupas com extrema urgência, podendo assim contemplar o corpo forte de Debas.
Com nossos corpos totalmente desnudos, já podíamos sentir o toque das peles, um do outro, entre mais carícias um tanto ousadas.
E após a preparação do sexo anal, Debas pouco a pouco começou a me invadir, me fazendo sentir as dores iniciais do sexo anal. Dores essas que logo foram substituídas pelo intenso prazer, que ele proporcionava a mim. Ambos gemíamos juntos e, após uma hora e meia de puro e intenso prazer, chegamos juntos no ápice, com ele liberando seu líquido quente dentro de mim e, eu jorrando o meu sobre a sua mão que me estimulava.
Após o amor, seguimos juntos para o banho e, a partir daquele dia, começamos a namorar...
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